Mordendo o próprio rabo

1505309371_965805_1505313072_noticia_normal_recorte1

POR LUIZ RUFFATO, no El País

O legado mais trágico da institucionalização da corrupção no Estado brasileiro – em todos os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), em todos os níveis (federal, estadual e municipal) e abrangendo todas as cores ideológicas, sem exceção – é a descrença da população em geral no regime democrático. Assistimos, impotentes, a defesa de governos autoritários e o fortalecimento do discurso da intolerância. E, apáticos, vemos, um a um, desabarem os pilares que sustentavam nossos sonhos de justiça, harmonia e liberdade.

O deputado federal Jair Bolsonaro, ex-capitão do Exército e pré-candidato à Presidência da República, encarnando esse ideário de “valores” da ditadura, vem contabilizando um impressionante crescimento de intenção de voto. Conforme pesquisa do instituto DataPoder360, realizada nos dias 9 e 10 de julho, Bolsonaro já conta com 21% das intenções de voto, contra 26% do pré-candidato petista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A nostalgia por um regime de forças, algo impensável há algum tempo, vem se tornando raciocínio bastante comum nos mais diversos meios sociais.

Bolsonaro ocupou recentemente o microfone da Câmara dos Deputados para criticar o seriado da TV Globo “Os dias eram assim”, cujo enredo passa-se nos anos 1970, chamando-o de “farsa” e “mentira”. Ele só faltou pedir a suspensão do programa, em nome da “verdade” e da “pátria”, passo, no entanto, dado pelo Movimento Brasil Livre (MBL), seção do Rio Grande do Sul, que conseguiu fechar a mostra “Queermuseu – Cartografias da diferença na arte brasileira”, que estava em exposição no Santander Cultural, em Porto Alegre, em nome da moral e dos bons costumes.

A coordenadora do MBL no Estado, Paula Cassol, condenou a exposição por, segundo ela, fazer apologia à pedofilia, zoofilia e pornografia. A mostra, que propunha uma reflexão sobre gênero e diversidade sexual, reunia 273 obras de 90 artistas brasileiros, entre os quais Ligia Clark, Candido Portinari, Alfredo Volpi e Adriana Varejão. Embora não tenha visitado a exposição, Paula Cassol afirmou que “isso não é arte”, e liderou a pressão contra o banco, que acabou cancelando a mostra. Também a Arquidiocese de Porto Alegre se manifestou, em nota oficial, denunciando a exposição por utilizar “de forma desrespeitosa símbolos, elementos e imagens, caricaturando a fé católica e a concepção de moral que enleva o corpo humano e a sexualidade como dom de Deus”…

No dia 19 de março de 1964, dia de São José, padroeiro das famílias, um grupo estimado entre 300 e 500 mil pessoas, lideradas pela Igreja Católica, realizou em São Paulo a chamada Marcha da Família com Deus pela Liberdade. Replicadas em várias partes do Brasil, essas marchas, que contavam com apoio de diversas organizações civis e classistas, e que visavam combater “o ateísmo comunista”, restaurar a ordem e restabelecer a moral, encorajaram o golpe militar que nos sentenciou a 21 anos de obscurantismo.

Ao contrário do que advogam os entusiastas do autoritarismo, o período militar não conheceu estabilidade política. A cada sucessão brigavam entre si os vários setores das Forças Armadas para fazer prevalecer seus interesses: golpe de 1969 que guindou o general Garrastazu Médici ao poder; rebelião de militares linha dura contra o general Ernesto Geisel; pacote de Abril de 1977 que sufocou a oposição; rebelião de militares linha dura contra o general João Figueiredo. Também não foi um tempo de estabilidade econômica: a inflação média era de 20% ao ano (contra 7,5% ao ano no período democrático, não contando o governo de transição de José Sarney), e ultrapassava os 200% ao ano quando devolveram o poder aos civis. Além disso, a corrupção grassava nas mais de 500 empresas estatais existentes, que incluíam siderúrgicas, bancos, rádios, refinarias, etc.

