Moro, sempre pioneiro, reescreve o idioma

Achem os erros. “CONGE SOBRE violenta emoção”. “Morta pelo seu CONGE…”. “VIM a ser atacada…”. O ministro Sérgio Moro (Justiça), cuja carreira na magistratura é marcada por episódios polêmicos, dá nesta entrevista mais uma demonstração de seus conhecimentos linguísticos.

Conge é flórida haha…

Trivial variado da Terra do Nunca (e dos tietes de ditadura)

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“Não tinha entendido ainda o que Bolsonaro foi fazer em Israel. Agora sim: Foi abrir um escritório em Jerusalém para arrumar briga com os Árabes e condecorar os soldados israelenses que vieram com 16 toneladas de equipamentos e não conseguiram encontrar um corpo em Brumadinho”. Florisvaldo Raimundo

“Vídeo pró-golpe de 64. Mourão diz que nem viu o vídeo e ninguém do Palácio quer assumir, mas o próprio Mourão já apontou que o Bolsonaro é o pai da criança. Quem vai responder pelo crime de responsabilidade? De tamanha infâmia.” Ivan Valente

“Imaginem a dificuldade do revisor de sentenças, de concordância e escrita, da vara desse juizinho de merda, o marreco de Maringá! Até porque o revisor, de verdade, das sentenças dele, fica em Washington-DC”. Alcides Libório

“É melhor parar de vestir camiseta amarela da CBF no exterior. Não mais por vergonha, mas por segurança”. Ricardo Monier

“Enfim, Deltan Dallagnol falou: “Fundação Lava Jato foi ordem dos EUA”. Isso prova que a CIA orquestrou o Golpe 2016 e que Moro perseguiu Lula, que deve ser solto já”. Carmen Moraes

“Não adianta reclamar. Vocês tiveram a chance de ter um professor doutor em filosofia na presidência. Um legítimo social democrata com uma ampla visão de país. A escolha era entre o tio do Pavê com os filhos trombadinhas e um intelectual de verdade. Vocês optaram pelo tio do Pavê”. Bia Gomes

“Não esquecer: uma semana depois do golpe de 1964, o jornal O Globo indicava seus candidatos ao paredão. Eram os 211 que assinaram o manifesto do Comando dos Trabalhadores Intelectuais: Jorge Amado, Niemeyer, Adalgisa Nery, Eneida, Dias Gomes e Janete Clair, Djanira, Glauber…”. Palmério Dória

O silêncio ruidoso dos arrependidos

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Aos poucos, eles estão desaparecendo. Velhos amigos cheios de razão, parentes furiosos, vizinhos valentões, madames maquiadas de ódio, estão todos em silêncio, à beira do abismo.

Não há mais arminhas nas mãos, nem chola-mais nas redes. Até os kkkkk se escondem na timidez. Rufam, aqui e ali, uns poucos tambores de ódio pelas mãos de meia dúzia de fanáticos, mas nem os mais selvagens dos antipetistas encontram forças para defender o indefensável.

Não estão arrependidos, o arrependimento requer uma força moral distante da personalidade da maior parte dos eleitores do Bozo. Estão apenas paralisados, diante da sucessiva quebra de expectativas relacionadas ao admirável mundo novo que se anunciava.

Há superministros com superpoderes inúteis. Paulo Guedes faz mais grosserias do que contas. Sergio Moro, sabe-se agora, entrou no governo para tornar o cigarro mais barato. O primeiro, um Chicago Boy com 30 anos de atraso, o segundo, uma nulidade cuidadosamente construída para parecer um herói.

Há um ministro da Educação que cita Pablo Escobar. Outro, de Relações Exteriores, corrobora com a tese do nazismo de esquerda. A ministra da Mulher, ao pé da goiabeira, teme o que chama de “armadilhas do feminismo”.

Não houve, a rigor, um único dia de governo.

Em meio a esse desalento, Bozo e os filhos continuam no Twitter, frenéticos, um esforço comovente para parecerem vivos, funcionais, sem entender que já estão mortos. São burríssimos.

Autor desconhecido, no Facebook