
POR GERSON NOGUEIRA
Há uma velha cábula no futebol quanto a recuos excessivos. O time do Boa Esporte abusou do direito de abdicar do jogo e terminou sofrendo um duro castigo. O Papão, que atuava sofrivelmente, reagiu na segunda etapa e alcançou a virada, de maneira empolgante, quase épica, já nos acréscimos da partida em Varginha, na sexta-feira à noite.
Alguns irão atribuir o feito aos poderes miraculosos da Virgem de Nazaré, padroeira dos paraenses, cuja grande celebração do Círio acontece neste domingo. No entanto, é mais legítimo entender que o triunfo sorriu para o time que foi menos medroso e mais aplicado no momento crucial do jogo.
Para os padrões de Marquinhos Santos e levando em conta as limitações do time, o Papão desenvolveu um jogo surpreendentemente agressivo no 2º tempo. É bem verdade que o adversário, que abriu o placar em bola aérea e falha do goleiro Emerson, não soube explorar a desordem tática bicolor e o nervosismo de alguns jogadores – Jonathan errou feio na hora de dominar dentro da área e quase permitiu o segundo gol adversário.
Ocorre que o Boa, sentindo-se na necessidade de garantir a magra vantagem, incorreu no erro comum aos times limitados citado no começo do texto: recuou em demasia, chamando o Papão para o jogo e propiciando o crescimento que levaria à virada.
Os donos da casa ainda tiveram uma penalidade para carimbar a vitória, aos 11 minutos do 2º tempo, mas Emerson saltou muito bem para espalmar a bola, redimindo-se da falha no lance do gol.
As entradas de Caion e Welliton Jr. no ataque fizeram com que o Papão tomasse as rédeas do confronto e buscasse seguidamente o gol, arriscando bem mais do que fizera até então. A dupla foi responsável direta mudança de postura do time no segundo tempo, contribuindo para que o Papão sufocasse um adversário que se limitava a administrar o 1 a 0.
Mesmo depois de conquistar o empate, já aos 41 minutos, em penal duvidoso sobre Welliton Jr. que Bergson converteu, o time paraense não se contentou e seguiu martelando firme. A ousadia renderia frutos e o prêmio veio aos 49 minutos, quando ninguém mais esperava mudança no marcador.
A bola foi erguida na área do Boa e o zagueiro Diego Ivo apareceu para desviar de cabeça, fulminante e certeiro, balançando as redes e decretando o resultado final. Um gol salvador, muito semelhante ao que marcou diante do Guarani, na Curuzu, e tão importante quanto.
É necessário observar que, novamente, o Papão precisou estar em desvantagem, escapar de sofrer o segundo gol para só então se posicionar melhor em campo e dar sinais de incômodo com o resultado ruim.
De toda sorte, o resultado tira a corda do pescoço do técnico Marquinhos Santos, reaproxima o time da torcida e gera um alívio em relação às dez rodadas finais da Série B. Com 36 pontos, o Papão precisa de três vitórias para assegurar permanência na competição. Como tem ainda cinco jogos em casa, essa tarefa parece perfeitamente possível de alcançar.
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Com boi na sombra, Seleção põe sapato alto
Não há perigo maior em futebol do que a soberba. O Brasil anda flertando perigosamente com isso nas atuais Eliminatórias Sul-Americanas. Classificado com sobras há várias rodadas, o time de Tite passou a disputar amistosos contra os rivais de continente.
Depois da incrível sequência de nove vitórias, a Seleção empatou duas vezes – contra Colômbia e Bolívia – e demonstrou um certo enfado em várias situações das partidas. Na quinta-feira, em La Paz, a altitude serviu como atenuante para vários erros primários de finalização.
Neymar, por preciosismo, perdeu quatro grandes oportunidades diante do goleiro Lampe. Gabriel Jesus, Willian e Philippe Coutinho também vacilaram no último instante. Pode ser apenas coincidência, mas o escrete emite sinais perigosos para quem ambiciona ir tão longe.
É preciso relembrar que, antes de Alemanha-2006 e África do Sul-2010, o Brasil também sobrava no continente e em relação aos europeus. Na hora H, veio a frustração com atuações ridículas de times estrelados.
Por coincidência, aquelas seleções também haviam chegado ao ápice meses antes do Mundial, quando realmente é necessário atuar sempre em alto nível. O Brasil de Tite não pode se perder pelo caminho.
A reunião de vários jovens talentos é algo sempre animador, mas, ao mesmo tempo, constitui um desafio quanto à motivação. Que esses deslizes atuais sejam apenas reflexos da fadiga e que a Seleção volte a jogar sério quando chegar a hora da verdade.
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Bola na Torre
Guilherme Guerreiro comanda o programa, a partir das 21h, na RBATV. Giuseppe Tommaso e este escriba de Baião participam na bancada de debatedores.