Durante o período militar, censores profissionais definiam o que era ou não era arte, o que podia ou não podia ser publicado, visto ou ouvido. Durante o período militar, qualquer um podia parar na cadeia e ser torturado ou até morto por manifestar opinião divergente. Durante o período militar estavam proibidas manifestações de rua. Os militares destruíram os sistemas de educação e saúde e ampliaram o fosso entre ricos e pobres. Mas, principalmente, os militares forjaram a geração que manda hoje no país, contra a qual se insurgem aqueles que defendem… a volta da ditadura militar…

O último jogo de Mané Garrincha

zagallo

POR EDUARDO CASTRO, no Chuteira F.C.

Semana passada, dia 7, completaram-se 45 anos de um dos dias mais tristes do futebol brasileiro. Foi num feriado da Independência, em 1972, que Garrincha fez seu último jogo profissional.

Ele tinha 38 anos, passara os últimos dois vagando por clubes do Brasil e exterior. Passara pela Portuguesa, Bangu, Deportivo Barranquilla da Colômbia. Treinou no Nacional de Montevidéu e no Boca Juniors, de Buenos Aires, mas não ficou. Num dia de abril de 1969, bateu o carro na Via Dutra. No acidente, morreu a mãe de Elza Soares, sua esposa na época. Desnorteado, o casal foi embora para a Itália.

Ela cantava, ele gastava e bebia. Na época, clubes italianos estavam proibidos de contratar estrangeiros, salvo os descendentes de italianos. O máximo que conseguiu foi uma sinecura: “garoto-propaganda” do Instituto Brasileiro do Café. Afundado na tristeza, jogava, no máximo, amistosos – um deles por um time de açougueiros, devidamente registrado.

O declínio veio abrupto, logo depois do ápice. Vencida a Copa do Chile, em 62, as dores no joelho (a perna esquerda tinha seis centímetros mais que a direita) o levaram ao ortopedista Mário Jorge. Ao invés de um diagnóstico, recebeu uma sentença: se não parasse por três meses, estaria inutilizado. O Botafogo não podia esperar, pois havia vendido mais do que amistosos no exterior; tinha vendido a presença de Garrincha. Um ano depois, ele estava sem os meniscos.

Daí pra frente, entrava e saía do departamento médico com muita frequência, mais ou menos a mesma que passara a aparecer nas manchetes sensacionalistas – desde que trocara a esposa Nair pela cantora Elza Soares, com quem se casou, em 66, na embaixada da Bolívia (o divórcio não existia no Brasil). Ele tinha oito filhos, e, segundo a ex-mulher, “a cabeça virada” e 20 mil cruzeiros devidos em pensão.

Já não ganhava mais, como alguns anos antes, malas de dinheiro (com maços presos com esparadrapo). Sem nem imaginar o mundo futebolístico de Neymar e seus parças, invejava a sorte dos colegas mais novos: “Hoje em dia é assim, o sujeito só pensa em ganhar dinheiro. Até esses meninos que estão começando já têm um pai para orientar, imagine”. Garrincha perdeu o pai muito cedo, vítima de cirrose, a mesma doença que o mataria, também precocemente. Vivia no pouco que sobrara da bonança financeira: móveis e espelhos de uma casa que dividira com Elza, mas não conseguira pagar; levou o que sobrou para um apartamento em Copacabana, alugado.

Foi quando os diretores do histórico Olaria (vice-campeão carioca de 1933, dentre outras glórias) a ideia de trazê-lo de volta ao futebol profissional. A chegada foi gloriosa: 50 mil pessoas no Maracanã, contra o Flamengo. Mas já naquele dia, em março de 72, estava claro que quem voltara foi apenas Garrincha, mas não a “Alegria do Povo”. Na revista Veja, Geraldo Mayrink escreveu que o ponta “ao longo dos anos, perdeu muito mais que o seu gênio para criar essa alegria em campo. Não está apenas mais gordo, mais lento e mais velho, mas também um pouco mais triste. Nenhum jogador brasileiro, salvo Pelé, mereceu mais o paraíso do que ele. Nenhum craque de sua categoria, especialmente Pelé, chegou tão perto do inferno”.

