Papão não se livra da maldição

Por Gerson Nogueira

bol_seg_071013_23.psPVirou lugar comum falar nas agruras do Paissandu quando joga fora de casa. É tão previsível que os adversários já entram contabilizando os pontos, convictos de que vencerão de uma ou de outra. Tanto se nos instantes iniciais, como sábado, o time até sinaliza coragem e desassombro ofensivo. Dá na mesma, pois as chances escorrem entre os dedos e aos poucos o adversário sempre se impõe. Perder com três gols de zagueiros é duro para quem começava a estabilizar uma formação titular.

O próprio torcedor já se mantém cabreiro em relação a jogos como visitante. Mais que uma sina, estabeleceu-se uma maldição. É assustador que jogadores experientes, com ampla rodagem, deixam-se dominar por esse sentimento de pequenez e demonstram aceitar o fato passivamente.

Contra o São Caetano, cujas poucas qualidades são de domínio público, jogou como sempre faz no Anacleto Campanella. Cruzando bolas a partida inteira e chutando de longe. Sacrificou a ligação para usar três atacantes. E haja chutão na direção da área.

No primeiro tempo, quando podia ter mudado o rumo das coisas, o Paissandu caiu de novo na mania dos toques desnecessários, passes errados e nenhuma objetividade no ataque. Mesmo com um homem a mais na maior parte do tempo, evitou assumir as rédeas do jogo.

Com Eduardo Ramos bem policiado, a dispersão entre os setores afundou de vez o time no segundo tempo. A opção de Vagner Benazzi por Dirceu, Gaibu e Dênis mostrou-se equivocada, particularmente no caso dos dois últimos. Dênis, que havia estreado diante do Guaratinguetá sem maior brilho, só é titular devido à ausência de Marcelo Nicácio. É pouco agudo nas ações que exigem desprendimento na área.

Com Gaibu ao lado de Dênis, o Paissandu entrou travado no ataque, pois ambos são lentos. Contra uma zaga alta como a do Azulão, Héliton teria mais utilidade. Percebeu-se claramente que não havia a agressividade necessária para quem precisa ganhar o jogo. Talvez Benazzi avaliasse que o melhor era apostar no empate, mas calculou errado e acabou derrotado.

Ao insistir com a dupla de atacantes depois do intervalo, o técnico deixou claro que não estava para correr riscos – e nem impor riscos ao adversário. Do outro lado, o veloz Pimentinha dava um samba em Pablo e só saiu por cansaço. Para piorar, o São Caetano levou o jogo todo ganhando a chamada segunda bola, evidência de que era mais organizado em campo.

Frustrado o plano de buscar quatro pontos nos dois jogos em São Paulo, o Paissandu precisa se reformular a tempo de fazer valer o mando em Belém. A partida contra o Boa Esporte é, em tese, mais tranquila, mas o confronto com o ABC será tinhoso. Jogo de seis pontos contra um time aguerrido e que tem a importantíssima vantagem de demonstrar mais vontade e disposição pela vitória que o Papão atual.

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Goleada põe Águia de novo na briga pela vaga

Quis o destino que o time mais surpreendente da Série C enfrentasse o Águia em Marabá na penúltima partida desta fase. E os deuses do futebol resolveram premiar a ousadia de João Galvão, que empregou todo o arsenal ofensivo de que dispunha, com uma vitória consagradora.

Jogadores como Palhinha, Danilo Galvão e Kenon tiveram atuações fundamentais para o triunfo, que chegou a parecer ameaçado no início da etapa final, quando o Treze apertou e quase empatou.

A goleada de 5 a 2 devolveu ao representante paraense as chances de se classificar entre os quatro. O escore consagrador deixa o Águia mais confiante em suas próprias forças em momento decisivo, pois vai decidir sua sorte em Lucas do Rio Verde contra um concorrente direto.

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Leão faz três, mas ainda requer ajustes

O placar de 3 a 0 parece dizer que o jogo foi fácil, sem atropelos para o Remo, ontem, no estádio Evandro Almeida. Ledo engano. O Castanhal, apesar de desajustes defensivos sérios, criou problemas nos dois períodos e poderia ter aberto placar antes de Val Barreto fuzilar para o gol aos 25 minutos. Moisés e Joãozinho só não marcaram porque Fabiano exibiu a conhecida perícia e salvou o Leão.

