Santa Cruz de Cuiagrana quer melar campeonato

Por se considerar lesado na elaboração da tabela do torneio, o Santa Cruz de Cuiarana ingressou na tarde desta segunda-feira com pedido de mandado de garantia junto ao Tribunal de Justiça Desportiva para impedir a realização da primeira fase do Parazão 2013. O Tigre do Salgado discorda da tabela, que programou três partidas fora de casa, sendo que a competição terá cinco rodadas em turno único. Para os advogados do clube, não houve critério para definir a ordem dos jogos. A Federação Paraense de Futebol usou como critério o fato de que os outros quatro clubes participaram do Campeonato Estadual do ano passado. Santa Cruz e PFC Paragominas são novatos. Na próxima quarta-feira, a FPF realizará uma reunião para tratar da primeira fase do Parazão. A primeira rodada está programada para começar no dia seguinte. (Com informações da Rádio Clube)

Goleiro é candidato a novo ídolo da Fiel

Nos exercícios a que o elenco do Paissandu se submeteu na tarde desta segunda-feira, numa academia de ginástica da cidade, o atleta mais assediado foi o goleiro João Ricardo. Depois das boas atuações sob o comando de Lecheva, o guardião (oriundo do Rio Branco-AC) firmou-se no gol alviceleste e devolveu a segurança que o time não tinha desde que Paulo Rafael se contundiu logo no começo da competição, na partida contra o Santa Cruz, no Recife. Além de conversar com alguns torcedores presentes à academia, João Ricardo foi alvo da atenção da garotada. É, sem dúvida, candidatíssimo a novo ídolo da Fiel. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)

Maestro reaparece e exibe a velha forma

Do Lancepress!

O elenco do São Paulo se reapresentou na tarde desta segunda-feira no CT da Barra Funda, e a grande novidade foi a presença do meia Paulo Henrique Ganso. O novo camisa 8 do Tricolor participou de atividades entre os jogadores que não atuaram os 90 minutos diante do Fluminense, no domingo. Os titulares ficaram na academia, no trabalho regenerativo.

Em um treino com dois minigols, em uma faixa lateral do campo, Ganso participou da atividade ao lado de Willian José e Henrique Miranda. Na primeira parte, contra o time composto por Casemiro, Cícero e Lucas Farias. Em seguida, diante de Cañete, João Filipe e Ademilson.

Sem apresentar cansaço, Ganso exibiu um bom repertório. Dribles rápidos, passes precisos e a técnica apurada apareceram em campo. O camisa 8 deu um “rolinho” e até marcou um gol contra, ao tentar afastar uma jogada aérea. Posteriormente, Ganso já se preparava para deixar o gramado e sentar no banco, contudo, o auxiliar técnico Éder Bastos pediu para que ele continuasse nas atividades e o meia acatou.

Em seguida, após a atividade, Ganso participou de um treino com o campo reduzido. Divididos em dois times, Ganso ocupou mais a faixa central do gramado, distribuindo bons passes e deixando os jogadores em boas condições para finalizar.

Parabéns, Alfred E. Neuman!

Por André Barcinski

A revista “Mad” está fazendo 60 anos. Veja aqui uma matéria que meu amigo Thales de Menezes publicou ontem na “Ilustrada”, sobre as seis décadas de uma das publicações juvenis mais engraçadas e influentes da cultura pop.

A “Mad” nasceu junto com o rock and roll, James Dean e Marlon Brando. Nasceu junto com o próprio conceito de “adolescente”, que é uma invenção do pós-Guerra.

Os adolescentes dos anos 50 nos Estados Unidos formaram a primeira geração de consumidores que não precisaram trabalhar para ajudar a família. Podiam ir ao cinema, ler gibis, tomar milk shake em drive-ins e ouvir rock and roll no rádio.

Foi ali que nasceu o conceito de “cultura pop”, quando a indústria percebeu o potencial de consumo dessa massa e passou a produzir para ela. Até então, o “teenager” ouvia os discos dos pais e via os mesmos filmes. Devia ser um saco.

A “Mad” surgiu nessa onda, e praticamente inaugurou um tipo de humor que se tornaria o mais popular e influente nos Estados Unidos: a paródia à cultura pop.

Impossível pensar em “Saturday Night Live”, nos filmes de Zucker-Abrahams-Zucker (“Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu”, “Corra que a Polícia Vem Aí”) e em “South Park” sem falar da “Mad”.

Foi a “Mad” que começou a parodiar filmes, cantores e séries de TV. Quando a cultura pop dominou a sociedade americana, a “Mad” estava lá para lembrar que nada estava à prova de esculacho.

Nenhum astro de Hollywood, por mais famoso e rico que fosse, estaria imune a uma boa sacaneada. A revista parecia dizer: “Não se deslumbre pela fachada de respeitabilidade; no fundo, somos todos idiotas.”

O mesmo aconteceu com políticos. Sobrou para todo mundo. E quando Richard Nixon caiu, em 1974, os leitores da “Mad” já estavam acostumados a vê-lo esculhambado de todas as formas.

A revista também nunca ligou para a correção política. E nem deveria, já que nasceu antes do próprio conceito existir.

Já li entrevistas com Matt Groening (criador dos “Simpsons”), Mike Judge (“Beavis e Butthead”) e Steve Martin, em que diziam que suas vidas mudaram depois que conheceram a “Mad”. Se para melhor, ninguém sabe. Mas, com certeza, mudaram.

