Com mudanças forçadas na composição de meio-de-campo, o Paissandu vai a Marabá enfrentar um adversário direto na luta por uma das vagas à próxima fase do Brasileiro da Série C e que vive um momento de ascensão técnica. Sandro e Fabrício, titulares absolutos da meia cancha alviceleste, estão fora da partida contra o Águia, deixando Charles Guerreiro com um tremendo abacaxi para descascar.
É justamente ali no meio-campo que o Paissandu tem conseguido se impor perante os adversários de grupo. O destaque obtido pelo time, líder da chave e um dos melhores em índice técnico de toda a competição, tem a ver diretamente com o entrosamento de seu quadrado de meio-campistas.
Para a vaga de Sandro, a substituição natural é Alexandre Carioca, que marca bem e se posiciona de forma mais defensiva. Com ele, a equipe fica mais sólida no bloqueio, mas perde bastante quanto à qualidade de passe e alternativas ofensivas que Sandro cria.
Fabrício deve ser substituído por Tiago Potiguar ou Vaninho. A lógica diz que Charles vai recuar Tiago, recompondo parte do quadrado original com os titulares Tácio e Marquinhos. A opção por qualquer outro jogador deixaria o setor inteiramente desfigurado em relação à formação usada (com êxito) desde o campeonato estadual. Para o lugar de Tiago no ataque, Charles tem a opção de Dani Morais para jogar ao lado de Bruno Rangel.
No Águia, que teve boa folga depois da goleada sobre o Rio Branco, as palavras de João Galvão são sintomáticas: o time vai jogar no ataque, pois sabe que define nesta partida seu futuro no torneio. Se vencer, encosta no Paissandu e pode até ganhar a segunda posição – na hipótese de um tropeço do Fortaleza frente ao S. Raimundo, amanhã. Ao contrário, qualquer outro resultado reduzirá drasticamente as chances marabaenses de passagem à segunda etapa da Série C.
A grande fase da dupla de ataque Felipe Mamão-Torrô é outra boa perspectiva para João Galvão, que vai apostar na velocidade para tentar superar Charles e devolver a questionada derrota por 2 a 0 na Curuzu.
O empresário Marcelo Carneiro, conselheiro do Remo, em linha direta com a coluna, faz questão de esclarecer informação publicada na edição de ontem do Bola a respeito da sucessão azulina. Carneiro desmente qualquer apoio, dele e do também conselheiro Antonio (Tonhão) Carlos Teixeira, ao grupo do atual presidente Amaro Klautau.
Explica que ambos foram sondados por AK, durante encontro casual num restaurante, sobre a data das eleições e concordaram que, neste momento, as atenções devem se concentrar na busca de classificação do time à Série C. Nada mais que isso foi tratado na breve conversa. Até porque os dois conselheiros não apóiam a gestão de AK, complementa Carneiro.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste sábado, 28)