Conexões que garantiram o poder de Hitler

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Quem apoiou e ajudou Hitler e o nazismo foram as grandes empresas capitalistas da época que tinham medo dos comunistas!

Existem documentários onde as pessoas dizem que ele era um louco que levou o mundo à guerra onde morreram 50 milhões de pessoas. Fica a impressão de que ele fez tudo isso sozinho, sem ajuda de ninguém, com aquela voz rouca e gestos teatrais. Ingenuidade, ele foi apoiado e ajudado por muita gente que tinha poderosos interesses econômicos, políticos e sociais a defender. Com Trump, atualmente, acontece a mesma coisa, ele não saiu do nada, milhões o apoiam e concordam com suas ideias, racistas, discriminatórias e excludentes para tirar proveito. Certamente Hitler tinha seus desequilíbrios psicológicos que “ajudaram” na sua carreira mortífera e desumana contra comunistas, judeus, ciganos, intelectuais, homossexuais, negros, deficientes físicos e mentais, pois queria criar uma “raça pura”. Hitler precisou de armas, munições, roupas, fábricas, dinheiro, matérias primas, produtos químicos, veículos, aviões, tanques, combustíveis, construir campos de concentração, etc, para realizar os seus objetivos. Onde e com quem Hitler conseguiu tudo isso? No texto abaixo você vai saber!

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Por Eduardo Galeano

“Os amigos de Hitler têm memória fraca, mas a aventura não teria sido possível sem a ajuda que recebeu deles.
Da mesma forma que seus colegas Mussolini e Franco, Hitler contou de saída com o beneplácito da Igreja Católica.
Hugo Boss vestiu seu exército.
Bertelsmann publicou as obras que instruíram seus oficiais.
Seus aviões voavam graças ao combustível da Standart Oil e seus soldados viajavam em caminhões e jipes da Ford.
Henry Ford, autor desses veículos e do livro O judeu internacional, foi sua musa inspiradora. Hitler agradece condecorando-o.
Também condecorou o presidente da IBM, a empresa que tornou possível a identificação dos judeus.
A Rockfeller Foundation financiou pesquisas raciais e receitas da medicina nazista.
Joe Kennedy, pai do presidente (John Kennedy), era embaixador dos Estados Unidos em Londres, mas parecia embaixador da Alemanha. E Prescott Bush, pai e avô dos presidentes, foi colaborador de Fritz Thyssen, que pôs sua fortuna a serviço de Hitler.
O Deutsche Bank financiou a construção do campo de concentração de Auschwitz.
O consórcio IGFarben, gigante da indústria química alemã, que depois passou a se chamar Bayer, Basf ou Hoechst, usava como porquinhos-da-Índia os prisioneiros dos campos, e além disso os usava como mão-de-obra. Esses operários escravos produziam de tudo, inclusive o gás que ia matá-los.
Os prisioneiros também trabalhavam para outras empresas, como a Krupp, a Thyssen, a Siemens, a Varta, a Bosch, a damier-Benz, a Volkswagen e a BMW, que eram a base econômica dos delírios nazistas.
Os bancos suíços ganharam um dinheirão comprando de Hitler o ouro de suas vítimas: as jóias e os dentes. O ouro entrava na Suíça com assombrosa facilidade, enquanto a fronteira estava fechada a sete chaves para os fugitivos de carne e osso.
A Coca-Cola inventou a Fanta para o mercado alemão em plena guerra. Naquele período, também a Unilever, a Westinghouse e a General Eletric multiplicaram seus investimentos e seus lucros na Alemanha. Quando a guerra acabou, a empresa ITT recebeu uma indenização milionária porque os bombardeios alemães tinham atingido suas fábricas em território alemão.” (Texto extraído de Galeano, Eduardo, in “Espelhos – Uma história quase universal”, L&PM Editores, 2ª edição, Porto Alegre, 2009, ps. 282/283)

Como acreditar em governantes brasileiros que afirmam ser o nazismo um movimento de esquerda diante da lista acima? Essas empresas apoiaram Hitler exatamente porque ele era anticomunista e de extrema direita. E ainda por cima querem tirar História do currículo escolar brasileiro para que as mentes aceitem informações deturpadas que imponham o conformismo individual e social.

