Remo briga por uma das 2 vagas restantes na Série C

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Os resultados da 16ª rodada da Série C aqueceu a disputa pelas duas vagas restantes no G4 da competição, faltando apenas 2 jogos para cada clube. Com Sampaio Corrêa (MA) e CSA (AL) já classificados, com 29 e 28 pontos, respectivamente, restam cinco clubes na briga direta pelas duas vagas que darão direito ao mata-mata.

Com os empates (todos por 1 a 1) de Fortaleza (CE), Remo e Salgueiro (PE), contra CSA, Moto (MA) e Sampaio Corrêa, respectivamente, dois clubes entraram na disputa: o Cuiabá (MT), que venceu o ASA (AL) por 3 a 2, em Arapiraca; e o Confiança (SE), ao surpreender o Botafogo (PB), por 2 a 1, em João Pessoa (PB).

Segundo as projeções do site Chance de Gol, o Fortaleza tem maiores chances de classificação, seguido de Salgueiro e Remo. Em caso de vitória, no sábado, diante do Sampaio, o Remo dependerá de derrotas do Salgueiro para o CSA, do Cuiabá para o Moto e de um empate do Confiança contra o Fortaleza.

Cada clube terá dois jogos a cumprir na primeira fase da Série C. Confira os confrontos:

Fortaleza-CE – 3º colocado, 24 pontos
Confiança-SE (fora)
Moto Club-MA (em casa)

Remo – 4º colocado, 22 pontos
Sampaio Corrêa-MA (em casa)
Salgueiro-PE (fora)

Cuiabá-MT – 5º colocado, 22 pontos
Moto Club-MA (fora)
CSA-AL (em casa)

Salgueiro-PE – 6º colocado, 21 pontos
CSA-AL (fora)
Remo (em casa)

Confiança-SE – 7º colocado, 19 pontos
Fortaleza-CE (em casa)
ASA-AL (fora)

Diário do Nordeste, 28/08/2017

Papão quer aproveitar sequência de 6 pontos em casa

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Depois da nova derrota no campeonato, diante do Internacional, na última sexta-feira, o Paissandu se prepara para as duas partidas em casa nas próximas rodadas. Chance preciosa de dar a volta por cima e retornar à chamada primeira página da classificação. O Papão enfrentará América-MG (08/09) e ABC (16/09), projetando ganhar seis pontos nas duas rodadas.

É bom lembrar que nas duas vezes em que teve sequências de seis pontos em casa o Papão decepcionou a torcida, empatando três jogos e perdendo um – aproveitamento de 33%. Até o momento, o time tem sua pior performance como mandante na Série B: três vitórias apenas, contra quatro fora de casa.

Empate e esperança

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POR GERSON NOGUEIRA

O Remo custou a entrar no jogo, sábado à tarde, em São Luís. Apático e lento, só deu o primeiro chute a gol depois dos 20 minutos e, ainda assim, em lance invalidado pela arbitragem. Na etapa final, com mais rapidez nas chegadas ao ataque e ajuste nas articulações pelo meio, acabou se safando graças a um golaço de Jayme. O empate garantiu ao time paraense a permanência no G4, dependendo exclusivamente de suas forças para obter a classificação à próxima fase.

Com pouca mobilidade do meio em diante e sem apoio dos laterais, o Remo foi improdutivo nos primeiros 45 minutos. Podia ter feitoo gol, na única jogada coletiva do ataque, finalizada por Pimentinha, mas o atacante estava adiantado quando o passe de Tsunami partiu em sua direção.

O lance ocorreu aos 22 minutos. Antes e depois disso, o Remo ficou vendo a banda passar. O Moto, mesmo sem criatividade, ameaçava com bolas cruzadas na área, dirigidas a Vinícius Paquetá e Alex Henrique. Insistiu tanto nesse tipo de jogada que acabou chegando lá.

No último lance do primeiro tempo, Danilo Bala driblou dois azulinos, deixando Dudu no chão, e mandou chute colocado e rasteiro. A bola bateu no poste esquerdo de Vinícius e voltou nos pés de Paquetá, que tocou para as redes. Cochilo geral da defesa.

Depois do intervalo, como sempre ocorre, o time voltou mais plugado. Não deu entender foi Léo Goiano ter esperado até os 3 minutos para trocar Luiz Eduardo por Edgar. Sem atacante no centro, o Remo passou a depender de seus pontas. Pimentinha se ressentia da forte marcação e do isolamento, pois não tinha apoio por parte de Léo Rosa.

Com o suporte de Tsunami, Edgar fez boas jogadas pela esquerda. Uma delas foi salva na linha pela zaga motense. Depois disso, França cedeu lugar a Danilinho, que encaixou bem no trabalho de proteção à zaga e distribuição de jogadas. O último a entrar foi Jayme, substituindo a Eduardo Ramos.

A partir das três mudanças, o Remo se tornou mais ágil e Pimentinha passou a ter mais liberdade para chegar à área, criando lances agudos seguidamente. Pelo meio, Jayme voltava para receber bolas. E assim foi construída a jogada feliz que levou ao gol de empate, aos 35’.

Os festejos remistas no Castelão foram intensos e justificados, mas o time não pode repetir nesta reta decisiva a acomodação tática exibida no primeiro tempo. Contra uma equipe mais qualificada, a passividade dos azulinos poderia ter resultado num placar mais dilatado.

A destacar, pelo segundo tempo, a movimentação de Pimentinha, Edgar e Tsunami. Jayme virou merecidamente o herói da jornada por fazer o básico: chutar em direção ao gol. (Foto: LUCAS ALMEIDA/L17 Comunicação)

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Começa a temporada do “se”

Os resultados da rodada foram razoavelmente bons para o Remo na Série C. Ruim mesmo passa a ser a situação do Fortaleza. O tropeço em casa diante do CSA deixou o tricolor cearense em risco na competição, com 24 pontos. Passa a ser alvo direto tanto de Remo e Cuiabá (22 pontos) quanto do Salgueiro (21). Aos azulinos, resta vencer seus jogos para se classificar, embora um triunfo no sábado possa antecipar essa condição, se Cuiabá e Salgueiro perderem seus jogos.

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Trégua para ajustar o time e estabelecer meta

A derrota em Porto Alegre era esperada. Estava dentro da chamada cota de normalidade, afinal o favorito Internacional é um time de Série A disputando a Série B. Ocorre que os colorados não foram plenamente superiores. Andaram se atrapalhando em lances de defesa, relaxaram e permitiram até que o Papão endurecesse o jogo nos dez minutos finais.

Ficou a impressão de que, com mais organização no meio e confiança para pressionar desde o começo, o Papão podia ter tido melhor sorte. De qualquer maneira, o placar apertado permitiu ao técnico Marquinhos Santos a liberdade poética de que a atuação foi satisfatória.

É óbvio que não há atuação a ser louvada quando o time se porta com excessiva polidez como visitante. O comportamento do Papão no Beira-Rio deve ser lembrado como mau exemplo e não como referência positiva. Com duas semanas de trégua para realinhar suas projeções e recondicionar jogadores, o Papão terá que priorizar a meta de conquistar os 19 pontos necessários para selar a permanência na Série B.

O outro aspecto positivo desse período de folga é a oportunidade para que Bergson se recupere plenamente. Sua utilidade é cada vez mais óbvia: na sexta-feira, mesmo longe das condições ideais, foi o jogador que mais acreditou na vitória, terminando por fazer um gol de puro oportunismo.

(Coluna publicada no Bola desta segunda-feira, 28)