Argentina fora da Copa: eu não acreditava nisso, mas…

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POR RODRIGO BORGES, no Lance!

Escrevi aqui dia 8 de setembro que a Copa do Mundo não perderia a graça sem a presença da Argentina. Não por “Galvanice”, como definiu um amigo referindo-se a vocês imaginam quem. Mas porque um componente importante do futebol é a desgraça do rival. Que torcedor fica chateado com o rebaixamento de um oponente ou diz que sem ele o campeonato perde a graça? Mas devo admitir algo: quando publiquei o texto, não imaginava que isso poderia realmente acontecer.

O cenário não era trivial para a Argentina. Confronto em casa com uma seleção peruana que vive ótima fase e ida a Quito para jogar com o Equador. E o Peru barrou a Argentina em La Bombonera. A situação que já era difícil piorou com a vitória do Chile contra o Equador. Os argentinos, bicampeões do mundo, estão agora em sexto e com chances claras, reais e evidentes de não disputarem uma Copa pela primeira vez desde 1970.

O que eu acho que vai acontecer? A Argentina vai à Copa do Mundo, sim. E ainda aposto que vai sem sequer precisar da repescagem. Vence o Equador e ultrapassa Chile e mais Colômbia ou Peru, que se enfrentam em Lima. O que eu quero que aconteça? Que a Argentina siga onde está, em sexto lugar, é claro. Quem sabe em sétimo, ultrapassada pelo Paraguai.

Eu não acreditava que fosse possível. Mas, já que a chance é real, porque não sonhar? E fique atento: se a Argentina conseguir a vaga, todo o histórico complicado das eliminatórias vale nada. Os 24 anos (serão 25 em 2018) sem títulos relevantes do time principal não importam. E Messi chegará à Russia com vontade imensa de coroar sua carreira com um título mundial. Se você torce pela seleção brasileira, é bom torcer pra que o pior aconteça à Argentina. Ou a chance de uma nova tricampeã não será pequena.

5 comentários em “Argentina fora da Copa: eu não acreditava nisso, mas…

  1. Na última rodada o Paraguai joga em casa contra a lanterna Venezuela e o Peru decide a vaga em casa contra a os ‘estrangeiros’ da Colômbia. Conclui-se, então, que a Argentina não depende só de si.
    Ora, um time que empata em casa contra a Venezuela e Peru dificilmente terá forças para derrotar o Equador a 2.700m da altitude de Quito, logo, independente de qualquer vontade, a situação dos hermanos é desesperadora.

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  2. É duro assistir certos programas esportivos na TV e ver comentários do tipo “torço para a seleção Argentina se classificar porque sem ela a Copa do Mundo terá menos brilho”. Ora, se for assim, então por que não determinar logo uma vaga vitalícia para os hermanos? Qual o sentido de se promover uma fase eliminatória desse torneio, onde todas as seleções, teoricamente, tem chances iguais de ir ao mundial? Alguma vez o torneio perdeu o brilho pela ausência das seleções inglesa, italiana e alemã, tops do mundo da bola? Como explicar o fenômeno holandês nas copas de 1974 e 1978, quando a Holanda não era top, mas apresentou o futebol mais vistoso e poderia muito bem ser campeã incontestável nesses dois anos? E a Espanha, eterna aspirante ao título, que finalmente levou taça em 2010 jogando um futebol de primeira linha? Não esquecer o pequeno Uruguai, campeão duas vezes. Cada torneio tem sua magia e 2018 certamente terá o seu brilho com ou sem Argentina. Para nós, brasileiros, melhor sem ela.

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    1. Amigo Miguel, entendo seu ponto de vista e também estou no grupo dos que torcem para que os hermanos se lasquem. Por outro lado, compreendo também os que advogam a presença argentina em nome da qualidade do torneio, visto que a seleção deles tem o melhor do mundo (Messi) na minha opinião. Eu estive na final da Copa 2014, no Maracanã, e vi um estádio surpreendentemente dividido. Muitos brasileiros ali torciam de verdade pela arquirrival Argentina. De minha parte, gostei muito quando os alemães cumpriram seu papel e levaram a taça. Rsrs…

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  3. Entre uma Argentina, bicampeã mundial ou uma Itália tetra e um Peru ou Colômbia, quem no final vale à pena assistir?
    É o eterno pimenta no dos outros é refresco. E se fosse o contrário? Muita gente estaria choramingando essa mesma ladainha.
    Lembro do último mundial quando um grupo tinha três campeãs mundias e outro tinha as gloriosas seleções de Bélgica, Argélia, Rússia e Coréia do Sul. Muita gente reclamou e com razão.

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