STJD anula temporariamente vitória do Palmeiras sobre o Botafogo

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O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo César Salomão Filho, acolheu nesta terça-feira o pedido do Botafogo para anular o resultado do jogo com o Palmeiras, realizado no último sábado. O órgão pediu à CBF para não homologar o resultado da partida e intimou o clube paulista para se manifestar sobre o caso no prazo de até dois dias.

O time carioca reclama que o árbitro Paulo Roberto Alves Junior não poderia ter usado o árbitro de vídeo (VAR) no lance de pênalti que originou o gol da vitória do Palmeiras por 1 a 0. A queixa do clube não é pela marcação, mas sim por entender que a partida já havia sido reiniciada quando foi interrompida para a revisão da jogada. O procedimento é irregular, segundo a cartilha de VAR escrita pela Fifa.

No despacho, o presidente do STJD afirmou que o pedido do Botafogo foi encaminhado no prazo e que o tema cumpre os requisitos para ser analisado. “Recebo a presente impugnação e determino que se dê imediato conhecimento da instauração do processo ao Presidente da Confederação Brasileira de Futebol, para que não homologue o resultado da partida”, escreveu Salomão Filho.

O presidente determina que o caso seja julgado com “prioridade” na próxima sessão do Pleno do STJD, em junho. Depois da primeira manifestação do Palmeiras sobre o caso, o próximo passo será abrir um prazo para outra manifestação, desta vez da Procuradoria da Justiça Desportiva.

PARA ENTENDER O CASO

Qual a reclamação do Botafogo?

O clube carioca não questiona o pênalti dado com auxílio do árbitro de vídeo. O Botafogo alega que a partida foi reiniciada antes de ser paralisada para que o lance fosse analisado. A queixa se embasa na regra 5 do protocolo de utilização da tecnologia. O texto, elaborado pela Fifa, determina que o árbitro precisa terminar a revisão das imagens antes de prosseguir com a partida. O presidente do Botafogo, Nelson Mufarrej, reclamou do lance. “Eu não quero entrar no mérito se foi pênalti ou não, quero discutir a regra cinco. Não quero discutir se foi ou não pênalti. É uma questão de cada um. Estamos colocando os pontos de vista que achamos corretos. Existem os órgãos que vão analisar e é isso que eu vejo”, disse em entrevista à ESPN.

Que argumentos podem ser usados pelo Palmeiras? 

O protocolo utilizado pela CBF para o árbitro de vídeo cita no texto quando a tecnologia pode ser utilizada. Em um trecho, o documento reitera que uma partida não pode ser invalidada por quatro situações como: defeito na tecnologia do VAR, decisão de não revisar um incidente, revisão de uma situação não-revisável e, por último, decisão errada envolvendo o VAR, fator que pode ser aplicado ao contexto da partida de sábado.

O racista-chefe da Klu Klux Klan brasileira

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Por Jessé Souza (*)

Não se entende o Brasil sem compreender a função do racismo “racial” entre nós. Não existe preconceito mais importante entre nós, já que ele tem o poder de definir e articular as relações entre todas as classes sociais no nosso país. É este preconceito que comanda a continuidade da escravidão com outros meios. Como esse mecanismo funciona na realidade cotidiana? Minha tese é a de que a escravidão, tanto no seu sentido econômico de exploração do trabalho alheio como no seu sentido moral e político de produção de distinções sociais, se manteve “na prática” inalterado desde a abolição da escravatura.

