Temer cometeu crime de responsabilidade ao acionar Exército contra protesto, apontam juristas

Art. 15. O emprego das Forças Armadas na defesa da Pátria e na garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, e na participação em operações de paz, é de responsabilidade do Presidente da República, que determinará ao Ministro de Estado da Defesa a ativação de órgãos operacionais, observada a seguinte forma de subordinação:

§ 2º A atuação das Forças Armadas, na garantia da lei e da ordem, por iniciativa de quaisquer dos poderes constitucionais, ocorrerá de acordo com as diretrizes baixadas em ato do Presidente da República, após esgotados os instrumentos destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, relacionados no art. 144 da Constituição Federal.

§ 3º A atuação das Forças Armadas, na garantia da lei e da ordem, por iniciativa de quaisquer dos poderes constitucionais, ocorrerá de acordo com as diretrizes baixadas em ato do Presidente da República, após esgotados os instrumentos destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, relacionados no art. 144 da Constituição Federal. § 3o Consideram-se esgotados os instrumentos relacionados no art. 144 da Constituição Federal quando, em determinado momento, forem eles formalmente reconhecidos pelo respectivo Chefe do Poder Executivo Federal ou Estadual como indisponíveis, inexistentes ou insuficientes ao desempenho regular de sua missão constitucional.

  • Lei Complementar nº 97/1999

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“Medida autoritária, inconstitucional e ilegal. Uma afronta às liberdades públicas, claro crime de responsabilidade”. Assim definiu a coordenadora do curso de Direito da Fundação Getúlio Vargas Eloísa Machado sobre o decreto de Garantia de Lei e da Ordem (GLO) acionado por Michel Temer para repressão do protesto na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

O Presidente determinou o Emprego das Forças Armadas no país até dia 31 de maio deste mês, valendo-se de uma lei que prevê a situação em caso de policiamento insuficiente. Para ela, bem como para grande parte da comunidade jurídica, Temer cometeu crime de responsabilidade, passível de impeachment.

Dentre tantas violações do governo Temer, causou espanto o uso das Forças Armadas para manter a plataforma do governo sustentada por falta de legitimidade popular e imposição de medidas inconstitucionais e draconianas para a população, como as Reformas Trabalhista e da Previdência.

Esse decreto já foi utilizado outras vezes, como, por exemplo, na ocupação da Maré no Rio de Janeiro pelo Governo Dilma e na “crise” penitenciária em Manaus, já com o governo de Michel Temer. Ambos casos despertaram inúmeras críticas.

No caso atual, Temer é protagonista do escândalo das recentes divulgações de áudio entre ele e o empresário da JBS Joesley Batista; sua base governista no Congresso está esvaziada e pressionando pela renúncia; e, ainda, o presidente lida com a histórica resistência popular que pelo processo de impeachment contestado, bem como pela falta de legitimidade política para impor as reformas.

No último domingo, 21, ele fez um pronunciamento em rede nacional contrariando opositores e situacionistas no sentido de que não renunciaria. O protesto por sua queda era esperado e inevitável.

Para o Professor de Constitucional da Fundação Getúlio Vargas, Rubens Glezer, no caso específico do decreto para reprimir manifestação popular não era cabível tal atitude sequer em tese – “A atuação das Forças Armadas é disciplinada no na lei em hipóteses que o policiamento ostensivo não é suficiente, o que claramente não é o caso. Além disso, houve evidente abuso na decretação do período que compreende 24 de maio a 31 de maio, um período injustificável que coincide com a agenda do governo. Flerte perigosíssimo com o estado policialesco sem limites”.

Para o Advogado da Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares e Colunista do JustificandoPatrick Mariano, Temer, na prática, decretou estado de sítio -“É estarrecedor que no dia em que a Corte Interamericana de Direitos Humanos julga o caso do Vladimir Herzog e 10 trabalhadores rurais são assassinados pela polícia em uma ação de despejo, Rodrigo Maia e Temer baixam um decreto para que as forças armadas sejam usadas contra as manifestações até o dia 31 de maio. O decreto deixa nas mãos do ministro da defesa a forma como se dará o uso das forças armadas, ou seja, estamos, na prática, vivendo um Estado de sítio decretado por um governo ilegítimo”.

Mariano também entende que o decreto consolidou a prática de crime de responsabilidade pelo Presidente da República – “Ou seja, o governo Temer caiu e hoje só se sustenta pelo uso das forças armadas. Espero que os comandantes militares não se prestem à defesa de um governo corrupto, ilegítimo e irresponsável e que o STF processe por crime de responsabilidade Michel Temer”

No campo das instituições, o decreto de Temer já é contestado. Em sessão no Supremo Tribunal Federal, o ministro Marco Aurélio Mello afirmou durante seu voto: “Presidente [do STF, Cármen Lúcia], voto um pouco preocupado com o contexto e espero que a notícia não seja verdadeira. O chefe do poder Executivo [Temer] teria editado um decreto autorizando o uso das Forças Armadas no Distrito Federal, no período de 24 a 31 de maio“

Márcio Sotelo Felippe, colunista no Justificando e Procurador do Estado, resume as intenções de Temer ao editar o decreto – “Desmoralizado, sem condições éticas e políticas de exercer a presidência, Temer quer intimidar pela força. Incidentes em protestos não são novidades e a democracia convive com isso em qualquer lugar do mundo”.