Contra o clima de oba-oba

Por Gerson Nogueira

Depois da euforia inicial pela vitória de 2 a 0 sobre o Macaé, na última sexta-feira, o Paissandu começa a voltar à realidade a partir da reapresentação dos jogadores, prevista para hoje, na Curuzu. É o momento de cercar o grupo da dose correta de maturidade, mantendo o otimismo, mas sem perder de vista todos os riscos que envolvem o jogo de volta, sábado, no Rio.

Logo depois da partida, em reação natural nas circunstâncias, várias declarações de jogadores e dirigentes passavam a impressão de que a parada estava praticamente decidida. Essa manifestação talvez tenha sido provocada pela postura apática e dispersiva que o Macaé teve na parte final do jogo em Paragominas. Nada mais enganoso num confronto de mata-mata.

O representante fluminense parecia, de fato, entregue nos instantes derradeiros, mas a falta de combatividade talvez encontre explicação no cansaço físico. Depois de correr muito no começo da partida, procurando marcar em cima, os jogadores já demonstravam um grande desgaste no final do primeiro tempo.

Penso que, em circunstâncias normais, a equipe teria sido mais diligente na busca pelo gol como visitante que tanto lhe beneficiaria. Ao mesmo tempo, não se pode subestimar o Macaé em face da má jornada na Arena Verde. Classificou-se em primeiro lugar no Grupo B da Série C, com campanha de encher os olhos. É improvável que tenha, de repente, tenha virado um timeco qualquer.

Pelas informações da imprensa carioca, a atuação confusa e atrapalhada do segundo tempo está longe de ser um retrato fiel do Macaé. Apesar da larga vantagem que o Papão leva para a decisão, é preciso tomar as devidas cautelas e encarar o adversário com respeito.

Por tudo isso, cabe à comissão técnica do Paissandu orientar os jogadores para não se deixarem contagiar pelo clima de oba-oba que domina boa parte da torcida. Prudência nunca é demais. Lecheva, cujas virtudes incluem a capacidade de se comunicar bem com os atletas, tem a responsabilidade de aprumar as ideias e fazer com que todos encarem o Macaé com olhos bem realistas.

A euforia é perdoável no torcedor, cujo papel é o de incentivar o time e comemorar grandes vitórias. O triunfo obtido em Paragominas foi importantíssimo, deixou o Paissandu a um passo do acesso à Série B, mas precisa ser confirmado no confronto de volta. Que será naturalmente mais tenso e difícil do que o primeiro embate. Encarar as coisas dessa forma é meio caminho andado para um bom resultado.

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Frederico é o cara!

Poucas vezes um campeão brasileiro se mostrou tão dependente de um jogador como o Fluminense em relação a Fred. O artilheiro, cuja carreira meteórica foi atrapalhada pela incrível sequência de lesões, anda jogando com tanta confiança que contagia os companheiros. É fácil observar esse sentimento nas comemorações de gol, como o de ontem, diante do São Paulo.

Há algo no time como fé cega em seus poderes para reverter situações desfavoráveis. O jogo do Morumbi não foi uma exceção. Tem sido assim ao longo de todo o campeonato. Ainda no final do primeiro turno, quando o Atlético-MG ainda liderava a competição, cheguei a vaticinar aqui mesmo na coluna a certeza de que o time com mais fôlego para cruzar a linha de chegada era o Tricolor carioca.

Essa certeza não vinha do comando técnico. Abel é um treinador comum, algo assim como um Joel Santana melhorado ou um Felipão mais jovem. Agrega os atletas, funciona como paizão e tem lá seus conceitos enraizados quanto a jogadas ensaiadas. Nada genial ou brilhante.

Que ninguém se iluda, o segredo do Flu está no elenco tecnicamente acima da média. Só não vê quem não quer. O clube conta com alguns dos melhores homens de meio-campo e ataque do futebol brasileiro. Deco, Tiago Neves, Jean, Wellington Nem e Rafael Sóbis, além do próprio Fred. Todos em nível de seleção.

Abel conseguiu dar ordenamento ao caos que imperava antes e agora o Flu tem um time, alicerçado em torno de seu jogador mais carismático e talentoso. Craque da grande área, Fred vive uma das melhores fases de sua carreira, talvez tão boa quanto a do período no Cruzeiro.

A maré é tão favorável que a bola bate em zagueiro e vem, dócil, para os seus pés. Contra o São Paulo, um vacilo da defesa permitiu que o cruzamento chegasse até ele. Em seguida, o chute perfeito, chapado. Quando garoto lá em Baião ouvia muito falar da figura do jogador iluminado, para quem tudo dá certo. Fred vive esse tal momento mágico, que raramente se repete.

É um afortunado porque seus méritos pessoais estão sendo canalizados em favor do time, que jamais estaria em situação tão confortável na tabela se não tivesse um goleador tão implacável. Além dos gols, Fred tem ascendência sobre os companheiros e funciona como líder positivo. Enfim, é o cara.

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Pobreza de ideias

O tempo passa, o tempo voa e o Remo segue fora de eixo. O anúncio de que uma das chapas que concorrem à presidência pretende contratar um empresário de futebol para cuidar do departamento profissional é a última piada em curso no clube.

Só mesmo mentes destrambelhadas poderiam ver como solução o que normalmente tem sido um problema em outras agremiações. Botar a raposa para cuidar do galinheiro não dá certo nem em contos da carochinha.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 05)

A frase do dia

“Classificar o Paissandu para a Série B será uma das maiores alegrias da minha carreira, como jogador e torcedor do clube. Penso que talvez não fique mais um ano e pretendo encerrar minha carreira no Castanhal, onde comecei, mas quero ter essa alegria como atleta do Paissandu”.

De Vânderson, volante do Paissandu, em entrevista ao Bola na Torre (foto acima).