Fundamental para compreender este estado de coisas é a função que o ex-escravo abandonado e humilhado vai ter na sociedade pós-escravocrata. O ex-escravo é afastado do mercado de trabalho competitivo e passa a desempenhar as mesmas funções humilhantes e indignas que exercia antes. Seja tanto as funções de trabalho sujo, pesado e perigoso, para os homens, quanto as funções domésticas do antigo “escravo doméstico”, para as mulheres, as quais reproduzem todas as vicissitudes da antiga relação senhor/escravo. Faz parte do âmago desta relação não só a exploração do trabalho vendido a preço vil, mas também a humilhação cotidiana transformada em prazer sádico para o gozo frequente e para a sensação de superioridade e a “distinção social” das classes média e alta.

Mas isso tudo não é nem sequer o principal. Os negros na base da pirâmide social brasileira sempre desempenharam uma função semelhante à casta dos intocáveis na Índia. Como nota Max Weber no seu estudo clássico sobre o hinduísmo, os intocáveis possuem a função de legitimar toda a ordem social hindu na medida em que todas as outras castas, mesmo as inferiores, são distinguidas positivamente em relação aos intocáveis.

Como a “distinção social”, ou seja, a sensação de se saber “superior” a outros é tão importante na vida social quanto o dinheiro e a necessidade econômica, isso significa que uma classe social na qual todos podem pisar, humilhar, violar, agredir, e, no limite, assassinar sem temer consequências satisfaz, a uma necessidade primitiva fundamental a todas as classes acima dela. É óbvio que uma sociedade deste tipo não é apenas desumana, desigual, primitiva e tosca, mas também, na pior das hipóteses, burra, já que reproduzir a exclusão social produz insegurança, pobreza e instabilidade social para todos. Entretanto, este é o DNA da sociedade brasileira.

É importante notar que, paralelamente à condenação do negro à exclusão, o país passa a implementar a política abertamente racista da importação de imigrantes europeus brancos, na imensa maioria italianos, precisamente como no caso da família do excelentíssimo presidente Jair Bolsonaro. Uma parte considerável destes “neobrasileiros” ascende rapidamente, alguns inclusive à elite de proprietários e de novos industriais, mas boa parte irá constituir a classe média branca de grandes cidades como São Paulo. Nas outras grandes cidades brasileiras, como Rio de Janeiro e Recife, os portugueses exerceriam o mesmo papel do italiano em São Paulo.

O imigrante branco, na maioria o italiano ou o português, irá constituir no Brasil, ao mesmo tempo em aliança e a serviço da elite de proprietários, uma espécie de “bolsão racista e classista” contra os negros e pobres que constituem a maior parte do povo. Para a elite, isso significa a oportunidade de criminalizar e estigmatizar a soberania popular no nascedouro com a cumplicidade das classes médias e garantir só para si o orçamento do Estado via juros escorchantes, “dívida pública”, sonegação de impostos e outros assaltos legalizados. Para as outras classes, o preconceito universal contra o negro e ex-escravo permite a construção de uma frente comum para a manutenção de uma distinção social positiva contra os negros, o que eterniza o abandono, a humilhação, e o genocídio desta raça/classe como política pública informal.

Mais interessante ainda para nossos propósitos aqui é a função do racismo contra o negro para os imigrantes que não lograram sucesso econômico na nova terra. Muitos imigrantes não conseguiram ascender à classe média verdadeira nem à elite. Boa parte vai constituir uma zona cinza que inclui a classe trabalhadora precária e o que poderíamos chamar de “baixa classe média”. O cotidiano de muitos destes não difere muito da vida do negro e do pobre brasileiro. Moram eventualmente no mesmo bairro e passam privações materiais. É precisamente nesta faixa social que o preconceito de raça é ainda mais importante. Afinal, a única distinção que este pessoal tem na vida é a “brancura” da cor da pele para exibir contra o negro.