(Coluna publicada no Bola, edição de sábado/domingo, 07 e 08)
VITÓRIAS E DERROTAS
04/Mai/2014
Resultados inesperados em embates futebolísticos não estão relacionados somente pela qualidade do grupo, do atleta individualmente, da capacidade e inteligência do técnico, ou mesmo do conjunto em si. Mesmo havendo estas quatro situações em dado momento, falta ainda os efeitos das influências astrais que se resumem em emanações fluídicas carmicas que interferem nos desempenhos em campo, relacionados a erros ou acertos.
Não acreditar em tais efeitos extra terrenos é pensar que se trata de coincidência, mas como explicar atletas não terem aprovação numa agremiação e em outra se transformarem na principal figura das partidas.
Foi o caso dos dois que estiveram na Grêmio e não apareciam em campo e uma vez transferidos para o Flamengo, foram os que mais se salientaram durante os jogos em 2013. Um desaprovado no Beira Rio, o Jô, foi ser destaque no Atlético em Belo Horizonte.
O melhor da Copa do Mundo de 2010 demonstrou mediano desempenho no Beira Rio. Que espírito de luz interviu no cérebro do Abel campeão da Libertadores de 2006 para que solicitasse bem antes a direção do Clube, para vinda a Porto Alegre de um jogador do Paraná, o Adriano (Gabiru) que levado ao Japão com despesas pagas pelo técnico uma vez que a Direção do Inter o descartou da Delegação, acabando por ser a peça saliente para a conquista do título. Nada acontece por acaso.
Antonio Carlos Mesquita do Amaral
Santa Maria – RS
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Só uma correção amigo Gerson, o OSC tem 5 jogos em casa e cinco fora.
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É verdade, amigo. Farei a devida correção no texto on-line.
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Mestre Nogueira, quem vai determinar o êxito ou o fracasso da seleção é o “menino” Ney.
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Welliton Jr e Caion realmente mudaram a cara do jogo. Caion em 20 minutos de apresentação, mostrou mais qualidade e desenvoltura que o improdutivo Anselmo.
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Há, no Papão, um mau costume que precisa ser corrigido urgentemente. Trata-se de posicionar um jogador baixo marcando alguém muito maior.Foi o que ocorreu no gol do Boa, quando o atarracado R. Andrade estava marcando o central do time mineiro, e não é algo fortuito.
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Observação pertinente, amigo Amorim. Aliás, foi esse tipo de desatenção que custou ao Botafogo a eliminação da Libertadores, quando deixaram um lateral franzino marcando o atacante mais alto e forte do Grêmio.
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Pode não ter sido milagre, mas foi muito emocionante. _Parecia decisão de um título. Mas só vou deixar para comentar novamente sobre o Paysandu nesta série B após a 30ª rodada. O que queria comentar neste momento é sobre uma entrevista que Arthur Tourinho deu com detalhes a um repórter esportivo da cidade apresentador de programa esportivo de rádio. Parte da entrevista está no blog do repórter e nela Tourinho relata fatos muito grave sobre o esquisito e tenebroso contrato com o Arinelson , cujo jogador todos sabem que faturou facilmente milhões de reais do Paysandu na Justiça do trabalho, quase afundando o clube, tudo isto depois de ter passado “uma chuvinha ” no Papão. Arinelson ganhou a polpuda indenização por causa de uma esquisita multa contratual rescisória prevista no contrato do atleta, em que ninguém até hoje conseguiu entender como se assinou contrato com essa cláusula contratual para um jogador que estava quase aposentado. Tourinho trouxe algumas verdades graves à tona e segundo ele ocorreu o seguinte: Ele afirma que que a assinatura do contrato com Arinelson foi um crime. Porém ele também afirma que não foi ele que assinou o contrato como jogam até hoje na costa dele e quem assinou foi o Dr, Cesar Neves, onde Dr Cesar pode ter assinado sem observar a cláusula criminosa. Ou seja, pelas declarações bombásticas de Tourinho, Dr, Cesar foi induzido ao erro por quem levou o contrato para ele assinar, porém Tourinho não revelou quem levou o contrato pra assinatura. Mas disse que a pessoa que levou o contrato para o Dr, Cesar Assinar está viva
, e Tourinho ainda acrescentou que ele recorreu na justiça mas o Papão perdeu 2 prazos, os quais segundo ele, pode ter sido também proposital para o clube perder a causa., pois sabe-se que o processo foi julgado à revelia. Quer dizer , são informações muito grave onde não se sabe se hoje diante dessas revelações graves há possibilidades do clube tomar alguma providência em relação ao contrato. So sei que se Tourinho estiver falando a verdade, para mim passa a ser mais injustiçado ainda na minha opinião. Te dizer…
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