“Meu filho dizia que íamos morrer”

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Por Marjoriê Cristine, do Extra

A primeira vez que Igor Meneghelli, de 11 anos, foi acompanhar um jogo do Vasco terminou como um filme de terror. As cenas de violência que o pequeno torcedor cruzmaltino vivenciou nas arquibancadas da Arena Joinville, na partida entre Atlético-PR e Vasco, o deixaram traumatizado e em choque. O garoto foi protegido pelo pai, Joel Meneghelli, em pleno confronto dos torcedores dos times. A única coisa que ele pensava é que os dois iriam morrer.

Um dia após a confusão, o comerciante de 37 anos relata como foram aqueles minutos de pânico. Joel conta que o torcedor do Atlético-PR, com quem ele aparece falando nas imagens, disse que nada aconteceria com eles. O maior temor do comerciante era ser pisoteado.

– Foi um pânico. Quando vimos a torcida do Atlético-PR invadindo, eu só pensei em correr e sair dali. Corri em direção à saída, mas era justamente por onde os atleticanos estavam vindo. Fiquei parado, protegendo o meu filho e com a mão levantada. Estava sem camisa, sem nada. Na mesma hora um cara do atlético chegou e falou: “Não é contigo. O negócio é com a Força Jovem”. Meu filho só chorava e dizia: “Nós vamos morrer, nós vamos morrer”. Ele entrou em choque. Eu só rezei para que Deus nos protegesse – contou.

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Joel e Igor saíram de Apiúna, a 150 quilômetros de Joinville, para assistir à partida. O comerciante afirmou que já havia acompanhado jogos do Vasco em São Januário e no Maracanã, mas nunca tinha presenciado tal selvageria, como definiu. E já decretou: não levará o filho mais ao estádio.

– Foram os R$ 150 mais mal gastos da minha vida. Meu filho nunca tinha ido ao estádio, mas nunca pensei que aconteceria essa selvageria. Já fui ao Maracanã com 100 mil pessoas e nunca aconteceu nada. Sou vascaíno, mas isso é uma vergonha. Enquanto tiver torcida organizada, nunca mais levo ele a um jogo, só se for no camarote e blindado – disse o comerciante, que afirma estar com sentimento de culpa. – Imagina se tivesse acontecido algo com o meu filho? Se a gente tivesse sido pisoteado, apanhado? Não voltaria de jeito nenhum com o meu filho. Ele é meu bem mais sagrado.

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O vascaíno explicou que as duas torcidas já estavam se ameaçando antes mesmo de a partida começar. A primeira confusão começou no portão principal do estádio, se desencadeou dentro da Arena Joinville e quase continuou fora.

– Eu deixei de entrar na entrada principal com o meu filho quando os vi brigando ali. Entramos por trás. Mas como podem deixar apenas uma corda separando as duas torcidas? Na hora da confusão, os torcedores arrancaram as barras do corredor de proteção e parte da arquibancada para brigar. Ainda bem que consegui voltar no meio da confusão e colocar meu filho em cima da grade para ele pular e eu também – disse.

Após as divulgações das imagens, Joel recebeu muitas ligações de pessoas se solidarizando com ele e o parabenizando por ter conseguido defender Igor.

10 comentários em ““Meu filho dizia que íamos morrer”

  1. Infelizmente, enquanto dirigentes de clubes continuarem dando apoio a esses marginais, dando ingressos de graca em troca de apoio dessas gangues, vamos continuar vendo essas cenas deploraveis. Amigos, aqui nos canais de Tvs Americana e espanhola de esportes, a imagem do Brasil esta sendo bastante denegrida, estao falando dos altos indices de assaltos e assinatos e se dizem bastante preocupados, questionando se nosso pais vai poder dar seguranca aos torcedores na copa do mundo. Todas essas torcidas tem sede e presidente, agora chegou a hora da tolerancia zero com esses bardeneiros, e so o ministerio publico e a policia irem nesses locais e fecharem de vez, e prenderem seus diretores e colocarem na cadeia todos, com penas duras e multas elevadas para todos.

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  2. O mesmo aconteceu comigo Acácio, eu e meu filho na época com 15 anos fomos cercados pelos bandidos da Remoçada, eles queriam a camisa dourada do centenario do Mais Querido que ele usava, foi terrivel, o pior de tudo foi que os policiais viram tudo e nao fizeram nada, quando fui reclamar ainda me ameaçaram.
    Isso tem que acabar, infelizmente os estádios sao a imagem da nossa sociedade, sem valores éticos e morais, onde a lei é a do mais forte.
    Não temos leis para punir esses bandidos, lei que os excluam definitivamente das arquibancadas, lei como a que tirou os hooligans dos estadios para sempre, nao podemos tolerar mais essas quadrilhas.
    SO FALTA VONTADE DE FAZER.

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  3. Sabe quantas vezes eu vou deixar meus 2 filhos menores de idade irem a campo de futebol? NENHUMA….. prefiro que eles vejam o papão jogar pela televisão, diversão fora de casa pode ser no cinema ou qualquer outro lugar que exista um mínimo de segurança.

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  4. Os pivetes daqui foram brigar no jogo do sub 17.

    Está mais que na cara que eles não brigam pelos clubes ( até porque nem tem proposito nenhum pra isso ) brigam e se matam por eles.

