Papão demite técnico Guilherme Alves e executivo André Mazzuco

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Em reunião realizada logo depois da partida contra o Sampaio Corrêa, a Comissão de Futebol do Paissandu decidiu demitir o técnico Guilherme Alves e o auxiliar-técnico Jorge Raulli. A avaliação do trabalho da comissão técnica foi considerado insatisfatório, motivando a liberação dos profissionais. Os atletas serão recebidos, na manhã deste domingo (26), no estádio da Curuzu, pelo auxiliar-técnico Aílton Costa.

Na mesma reunião, a Comissão de Futebol decidiu pela demissão do executivo André Mazzuco. A assessoria de comunicação do PSC divulgou nota ressaltando o trabalho de Mazzuco no clube, informando que ele saiu amigavelmente. “Em pouco mais de uma temporada na Curuzu, Mazzuco teve papel importante  na conquista do título da Copa Verde 2018, além de ter contribuído para o bicampeonato estadual do ano passado, assim como a permanência do Papão na Série B 2017”, diz a nota.

Nos próximos dias, o executivo fará transição do seu cargo para a sequência do trabalho.

Violência e paixão: o apelo homoerótico do culto a Bolsonaro

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Por Kiko Nogueira, no DCM

Algumas coisas chamam a atenção na legião de seguidores de Jair Bolsonaro. A primeira, óbvia, é o fanatismo. Bolsomito, como eles chamam, é incorruptível, infalível, inteligente, a encarnação do Profeta.

A segunda é a truculência. Eles gostam de porrada, de testosterona, eles atropelam o que vêem pela frente, especialmente se as vítimas forem mais fracas.

A terceira, e esta é a mais interessante, é que são todos homens. Não propriamente homens — meninos. Há raríssimas fãs do sexo feminino.

Os rapazes idolatram o jeito de ele falar, a boca torta num esgar que fica mais estranho quando está nervoso, o jeito de ele andar, o jeito de ele ser. Bolsonaro gosta de ficar entre esses machos e os machos gostam de ficar com Bolsonaro.

A cada artigo sobre ele no DCM, essa garotada aparece aos magotes, revoltadíssima com qualquer coisa que conspurque a imagem de seu ídolo, um sujeito imaculado de alma e corpo. Ele é um pop star do extremismo político, o homem dos sonhos para eles.

“Eu amo ele, sim!”, escreveu um bolsominion em resposta a um artigo.

Bolsonaro exerce um intenso apelo homoerótico sobre seu eleitorado. É o fascínio homossexual do fascismo, disfarçado sob a homofobia.

Os jihadistas de JB gostam de ficar entre si, de se amassar nos eventos do mito. Eles suam e se roçam e gritam em louvor ao chefe.

Dispensam namoradas e esposas. Parte é misoginia, mas outra parte enorme é vontade mesmo de estar apenas entre homens exaltados.

Após a Segunda Guerra, a parafernália nazifascista foi adotada por praticantes do sado masoquismo. Artistas embarcaram nisso. David Bowie, em sua fase gay no início dos anos 70, chegou a colecionar uniformes de oficiais da SS e foi preso na Polônia com eles.

Os membros da Escola de Frankfurt descreveram um “tipo de personalidade homossexual” entre os nazifascistas. As tendências de submissão masoquistas desse tipo o tornaram vulnerável ao apelo sedutor da causa.

Na Alemanha de Hitler, uma elite de homens firmemente unidos, aduladores de um deus de bigode esquisito, era a condição necessária para uma nação forte, pura, honesta e viril. Segundo a professora Elizabeth D. Heineman, era o “Mannerbund” — que pode ser traduzido como “coletivo do sexo masculino” —, a união de homens disciplinados física e mentalmente, sem distrações femininas, transformando seus laços profundos uns com os outros e com seu líder em potência.

O eventual sexo entre eles era considerado um vínculo a mais.

É evidente que não há problema algum no hemoerotismo dos bolsonaristas. Ninguém tem nada a ver com isso. A questão é a histeria homofóbica deles e como esse caldo é transformado em virulência, intolerância e apologia à tortura.

Bolsonaro, seus mancebos e o país que querem salvar só têm a ganhar quando se aceitarem como são.

Veja está “nervosa” e isso é bom sinal

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Por Fernando Brito, no Tijolaço

A falimentar Veja que está nas bancas amanhã é o retrato do pavor que tomou conta dos aprendizes de feiticeiro – dos quais ela é uma dos expoentes –  que produziram este impasse em que vive o Brasil.