“A medida é abusiva e mostra o quanto está sendo nocivo para o país esse governo, ultrapassando limites perigosos. Temer fora já” – concluiu. (Do blog Justificando)

Paraenses lideram grupo do Brasileiro Feminino A2

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Pinheirense e Tuna mantiveram a invencibilidade na rodada desta quarta-feira do Campeonato Brasileiro Feminino da Série A2. As equipes que representam o Pará dividem a primeira colocação do grupo 1 do torneio, que tem dois grupos de 8 times, que se enfrentam em em turno único. As duas primeiras colocadas se classificam para as semifinais.

Em Teresina, o Pinheirense empatou com o Tiradentes-PI em jogo movimentado. O General da Vila sofreu o primeiro gol, mas conseguiu empatar com Irley e virar o jogo através de Rosany, mas cedeu o empate já nos acréscimos.

Na Arena Pantanal, a Tuna massacrou o Mixto-MT por 5 a 0. A goleada se desenhou já no primeiro tempo, com gols de Letícia, aos 11, e Marcela Monteverde, aos 16 e 33. Na etapa final, Naty, aos 11, e Luciene, nos acréscimos, fecharam o placar. (Com informações do Bola e da Rádio Clube)

Papão x Inter: confronto tem histórico polêmico

Os ingressos para a partida de sábado (27), entre Paissandu e Internacional-RS, pela 3ª rodada da Série B, começaram a ser vendidos ontem nas lojas do Papão. A expectativa da diretoria é de um público superior a 25 mil torcedores no estádio Mangueirão. As vendas prosseguem hoje a amanhã, já com outros postos disponibilizados ao público, com arquibancada a R$ 30,00 e cadeira a R$ 60,00.

A partida é cercada de expectativa e é a mais aguardada pela torcida neste início do campeonato, levando em conta a tradição do Internacional e o fato de ter sido um dos rebaixados da Série A, no ano passado.

Na última vez em que enfrentou o Colorado, em Belém, pelo Brasileirão de 2002, o Papão arrastou pouco mais de 40 mil torcedores ao Mangueirão. O Inter, que precisava da vitória para evitar a queda, venceu por 2 a 0. Após a partida surgiram boatos, nunca confirmados, de que o Papão havia entregado o resultado.

O também ex-presidente bicolor Artur Tourinho, em entrevista concedida em 2012, confirmou que tinha suspeitas sobre o comportamento de quatro jogadores do Papão. “Provas eu não tenho e, tampouco, citarei nomes, mas suspeito que isso tenha acontecido naquela partida contra o Inter em Belém, no dia 17 de novembro de 2002”, disse.

Segundo Tourinho, os atletas do Paissandu teriam sido assediados durante a semana do jogo, no dia 14 de novembro, quando empresários ligados ao Internacional mantiveram contato com os atletas incentivando-os a fazer “corpo mole” em troca de pagamento em dinheiro.

“Tive informações de fontes seguras que os jogadores estiveram reunidos com os empresários durante um almoço. Mas digo: ninguém do Inter me ligou. Por conta disso, no dia seguinte, fui conversar com um de nossos patrocinadores e consegui um valor de R$ 50 mil para premiar os atletas pela vitória. Juntei aos 50 mil reais mais 20 do caixa do próprio Paysandu e, duas horas antes da partida, fui ao vestiário e comuniquei o ‘bicho’ em caso de vitória”, recordou Tourinho na entrevista ao Globo Esporte.

O ex-dirigente colorado Fernando Carvalho foi confrontado com a mesma pergunta, em 2013. Veja a resposta dele:

 

Rock na madrugada – Bob Dylan, In My Time of Dyin’

https://www.youtube.com/watch?v=TDOFFO9Bx3k

Repressão no campo e nas ruas remete aos anos de chumbo – sem AI-5

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POR RODRIGO VIANNA

O prefeito da maior cidade do país caminha em meio aos escombros. Tinha acabado de mandar demolir um prédio na crackolândia, com moradores dentro.

Do outro lado do Brasil, dez corpos se amontoam, em meio a mais um massacre de trabalhadores rurais no Pará. A polícia paraense teria promovido a matança. O uso da força, sem disfarces, sempre foi a linguagem da elite brasileira: escravocrata, ardilosa, antipopular.

Trabalhadores em marcha contra as “reformas” de Temer são atacados brutalmente pela polícia em Brasília. Bombas, porrada, tiros. Prédios ministeriais incendiados. Brasília arde. A direita de facebook diz que há “vândalos” nas ruas.

Derrubar direitos trabalhistas e mudar a Previdência, impondo um programa econômico derrotado nas urnas: esse é o verdadeiro vandalismo que ameaça o país desde que um golpe derrubou a presidenta eleita.

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Manifestantes sofrem ataque nas ruas de Brasília

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De acordo com o último boletim da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, um homem foi ferido por disparo de arma de fogo durante a manifestação que ocorre nesta quarta-feira (24) contra o governo Temer e suas reformas. A vítima, ainda não identificada, foi socorrida por uma unidade do Samu e encaminhado ao hospital. Informações iniciais dão conta de que o homem foi alvejado próximo do prédio do Ministério que pegou fogo.

Os milhares de manifestantes que marchavam na capital federal na tarde de hoje foram violentamente reprimidos pela Polícia Militar quando se aproximavam do Congresso Nacional. O presidente Michel Temer autorizou o uso das Forças Armadas para conter os manifestantes. Centenas de homens do Exército foram deslocados para reprimir e dispersar os protestos exigindo a renúncia de Temer. (Com informações da Revista Forum)

Bahia derrota Sport e conquista a Copa do Nordeste

https://www.youtube.com/watch?v=vC00O7JfZJI