Por Gerson Nogueira
Sempre que um grande clube é rebaixado surge aquela retórica sobre a importância de aprender com os erros. Para o Palmeiras, que confirmou ontem a segunda queda para a Segunda Divisão em dez anos, a lição não teve grande utilidade.
Por incompetência administrativa, guerra de vaidades entre dirigentes e erros em cascata nas contratações, o glorioso alviverde paulista não teve a capacidade de se segurar na Série A, apesar do orçamento polpudo e das fortes tradições.
Chama atenção que, ao contrário de agremiações mais modestas, o Palmeiras tenha contratado nos últimos dois anos alguns dos mais prestigiados (e caros) técnicos nacionais. Passaram por lá Vanderlei Luxemburgo, Muricy Ramalho e Luís Felipe Scolari.
Dos três, somente Felipão conseguiu um título relevante. Conquistou a Copa do Brasil no primeiro semestre deste ano em campanha pouco brilhante, mas extremamente pragmática.
Detentor da maior quantidade de títulos nacionais, o Palmeiras tem torcida imensa em todo o país e uma história recheada de grandes façanhas. Na primeira queda, há 10 anos, o caminho que levou ao despenhadeiro foi traçado por um barulhento conflito interno.
O filme se repetiu por inteiro nesta temporada. Grupos rivais se digladiam pelo controle do clube, com ataques de parte a parte e isolamento do presidente. Nas últimas semanas, Arnaldo Tirone dedica-se a tentar explicar o desastre de gestão e, como sempre, atribui a desdita à falta de sorte. Como se tudo pudesse ser debitado ao imponderável.
No caso das agremiações tradicionais, o rebaixamento jamais pode ser atribuído ao azar. No máximo, pode-se dizer que o clube deu o tremendo azar de ser administrado por gente tão incompetente.
Poucos clubes tiveram, de fato, o desprendimento para sair do fundo do poço e se encaminhar aos píncaros da glória. O Corinthians talvez seja o melhor exemplo. Depois do rebaixamento, pacificou as correntes internas e voltou com fôlego redobrado.
De alvo da gozação geral, tornou-se símbolo de boa administração e usufrui hoje os resultados dessa grande transformação. Ironicamente, é o melhor exemplo a ser seguido pelo arquirrival Palmeiras.
————————————————————–
Zé Augusto super-herói
Joe Bennett, paraense que é um dos maiores desenhistas de HQ do mundo, foi convocado a tornar realidade o primeiro super-herói em homenagem a um jogador de futebol. Bennett, que emprestou seu traço privilegiado a personagens consagradosSerá o Super ZEH, imortalizando o atacante Zé Augusto, um dos ídolos da Fiel Bicolor.
A inspirada ideia partiu do departamento de marketing da Chapa Centenário, encabeçada por Victor Cunha (com Ambire Gluck Paul na vice-presidência), que concorre à presidência do Paissandu. Tem tudo para ser o grande destaque da campanha eleitoral no clube.
————————————————————–
Em defesa da sede
A torcida do Paissandu se mobiliza para arrecadar dinheiro que garanta a suspensão do leilão da sede social. Na quinta-feira, haverá programação festiva na sede, com exibição do jogo Icasa x Paissandu em telão. Haverá sorteio de brindes e apresentação de grupos de pagode, a partir das 17h. A ideia é atrair o maior número possível de torcedores que contribuam para a importante causa.
————————————————————–
Presente em preto e branco
Registro (e agradeço) um presente natalino antecipado, ofertado pelo amigo Juca, um dos baluartes do blog: o livro “Ser Santista (Um orgulho que nem todos podem ter!)”, do jornalista Odir Cunha (Editora Leitura). Um completo registro da fabulosa história do Santos, desde antes de Pelé até nossos dias.
————————————————————–
Toda glória ao futsal
O futsal do Brasil quebrou ontem a impressionante sequência de três títulos mundiais da poderosa Espanha. Batalha renhida na Tailância, mas, pelos pés de Neto – e do sempre decisivo Falcão –, o time brazuca multiplicou-se em quadra e superou o fortíssimo entrosamento dos espanhóis. O título veio da melhor maneira: com um golaço de Neto a 19 segundos do final da prorrogação.
————————————————————–
Torneio Mônica Rezende
A Federação Paraense de Desportos Aquáticos promove, de 23 a 25 de novembro, o Troféu Mônica Rezende, no Parque Aquático da Uepa (na avenida João Paulo II). Inscrições e informações pelo e-mail fpda2006@yahoo.com.br. Nadadores devem se inscrever até amanhã. Segundo a presidência da FPDA, o torneio destina-se a não federados e todas as escolinhas de natação de Belém e interior podem participar.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 19)