Mais que mil palavras

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Sertão sergipano, nesta terça-feira. Lula é homenageado por um acadêmico de Medicina, que faz questão de agradecer de viva voz: “Eu varria os quintais na vizinhança, abria a geladeira e só tinha água. Hoje estou no 5º ano de Medicina, graças às cotas e ao senhor”.

Bergson reforça ataque do Papão contra o Internacional

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O gaúcho Bergson é a principal arma do Paissandu para o jogo de sexta-feira contra o Internacional, em Porto Alegre. O atacante, artilheiro do time na Série B com 6 gols, já se recuperou de lesão e volta à equipe para tentar surpreender o vice-líder da competição. Bergson começou nas divisões de base do Inter e depois se transferiu para o rival Grêmio, onde permaneceu de 2008 a 2011.

Na partida contra o Paraná Clube, o time sofreu com a falta de pontaria dos atacantes e uma certa parcimônia para arriscar chutes de média e longa distância. Bergson tem se notabilizado justamente por chutar de fora da área, tendo marcado vários gols dessa forma.

Mesmo sem estar 100% fisicamente, o jogador deverá entrar jogando em função da importância da partida. No primeiro turno, o Papão venceu por 1 a 0 no Mangueirão, gol de Fernando Gabriel, que já deixou o clube.

A baixa bicolor para sexta-feira é o zagueiro Gualberto, que deixou o jogo contra o Paraná devido a uma lesão no olho direito. Em seu lugar, entrará Diego Ivo para formar dupla com Fernando Lombardi.

O Paissandu ocupa a 14ª posição, com 27 pontos.

(Foto: FERNANDO TORRES/Ascom-PSC)

Goiano tem baixas e dúvidas para o jogo de sábado contra o Moto

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Com a suspensão dos volantes Ilaílson e João Paulo e do lateral Jaquinha, o técnico Léo Goiano deve escalar para sábado, contra o Moto Clube, um time novamente cheio de improvisações. Jayme deve ocupar a lateral direita e Gerson pode voltar à ala esquerda. Dudu e França devem ser os volantes e, no setor de criação do meio-campo, deve ser mantida a dupla Flamel e Eduardo Ramos.

Os elogios à grande atuação dos meias contra o Botafogo-PB continuam a repercutir entre a torcida e encontram eco nas palavras do próprio Léo Goiano, que não confirma, mas deve prestigiar o bom momento dos jogadores mais habilidosos do time.

Com 21 pontos, o Remo precisa atingir pelo menos 27 para passar à próxima fase. Terá dois jogos fora – Moto e Salgueiro, na última rodada – e um em casa, contra o Sampaio Corrêa. (Foto: MÁRIO QUADROS)

Lembranças de um comediante da fuzarca

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POR GERSON NOGUEIRA
Reconheço que lá no comecinho não curtia muito o humor amalucado de Jerry Lewis, em função do tom de voz do dublador das “sessões da tarde”. Achava chato. Com o tempo, porém, fui virando fã das caretas e peripécias físicas do grande ator. Sim, porque nessa história de comédia muitos custam a atinar que há sempre um grande intérprete por trás.
Acho que vi todos os seus filmes, sendo que “O Professor Aloprado”, “Bancando a Ama-Seca” e o “O Rei do Laço” uma porrilhão de vezes. A presença de Dean Martin, ali como escada de luxo, era um ponto forte do trabalho de Lewis e a prova inescapável de sua genialidade ao fazer de um ator mediano como Martin um coadjuvante espetacular.
Li certa vez que Lewis era um dos caras mais inteligentes do cinema americano, dono de QI altíssimo. Por isso, era tão exigente e meticuloso na construção de personagens, caprichando no tempo exato de cada gesto ou enquadramento.
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Em 1982, Martin Scorsese fez com ele e De Niro um filmaço, “O Rei da Comédia”, no qual Lewis aparece num papel dramático, longe das gags que o celebrizaram. Ainda assim, impecável.
Com sua morte, somos obrigados a olhar em voltar e perceber que os grandes cômicos sumiram do mapa. Verdade que aparece, de vez em quando, aqui e ali, um engraçadinho qualquer, mas longe de representar uma legenda no mundo do humor.
Um troço engraçado no universo da comédia é que expressamos preferências sem muita lógica, até porque os estilos se diferenciam muito de ator para ator.
Adorava O Gordo & O Magro, mas odiava Os 3 Patetas. Acho Jacques Tati genial, Peter Seelers também. Apreciava Danny Kaye, Gene Kelly, Richard Pryor e Gene Wilder.
No Brasil, sempre preferi Zé Trindade a Oscarito, Costinha a Ankito, Grande Otelo a Mazarópi.
Senti as perdas de Belushi e John Candy.
Ainda gosto de Steve Martin, mas não aguento ver Jim Carey, por coincidência o mais óbvio imitador de Lewis.
Last but not least, escrevi estas linhas meio tortas apenas pra dizer que a partida de Lewis nos deixa (a quase todos) órfãos do bom humor, da comédia como expressão de arte. Há algo meio fora de ordem conspirando pra deixar o mundo cada vez mais carrancudo, intolerante, direitoso e fascista.
(Ironia das ironias, o cidadão Lewis cultivava ideias ultraconservadoras, como a hostilidade a imigrantes. Vá entender…)

