MPF denuncia Nuzman por organização criminosa

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nesta quarta-feira (18) o ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) Carlos Arthur Nuzman por corrupção passiva e organização criminosa. Além dele, o ex-diretor de operações e marketing do COB Leonardo Gryner, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral e o empresário Arthur Cesar Filho, conhecido como “Rei Arthur”, também são acusados pelos crimes. Segundo o MPF, os envolvidos teriam praticado corrupção passiva e suborno para a escolha do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas.

As investigações apontam que Nuzman teve participação direta na compra de votos de membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) para a eleição do Rio de Janeiro e que teria sido o responsável por interligar corruptos e corruptores.

Além disso, o MPF acusa o ex-presidente do COB de dissimular a propriedade e a origem de 16 quilos de ouro. No caso de Cabral, os investigadores dizem que o ex-governador atuou em um “engenhoso envio de recursos de propina para o exterior”. Até o momento, as investigações resultaram em 18 ações penais.

Direto do Twitter

“Palmas ao Senado pela decisão histórica. Tornou oficial que picareta (bem relacionado) pego no flagra continua sendo Vossa Excelência por lá”.

André Rizek, jornalista, a respeito da “absolvição” de Aécio Neves

Estava escrito nas estrelas

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Um dia depois de ter sido aprovada a permanência de Aécio “Malas” Neves pelo plenário do Senado, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados rejeita denúncia contra o presidente Michel “Malas” Temer – de quebra, livrou a cara dos ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, também acusados de recebimento de propina. E as instituições continuam a funcionar normalmente… hum, hum.

Nenhuma novidade.

Ceará de Leandro Carvalho e Chamusca cada vez mais perto do acesso

https://www.youtube.com/watch?v=6TpSMavL53E

Papão sai no lucro

https://www.youtube.com/watch?v=DbtHcclGjr8

POR GERSON NOGUEIRA

O empate em Lucas do Rio Verde jogou o Papão de volta ao 12º lugar na classificação, a três pontos do Z4, mas pode ser considerado um ótimo resultado ante a forte pressão imposta pelo Luverdense. A abertura do placar logo aos 11 minutos, com Bergson, parecia sinalizar para mais um triunfo fora de casa, mas a equipe não teve forças para manter a vantagem. Pior que isso: no segundo tempo, abdicou de atacar e limitou-se a segurar o empate, correndo grandes riscos.

Com três zagueiros – Perema, Rafael Dumas e Diego Ivo –, Marquinhos Santos explicitou já na escalação a estratégia cautelosa, pois mantinha Renato Augusto, Carandina e Augusto Recife também ocupados com a marcação. O técnico queria reforçar a última linha, receando o rápido e habilidoso ataque mato-grossense.

No fim das contas, o esquema surtiu efeito, com a concretização do objetivo de pontuar. O problema foi aguentar o cerco armado pelo Luverdense, cujas tentativas se intensificaram na etapa final. O sufoco foi tão acentuado que motivou sucessivas quedas de atletas do Papão, por contusão ou malandragem, levando a partida a ter corretamente 11 minutos de acréscimo (quatro no 1º tempo e sete no 2º).

Bem ao seu estilo, Bergson driblou um marcador e bateu de fora da área  para abrir o placar aos 11 minutos, manobra individual que não mais se repetiria na partida. O próprio artilheiro sumiu em campo, vítima da falta de organização no meio e de criatividade nas ações ofensivas.

Do lado alviverde, Sérgio Mota mandava na meia-cancha e distribuiu o jogo sem ser incomodado pela marcação. Técnico e extremamente criativo, o camisa 10 produziu várias situações perigosas para a zaga alviceleste, colocando os atacantes Rafael Silva, Eduardo, Baggio e Marcos Aurélio seguidas vezes na cara do gol.

Já nos acréscimos do primeiro tempo, em jogada nascida de um cruzamento certeiro de Paulinho pela esquerda, o baixinho Marcos Aurélio apareceu livre para cabecear entre os zagueiros do Papão. Diego Ivo e Perema marcaram a bola e não viram o adversário se aproximando.

Depois do intervalo, Marquinhos Santos lançou Magno no lugar de Juninho, a fim de dar mais consistência na saída, mas o domínio do Luverdense se ampliou com o cansaço que se abatia sobre os bicolores.

Sérgio Mota seguiu desfilando categoria em campo. A virada só não aconteceu porque os atacantes falharam na definição e Emerson apareceu bem em vários momentos, embora falhando feio em dois lances importantes. No mais grave deles, soltou a bola nos pés de Eduardo, que não aproveitou o rebote.

Welinton Jr. substituiu Bergson, mas nada acrescentou. O mesmo aconteceu com Jean, substituto do lesionado Dumas. Sem jogadas pelos lados, um dos canais de desafogo do Papão em jogos fora de casa, o time não conseguia equilibrar as ações e recuava em excesso. Em alguns momentos essa preocupação se tornou dramática, com alguns jogadores apelando para o cai-cai para conter os avanços do Luverdense.

Depois que o Papão abriu o placar, a melhor chance foi com Caion, que driblou dois adversários e chutou para fora, com perigo.

No geral, ampla vantagem dos donos da casa, que chutaram 21 vezes a gol, contra oito tentativas (erradas) do Papão. Com Sérgio Mota acionando os laterais, o Luverdense apertava constantemente. Paulinho, o ala esquerdo, criou também inúmeras situações perigosas, além de ajudar na infiltração de Eduardo e Douglas Baggio.

O confronto terminou com 66% de posse de bola favorável ao Luverdense, retratando o predomínio nas ações. Apesar das dificuldades exibidas e da inoperância na briga direta com o meio-campo adversário, o Papão foi mais pragmático e conseguiu segurar o resultado que lhe interessava.

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Análise destoa da realidade vista em campo

Como já é habitual, Marquinhos Santos teve uma leitura absolutamente singular do empate arrancado às duras penas em Lucas do Rio Verde. Enxergou volume técnico onde só se observou correria e mau posicionamento. Chegou a afirmar, nos comentários pós-jogo, que sua intenção ao colocar Welinton Jr. e Magno em campo era verticalizar as manobras. Ficou só na vontade, pois não havia passagem dos alas para permitir melhor aproveitamento dos atacantes.

Ao valorizar justificadamente o ponto valioso ganho fora de casa, o técnico elogiou a atuação de Rafael Dumas, de desempenho confuso. Voltou a citar o desgaste da viagem e ainda reclamou dos critérios da arbitragem, que acrescentou acertadamente 11 minutos nos dois tempos, punindo o excesso de interrupções por parte do Papão.

Marquinhos repetiu também a tradicional louvação ao adversário, apontado por ele como de alto nível, embora esteja na zona de classificação. Pelo discurso, o torcedor já deve ir se preparando para mais sofrimento nas próxima rodada, pois o esquema não deve ser alterado e o artilheiro Bergson desfalca a equipe contra o Londrina.

(Coluna publicada no Bola desta quarta-feira, 18)