Por Gerson Nogueira
A difícil vitória sobre o Guaratinguetá na terça-feira deixou mais perguntas do que respostas nas cabeças alvicelestes. Um dos pontos mais questionados no time que começou a partida é a sempre fundamental posição de goleiro. Não que o atual titular estivesse acima de qualquer discussão no Campeonato Paraense. Muito pelo contrário. Zé Carlos, que substituiu Paulo Rafael, jamais teve a plena confiança do torcedor. O Paissandu conquistou o título, mas a desconfiança persistiu até a Série B.
O mais difícil é entender como, mesmo depois que Givanildo Oliveira substituiu Lecheva, o goleiro permanece como titular. Ao longo das sete rodadas iniciais da Série B só houve um jogo em que Zé Carlos saiu de campo como destaque do time. Foi justamente na estreia contra o ASA, quando fez defesas que impediram a derrota do time.
Nas demais partidas, demonstrou insegurança nas saídas de gol e se atrapalhou em lances fáceis, intranquilizando sua linha de zaga. Contra o Ceará, cometeu erros primários, espalmando bolas para o interior da área. No jogo contra o Atlético Goianiense voltou a exibir instabilidade.
Com passagens por vários times de porte médio, Zé Carlos chegou bem recomendado ao Paissandu. Pode ser um bom goleiro, mas é inegável que não atravessa seu melhor momento. A questão é que, ao contrário de outras ocasiões recentes, há outro goleiro disponível, adquirido especificamente para a Série B.
Marcelo, que estava em atividade no certame paulista, chegou com status de grande reforço. Sua contratação foi trabalhosa, cercada de idas e vindas. Surpreendentemente, depois de se apresentar na Curuzu, teve que se recuperar de uma lesão e não teve chance de mostrar qualidades.
Lecheva, que comandou o Paissandu nas três primeiras rodadas e foi afastado sumariamente, chegou a ser criticado por não lançar o novo goleiro. Afinal, uma das leis que regem o futebol é aquela que diz que todo time começa com um grande goleiro. Não é, obviamente, a situação atual do Paissandu. Marcelo pode até nem ser melhor tecnicamente que Zé Carlos, mas ainda não permitiram que seja avaliado.
Quando uma vitória importante não consegue sufocar as inquietações da torcida com a defesa, alguma coisa precisa ser feita. Dos três gols marcados pelo limitado time do Guaratinguetá, o goleiro falhou no segundo e podia ter se antecipado ao atacante no lance do terceiro.
As falhas deixaram a forte impressão de que, além de outros problemas relacionados com a zaga e a marcação, o Papão precisa urgentemente de um goleiro. Contra o São Caetano, a repetição de erros tão sérios não será mais atribuída exclusivamente ao jogador. Certamente será debitada na conta de quem o escala.
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Leão precisa de ações concretas
Às voltas com uma dívida trabalhista monstruosa e enfrentando bloqueio judicial de sua receita, o Remo vive momentos de indefinição. Com a licença do presidente Sérgio Cabeça, o vice Zeca Pirão assumiu o comando e tenta à sua maneira desfazer os nós da administração do clube. Abriu um canal para que a torcida se manifeste, apelou aos azulinos para que ajudem o Remo e anunciou apoio às propostas de mudanças defendidas pelos sócios. É, sem dúvida, um avanço.
Mas, para que essa postura não seja interpretada como mero factóide ou manobra protelatória, Pirão terá que partir para atos concretos. É válido apoiar as mudanças e estimular a participação de sócios e torcedores, mas não pode ficar só nisso.
A essa altura, talvez a melhor alternativa fosse mesmo antecipar o pleito programado para 2014. O Remo não pode mais esperar enquanto os problemas se acumulam. E, mais do que nunca, a proposta de eleições diretas deve nortear o pensamento dos que são responsáveis pelo clube.
Só a ampliação do número de votantes trará a legitimidade necessária e o apoio popular para os passos (nem sempre fáceis) que devem ser dados em nome da sobrevivência do clube.
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Nobre arte de volta à ribalta
Os salões do Pará Clube servirão de palco para uma grande noitada de boxe, hoje, que terá como evento principal a disputa do título brasileiro dos médios entre o campeão John Anderson e o desafiante Odair Teodoro. A programação inclui várias lutas na preliminar, com destaque para o duelo pelo título paraense entre Jackson Neguinho e José Ricardo.
A promoção é da Associação Zezé do Boxe, que se mantém como um dos pilares da nobre arte no Pará. Zezé é originário de Baião e um baluarte do pugilismo, acumulando sacrifícios sem conta para continuar a formar lutadores e a tirar menores da rua através do esporte.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quinta-feira, 04)
Vendo os gols que levamos vejo que o Zé Carlos é um goleiro travado, medroso e indeciso…é assim na sequência dos gols que levamos. Um goleiro assim não tem como dar tranquilidade a time nenhum. O segundo gol então …o Edson Cimento na época dele sairia rasgando com o corpo na frente do atacante.
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Outro detalhe…no terceiro gol…num cruzamento sem muito ângulo pro atacante chutar direto…o Zé Carlos estava na linha do gol, quando ele deveria está dois passo a frente pra interceptar o cruzamento. Isso conota que ele não tem confiança nesse requisito e espera que os zagueiros afaste a bola e a zaga fica esperando que o goleiro saia rasgando pelo alto. Isso tá sendo crucial nos gols que estamos levando em bola alçada pra nossa área. Te dizer…ninguém merece esse goleiro.
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Não gosto de me meter em assuntos do rival, mas quando todos os goleiros de um time não estão bem, o problema pode está no preparador de goleiros.