Rock na madrugada – John Lennon, How Do You Sleep

https://www.youtube.com/watch?v=coeW1GJJ6Qs

Fenômeno vence ‘Re-Pa das torcidas’ e amplia liderança na Série C

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Com a presença de 19.641 espectadores (18.124 pagantes) no Mangueirão para ver Remo x Botafogo-PB, neste domingo, a torcida remista quebrou seu próprio recorde na competição (15.835 contra o Confiança) e praticamente  dobrou a marca do Fortaleza, que tem o terceiro melhor público da Série C – 10.082 pagantes. De quebra, a massa azulina venceu a disputa do chamado “Re-Pa das torcidas” com a Fiel Bicolor, que proporcionou público de quase 12 mil pagantes na partida contra o Paraná Clube, no sábado à noite. (Foto: MÁRIO QUADROS) 

Vitória suada e convincente

POR GERSON NOGUEIRA

A reta final do jogo deu a falsa impressão de um duelo complicado, com possibilidades iguais para cada lado. Na verdade, o Remo foi superior o tempo todo, impôs um ritmo seguro no primeiro tempo, fez seu gol e não permitiu chances ao visitante. Sofreu o empate no início da 2ª etapa, mas teve forças para assegurar a vitória a poucos minutos do fim. Um novo tropeço seria fatal para as pretensões na Série C e um castigo imerecido.

No aspecto geral, foi a melhor apresentação remista na Série C. Pela primeira vez, o Remo se mostrou organizado, acertando passes e exibindo um bom repertório de jogadas a partir da presença de Eduardo Ramos e Flamel, desfazendo a velha cisma de que ambos não poderiam ser escalados desde o início de um jogo.

Com o camisa 10 posicionado junto à linha ofensiva como meia-atacante, Flamel cuidou das articulações no meio, desincumbindo-se bem da tarefa. Mas, para que a dupla funcionasse, os volantes tiveram que se desdobrar, o que resultou em boas atuações de João Paulo e Dudu.

O lado mais forte do Remo era sempre o direito, embora o improvisado Ilaílson não apoiasse com a constância necessária. Apesar disso, Pimentinha causava um furor em cima da marcação do Botafogo, levando sérios perigos a cada arrancada. Logo no começo, deu passe precioso para Ramos, que chutou em cima do goleiro.

A jogada do primeiro gol surgiu aos 25 minutos após lançamento de Martony endereçado a Pimentinha na direita. O atacante passou pela marcação e tocou para Ramos na linha da pequena área. O meia chegou de carrinho, mandando para o fundo das redes do Belo.

Depois do intervalo, o Remo voltou agressivo, insinuante e perdeu duas boas oportunidades, com Ramos e Pimentinha. Depois, num descuido de marcação, uma falta cobrada com rapidez apanhou a defesa azulina em linha. A bola chegou a Dico, que finalizou na saída de Vinícius, aos 6’. O gol desnorteou os azulinos, que entraram em desespero com a iminência de mais um mau resultado em casa.