Entrevistando pessoas desta classe social no interior de São Paulo descendentes de italianos, como Bolsonaro, e alguns que inclusive moram onde ele nasceu para meu livro “A classe média no espelho”, notei um racismo que não tem nada de cordial. Bolsonaro é filho da baixa classe média de imigrantes para os quais a carreira no exército ou na polícia era a promessa de ascensão segura ainda que limitada. Neste contexto, não se casar com um negro ou com uma negra é a regra familiar mais importante e mais rígida. Aqui, o preconceito puro, o orgulho da cor da pele e da origem é a única distinção social positiva ao alcance. Se a elite e a classe média exploram economicamente – além de humilhar – os negros, aqui só se pode humilhar. Enfatizar uma distância social quase inexistente do ponto de vista econômico exige um racismo “racial” turbinado e levado às últimas consequências.

Este é também precisamente o caso do “lixo branco” norte-americano que ajudou a eleger Trump, o objeto do desejo e de imitação de Bolsonaro. Os brancos do Sul dos EUA, inferiores social e economicamente aos brancos do Norte, são, por conta disso, como uma espécie de “compensação” da riqueza inexistente, os racistas mais ferozes e ativistas de uma “Ku Klux Klan” que assassinava e linchava negros indiscriminadamente. Este é o caso de Bolsonaro e de seus seguidores no Brasil. E o que é a “milícia” carioca, com a qual Bolsonaro e seus filhos estão envolvidos até o pescoço, se não a Ku Klux Klan brasileira, que existe para explorar e matar negros e pobres, os supostos “bandidos” das favelas?

Embora a elite e a classe média real e canalha também tenham votado nele, sua real base de apoio é o “lixo branco” brasileiro, próximo do negro e por conta disso ávido por criminalizá-lo, estigmatizá-lo como bandido e por assassiná-lo impunemente. A associação com a milícia, a tara pelas armas e o discurso de ódio são para matar o preto e o pobre. O que está por trás de Bolsonaro é racismo “racial” mais cruel e expresso do modo mais aberto e canalha que se viu.  O ódio à universidade pública está também ligado ao fato desta, agora, ter sido “invadida” por negros e pobres. Essa gente não estaria lá para estudar. Só poderia ser para fazer balbúrdia. Urge cortar as verbas para isso.

A irracionalidade de Bolsonaro, sua loucura e sua idiotice são a expressão perfeita do ódio racial brasileiro. O ódio que não se explica racionalmente, nem apenas por motivos puramente econômicos. O ódio do racista que se vê como fracasso social é um ódio de morte. Ele não compreende as razões de sua posição social e só tem ressentimento sem direção na alma e no coração. Ódio em estado puro que Bolsonaro expressa e exprime como ninguém. Bolsonaro é o líder da Ku Klux Klan e do “lixo branco” brasileiro. É isso que o define e o explica mais que qualquer outra coisa.

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* É graduado em direito e mestre em sociologia pela Universidade de Brasília, a UnB, doutor em sociologia pela Universidade de Heidelberg, na Alemanha, e fez pós-doutorado em psicanálise e filosofia na The New School of Social Research, em Nova York. É autor de mais de 20 livros e de artigos e ensaios em vários idiomas. Entre seus maiores sucessos se destacam A classe média no espelho (Estação Brasil); A tolice da inteligência brasileira, A radiografia do golpe e Subcidadania brasileira (LeYa); Ralé brasileira (Contracorrente); e Os batalhadores brasileiros (Editora UFMG).

A frase do dia

“Os pactos de Bolsonaro, como os que vai propor agora aos presidentes do Senado, Câmara e STF, tem a mesma solidez das barragens da Vale.”

Palmério Dória, jornalista e escritor

Nova mudança em pleno voo

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POR GERSON NOGUEIRA

Três meses após a saída de João Brigatti, o PSC encara nova turbulência nos gramados e parte para outra troca de comando técnico. Léo Condé não resistiu à pressão depois de uma série de resultados insatisfatórios. Foi abatido em pleno voo, ainda em Varginha (MG), logo depois da derrota frente ao Boa Esporte na noite do último domingo.