Mesmo assim, era esperado, venerado. Num jogo em Vitória, viajou um dia antes que o time, segundo ele “como chamarisco” para o jogo. Funcionou, pois 40 mil pessoas encheram o estádio. Em Juazeiro, na Bahia, sem condições de jogar, teve que entrar em campo: deu o pontapé inicial da partida para outro estádio lotado. Em 23 de março, no histórico Palma Travassos, de Ribeirão Preto, fez um dos gols do Olaria, no empate em 2 a 2 com o Comercial, num chute de longe no goleiro Paschoalin. Seria seu único com a camisa do clube, o último como jogador profissional.

Até que chegou o 7 de setembro, data do aniversário da Caldense, da mineira Poços de Caldas. Por 12 mil cruzeiros, mais despesas de hospedagem e transporte, a festa pôde contar com o Azulão da Rua Bariri e seu mítico camisa 7. Final: 5 a 1 para os aniversariantes, com direito a uma balançada daquelas, conhecidas, pra cima do lateral Hildo. Ninguém que estava no estádio Coronel Christiano Osório imaginava que aquele seria o último jogo de Garrincha – nem ele.

Sem aviso, a carreira terminara – mas não o calvário público. Garrincha ainda apareceria alguma vezes em amistosos; um ano depois, na despedida oficial, ao lado de Pelé no Maracanã lotado, jogo da seleção contra um combinado do resto do mundo; até no desfile da Mangueira no carnaval de 1980, já muito inchado e debilitado, sem conseguir se sustentar sozinho no carro alegórico, acenando a esmo para o público.

E, finalmente, no estádio Adonir Guimarães, em Planaltina, Distrito Federal, no dia de Natal de 1982, um sábado chuvoso, num encontro de equipes amadoras. Um dos presentes era o goleiro Paulo Vitor, que, quatro anos depois, seria reserva de Carlos na Copa do México. Foi ele quem pegou o último chute de Garrincha, sob protesto do público. Menos de um mês depois, em 20 de janeiro de 1983, ele morreu, na Casa de Saúde Dr. Eiras, em Botafogo, trazido às pressas de Bangu, onde morava numa casa alugada pela CB. Tinha 49 anos, e bebido sem parar, desde a véspera.

Papão libera Capanema e Rayner

5e204987-70db-4ae5-8a56-715ac44760d8

A diretoria do Paissandu decidiu liberar os jogadores Ricardo Capanema, volante, e Rhayner, lateral e meio-campista. Os dois atletas não fazem parte dos planos do técnico Marquinhos Santos e deixaram de ser relacionados para os jogos da equipe na Série B. Jogador fundamental na campanha do Papão em 2015, símbolo de raça em campo, Capanema perdeu espaço em função de seguidas lesões e problemas extracampo que quase o afastaram do clube em 2016. Rayner, contratado para esta temporada, chegou a disputar alguns jogos sob o comando de Marcelo Chamusca, mas nunca conseguiu se firmar como titular. (Foto: MÁRIO QUADROS/Arquivo do blog)

MPF recomenda fiscalização de denúncias de aumentos abusivos da Celpa

O Ministério  Público Federal (MPF) enviou recomendação à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que passe a fiscalizar efetivamente os serviços fornecidos pela concessionária Centrais Elétricas do Pará (Celpa), dando prioridade ao grande número de denúncias de reajustes  nas contas de luz, para verificar se há procedimento abusivo da empresa. De acordo com relatórios da ouvidoria da Aneel, o estado do Pará tem um dos maiores volumes de reclamações de consumidores, a maioria por variação de consumo e erro de leitura.

A Aneel também tem um ranking de índice de satisfação do consumidor em que a Celpa aparece como a penúltima concessionária do país. Apenas a Aneel recebeu 3.374 reclamações de consumidores paraenses contra a Celpa nos últimos 12 meses. O MPF recomenda que a Aneel reestabeleça o convênio ou então passe a executar a fiscalização por conta própria, sob pena de incorrer em ilegalidades.

A Arcon informou ao MPF que o convênio foi interrompido por problemas orçamentários da Aneel. No entanto a versão da Aneel é a de que não pode manter o convênio porque a direção da Arcon passou a ser passível de livre exoneração pelo governo estadual, o que violaria um regulamento interno do setor elétrico. O MPF esclarece que isso não é verdade e que a única modificação que houve no estatuto da agência paraense foi à diminuição do mandato da diretoria de quatro para dois anos.