Com mais aplicação na retomada da bola, o Remo voltou meio retraído para o segundo tempo, mas contando com as iniciativas individuais do meia Tédi, a boa novidade do amistoso. Foi de seus pés que surgiu o passe para Val Barreto marcar o segundo gol e começou também por ele a jogada do belíssimo terceiro tento azulino, em bicicleta de Ratinho. Alternando investidas pelas duas extremas, Tédi esbanja habilidade e gosta de arriscar chutes a gol. Lembra, assim de passagem, Tiago Potiguar quando chegou ao Papão. Deixou claro que vai ser muito útil ao esquema de Charles.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 07)

15 comentários em “Papão não se livra da maldição

  1. Paysandu: Nosso papão foi mal escalado e durante o jogo o tecnico demorou a ver isso.

    Apesar dos pesares ele tem crédito, vamos esperar e torcer que ele o menos possível, pois o PSC precisa ganhar.

    Aguia: Parabéns a nossa 2° força do estado do Pará, não pela vitória e sim pelo escore, pra mim foi surpreendente, 5×2 no Treze, um belo placar.

    Prova definitivamente, que o Zagalo do Pará, o João bocudo Galvão, deu a miníma pro parazão este ano e investiu tudo na série C.

    Remo: O Remo está pronto e falta alguns ajustes…é quem sabe. Já ouví essa história anos antes, no fim é aquela humilhação de tá querendo pegar ou roubar a vaga dos outros.

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  2. Gerson e amigos, desde o Parazão que o time do Paysandu sente imensas dificuldades quando o Eduardo Ramos é marcado individualmente.. Quem lembra da marcação do Nata, sobre ele, nas 3 vitórias do Remo?….Passou tempo e não se encontrava um meia, para fazer com que o Eduardo Ramos dividisse essa marcação. Chegou o Jailton, que era esse homem, e por questões físicas, teve que sair do time, e tudo voltou como antes…(Mas o Djalma não fazia o E.Ramos render? Te contar…) Penso que o Benazzi deve sim mudar a equipe, mas a melhor mudança, será de atitude, de alguns jogadores.. O técnico, faz o que pode, mas os jogadores é que jogam, e se eles não quiserem sair dessa situação, não terá técnico que dê jeito, pois o Benazzi, não faz milagres… Se os jogadores seguirem o que pede o técnico, o Papão, certamente, permanecerá na série B.

    É a minha opinião.

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  3. Quanto ao Águia: Do jogo Luverdense x Águia, quem vencer estará classificado.. Aliás, Águia, Luverdense, Fortaleza e Sampaio(se vencer o Rio Branco, no meio de semana), só dependem deles para conseguirem a classificação..

    Com o empate do Cuiabá, ontem, contra o Fortaleza, o Águia se livrou do rebaixamento à série D… No mínimo, o Águia permanecerá na série C, em 2014… Queeeee beleeeeeeezaaaaaaaaaa

    Acredito no Águia..

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  4. Quanto ao Remo, hoje, um jornalista afirma que o técnico preferido da diretoria, chama-se Flávio Lopes, no que eu assino embaixo, se derem condições a ele e deixarem ele contratar e montar o elenco… Só não deu certo n Remo, porque o diretor de futebol, era ninguém menos que o Hamilton Gualberto, e com esse, nenhum técnico dará…

    Ao Charles Guerreiro, tá faltando Semancol… Aqui pra nós…

    Vamos aguardar…. Gostei dessa notícia, sobre o Flávio…

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    1. Amigo Cláudio, com todo respeito, Flávio Lopes é aquele mesmo cabra que botou a culpa no Jonathan quando o Remo perdeu o título pro Cametá, sendo que o jovem volante nem havia jogado as finais.

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  5. O público no amistoso de domingo (Pouco mais de 1000 pagantes) rechaça o argumento que Remista só lota o estádio por carência.
    A verdade é que esses anos de repetidas decepções serviram para deixar o torcedor azulino mais consciente da sua condição.
    O Remo vive uma situação complicada e qualquer deslize pode afundar ainda mais o clube; Não dá para aplaudir tudo que uns e outros (des)mandam.
    Nota 10 pro torcedor, que sabe quem merece ser aplaudido (No caso, o nosso sub-20) e quem merece um olhar mais cético.
    Espera-se que os diretores entendam que o público do último amistoso (que, aliás, ocorreu em horário muito mais aprazível do que a partida entre Remo e Flamengo) serviu como crítica às indicações de Charles. Esse fato não pode ser ignorado.

