Fifa define cabeças de chave da Copa

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A Fifa divulgou informações sobre a Copa da Rússia 2018 nesta segunda (18). As primeiras informações foram com relação aos cabeças de chave da competição. Alemanha, Brasil, Portugal, Argentina, Bélgica, Polônia, França e a Rússia, sede da Copa, estarão no mesmo pote durante o sorteio dos grupos que acontece dia primeiro de outubro. Isso significa que na primeira fase essas seleções não vão se enfrentar. As seleções foram escolhidas devido suas atuais posições no ranking da Fifa e a classificação para o mundial. A Alemanha é a atual líder. O Brasil está na segunda posição.

A Fifa divulgou também o nome e a figura do mascote do mundial. É o lobo Zabivaka. A palavra que dá nome ao mascote vem do russo e significa “aquele que marca o gol”.
A programação da competição também foi divulgada. A abertura e a primeira partida serão no dia 14 de junho no estádio de Moscou. A grande final também vai acontecer na capital russa, no dia 15 de julho.

Morre Zaratini, incansável defensor da liberdade e do socialismo

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POR MOACYR OLIVEIRA FILHO, no blog Ultrajano

Morreu ontem, aos 82 anos, o ex-deputado federal Ricardo Zarattini. Engenheiro, foi um dos 15 presos políticos soltos, em 1969, em troca da libertação do embaixador americano Charles Burke Elbrick. Pai do líder do PT na Câmara, o deputado federal Carlos Zarattini, e irmão do ator Carlos Zara (1930-2002), Zarattini tinha câncer na medula e sofria das intercorrências provocadas pela doença.

Líder estudantil aos 16 anos, foi um dos participantes da campanha “O Petróleo é Nosso”, que culminou com a criação da Petrobras. Ex-integrante do PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário), foi preso pela primeira vez no dia 10 de dezembro de 1968, em Pernambuco, três dias antes da decretação do AI-5, o Ato Institucional nº 5. Torturado, foi encarcerado no Quartel Dias Cardoso (PE).

Em 1969, conseguiu fugir com a ajuda dos soldados para os quais dava aulas e que o apelidaram de “O Professor”. Ficou escondido por um mês no Convento das Doroteias, graças ao auxilio de dom Hélder Câmara. Voltou clandestinamente para São Paulo. Em julho, foi preso pela Oban (Operação Bandeirante). Detido e torturado na cadeira do dragão por 14 dias, foi libertado em setembro daquele ano em troca do embaixador americano sequestrado por militantes de esquerda.

Zarattini tinha mobilidade e fala comprometidas em decorrência da doença e de torturas. Caminhando com auxílio de uma bengala e, no fim da vida, em cadeira de rodas, ele participava nos últimos tempos de atos em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Zarattini iniciou sua militância política quando ainda era secundarista e foi presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE) de São Paulo. Após sua libertação em troca do embaixador Elbrick, Zarattini foi para o México, Cuba e Chile. Em 1974, voltou ao Brasil clandestinamente. Em maio de 1978, foi novamente preso e torturado, sendo libertado no ano seguinte no processo de anistia.

O ex-deputado foi o primeiro brasileiro a ter o banimento revogado, filiando-se em seguida ao PDT, de Leonel Brizola. Em 1993, a convite de Brizola, foi trabalhar na liderança do PDT na Câmara dos Deputados, onde permaneceu até 2002, mesmo depois de se filiar ao PT. Em 2002, concorreu pelo PT à Câmara. Como era suplente, assumiu uma vaga em 2004.

Em 2013, foi inocentado de ser um dos responsáveis pela explosão de uma bomba no saguão do aeroporto do Recife, ocorrida em 1966. Documentos dos órgãos de segurança, apresentados pela Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara, desvinculavam o político da acusação.

Seu filho, Carlos Zaratini, escreveu no seu blog: “Há homens que lutam um dia e são bons, há outros que lutam um ano e são melhores, há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis”. Poucas vidas mereceram tão completamente este poema de Brecht, como a de Ricardo Zarattini, que faleceu ontem, em São Paulo, com 82 anos. Até o último momento de lucidez, discutia a situação do país, propunha iniciativas e ações a todos os que o visitavam no hospital.

O ex-ministro José Dirceu, exilado junto com Zaratini, em 1969, também lamentou a morte do amigo: “Zara, ‘O Velho’, como o chamávamos com respeito e reverência. Toda uma bela vida dedicada ao Brasil e ao combate ao imperialismo, como ele fazia questão de destacar. Sua razão de ser foi a revolução e dedicou todos seus últimos anos, meses e dias ao PT. Eu, pessoalmente, não tenho palavras para expressar minha gratidão ao Zara, meu amigo e companheiro. Lembro dele em Cuba, alegre, sempre debatendo, estudando, escrevendo, corajoso, mas humilde. Zara era um homem charmoso e nos envolvia com seu carinho e amizade. Polêmico, mas sempre buscando a unidade. Já sentia sua falta pela distância, agora honro sua memória continuando sua luta. Até mais Zara. Do Zé, teu camarada de luta”.

A morte de Zaratini entristece a todos os que, como ele, lutaram contra a ditadura e em defesa da liberdade, da democracia e do socialismo. Ricardo Zaratini, presente!