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Esperemos que o técnico Givanildo tome as devidas providências
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O treinador de goleiros do Paysandu é o Ronaldo, está explicado o por que de tantos vacilos do Zé Carlos.
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Realmente, o Zé Carlos é o retrato do Ronaldo.
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égua, Fora Ronaldo já!!!!!!!!!!
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Qual foi a lista de jogadores que expirou o contrato com o Remo ?
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Berg, Mauro Pastor, Jayme, Gerônimo, Diogo Capela, Carlinho Rech, Diego Ratinho e Dida.
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Goleiro é uma posição onde o rodízio muitas vezes é uma boa medida. Estimula o “reserva” e faz o “titular” não se acomodar. Até na Espanha o Del Bosque faz isso. Muito goleiro deve preferir jogar na C a ser eterno reserva na B e não aparecer na mídia. Nem pro aquecimento junto com os companheiros ele sai do banco. Deve ser muito desestimulante.
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Tenho consideração pelo Ronaldo, o preparador de goleiros do PSC, mas pode ser que ele seja, de fato, fraco para essa função… Mas o Zé Carlos é fraco também, nitidamente. Esses erros dele, ao longo do campeonato, podem custar muito caro ao PSC.
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Quando jogava bola lá pelas décadas de 70 o que mais o meu treinador cobrava era a antecipação na saída para interceptar os cruzamentos. Ficava horas e horas repetindo cruzamentos e saídas do gol. Também era muito valorizada a reposição, o passe certo em direção ao companheiro melhor posicionado para o contra-ataque.
No meu tempo de criança, apesar de ser bicolor, ficava assistindo os treinos do Dico que mesmo pequeno para a posição era um gato na área.
Hoje vendo o Zé Carlos, a única coisa que posso falar de positivo é quanto a reposição de bola pois os demais fundamentos são problemas trazidos da base e o que me faz pensar que “não se ensina truques novos a cachorro velho!”.
A carência de um goleiro para o Paysandú já vem sendo sentida desde o fim da série C, quando perdemos a chance de renovar com os dois que tínhamos e passavam segurança.
Porém de tudo que se fala até aqui não somente do goleiro mas pelo fraco desempenho do time em campo é que os defeitos da era Lecheva estão se perpetuando no período Givanildo.
Abre o olho Papão que série B é muito mais que um parazão!
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Chega a intrigar a péssima safra de goleiros do Papão neste ano!
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Penso, Gerson e amigos, que os maiores culpados, depois do Lecheva, são os que contrataram esses jogadores e não só o goleiro. Nesse caso, ao contrário do post, penso que o Givanildo seja o único que não pode ser culpado, dessa contratação, que diziam ser “cirúrgicas”, pois não participou de nenhuma delas…. Giva está tentando organizar o desorganizado Paysandu que recebeu, e que todos diziam que estava organizado… É só o torcedor ter calma, afinal, quem garante que o Marcelo, é melhor que o Zé Carlos? Ainda bem que o técnico, é o Giva e não vai fazer modificações, pelo que pensam os outros e sim, pelo que ele observar… O mais importante, amigos, não é esse ou aquele jogar, e sim o Paysandu sair vencedor..
É a minha opinião.
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Berg quebrava um galho no Papão, não? Esse “loirinho” não dá.
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E muito, amigo Maurício…E ele deve fechar com o Paysandu…
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Desde o primeiro jogo no campeonato paraense, contra o São Francisco, que ficou que o goleiro atual do rival “estava em má fase”.
Quanto à dívida do Leão cumpre lembrar que não faz muito tempo, um diretor jurídico deixou o Clube sob a propaganda de que havia deixado o passivo quase todo liquidado. Acreditou quem quis.
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Não seja injusto e impreciso, amigo Oliveira. Eu divulguei a informação, repassada pelo então diretor jurídico do Remo Ronaldo Passarinho, que enviou documentos oficiais comprovando isso. O débito, que há três anos era superior a R$ 8 milhões, caiu para menos da metade, graças às negociações e acordos celebrados com a Justiça. Ocorre que essa dívida dizia respeito a 104 processos. Ela voltou a crescer em face dos novos 139 processos surgidos na gestão Sérgio Cabeça. A matemática é simples e o ex-diretor não é exatamente o culpado disso.
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Amigo, depois de passar em revista as várias postagens asobre o assunto feitas aqui no blog, me convenci que não há injustiça, tampouco imprecisão no meu comentário.
Na realidade, os dados um tanto genéricos que você registra agora, no comentário 18 se comparados a outros que voce registrou antes, só mostram que se há imprecisão esta há de estar nos relatórios que o jurídico do clube faz chegar na imprensa. Basta que você faça uma pesquisa para constatar.
Enfim, dada a discrepância que você vai encontrar, você vai ver que não há que se falar em injustiça, máxime quando se leva em conta que referido diretor deixou o clube no final de 2012 e agora que começamos o segundo semestre de 2013. Mas, vida que segue.
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Desculpe pelos erros no meu 1º post , amigos….. Foi o teclado..rsrs
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NÃO É PAISSANDU GERSON NOGUEIRA!!!!! É PAYSANDU!!!!
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Gostaria de saber quando a pessoa que escreve este blog irá escrever o nome do PAYSANDU de forma CORRETA?
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Escrevo da maneira correta, meu caro. A questão é de estilo e respeito à norma culta. Era assim que se escrevia até 2003, quando Globo e o então presidente Artur Tourinho decidiram adotar a grafia da ata de fundação, no começo do século. Não me sinto obrigado a seguir a maré e, por coerência, escrevo da forma que considero certa.
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Perfeito Gerson! É por aí mesmo !
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