A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, tem 11 pontos de vantagem sobre José Serra (PSDB), segundo pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira. A petista está com 43% das intenções de voto contra 32% de Serra. Na última pesquisa, realizada entre 2 e 5 de agosto, a diferença era de cinco pontos: 39% a 34%.
A candidata do PV, Marina Silva, continua com 8%, e os demais candidatos juntos somam 1%. Brancos e nulos somam 7% e indecisos são 9%. Em um segundo turno, Dilma teria 48% e Serra, 37%, diz o Ibope.
Sobre o governo Lula, 78% dos entrevistados avaliam como ótimo ou bom, 18% como regular e 4% como ruim ou péssimo. A pesquisa, encomendada pelo jornal “O Estado de S. Paulo e a TV Globo, está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número 23.548/2010.
Foram realizadas 2.506 entrevistas entre os dias 12 e 16 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. Segundo o Ibope, considerando-se apenas os votos válidos, excluindo brancos, nulos e indecisos, Dilma tem hoje 51% das intenções de voto, enquanto Serra tem 38%, Marina tem 10% e os outros candidatos somam 1%. Esses números garantiriam a Dilma a vitória no primeiro turno. (Com informações da Folha de SP, Globoonline e Yahoo)
Paissandu x Fortaleza, domingo, no Mangueirão, terá 42 mil ingressos à venda. O pedido foi encaminhado pelo clube à Federação Paraense de Futebol (FPF). Para arquibancada, devem ser disponibilizados 30 mil lugares. Os valores dos ingressos devem ser mantidos: R$ 15,00 (arquibancada) e R$ 30,00 (cadeira). É objetivo da diretoria do Paissandu iniciar a venda dos ingressos na quinta-feira.
O último Datafolha, que praticamente apontou a vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno se as eleições fossem hoje, mandou José Serra violentamente às cordas do ringue. Justamente quando se inicia o período mais explosivo da campanha, com a entrada em cena dos programas de televisão, Serra terá que lidar com o desânimo de aliados, descrentes de uma virada. E com a mão fechada dos doadores de campanha. Essa turma, naturalmente, passa a não atender mais telefonemas dos tesoureiros de campanha. É uma quadra complicada.
Os ventos das próximas semanas, que carregarão no ar os programas de tevê dos candidatos, podem levar novas más notícias para Serra.
Por que? A própria campanha de Serra avalia internamente que os efeitos de suas aparições na televisão só farão efeito a partir do dia 8 de setembro. Daqui a três longas semanas, portanto. Ou seja, Serra só voltaria subir depois dessa data. Como administrar as expectativas dos aliados e eleitores neste período? Haja sangue frio.
Na briga eletrônica Serra tem de saída duas desvantagens. Uma é incontestável e pode ser medida em minutos: Dilma tem mais tempo de tevê do que ele. A segunda desvantagem relaciona-se ao cabo eleitoral. Serra é o maior cabo eleitoral dele mesmo. Para seduzir o eleitor conta com sua trajetória. É a mais completa e consistente entre os candidatos, mas no jogo eleitoral este não é o único atributo que conta.
Dilma, por sua vez, é carregada nos ombros do maior cabo eleitoral do país. Um apoiador de peso que já a puxou do traço nas pesquisas para os 41% das intenções de votos. Dilma só tem o que se beneficiar com Lula todos os dias na tela da televisão, com a câmera o mais possível fechada nele, pedindo votos para ela.
O desafio de Serra a partir de agora será convencer o eleitor de que a parada não será definida no dia 3 de outubro. Seu objetivo número 1 passa a ser o de levar a eleição para o segundo turno.
Quando um time vence por goleada normalmente deixa a impressão de que jogou muito bem. Raros são os casos em que o placar nada tem a ver com os méritos do vencedor. O Remo goleou o Cristal (AP), ontem, e não se pode dizer que não houve merecimento, mas cabe observar a fragilidade do adversário e os muitos embaraços para chegar ao escore dilatado. Depois de fazer o primeiro gol logo aos 6 minutos, abrindo caminho para um triunfo tranqüilo, o Remo abusou de finalizações erradas e chegou a irritar seu torcedor com a ausência de um definidor na área. Zé Carlos, o centroavante, cansou de perder gols em lances puxados quase sempre por Vélber, mais destacado jogador em campo.
