Remo vence Castanhal no primeiro teste

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O Remo passou com dificuldades pelo Castanhal no primeiro teste do time que Flávio Araújo está formatando para o Campeonato Estadual do próximo ano. Apesar da vitória magra, por 2 a 1, o técnico azulino considerou proveitoso o amistoso realizado no estádio Evandro Almeida na noite desta sexta-feira, diante de um público total de 4.343 pagantes (renda de R$ 44.930,00). O primeiro tempo terminou empatado em 1 a 1. O meia Edilsinho marcou para o Remo, cobrando falta, aos 5 minutos. O Castanhal não se abalou e seguiu levando perigo em contra-ataques proporcionados pelo ainda pouco entrosado meio-de-campo remista. Aos 24 minutos, o meia Frank aproveitou a indecisão da zaga do Remo e empatou o jogo. No segundo templo, apesar da impaciência de parte da torcida, Flávio Araújo fez várias alterações e substituiu o centroavante Val Barreto por Fábio Paulista, que mostrou desenvoltura e acabou fazendo o gol da vitória, após tabelinha com Guilherme. Antes, havia feito grande jogada, passando a bola para Branco marcar, mas o árbitro assinalou impedimento. O jogo terminou em ritmo de treino, mas a torcida saiu com boa impressão dos estreantes Fábio Paulista, Guilherme, Branco e Edilsinho, os demais estiveram em nível apenas discreto. 

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O time titular formou com  Fabiano; Zé Antônio, Carlinhos Rech, Henrique e Tiaguinho; Nata, Jhonnatan, Endy e Edilsinho; Val Barreto e Branco. No segundo tempo, Araújo lançou Paulista, Guilherme, Biro e Diego Ratinho. O técnico avaliou que a equipe ainda tem muito a evoluir quanto a entrosamento. Vários jogadores considerados importantes não estrearam. (Fotos: DANIEL PINTO/DIÁRIO)

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O adeus do amigo Tavernard

destaque-231305-tavernardnevesO blogueiro registra, com pesar, o falecimento do amigo Tavernard Neves, ocorrido na madrugada desta sexta-feira. Doente há várias semanas, de problemas pulmonares, Tavernard era um grande companheiro, além de competentíssimo analista esportivo (trabalhava na Rádio Marajoara). Tinha 71 anos de idade, completados no último dia 8 de dezembro. Trabalhou durante anos na área de propaganda, mas esteve sempre ligado – como repórter, narrador e comentarista – ao radiojornalismo esportivo. Por muito tempo, brindou-nos com sua presença sempre arguta e inteligente aqui neste espaço. Que Deus o acolha em bom lugar.

Vote no hiper mico da temporada

O lance aqui é escolher o Hiper King Kong da temporada. Listei para este super tira-teima de fechamento do ano os mais votados no blog. Vote e justifique.

1) Remo perde o título estadual em 5 minutos de apagão e negocia a desistência do Cametá da Série D pra ficar com a vaga. Depois de uma campanha pífia, com um time cheio de pernas-de-pau e de experimentar três técnicos, acaba eliminado pelo Mixto no Mangueirão, logo no primeiro mata-mata.  

2) Luiz Omar contrata Marcelinho Paraíba, mas jogador chega e não se apresenta porque não recebeu adiantamento da grana, conforme combinado. Paraíba foi liberado, pois não podia mais jogar na temporada – mas LOP só descobriu isso depois de gastar com o “passeio” do jogador por Belém. 

3) Ricardo Teixeira deixa a CBF, acuado por uma saraivada de denúncias. José Maria Marin assume e decide pagar mesada mensal de R$ 120 mil para o ex-manda-chuva, a título de “consultoria”. Além disso, mantém o “mensalinho” para presidentes de federações, como Antonio C. Nunes, do Pará. 

