BRASILEIRO DA SÉRIE C – Semifinais
Icasa-CE X Paissandu
BRASILEIRO DA SÉRIE C – Semifinais
Icasa-CE X Paissandu
“Suspeito sim que quatro jogadores do Paysandu se venderam. Provas eu não tenho e, tampouco, citarei nomes, mas suspeito que isso tenha acontecido naquela partida contra o Inter em Belém, no dia 17 de novembro de 2002”.
De Artur Tourinho, ex-presidente do Paissandu, confirmando suspeitas de amolecimento no time que perdeu para o Inter na Série A 2002.
Por Gerson Nogueira
Soou esdrúxula a desculpa dada pelo Palmeiras para o recuo nas negociações para adquirir o lateral-direito Pikachu, do Paissandu. O motivo seria o apelido do jogador. O presidente do clube paulista, Arnaldo Tirone, e o diretor de Futebol, César Sampaio, teriam desistido devido a pressões da torcida e gozações dos adversários.
O problema parece menos de preconceito quanto à alcunha do jovem lateral paraense e muito mais de ausência de recursos. O Palmeiras, como se sabe, acaba de ser confirmado na Segunda Divisão e não vive um momento particularmente próspero em termos financeiros.
Para os poucos inspirados dirigentes palmeirenses talvez seja mais conveniente espalhar a história do apelido do que admitir a necessidade de apertar o cinto. E se Pikachu é tão incômodo assim, o que dizer de Hulk, cujo apelido jamais causou embaraços maiores?
De mais a mais, rejeitar um jogador promissor como Pikachu pela razão risível do codinome inusitado não combina com um clube sempre permissivo nesse departamento. Beto Fuscão, César Maluco, Luiz Chevrolet Pereira e Cafu são figuras notórias da história do Palestra.
É verdade que os tempos globalizados exigem cuidados especiais com a denominação dos jogadores. Há um esmero exagerado – e, por vezes, hipócrita – com a imagem dos atletas. Tudo gira em torno das regras do marketing, como se talento fosse medido pelo nome.
Por conta dessa chatíssima onda marqueteira, nota-se cada vez mais nas escalações de times nacionais o predomínio de nomes compostos ou carregando o reforço dos sobrenomes. Quando se anunciam os times parece até relação de nomes aprovados em vestibular: Tiago Silva, Luís Fabiano, Diego Cavalieri, Tiago Neves, David Luiz, Lucas Silva, Fábio Santos, Diego Silva.
Nessa marcha, logo deixaremos de ver a presença saudável – e tipicamente brasileira – de alcunhas no futebol. Fico a imaginar o quanto a história do nobre esporte bretão seria murcha se essa moda existisse nos idos de 50, 60 e 70. Como imaginar o Santos sem Pelé, Botafogo sem Garrincha, Flu sem Cafuringa, Flamengo sem Zico, Cruzeiro sem Tostão, Vasco sem Dinamite?
Algumas das páginas mais gloriosas e inesquecíveis do futebol foram escritas por craques que ostentavam apelidos insólitos. A questão é que nome nunca ganhou jogo. A extinção progressiva dos apelidos pode funcionar, no máximo, para ações de marketing, mas não acrescenta rigorosamente nada ao esporte. Pelo contrário, contribui para diminuir a graça da coisa.
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Pelada vitoriosa na Bombonera
O estádio tem história das mais relevantes, merecia um jogo de mais qualidade. Quis o destino, porém, que a primeira exibição da Seleção Brasileira em La Bombonera fosse uma pelada monumental. A vitória argentina no tempo normal, com gol no último minuto, não teve maior brilho. O triunfo brasileiro nos penais foi apenas protocolar.
A partida foi um festival de faltas, trombadas e passes errados. Talvez tenha sido um dos piores clássicos entre Brasil e Argentina. Montillo, responsável pela rápida jogada do segundo gol argentino, foi disparadamente o melhor em campo. Do lado brazuca, Tiago Neves foi o mesmo de sempre, o que é patético para um selecionado nacional.
Com muitos claros nas arquibancadas, o Super Clássico não teve sequer manifestações mais apaixonadas da torcida. A bem da verdade, a disputa só teve um palco digno no duelo do ano passado no Mangueirão.
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Os reforços do Remo
Para o Remo, pelo visto, apelido não é problema. O atacante Flávio Caça-Rato, que defendeu o Santa Cruz na Série C, foi anunciado ontem como grande reforço para o Campeonato Paraense. Vem com o aval do técnico Flávio Araújo, que também respaldou mais nove contratações.
Com a exceção de Branco, ex-Águia, os nomes são quase todos desconhecidos entre nós, como Nata (meia), Célio Codó (atacante), Tragodara (volante), Válber (ala), Fabiano e Dida (goleiros), Carlinhos e Zé Antonio (zagueiros) e Tiaguinho (ala direito).
A vantagem da lista é que todos os contratados se inserem naquele patamar de salários modestos que a diretoria do Remo havia estabelecido. São jogadores com experiência no futebol nordestino e que devem se adaptar bem ao clima paraense.
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Esclarecimentos sobre o caso Ávalos
A respeito de matéria publicada na edição de ontem do Bola, sobre o caso Ávalos, o diretor jurídico do Remo, Ronaldo Passarinho, faz um esclarecimento dividido em três partes:
“1º Não houve, em momento algum, condenação contra o Remo.
2º Não haverá nova audiência no dia 13/12. O que está marcado para o dia 13 é o anúncio da sentença da juíza da 15ª Vara, às 13h.
3º Somente após ter conhecimento da sentença, o Departamento Jurídico estudará, se for o caso, a defesa do Remo”.
Ronaldo adianta, ainda, que enviará hoje à coluna o relatório do Jurídico remista que foi encaminhado à presidência do clube. Divulgaremos, no Bola, os resultados do trabalho desenvolvido por Ronaldo e sua pequena e valorosa equipe em defesa do Remo na seara jurídica ao longo dos últimos dois anos.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quinta-feira, 22)
Jogar no Barcelona tem muitas vantagens. Uma delas diz respeito aos mimos que os jogadores costumam receber. Nesta semana, cada atleta ganhou um automóvel Audi zerinho para entrar a toda velocidade na temporada 2012/13. A maioria dos boleiros optou pelo reluzente modelo Audi Q7 (avaliado em R$ 350 mil). A montadora alemã patrocina o clube catalão há sete anos.
Na disputa de penalidades, o Brasil venceu por 4 a 3 e levantou pela segunda vez o troféu do Super Clássico das Américas.