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  6. Me mostrando solidário aos meus amigos listrados e sua triste sina de não vencerem fora de casa, faço aqui uma amostragem dos jogos que o querido papinha, realizou pelos brasileiros da primeira,segunda e terceira divisão desde o ano de 1973, provando que que isso não é uma maldição dos torcedores atuais, e sim um tormento que acompanha o papa títulos kkkk, desde que o mesmo passou a disputar essas competições. O papinha faz sua estreia em 1973, jogando 13 vezes fora de casa e vencendo apenas uma vez, da equipe do Goiás por 2 x 0 dois , um tento marcado pelo ponta Gonzaga, e outro pelo velho Tuica. Em 1974 continuando a sina ou maldição, o papa joga 11 vezes fora de casa e vence apenas 01 vez, desta feita do Avai pelo placar de 2 x 1, Tuíca marcou para os listrados e Zenon descontou para os catarinenses, já em 1975 06 jogos fora realizados e nem uma vitória conquistada. Em 1976 o papa joga 05 partidas fora e vence o Ceará por 1 x 0, gol do Nilson. Em 1977, 06 jogos fora de casa e 01 vitória por 3 x 2 contra o Fast Clube, gols marcados pelo patinho feio Paulo César 2 vezes e uma vez com o velho Nilson. Em 1978 7 jogos realizados fora de casa e 01 vitória contra o Nacional por 2 x 0, gols marcados por Patrulheiro e Tuíca. Em 1979 o papinha faz 04 jogos e não vence nem um jogo. de 1973 a 1979, o caseiro papinha, jogou 52 vezes fora de casa e venceu apenas 5 vezes. Concluo então, que a equipe bicolor é uma equipe caseira não tendo o histórico, de vitórias fora de casa jogando competições nacionais . Para não ocupar muito espaço, amanhã trarei a campanha do papinha em jogos fora de casa de 1980 até 1989. O interessante, que a grande conquista do papinha, foi jogada toda dentro de Belém , com o listrado saindo apenas uma vez do seu ninho e ai para vencer , contou com a colaboração do frangueiro ou do mal intencionando Jeferson, que cansou de levar peru na decisão.

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  7. Bom dia Gerson Nogueira e Amigos do Blog;
    Concordo, parcialmente, com a anáilse, discordo no entanto do “bom policicamento” ao ER, toda partida é isso, se o cara for bem policiado o time sente, e no meu entendimento, não é nada disso, o que falta ao cara é Hombridade, ele joga quando quer, mudou de técnico e se sente ameaçado então faz uma partidaça, quando ele percebe que não é nada daquilo o novo técnico também é manso, aí volta a lerdeza e a leniência de quem está insatisfeito e não joga por haver sido atendido na pretensão de aumento salarial, a lenga-lenga é velha mas está aí, na cara de todos e por causa dessa pífia diretoria, que não sabe tomar as decisões, tampouco, aplicar sansões, tempestivamente, temos que aturar os resultados da calhordice desse desqualificado dito profissional.
    O cara corre, prá não chegar na bola, lança as bolas nas costas dos atacantes, e ou, prá zaga rebater ou o goleiro defender, não sei o porque de com a estatura que tem, o cara bate todos os escanteios, quando deveria estar na área tentando o cabeceio ou o arremate, ele se deixa marcar e pronto, aí está, o desastre, batendo à nossa porta, ao final do contrato, atravessará a Alte. Barroso e nós com cara de tacho!?!?!?!?
    Se acuso falta de caráter no ER, sobra Leniênca nessa Pífia gestão do Grande Bicolor Celeste Amazônico.
    Tá faltando, aquilo RÔXO, até prá essa nova CT.
    No meu time, NEM entram na Curuzú, o Eduardo Ramos e o Marcelo Nicácio.