A vingança da mula

O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) caiu de uma mula que estava sendo domada na fazenda de que é proprietário, no norte de Goiás. O político sofreu uma fratura no ombro esquerdo e segundo a assessoria, terá de ficar 15 dias afastado das atividades parlamentares. Pelo aspecto radiológico e da tomografia, há indicação cirúrgica.

A boa notícia é que a mula passa bem. 

Frieza e objetividade

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POR GERSON NOGUEIRA

Na verdadeira briga de foice que se desenha para a reta final da Série B, tanto para o acesso quanto para o rebaixamento, o jogo desta noite em Lucas do Rio Verde (MT) tem grande importância para as ambições do Papão na competição. Caso consiga reeditar as boas atuações como visitante, tem a possibilidade de alcançar a nona colocação e se distanciar de vez do pelotão de desesperados do Z4.

O próprio adversário da noite está no grupo dos times que brigam para não cair, com três pontos a menos que o Papão e necessidade urgente de reagir no campeonato. O Luverdense, campeão da Copa Verde, tem um time tecnicamente qualificado, mas não conseguiu apresentar a competitividade que a Série B exige.

No fim de semana, o time mato-grossense foi derrotado em Belo Horizonte pelo América e exibiu os erros que explicam sua difícil situação na tabela. O time pratica um jogo que agrada aos olhos, mas o esmero na troca de passes se tornou contraproducente, pois não há objetividade e contundência nas ações ofensivas.

Cabe ao Papão de Marquinhos Santos explorar as fragilidades do Luverdense, amplificadas pela pressão que cerca o time de Junior Rocha. Ao mesmo tempo, o time bicolor não pode esquecer sua própria situação no campeonato. Está somente três pontos à frente do Luverdense, fato que confirma o equilíbrio entre os dois.

Como visitante, o Papão tem se portado de maneira pragmática. Espera o adversário se movimentar e só então sai para explorar os espaços. As cinco vitórias fora de casa foram obtidas dessa forma, com organização e paciência, frieza e objetividade.

Mesmo com as ausências dos titulares Rodrigo Andrade e Guilherme Santos, Marquinhos tem condição de montar um time forte na marcação e agressivo no ataque. Jonathan e Jean devem substituir a Rodrigo e Guilherme, mas as preocupações maiores devem se concentrar na frente, onde Bergson vai precisar ter um parceiro mais dinâmico que Marcão.

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Leão dorme no ponto (de novo) e ainda reclama

A chorosa reação do presidente do Remo, ontem, ao ser informado sobre a reunião de ontem entre dirigentes do Papão e a presidência da CBF, discutindo questões ligadas à Copa Verde, entre outros assuntos, diz muito sobre o abismo existente entre as duas gestões. Enquanto a diretoria alviceleste mostra-se sempre ágil, atualizada e disposta a lutar pelos interesses do clube, a do Remo patina na desinformação e na ausência de uma agenda de prioridades.

Ao saber tardiamente da reunião, Manoel Ribeiro reclamou que não teria sido avisado. Ora, pelo que se sabia desde o final de semana, os dirigentes bicolores solicitaram a reunião com o presidente da CBF para encaminhar uma pauta de reivindicações. Ao invés de reclamar, Ribeiro deveria ter procurado fazer o mesmo, visto que o Remo vive situação bem mais aflitiva que o rival e necessita de toda ajuda possível.

O problema é que, na administração atual, chorar o leite derramado virou uma espécie de mantra na vida do Remo. Ao invés de esperar convites, a diretoria precisa se ajustar as regras mínimas exigidas hoje para a gestão de um clube de futebol. O mandamento número um continua o mesmo de sempre: jamais dormir no ponto.

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Líder mantém a vantagem mesmo quando perde

Mesmo quando o Corinthians tropeça na rodada, como ocorreu neste fim de semana, os adversários diretos não conseguem se aproximar, facilitando sua caminhada rumo ao título da temporada. O Santos, que recebeu ontem o Vitória na Vila Belmiro, podia baixar a diferença para sete pontos em relação ao líder, mas acabou empatando e desperdiçando o que pode ter sido a última oportunidade de aproximação.

O Corinthians, que não tem um timaço e nem pratica um futebol maravilhoso, vai sobrando na disputa apenas por ser a equipe que erra menos e mais se beneficia dos vacilos alheios. Regularidade é fundamental em pontos corridos. Sorte também.

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Lambanças comprometem o começo da Segundinha

A Federação Paraense de Futebol, aquela que tem a pachorra de afirmar que “ensina o Brasil a fazer futebol”, deu outra topada e levou três dias para consertar a própria lembrança. O imbróglio envolvendo o Pedreira no torneio de acesso ao Campeonato Paraense do próximo ano poderia ter sido evitado com a obediência pura e simples às normas do bom senso.

Com taxas não pagas e documentação incompleta, o time de Mosqueiro não poderia ter sido incluído na tabela da competição. Por razões pouco republicanas, a inscrição foi aceita e o Pedreira aceito na Segundinha. Na sexta-feira, a dois dias da estreia, descobriu-se que a agremiação estava em situação irregular.

Em meio ao desgaste pela suspensão do jogo entre Tuna e Pedreira, a FPF esqueceu o básico: decretar o W.O. (com a perda automática de três pontos, pelo placar simbólico de 3 a 0) como pregam todos os regulamentos do planeta para situações do tipo. Ontem, finalmente, alguém lembrou da regrinha óbvia. Antes tarde do que nunca.

(Coluna publicada no Bola desta terça-feira, 17)