Condé não sobreviveu no cargo nem mesmo para a partida de volta contra o Inter, pela Copa do Brasil, amanhã à noite. Sinal de que a diretoria tinha pressa em reaprumar o projeto montado para a Série C e queria, obviamente, dar uma resposta imediata para aplacar a fúria da torcida.

Foram duas vitórias, duas derrotas e um empate na Série C. O time segue no G4, mas Condé sucumbiu à instabilidade que ronda a Curuzu desde a má campanha no Campeonato Estadual, quando o Papão terminou na quarta colocação, atrás de Remo, Independente e Bragantino.

O PSC começou bem a Série C, derrotando o Ypiranga-RS fora de casa e ganhando o Tombense na Curuzu. Liderou a competição por uma rodada. Na terceira rodada, foi derrotado pelo Juventude e aí o barraco começou a desabar. O time não venceu mais e acumulou ainda um revés pela Copa do Brasil contra o Inter, em Porto Alegre.

Muito da insatisfação do torcedor provém da ausência de organização, mesmo com a chegada de uma barca de reforços. Ficou a clara impressão, após cinco rodadas, de que Condé não conhecia os jogadores à sua disposição no elenco. Escalações erradas, substituições equivocadas.

A partir de ontem, o PSC está buscando no mercado um substituto. Os nomes mais óbvios são os de Mazola Jr. e Dado Cavalcanti, ex-técnicos do clube. O primeiro está desempregado desde fevereiro, quando foi dispensado pela Ponte Preta. O segundo cuida hoje da equipe de transição (sub-20) do Bahia.

Os boatos mencionam ainda Givanildo, Leston Jr., Itamar Schülle, Junior Rocha, Valdir Bigode e até Lisca Doido. E, por razões óbvias, é improvável que um nome regional (Lecheva, João Neto ou Charles Guerreiro) seja lembrado.

A conferir.

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O VAR como arma de favorecimento

Tenho acompanhado, com um misto de curiosidade e ceticismo, as análises de comentaristas de arbitragem e palpiteiros em geral, sobre o polêmico lance do penal que beneficiou o Palmeiras contra o Botafogo, sábado, em Brasília. Inicialmente, o árbitro paranaense Paulo Roberto Alves, que estava a dois metros da jogada, puniu com cartão amarelo a simulação do atacante Deyverson, que se atirou teatralmente diante do goleiro Gatito Fernández.

Alertado sobre avaliação do VAR, o árbitro mudou de ideia e marcou o pênalti, entendendo que Deyverson teria sido tocado pelo zagueiro Gabriel. O toque, se ocorreu, foi tão sutil que não seria suficiente para uma queda tão espetacular quanto a do atacante palmeirense na área do Botafogo.

Indignada com a marcação, que originou o gol de Gustavo Gómez, o Botafogo decidiu pedir anulação do jogo, alegando que a partida já havia sido reiniciada quando o árbitro de vídeo (VAR) entrou em ação. “Logo, não poderia ser alterada a decisão do árbitro (regra 5 da FIFA e protocolo 8.12 do VAR). A decisão tomada foi um erro de direito, não um erro de fato”, diz a nota oficial do clube.

A argumentação tem substância, mas os caminhos tortuosos da aplicação do VAR não permitirão que o Glorioso ganhe a parda. Ficará apenas como esperneio ou choro de perdedor, como alega a força-tarefa da mídia paulistana em defesa do pênalti – e do Palmeiras, claro.

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Gambiarras de um Cruzeiro sob mira global

Com dívidas que superam a casa dos R$ 500 milhões, o Cruzeiro foi alvo de uma reportagem especial do programa Fantástico, no último domingo, que revelou falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e possíveis infrações às normas da Fifa e da CBF.

Como a Globo não costuma pegar pesado com clubes considerados de primeira linha, a própria exibição da matéria despertou uma série de especulações. O Cruzeiro teria cedido direitos de jogadores e maquiado um balanço financeiro, entre outras gambiarras.