O procurador Bruno Valente, responsável pela recomendação, quer o reestabelecimento do convênio ou que a Aneel passe imediatamente a fiscalizar os serviços da Celpa, com prioridade para as denúncias de aumentos abusivos nas contas de luz. A recomendação deu prazo de 30 dias para a manifestação da Aneel.

EMPRESA NEGA ABUSOS

A Celpa informa que cumpre rigorosamente a legislação do setor elétrico e que está à disposição dos órgãos instituídos à Defesa do Consumidor para prestar quaisquer esclarecimentos necessários. Informa ainda, que o número de reclamações representa apenas 0,005% do número total de seus clientes. “A Celpa tem compromisso com a qualidade de seu atendimento, por isso realiza diversas ações para diminuir essas demandas, como, por exemplo, a participação em conciliações e realizando negociações, a fim de explicar aos clientes, de forma transparente, a motivação das cobranças”, diz a nota oficial emitida pela empresa. 

Poderes imperiais

POR GERSON NOGUEIRA

Mais do que um marechal, o presidente do Remo se comporta como um monarca. Manoel Ribeiro adota um estilo de gestão que remete diretamente aos escaninhos do passado. Sob seu comando, o clube vive dias dignos da década de 1970, principalmente quanto às decisões centralizadoras e arcaicas, como a reinvenção da concessão de “bicho” aos jogadores e castigos bobos, como adiar pagamento para forçar o time a correr mais em campo.

20-05-15_-_akira_onuma_-_manuel_ribeiro_1

O único ponto em que o Remo atual destoa das lembranças de 50 anos atrás é quanto ao êxito nos gramados. Aclamado pelos azulinos mais experientes como símbolo de conquistas e montagem de times até hoje marcantes na história do clube, Ribeiro ganhou a eleição no ano passado apresentando como credenciais feitos ocorridos há meio século. Por isso mesmo, quem o elegeu para exercer um quinto mandato é responsável pela situação atual.

Tudo o que foi dito da gestão anterior, de André Cavalcante, tem se repetido com sobras na atual. Na verdade, o Remo se tornou repetitivo quanto à má gestão e a pecados grosseiros na política de contratações. Muitas das pendências que se avolumam a cada fim de temporada estão diretamente vinculadas à autopredatória aquisição de jogadores.

Nesta temporada, o Remo chegou a quase quatro dezenas de “reforços”, todos absolutamente inúteis na busca infrutífera por títulos nas quatro competições disputadas. Com atletas regionais, o time fez campanha razoável no certame estadual, mas naufragou na Copa Verde – humilhado pelo Santos do Amapá – e na Copa do Brasil, desclassificado pelo Brusque.

Veio a Série C e os erros se avolumaram. Carta branca foi concedida ao treinador Josué Teixeira, que acumulou o papel de executivo – segundo o próprio Manoel Ribeiro – e saiu contratando a esmo, trazendo um time inteiro para o campeonato mais importante do ano. O esquadrão caseiro foi desfeito e os recém-chegados prontamente escalados, acarretando danos que perduraram até o desfecho, sábado, em Salgueiro (PE).

A chapa de Ribeiro assumiu o clube prometendo êxitos em campo e saneamento miraculoso das contas, além de pelo menos mais 13 propostas não cumpridas até hoje, incluindo a reconstrução do centenário estádio Evandro Almeida, destruído há quatro anos sob a presidência de Zeca Pirão, sem que nenhuma das instâncias do clube tenha reivindicado a reparação cabível pelos prejuízos causados.

Caótico em campo e atabalhoado no plano administrativo, o Remo é hoje uma nau sem rumo, com despesas futuras estimadas em R$ 2 milhões (incluindo salários de funcionários e atletas, velhos débitos, taxas do Profut e pendências trabalhistas), sem a contrapartida de receita para honrar os compromissos. É certo que a marca do atraso e da incompetência irá manchar a imagem institucional do clube, para sofrimento de sua imensa torcida, único patrimônio ainda não dilapidado.