Detalhes da operação Pato no Corinthians

Por Paulo Vinícius Coelho (ESPN)

Se Alexandre Pato é um bom negócio para o Corinthians ou não, o tempo dirá. Se o Milan quer vender, bom sinal não é. E o Milan quer. Mas o Corinthians pondera esse fator também. Pato é o jogador que mais tempo passa no Milan-Lab, o polêmico departamento médico milanista. Pirlo era recordista três temporadas atrás, antes de se transferir para a Juventus e se tornar o melhor jogador do Campeonato Italiano.
Por questões assim, o Corinthians aposta que pode recuperar Pato.
Por que, então, o Corinthians está perto de acertar a contratação do centroavante do Milan, se o Paris Saint-Germain não conseguiu, oferecendo 28 milhões de euros em janeiro, contra os 15 milhões de euros  pelo clube brasileiro agora. Porque Pato se convenceu de que é bom sair. E de que é bom voltar para o Brasil, um ano e meio antes da Copa do Mundo.
Em 12 de janeiro, Pato estava vendido ao Paris Saint-Germain e o Milan usaria o dinheiro para contratar Carlitos Tévez, na época em litígio com o Manchester City. Pato vetou o negócio e o Milan… pagou o Pato mais dez meses.
Agora é diferente, é o que garante a edição desta quinta-feira de La Gazzetta dello Sport. Pato quer o Corinthians, o Milan quer vender e só falta o dia 3 de janeiro para ratificar o negócio. Pato será do Corinthians.
Vale a pena? O tempo dirá.
Positivo: o Corinthians não pensa em contratações como forma de fazer dinheiro na venda futura, como escrevi na coluna Quem paga o pato, no Estadão do último domingo.
No passado, até os anos 90, comprar carro era investimento. Muita gente comprava pensando no dinheiro arrecadado na venda futura. Mudou. Há muito tempo, carro se tornou consumo, para as famílias brasileiras.
Do mesmo modo, na Europa, jogador de futebol é consumo, não receita.
Receita vem de contrato de TV, patrocínio, marketing, bilheteria, receita em dia de jogo…
O Corinthians, hoje, pode pensar assim. Isso é bom.
Mesmo que Pato não seja uma contratação com 100% de garantia de sucesso.

Som na madrugada – Milton Nascimento/Lô Borges, Tudo Que Você Podia ser

O mérito. Ou não

Por Janio de Freitas (Folha de S. Paulo/DIÁRIO)

O chamado julgamento do mensalão remexeu com mais mentes e corações do que apenas os dos réus. Encerradas as sessões julgadoras, as ideias e posições continuam dando cambalhotas que fazem as surpresas do governo com o ministro Luiz Fux parecerem insignificâncias. Em entrevista sem razão de ser – entrevista-vitrine, digamos – entre o pedido de prisão dos condenados e sua decisão a respeito, o ministro Joaquim Barbosa encaixou uma revelação perturbadora: é contrário ao sistema de promoção de juízes por mérito. O fundamento dessa originalidade: “A politicagem que os juízes de primeiro grau são forçados a exercer para conseguir uma promoção é excruciante”.

E o mérito é o culpado? Ou é ele o vitimado? O que o ministro diz ser o usual para a promoção dos juízes já é a exclusão do mérito. Logo, sua proposta é excluir o que está excluído. Mas, sendo “a politicagem” um método que “denota violação ao princípio da moralidade”, esse método é que deveria acabar. Para restabelecer-se, e não para excluir, o valor do mérito. E ver-se o ministro Joaquim Barbosa satisfeito com as promoções por merecimento, e não por picaretagem social e política.

Mas reconheço a originalidade da insurgência contra o mérito exposta pelo presidente do Supremo Tribunal Federal. Pode até servir para me dar uma sobrevida aqui, considerada a influência que outras atitudes originais do ministro lhe conferiram. Mas é verdade que nunca li, ouvi ou imaginei uma condenação do mérito. Ainda mais em nome da Justiça.

Já estou refeito do traumatismo mental e moral sofrido quando dei literalmente de cara, sem prévio aviso (por favor, não confundir com aviso prévio), com as alegações do procurador-geral Roberto Gurgel, no pedido de prisão dos condenados pelo mensalão.

