Dia: 2 de agosto de 2010
Papo de santistas no Twitter vira notícia
Um vídeo no Twitter após a vitória sobre o Grêmio Prudente, pelo Campeonato Brasileiro, era tudo que o Santos não precisava na semana decisiva da Copa do Brasil. Nele, o goleiro Felipe irritou-se com um torcedor que o chamou de “mãos de alface” e Zé Eduardo disse a Robinho, que alertava para o perigo do que os companheiros estavam fazendo, que ele não fará falta alguma quando for embora.
Quem comandava a ação em vídeo era Madson, que usava o Twitter do atacante Marcel para a transmissão e para explicar aos seus colegas de time o funcionamento da ferramenta. Em dado momento, um torcedor fez um comentário sobre o goleiro alvinegro, o chamando de “mãos de alface”. Felipe então apareceu usando óculos e respondeu: “Aí fera? aí? cadê? aí fera? o que eu gasto com o meu cachorro de ração é o teu salário por mês. Entao não f?”
Mais à frente, outro torcedor também provocou o goleiro Felipe: “O Felipe usa óculos… Está explicado porque não vê a bola.” Zezinho leu o comentário, e os outros jogadores riram. O goleiro questionou se o autor era o mesmo da crítica anterior, mas Zezinho disse que não.
De Santos, os jogadores titulares, que foram poupados da partida pelo Nacinal e sequer viajaram a Presidente Prudente, como Robinho, Paulo Henrique Ganso, entre outros, passaram a ficar preocupados com o rumo da transmissão do vídeo e começaram a fazer alertas.
Neymar mandou mensagens via Twitter. “Ae quem estiver falando com o madson e mais alguns! Fala pra eles que ta geral aqui na concentra manda eles falarem com a gnt aqui urgente!”, escreveu. “@madshow10 o robinho marcel wesley edu ph e eu estamos vendo vcs e marcel e robinho vao dar porrada em vcs kkkkkkk”, disse o atacante em outra mensagem. (Com informações da ESPN)
Há um evidente exagero na exploração dessas brincadeiras entre jogadores, via Twitter. A linguagem é descontraída (chula até) porque, no fim das contas, são boleiros conversando com outros boleiros. O tom é de farra. Nada que vá causar abalos na Bolsa de Tóquio.
A frase certeira (12)
“Podem esquecer Ashley Cole. Ele não será vendido por nenhum preço. Não há valor que possamos aceitar. Acreditamos que ele é o melhor lateral esquerdo do mundo e por causa disso ele vai ficar no clube.”
De Carlo Ancelotti, técnico do Chelsea, rechaçando o suposto interesse do Real Madri pelo lateral. Diante disso, só se pode concluir que há doido e incompetente para todos os gostos.
Ashley Cole é um enganador e talvez seja um dos piores do mundo na posição.
Paissandu faturou R$ 125 mil
O balanço dos números da bilheteria do jogo Paissandu x Águia, realizado na tarde deste domingo, na Curuzu. A renda bruta foi de R$ 201.068,00. Total de despesas: R$ 75.661,69. O Paissandu ficou com R$ 125.406,31 da arrecadação. Foram 9.993 pagantes e 624 credenciados. Público total no estádio: 10.617. Tinham sido postos à venda 13.140 ingressos. Informações repassadas pela assessora Iva Lima, da FPF. (Foto: MÁRIO QUADROS)
Domingo é dia de Bola na Torre
Bancada do programa Bola na Torre deste domingo, na TV RBA, com Guilherme Guerreiro na apresentação e participações de Giuseppe Tomazo, Lino Machado e este escriba baionense, lá na ponta-direita (epa, epa…). Curiosamente, nenhum belemense presente. Guerreirão é de Oriximiná, Lino de São Miguel do Guamá, Tomazão do Rio de Janeiro e eu vim, como se sabe, de Baião. Na direção, Toninho Costa, oriundo de Igarapé Miri. E o registro fotográfico é do craque Mário Quadros, nascido em Bragança.
Som na madrugada – Dido, White Flag
Coluna: Sem brilho, mas eficiente
O Paissandu, que não encontrava facilidades no começo, abriu caminho para a vitória através de uma manobra individual do lateral-direito Bosco, logo aos seis minutos. O mesmo Bosco fecharia o escore, já nos acréscimos, cobrando penalidade cometida pelo zagueiro Ari. Foi um jogo feio, tecnicamente pouco interessante e até mesmo sem a vibração de outros confrontos entre os dois times.
Ocorre que bons times sabem aproveitar as oportunidades, através de ações coletivas ou iniciativas isoladas. O gol de abertura, num disparo forte de fora da área, tranquilizou o time e permitiu usar a estratégia de ficar esperando pelo Águia. Um jeito meio estranho de conduzir o jogo, principalmente diante de uma Curuzu praticamente lotada, mas compreensível em face da forte presença dos marabaenses no meio-campo.
A questão é que Charles Guerreiro, como João Galvão, resolveu povoar o setor central com marcação forte e recuo de Tiago Potiguar para ajudar no combate. Em determinados momentos, o Paissandu congestionava o meio com até cinco jogadores. Como o Águia jogava do mesmo jeito, excessivamente preso a destruir, a partida ficava amarrada, sem troca de ataques. Os momentos de maior tensão ficaram por conta dos erros da arbitragem, que se descontrolou, exagerando nos cartões amarelos (principalmente contra o Águia), embora sem pulso para expulsar logo quem não estava a fim de jogar futebol.
Apesar do melhor aproveitamento bicolor, alguns jogadores atuaram mal, o que ressalta o valor do conjunto. Tiago Potiguar, principal peça desde o campeonato estadual, esteve dispersivo, e mais preocupado em trocar empurrões com os zagueiros do Águia. Bruno Rangel, prejudicado pelo mau rendimento de Tiago, sumiu em campo. Os meias Marquinho e Fabrício também ficaram devendo. A criação dependeu então dos passes de Sandro, que esteve perfeito nas antecipações e ainda se aventurou no ataque, participando das jogadas que deram origem aos gols. Teve ainda a serenidade de não se envolver nas confusões com o árbitro.
Do lado marabaense, excluindo os protestos contra o árbitro, surpreendeu a acentuada preocupação em manter o time atrás, respeitando demais o Paissandu. No primeiro tempo, os atacantes Roma e Felipe Mamão praticamente não se aproximaram da área. Melhorou um pouco depois do intervalo, mas em nível insuficiente para reclamar do resultado. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)
Sem conseguir segurar o bom resultado que construiu ainda no primeiro tempo, com Landu, o Remo volta do Amazonas com a responsabilidade de garantir sua classificação nos confrontos diante de América e Cristal no Mangueirão. Pela tímida produção de ontem, Giba terá muito trabalho para ajeitar o meio-campo. Gilsinho e Gian não acertaram o passo em Rio Preto da Eva, posicionando-se longe dos atacantes e facilitando o trabalho dos defensores. No 1º tempo, o gol mascarou a atuação pouco convincente, mas a pressão exercida pelos amazonenses evidenciou as fragilidades. Quem almeja ir longe – na Série D ou qualquer torneio – precisa fazer gols. Com três gols em três jogos, a média do ataque remista preocupa.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 2)