Do Comunique-se
O jornalista e escritor Alberto Dines foi o entrevistado da madrugada desta segunda-feira, 9, do programa ‘É Notícia’, apresentado por Kennedy Alencar na Rede TV. Durante o encontro, Dines falou sobre a relação entre jornalismo e política, o uso das novas tecnologias e defendeu o diploma para exercer a profissão. Com mais de 60 anos de atuação nos principais veículos do país e de estudo sobre a imprensa, Dines avalia a decisão de não exigir o diploma para a classe, tomada em 2009, como “um voto infelicíssimo de Gilmar Mendes”. Para ele, a saída primária do relator do caso foi argumentar que o jornalismo não é profissão, e sendo assim não precisaria de diploma.
Segundo Dines, afirmar que o jornalismo é um “ofício eventual” é criminoso, pois tira o caráter institucional da imprensa num processo político. Ele diz que quando a profissão voltar a ser regulamentável seria válido debater o melhor tipo de formação, e cita a Universidade Columbia, onde o curso de jornalismo é ministrado em nível de pós-graduação e tem a duração de dois semestres com atividades práticas.
Alguém com 60 anos de profissão e 80 de idade, e que segue lucidamente produtivo na era da informática pesada, merece credibilidade no que pensa, escreve e diz. De minha parte também não concordo com a decisão do STF, mas é preciso ter presente que foram 8 votos a 1. E não esquecer o mesmo Ministro que relatou o process e votou contra o diploma, votou a favor do Palocci no incrível caso do caseiro.
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É um absurdo o que foi feito com a profissão de jornalista pelo STF, pior ainda é ver o que os próprios jornalistas fazem com sua profissão…
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O jornalismo (como muitas outras profissões) se fez e se faz até hoje sem necessidade de diplomas. É só ver os maiores nomes do jornalismo (e de muitas outras profissões) ao redor do mundo.
Como disse o Anônimo aí em cima, é só ter cuidado na seleção, especialmente nas redações locuções.
Nos anos 60 (aos dezessete, dezoito anos) trabalhei como repórter/ redator na Rádio Guajará ao lado de Carlos Sidom, Souza Cruz, Travassos, Flores. À época o Diretor era o Dr.Linomar Bahia. Havia
o Jornal do Dia, com os irmãos Walcyr e Walbert Monteiro, Armando Freitas (posteriormente foi para Santarém) e muitos outros que deixo de citar pelo espaço e também porque a memória já não é mais a mesma. Depois ainda exerci a função de revisor na “Folha do Norte.
Acho que isso me dá o direito de “dar pitaco” no assunto. Não só isso como o fato de ser leitor e ouvinte diário do jornal e rádio onde V.S.exerce excelentemente bem sua profissão. Tremendamente infeliz e injusto o senhor Gilmar Mendes ao afirmar que jornalismo não é profissão.
Para ser jornalista, radialista, trabalhar na TV,etc acredito que não há necessidade de diplomas. Quem quiser que os tenha – nada contra – mas acredito que um bom curso médio e PRINCIPALMENTE VOCAÇÃO é o suficiente.
Perdoem-me os que se sentirem magoados ou ofendidos mas, parodiando o Sr. Cláudio Santos, essa é a minha opinião.
PS.: Apesar de o colunista pensar que gosto de polemizar, não responderei contestações. Como já disse antes, estou emitindo minha opinião, apenas isso.
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Em tempo:
Nada do que escrevi acima significa que eu ache que jornalismo não é profissão. Apenas que não penso ser necessário ter diploma para exercer essa nobre e mui digna profissão.
É só abrir a Bíblia que temos um jornalismo que atravessou mais de quatro mil anos.
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Eu vi essa entrevista… Só queria poder encontrá-la na internet para rever. Dines discutiu pontos importantíssimos!
Alguém tem a entrevista completa aí? rs
P.S.: Cuidado, Dines não disse só isso em relação ao diploma.
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