Ante a ira da massa torcedora por outro ano perdido, Ribeiro, como um autêntico reizinho, diz que não renuncia. Os conselhos internos têm poder, mas não têm vontade política para tomar qualquer atitude. Na capitania hereditária em que foi transformado, entregue a caprichos dos donos de sempre, o Remo vai continuar refém dos desmandos, sobrevivendo não se sabe até quando.

———————————————————————————-

Problemas de uma classe muito desunida

Técnicos de futebol costumam reclamar da falta de normas que protejam o exercício da profissão. São demitidos a três por dois, sem direito a maiores satisfações e às vezes sem sequer saber os motivos do pé no traseiro. São queixas mais do que justificadas, mas cabe observar também que a classe não prima pela união. É corriqueira a substituição de técnicos por colegas que não se constrangem em negociar com os clubes sem o conhecimento do ocupante do cargo.

Ontem, Muricy Ramalho inventou uma novidade. Já afastado da profissão, o agora comentarista de TV resolveu se oferecer ao São Paulo para “ajudar” a tirar o time da ameaça de rebaixamento. Tudo muito bem, mas o Tricolor tem um técnico dirigindo a equipe. Dorival Junior é o encarregado de escalar os jogadores e elaborar as estratégias de campo. Mesmo que o oferecimento de Muricy não seja para o lugar de Dorival, não deixa de ser um gesto extremamente deselegante, que arranha a ética profissional.

Ao se prontificar, o ex-técnico deixa subentendido que Dorival não é capaz de resolver os problemas do time. Duvido, aliás, que o rabugento Muricy receberia numa boa qualquer proposta nesse sentido nos tempos em que treinava o São Paulo.

————————————————————————————

Terceira Divisão reforça os bicolores

A diretoria do Papão não anunciou oficialmente, mas corre a notícia de que o atacante Dico, do Botafogo-PB, deve ser a próxima atração na lista de contratações do clube. Movimentou-se bem e fez gol contra o Remo na Série C, embora esta não deva ser a razão de sua vinda.

Caso se confirme o negócio, será o segundo reforço vindo da Terceirona. Anteontem, foi apresentado Guilherme Santos, ex-Fortaleza. Na falta de opções nas séries A e B, o jeito foi recorrer à C. Bem que podiam lançar um olhar sobre Leandro Kível (ASA) e Cássio Ortega (Salgueiro).

(Coluna publicada no Bola desta quarta-feira, 13)

Ziggy recebe pockets, shows e lançamento de festival

destaque-437989-marisa-brito---cred-fernanda-brito-gaia1

A programação do Ziggy desta semana vai promover o retorno da Ziggy Me Up, show da Marisa Brito (foto) e ainda vai receber o lançamento do Festival Psica. Ao todo, são quatro dias de muita música autoral acompanhada por drinks e comidinhas deliciosas.

As atividades começam logo na quarta-feira com a Quarta de Bolso, projeto que dá espaço semanalmente para que artistas locais se apresentem no café do Ziggy. A programação deste dia é inteiramente gratuita e ainda é complementada por um Happy Hour de 17 às 20h. Desta vez, o pocket show será da cantora e violonista paraense Joane Coutinho, que será acompanhada por Marcel Barretto. A apresentação vai passear por diversas vertentes da música brasileira, desde a bossa nova até a própria MPB.

E a quinta-feira vai trazer de volta a Ziggy Me Up, festa dedicada especialmente ao Reggae e suas diversas vertentes. Quem tava com saudade da vibe da Ziggy Me Up festa vai poder conferir as discotecagens dos DJ’s Alex Roots e Bambata Brothers na pista da casa! Vai rolar dub, steppa, dancehall, roots e reggaes selecionados pra todo mundo dançar bastante.

Enquanto isso, na sexta, a Roquerági vai promover a volta da cantora paulista Marisa Brito aos palcos belenenses. Além dela, o jovem músico Reiner também se apresenta no club com o seu trabalho autoral. Os Dj’s Tércio e Marco Alencar completam a noite com discotecagens regadas por diversos sucessos do rock’n’roll moderno.