Ele considerou necessária a “definitividade” (ai! dói ainda) às condenações, com a consequente impossibilidade de recurso contra o que é dado como definitivo. Sem as prisões imediatas e com os recursos previstos, o procurador-geral considera, e gostaria de impedir, que será “excessivamente longo” o tempo até a conclusão da ação penal 470, com os condenados na prisão. Os recursos, se ocorrerem, não serão atos judiciais inventados pelos advogados de defesa para os réus do mensalão. Seu uso está autorizado pela Constituição, pela legislação específica e previsto pelos regimentos do Judiciário.

No caso, ao Supremo Tribunal Federal compete considerá-los ou rejeitá-los. Manobras para impedir que ocorram são atos contra a Constituição, a legislação específica e os regimentos. São, portanto, contra a República e seu sistema judiciário. Para cuja defesa existe, entre outros fins, e como o título indica, o cargo de procurador-geral da República.

O recém-empossado ministro Teori Zavascki considera que “o excesso de exposição não colabora para as boas decisões” do Supremo. Talvez se dê o oposto, às vezes. Como pareceu se dar nos julgamentos das células-tronco e das terras indígenas de Roraima, por exemplo.

Para a aparente maioria, foram boas decisões. Mas o que importa na opinião autorizada do ministro é trazer, implícita, a ideia de que as decisões do Supremo são suscetíveis, por contenção ou por exibicionismo, de influenciar-se pela exposição aos cidadãos em geral. Eu é que não dou exemplos de.

O passado é uma parada…

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Emerson Leão, quase garoto, ao lado do Rei Pelé durante um treino das “feras do Saldanha” ao longo das eliminatórias para a Copa do Mundo de 70.

Zé Augusto terá festa de despedida em junho

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A esperada festa de despedida do atacante Zé Augusto, ídolo da Fiel, vai acontecer em junho de 2013. Segundo o presidente Vandick Lima, após conversa com Zé na manhã desta quinta-feira, a ideia é aproveitar o recesso da Série B, em função da Copa das Confederações. O sonho declarado do Terçado Voador é encerrar a carreira disputando um clássico Re-Pa. Durante o encontro, Vandick e Zé acertaram as pendências existentes entre o Paissandu e o atacante. O presidente garantiu ao ídolo que o clube irá pagar tudo o que lhe deve, ficando por definir o parcelamento do dinheiro. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)

O adeus do velho Noriega

Aquele Brasil e Inglaterra de 1959, em que Julinho Botelho foi vaiado por substituir Garrincha, fez um gol logo no início e saiu aclamado do Maracanã. O Corinthians 4 x 3 Palmeiras de 1971 ou a conquista do mundial de clubes de basquete do Sírio, em 1979. Foram muitos os jogos que Luiz Noriega dizia terem sido inesquecíveis. Narrador e comentarista (de 1962 a 1990, fez todas as Copas do Mundo), foi um dos principais locutores esportivos do Brasil. Filho de um espanhol que tinha uma botica e de uma dona de casa brasileira, nasceu em Nova Aliança (SP), mas foi criado em Olímpia. Estudou para ser professor, chegou a cursar direito na USP (sem concluir), mas acabou enveredando para o rádio. Começou na Difusora de Olímpia, na década de 1940.

Nos anos 1950, veio para São Paulo para trabalhar na Tupi. Sondado pela concorrência, ganhou aumento de Assis Chateaubriand e foi mandado para uma rádio dos Diários Associados em Recife. Em 1969, já de volta, entrou para a Cultura, onde ficou até 1987. Passou ainda pela TV Gazeta, na qual fez o programa “Campeões da Bola”. Ligado ao tênis, atuou como vice-presidente da federação paulista e foi assessor de imprensa da entidade.

Recusou convites para trabalhar fora de São Paulo, pois, além de adorar a cidade, queria ficar perto dos amigos e da família. Era casado com a pedagoga Ângela desde 1965. Passara por uma cirurgia devido a problemas oncológicos, segundo o filho Maurício Noriega, comentarista do SporTV. Morreu anteontem, aos 82, de infecção generalizada. Teve três filhos e três netos. (Da Folha de S. Paulo)