Apesar das terríveis dificuldades de criação, as chances foram aparecendo naturalmente porque o Cristal errava passes no meio-campo e apresentava um buraco na entrada da área. Na vontade, através de Marlon pelo lado esquerdo e até dos volantes Danilo e Júlio Bastos, o Remo se fazia presente no ataque e quase foi para o intervalo com a goleada sacramentada.
No segundo tempo, diante das cobranças da torcida, Giba finalmente concordou em substituir Zé Carlos e Canindé, peças nulas em campo. Com Frontini e Gian em campo, a partir dos 20 minutos, o Remo se tornou consistente na transição para o ataque e os lances de área foram se sucedendo. Vélber puxou a jogada do segundo gol, marcado por Gilsinho, e fez o terceiro após tabelar com Gian.
Frontini desperdiçou um cabeceio, teve pouco espaço, mas tornou o ataque mais dinâmico. No apagar das luzes, Júlio Bastos fez (de cabeça) o quarto gol. Triunfo justo de um time que evolui, mas com percalços que poderiam ter sido evitados a partir da escalação de Gian desde o começo. Com um bom articulador, o jogo teria fluído melhor.
A insistência na escalação de Lima, Canindé e Zé Carlos, que não atravessam boa fase, além de desgastar os jogadores junto à torcida, torna o time mais travado, com embaraços até para trocar passes simples no meio de campo. Quando as peças certas entram, tudo parece mais fácil – e lógico. Contra adversários mais sólidos, esse equívoco pode ser fatal.
O Paissandu voltou a empregar em Santarém a estratégia que já havia utilizado em Fortaleza. Jogou encolhido, esperando a hora de dar o bote. Desta vez, o plano deu certo, principalmente porque o artilheiro Bruno Rangel estava em tarde inspirada e não desperdiçou as duas chances que apareceram. Na segunda, fez um golaço, limpando a jogada com um giro e arrematando à meia altura.
Quando atacado, ainda no primeiro tempo, Charles Guerreiro soube posicionar bem seu time e contou ainda com a soberba atuação do goleiro Alexandre Fávaro. Depois de estabelecer a vantagem, tratou de fechar ainda mais o setor defensivo e deixou o tempo correr. Substituiu Fabrício por Alexandre e ficou à espreita de chances para contra-atacar. Elas foram raras e na melhor Tiago Potiguar errou o toque final.
Grande vitória, que consolida o Paissandu como principal time do grupo e dono da melhor campanha de toda a Série C.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 16)
Boa noite, Gerson, primeiramente gostaria de parabenizá-lo pelo grande profissional que demonstra ser e pelos comentários imparciais e equilibrados que faz (todos os dias leio sua coluna no Bola). Porém, o que me traz aqui é para fazer um pequeno relato de certa indignação e também para lhe fazer uma pergunta. Todos os domingos eu me reúno com minha família na casa de meu sogro, na Cidade Nova, e todos nós somos torcedores apaixonados. Eu sou bicolor de coração e meu sogro e meu cunhado remistas. Vemos os jogos juntos, vamos aos estádios (cada um no seu), tenho amigos que torcem para o rival, tudo na maior confraternização e respeito. Só que no dia de hoje (domingo, 15/08) estávamos em frente da casa quando dois vagabundos em uma moto, com a camisa da dita organizada Terror Bicolor, passaram e sem nenhuma explicação jogaram uma garrafa de cerveja na direção de meu cunhado, que estava com a camisa do time que torce. A sorte é que a mesma se espatifou no muro. Veja bem: não era no estádio que estávamos. Era na frente da casa de meu sogro. A pergunta que lhe faço, Gerson, é: você, pela sua vivênca no futebol, acha que algum dia alguma lei vai moralizar realmente nosso futebol e extinguir de uma vez por todas esses bandos ditos “organizados” que até longe dos estádios atormentam nossas vidas? Desde já, eu lhe agradeço por disponibilizar seu e-mail para nós torcedores. (João Carlos 26 anos, torcedor apaixonado e consciente do Paissandu Sport Clube).