Marisa Brito encabeçou a banda A Euterpia durante mais de 10 anos desde o final da década de 90 – durante os longos anos que a artista morou na capital paraense com sua família. Agora com seu trabalho solo, a cantora mostra as sutilezas de seu trabalho, que conta com contribuições de Ana Clara e Marcel Barretto.

Reiner vai tocar seu álbum de debute, intitulado “Filho da Nuvem”. Com diversas parcerias de artistas da cena local. O disco reúne 6 faixas autorais que permeiam pelo dream pop e post-rock.

O Antes de Tudo desta semana vai trazer o Pocket Show do duo paraense O Outro, que traz uma apresentação no formato acústico para o café do Ziggy. Eles misturam o rock alternativo com brasilidades, numa vibe bem tranquilona. O show vai rolar às 20h e a entrada é gratuita.

E para encerrar a semana com chave de ouro, o Psica Festival, novo nome do Mongoloid Festival, vai dar um gostinho do que estar por vir para o público. O evento vai acontecer em outubro com oficinas, palestras, debates e, claro, muita música. Enquanto a data não chega, quem aparecer no Ziggy neste sábado terá uma prova do que vai rolar: serão três shows, incluindo uma atração nacional.

A primeira banda a subir ao palco do Ziggy será a OLDSERPENTH, com integrantes das bandas Mata Leão, Warpath e Baixo calão, a banda promete fazer um doom metal com passagens de stoner e hard rock setentista.

Na mesma noite, a Blind For Giant traz seu Stoner Rock com crise de múltipla personalidade. Passando por influências que vão de Rage Against The Machine a The Mars Volta. O trio promete baixo distorcido, guitarra alta, bateria nervosa, suor e muitos gritos. Pra fechar o lançamento do Psica, o Muñoz (SC) vai mostrar todo o seu stoner, blues e psicodelia. A banda começou em 2012 e desde então acumulam várias turnês pelo país. (Divulgação)

SERVIÇO

(13/09) Funcionamento Happy Hour

Hora: 17h às 20h

Chope Brahma: R$ 6

Entrada gratuita

————————————————————————————–

(14/09) Funcionamento Happy Hour

Hora: 17h às 20h

Chope Brahma: R$ 6

Entrada: R$ 12 (já vale a consumação de 2 chopes e a entrada para a festa do dia)

————————————————————————————–

(13.09) Quarta de Bolso

A partir das 17h

Pocket show: Joana Coutinho + Marcel Barretto (20h)

Entrada gratuita

————————————————————————————-

(140.09) Ziggy Me Up

A partir de 21h

DJ’s: Alex Roots e Bambata Brothers

Entrada: R$ 10

———————————————————————————–

(15.09) Antes de Tudo

Hora: 20h

Pocket Show: Duo O Outro

Entrada gratuita

(15.09) Roquerági com Marisa Brito e Reiner

A partir das 22h

Shows: Marisa Brito e Reiner

DJ’s: Tércio e Marco Alencar

Entrada: R$ 15 a partir de 22h | R$ 20 a partir de 23h

————————————————————————————

(16.09) Lançamento do Psica Festival no Ziggy Hostel Club

A partir das 22h

Shows: Muñoz (SC), Blind For Giant e OldSerpenth

DJ’s: Dance Like Hell

Ingressos antecipados no Sympla: bit.ly/FestivalPsica

————————————————————————————-

Café Bar Ziggy Hostel Club

Funcionamento: quarta a sábado, 17h às 23h.

Ziggy Hostel Club – Trav. Benjamin Constant, 1329, entre Av. Nazaré e Av. Braz de Aguiar.

Zezé Di Camargo: “Não houve ditadura no Brasil”

DJhB1jGXUAAsa8S

Jornalista Vladmir Herzog, encontrado morto após sessão de tortura nos porões do DOI-Codi, em São Paulo, durante os “anos de chumbo”.

O cantor sertanejo Zezé Di Camargo, em entrevista, afirmou anteontem que não houve ditadura no Brasil, apenas um “militarismo vigiado”.

Na foto abaixo, a célebre “cadeira do dragão”, muito utilizada pelos torturadores durante a ditadura brasileira. A cadeira era revestida em zinco para permitir a distribuição de choques por todo o corpo da vítima.