O atordoamento durou uns 15 minutos, mas, ainda assim, a equipe não desistiu de atacar com consciência, aproveitando as tabelinhas entre Flamel, Pimentinha, Edgar e Ramos. Em alguns momentos, o Remo colocava até seis jogadores junto à área adversária.

Aos 34’, Ramos desviou cruzamento perfeito de Edgar, mas a bola passou à direita do gol. Aos 40’, porém, veio o lance que fez o Mangueirão explodir: Flamel lançou na área, na cabeça de Ramos, que tocou de cima para baixo, marcando o gol da vitória. Foi o coroamento da parceria, provando que a qualidade de ambos pode ser utilíssima ao Remo.

Triunfo justo, que teve como fator crucial a intensidade do jogo executado pelos azulinos. No aspecto individual, Ramos, Flamel, Pimentinha, João Paulo e Martony foram os destaques da apresentação. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)

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Dispersivo, Papão mantém jejum em casa

A cábula permanece. O Papão voltou a ter dificuldades para se impor e acabou empatando com o Paraná Clube, no sábado à noite. Como ocorre há algumas rodadas, o time não encontrou inspiração para triunfar dentro de casa. Apesar do esforço, foram infrutíferas as tentativas de chegar ao gol, quase sempre prejudicadas pela afobação no momento de definir.

No primeiro tempo, o Papão praticamente não incomodou o goleiro adversário. Só ameaçou de verdade em chute de Carandina e no disparo de Rodrigo, que desviou na defesa e quase entrou. No segundo período, com Rodrigo Andrade no meio, a equipe partiu para o abafa, mas sem a criatividade necessária para chegar ao gol.

O melhor momento da equipe veio já no final, entre os 40 e os 48 minutos. Foi quando ocorreu o polêmico lance do pênalti, depois de a bola bater no braço de um zagueiro do Paraná.

A demora nas substituições retardou a evolução do Papão na etapa final. Quando passou a ter Rodrigo Andrade e Diogo Oliveira na armação e nas puxadas de ataque, o time teve presença mais incisiva na frente, embora sem oportunidades claras de gol.

Mais fechado e rápido nas saídas, o Paraná tinha como estratégia esperar uma chance de contra-ataque. Quase conseguiu no começo do 2º tempo, obrigando Emerson a duas grandes defesas. No fim das contas, o empate fez justiça ao futebol apresentado. Ninguém mereceu vencer.

Do jeito como o Papão de Marquinhos joga, sem força pelos lados do campo e com um centroavante improdutivo, a ausência de um atacante como Bergson – que não tem medo de arriscar – acaba pesando muito.

(Coluna publicada no Bola desta segunda-feira, 21)

O adeus do Rei da Comédia

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Jerry Lewis, um dos maiores talentos da comédia no cinema, morreu neste domingo, aos 91 anos. Considerado um gênio pelo meio cinematográfico americano, com vários filmes memoráveis, Lewis começou nos palcos ainda adolescente. Ganhou fama e prestígio a partir da formação da dupla com Dean Martin, que fazia o papel de “escada” para suas gags impagáveis. Era versátil, trabalhando como roteirista, compositor, cantor, diretor e dançarino.

Influenciou gerações de comediantes com seu estilo de palhaço ingênuo. Entre seus principais filmes estão “O Professor Aloprado”, “De Caniço e Samburá”, “Um Palhaço no Batalhão”, “O Rei do Laço” (versão completa, abaixo), “Bancando a Ama-Seca” e “O Rei da Comédia”.

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Os críticos franceses da Nouvelle Vague consideram Lewis um gênio da comédia e um dos maiores diretores de cinema de todos os tempos. Nos EUA, era visto como um grande comediante, mas sem o mesmo prestígio. Só a partir dos anos 60, passou a ser respeitado e valorizado como um gênio do humor.

 

Bola na Torre – domingo, 20.08

https://www.youtube.com/watch?v=ac5nXOnefhY