A atual diretoria do clube é acusada de concretizar a venda de 20% de um atleta de 12 anos, da base cruzeirense. Segundo a reportagem, nem mesmo o pai da criança sabia do ocorrido.

Há o relato de empréstimos junto ao empresário Cristiano Richard Machado e pagamento com cessão dos direitos de atletas. Desde 2015, é proibido ceder direitos a empresas, pois o passe só pode pertencer a um clube ou atleta.

O problema com o balanço financeiro envolve a venda do meia-atacante uruguaio Arrascaeta ao Flamengo, descrita como realizada no ano passado, mas que na verdade aconteceu em janeiro de 2019.

Cruzeiro, é bom não esquecer, que é latifúndio dos notórios irmãos Perrella, o que ajuda a entender muito do enrosco ora denunciado.

(Coluna publicada no Bola desta terça-feira, 28)

Inter já está em Belém para definir vaga na Copa do Brasil

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A delegação do Internacional-RS desembarcou em Belém no começo da noite desta segunda-feira. No aeroporto de Val-de-Cans, um grupo de torcedores colorados esperava pelos jogadores, aplaudindo e pedindo autógrafos para os ídolos D’Alessandro e Paolo Guerrero, que posaram para fotos.

O Inter enfrenta o Paissandu na próxima quarta-feira (29), às 20h, no estádio Jornalista Edgar Proença (Mangueirão), jogando por um empate ou até por uma derrota por um gol de diferença para se classificar à próxima fase da Copa do Brasil. No primeiro jogo, semana passada, em Porto Alegre, os gaúchos venceram por 3 a 1.

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MP de Contas quer apurar possível irregularidade no manejo de despesas pelo governo tucano

O Ministério Público de Contas do Estado do Pará (MPC-PA) ingressou com representação no Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE-PA) com o objetivo de apurar a possível utilização irregular no manejo de pagamentos por meio das Despesas de Exercícios Anteriores (DEAs) pelo Poder Executivo Estadual.

A representação proposta teve como base o Procedimento Apuratório Preliminar (PAP) 2018/0113-9 que constatou que, no ano fiscal de 2017, o pagamento de DEAs totalizou R$ 688 milhões somente no âmbito da Administração Pública do Estado, e em 2018, os dados apontam para o uso de mais de R$ 800,00 milhões, o que, a título de comparação, corresponde a materialidade superior a todo o orçamento do Poder Judiciário.

Nos últimos cinco exercícios financeiros, o valor pago em DEA no âmbito do Poder Executivo alcançou a magnitude de quase R$ 5 bilhões.

O titular da 5° Procuradoria de Contas do MPC-PA, Patrick Bezerra Mesquita, explica que os dados analisados “sugerem uma utilização inadequada de DEA – que possui finalidade específica e delimitada por lei.

De acordo com Mesquita, embora o julgamento das Contas Anuais e os Relatórios de Execução Orçamentária (RREOs) tenham apontado possíveis exageros no uso de DEAs nas mais diversas entidades estaduais, esses processos “não detém a capacidade de fechar o ciclo fiscalizatório – que necessita de procedimentos in loco e de acesso a documentos de comparação de despesas, para concluir pelas ilegalidades”, explicou.

Neste sentido, o objetivo da representação é provocar a competência fiscalizatória do TCE-PA, por meio de uma inspeção contábil e documental, para verificar a origem das despesas pagas via DEA, com base em dados e informações de como foram geradas, a fim de avaliar se houve uso abusivo.

A representação requer, ainda, a realização de inspeção com objetivo de investigar, dentre outras coisas, se o uso excessivo de DEAs representaria ou não possível instrumento de maquiagem fiscal com impacto em importantes indicadores da responsabilidade fiscal – como o resultado primário e o superávit financeiro. Além disso, o MPC requereu a expedição de uma série de determinações corretivas a órgãos da Administração Pública Estadual acerca do uso de DEA. (Da Assessoria do MPC-PA)