“Os quase cinco meses de prisão de Lula (…) não resultaram na perda de apoio ao petista. Ao contrário. E essa é uma das três teses correntes que as últimas pesquisas jogaram por terra. Até há bem pouco tempo, analistas afirmavam que, atrás das grades, Lula seria rapidamente esquecido pelo seu eleitorado, abrindo alas para o crescimento de Ciro Gomes ou Marina Silva. As coisas não transcorreram bem assim.”

Não mesmo, não é, “sabidos”?

A segunda tese “jogada por terra”  é o “murchamento de Bolsonaro”:

Do deputado federal e capitão da reserva, afirmava-se que repetiria a trajetória de candidatos que começam com bom desempenho nas pesquisas pré-­campanha mas se desidratam tão logo seus concorrentes põem o pé na estrada. (…) Os debates estavam revelando seu alarmante despreparo. Em alguns casos, ele nem sequer entendia as perguntas e respondia a elas enfileirando os bordões de sempre. Mesmo assim, com sua fidelíssima fatia de um quinto do eleitorado, Bolsonaro parece ter garantido presença no segundo turno (…)

A outra tese, da qual sempre discordei, apesar de ser a sustentada por muitos petistas, é a de que o segundo turno seria entre Alckmin, sobretudo depois de sua aliança com o “centrão” e quem viesse a ser o candidato de Lula, em função da insustentabilidade do candidato da extrema direita. Parece improvável, pois a Veja reconhece que:

(…) representantes do mercado financeiro, boa parte do qual se identifica com o tucano, parecem cada vez mais céticos sobre sua viabilidade eleitoral. Prova disso foi a recente disparada do dólar, que bateu em 4,12 reais no último dia 23, refletindo o temor de um segundo turno entre o petista Fernando Haddad e Bolsonaro. “Alckmin nunca foi favorito para ganhar esta eleição, e agora o mercado está começando a se dar conta disso. (…) afirma Silvio Cascione, analista da Eurasia.

A confissão do “mato sem cachorro” da direita não podia ser mais completa.

E, novamente, agarram-se à tábua de salvação que imaginam existir:

31% votariam em um candidato indicado por Lula. Mas contra o otimismo petista há o fato de que, com a candidatura ficcional de seu líder, o tempo correrá mais rápido para o PT(…) o entusiasmo diante dos números ostentados por Lula pode durar pouco. Permanece uma incógnita se o ex-presidente será capaz de transferir votos para Haddad. Oficialmente vice de Lula, o ex-prefeito de São Paulo tem apenas 4% nas pesquisas”

Como toda “reportagem” que não valoriza a informação, o “lead” – o fato mais importante – está no “pé” do texto: dizem que o TSE e o STF retardarão o máximo a negativa do registro de Lula – duvido fortemente disso – para fazer que se dificultasse a transferência de votos para Fernando Haddad.

O fato de a lei permitir que, enquanto sub-judice, Lula participasse da campanha, especialmente do horário eleitoral, é um detalhe desprezível: afinal, ele está preso e preso “não pode”, mesmo quando a lei brasileira não admita que alguém seja culpado antes do trânsito em julgado da sentença.

E, não podendo falar, não podendo dizer que é Haddad o seu candidato, se vier a ser impedido.

Isso, é óbvio, não se sustenta.

Apostar no silêncio, no bloqueio da informação, em pleno século 21, não é apenas autoritário e ditatorial. é burro.

Estão cavando a cova para si mesmos.

Ou, no caso da Veja, já dentro da cova que cavou a si mesma.

Até porque os consultórios médicos e dentários estão colocando cada vez mais redes wi-fi para seus clientes e tornando obsoleto aquele papelucho nas revisteiras.

Corrida de rua da OAB terá 2 mil participantes

A Etapa Belém do 8ª Circuito de Corrida e Caminhada de Rua da OAB. A prova, realizada neste domingo (26), será uma meia maratona (21 km), com largada às 5h30, no Portal da Amazônia, e a chegada, no Parque do Utinga. Mais de dois mil corredores participarão da prova. As inscrições podem ser feitas até hoje, no Capital Lounge Bar, na Braz de Aguiar.
A corrida deve acabar uma hora após a chegada do primeiro colocado. As categorias são: advogado, comunidade, cadeirante, deficiente visual e acadêmico de Direito. A edição de 2018 do circuito já passou por Marabá, Parauapebas e Paragominas.
“Este ano é especial porque iremos realizar nossa primeira meia maratona e está sendo muito bem recepcionada. A OAB possui uma responsabilidade social perante a comunidade e com este evento ratificamos a importância do esporte para a qualidade”, diz a advogada Bruna Nunes, da comissão de organização do Circuito.