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  8. É Rocildo mataste a pau, contra números não há paixão nem argumentos para negar, se depender de jogos fora de Belém, considerem-se rebaixados, que gestão do Bandit, pra quem pensava em se reelegar, acho que a vaca tá indo pro brejo

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  9. Silas concordo com você em relação ao Eduardo Ramos, o cara não acerta um lançamento, todo escanteio quando não vai direto para a zaga vai na mão do goleiro. Não acerta uma falta. Se eu sou o técnico já havia trocado o batedor dos lances parados como escanteio e bolas alças na área, como você diz o ER tem boa estatura deveria era ficar na áerea para finalizar!
    Quanto ao Nicácio para mim, é o como dorme mais caro do elenco!
    Não há treinador que faça milagres, mas acredito que tá na hora de dar um chega pra lá nestes chinelinhos do Paysandú.
    Um detalhe que não deixa enganar ninguém é que graças aos incompetentes atacantes do SC não saímos de campo com mais um chocolata humilhante para ficar nos anais da história.

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  10. Quanto ao Águia penso que chegou ao objetivo principal que é de permanecer na série C e garantir calendário para 2014! A decisão da vaga está mais favorável ao Luverdense, mas como paraense quero acreditar que o time de Marabá avance mais esta fase. De qualquer forma está de parabéns!

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  11. miguelangelo 1967 e demais amigos do Blog;
    Reputo o Benazzi, como um baita técnico, mas, por ele não conhecer o elenco, nem a história desse plantel nesta temporada é que sempre defendi a contratação do João Bocudo Galvão, para este momento que atravessa o Grande Bicolor Celeste Amazônico, não torço contra, minha revolta é com o amadorismo da nossa diretoria, que teve tudo, asté pelo Currículum de atleta bem sucedido, pela história pregressa, para não cometer as sandices que está praticando, caras! isso é um acinte!!! que é que há?!?! parece que de uma hora para outra todo mundo ficou abestalhado, é cada desculpa esfarrapada, quando percebe-se que o que falta nesse time é culhão, e o pior é que quem deveria cobrar é o primeiro a vir apresentar as tais desculpas, até a imprensa está se deixando impregnar por essa mania, o Dinho Menezes por exemplo, ele não faz uma pergunta ao atleta, cobrando as explicações do jogador pelo resultado negativo, ele já chega narrando uma situação onde o entrevistado, só tem o trabalho de responder “pois é, nós tentamos mas a bola não quiz entrar”, como se bola tivesse opinião e fosse um ser vivo e escolhesse o caminho a seguir a hora que bem quizesse, te dizer!!
    Prá completar, a diretoria não baixa o preço dos ingressos, dessa fporma a torcida nem pode ajudar, como pode?

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  12. O que acomete o Paissandu é um complexo de vira-latas semelhante ao daqueles que acham(ou achavam) que o Brasil não estava preparado para sediar uma Copa do Mundo, enfrentar soberanamente a vil espionagem do Tio Sam e é normal tira um diplomata tirar os sapatos em um aeroporto nos EUA. Percebe-se que qualquer adversário totalmente combalido, quando enfrenta o Bicola, agiganta-se e vira, ou melhor, é visto como uma espécie de reencarnação da ‘Laranja Mecânica’, de Rinus Michels.
    No jogo de sábado(que não assisti nem escutei) tive a sensação, pelas imagens das reportagens, que o campo era neutro, tamanha era a ausência de público, mas, mesmo assim, os jogadores do papão acovardaram-se e viram os adversários como imbatíveis. Aquele primeiro gol é emblemático: o zagueiro vem quase andando conduzindo a bola, meio sem saber o que fazer, enquanto um bicolor o acompanha como se fosse uma sombra, sem jamais chegar junto. Aí o cara arrisca o chute e vem a punição dos deuses do futebol, a bola bate na linha da grande área sobe, engana o goleiro,entra e dá início a mais uma sessão medo.
    Medo, não. Pânico. Medo, como se sabe, é quando pela primeira vez você não consegue dar a segunda; e pânico é quando pela segunda vez não se consegue dar a primeira. O Paissandu já está na milionésima tentativa.

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  13. Amigo Gerson, Jhonatan, que estava abandonado no Baenão, mesmo com Charles, Sinomar, Samuel e Valtinho tendo passado por lá, que levante as mãos e agradeça ao bom técnico Flávio Lopes, por ser o jogador que é, hoje… Acredito que o Flávio deu mais um ralho nele, pra ver se ele se espertava, e deu certo… Não fosse a intromissão em seu trabalho, teria levado o Remo à série C…

    É a minha opinião.

    Aliás, o camisa 33 do Remo, completou 30 anos…. É um meia, e artilheiro…Nunca jogou aqui… Anotem

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