    Mas as autoridades cruzam os braços e nada fazem.

    Tem que acabar, se pensarem, pois são inteligentes, eles não acabam, eles exterminam com esses bandos de ratos.

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  5. Meu caro Jornalista Gerson Nogueira, na minha opinião como é um evento particular (gera lucros) a RESPONSABILIDADE é do CONTRATANTE, NESTE CASO DO CLUBE MANDANTE: ATLÉTICO-PR.

    Concordo com a opinião do Sr. Francisco de Paula Fernandes Neto, promotor do Ministério Público de Santa Catarina, quando ele diz: “POLICIAL NÃO DEVE FAZER SEGURANÇA DE ARBITRAGEM OU ATLETA. Isto é zeladoria ou vigilância privada. Cabe ao policiamento INTERVIR EM INFRAÇÕES, CRIMES E CONTRAVENÇÕES, E MANUTENÇÃO DA ORDEM, NÃO PARA DIVIDIR TORCIDAS. Nem pagando se pode desviar a finalidade de uma instituição pública para execução de segurança privada”.

    E quando você diz no seu comentário: “……ESQUECENDO-SE QUE TERÃO
    CLUBES DE CATARINA NA SÉRIE A EM 2014” lhe pergunto na serie B deste ano TINHA 3 CLUBES DE SC DISPUTANDO, VOCÊ FICOU SABENDO DE ALGUMA BRIGA DENTRO DOS ESTÁDIOS DE FUTEBOL ENTRE ESSES TIMES?. O SEU CLUBE JOGOU 3 VEZES LÁ LHE PERGUNTO NOVAMENTE HOUVE ALGUM PROBLEMA ENTRE A TORCIDA ORGANIZADA DO SEU
    CLUBE CONTRA OS DE LÁ DENTRO DOS ESTÁDIOS?.

    Os dirigentes do atlético-PR ESTAVAM CIENTES, conforme falou o Sr. Fernando Krelling, presidente da Fundação Municipal de Esportes, Lazer e Eventos de Joinville e responsável pela Arena Joinville, AFIRMOU QUE O ATLÉTICO-PR SABIA QUE A POLÍCIA MILITAR NÃO ESTARIA PRESENTE DENTRO DO ESTÁDIO. Houve uma reunião sexta-feira e foi informado que não haveria policia dentro do estádio (por determinação do Ministério Público, a polícia só atua na área externa em Joinville)”.

    Para concluir meu raciocínio irei apresentar uma medida que não irá extirpar em 100% este câncer que são as torcidas organizadas, mas os dirigentes de clubes irão pensar duas vezes em apoiar esses marginais.

    Quando houver brigas entre “torcidas” organizadas dentro do estádio de futebol: ambos os clubes deverão jogar 5 partidas com portões fechados;

    Se houver uma segunda reincidência do mesmo clube porém com um adversário que não tem passagem com outras brigas de torcida organizada dentro do estádio de futebol: o primeiro receberá como punição 10 partidas com portões fechados e o segundo deverá cumprir 5 partidas com portões fechados (caso este ultimo não tenha reincidência);
    Se houver uma terceira reincidência do mesmo clube dentro do estádio de futebol: será suspenso por até 2 anos de participar de campeonatos nacionais e internacionais (libertadores e sul-americana).

    Em todas as partidas com portões fechados NÃO TERÁ A TRANSMISSÃO DOS JOGOS VIA TV (aberta ou paga) e a empresa detentora do campeonato brasileiro PODERIA DESCONTAR DAS COTAS DE PATROCÍNIO aos clubes os prejuízos pela não transmissão da partida, neste caso como não poderia ser feito o desconto no campeonato atual, por exemplo como ocorreu neste ano, esse desconto poderia ser feito no ano subsequente (neste caso em 2014) tanto para o Atletico-PR quanto para o Vasco, por exemplo…..

    A soma das 3 brigas entre torcidas organizadas dentro dos estádios de futebol (a primeira e as duas reincidências) seriam acumulativas como se fosse pontos negativos igual do CNH valeria por tempo indeterminado, ou seja, no caso do Atlético-PR e do Vasco já teriam um ponto negativo e caso pegasse uma segunda reincidência em 2015 e tendo uma 3ª reincidência no ano de 2018, cada clube seria suspenso por até 2 anos de participar de campeonatos nacionais e internacionais (libertadores e sul-americana) ficando os anos de 2019 e 2020 sem participar destes campeonatos, caso o clube conquistasse o campeonato estadual que dá direito de participar de uma copa do brasil em 2019, por exemplo, perderia a vaga……

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  6. Meu caro Jornalista Gerson Nogueira, na minha opinião como é um evento particular (gera lucros) a RESPONSABILIDADE é do CONTRATANTE, NESTE CASO DO CLUBE MANDANTE: ATLÉTICO-PR.

    Concordo com a opinião do Sr. Francisco de Paula Fernandes Neto, promotor do Ministério Público de Santa Catarina, quando ele diz: “POLICIAL NÃO DEVE FAZER SEGURANÇA DE ARBITRAGEM OU ATLETA. Isto é zeladoria ou vigilância privada. Cabe ao policiamento INTERVIR EM INFRAÇÕES, CRIMES E CONTRAVENÇÕES, E MANUTENÇÃO DA ORDEM, NÃO PARA DIVIDIR TORCIDAS. Nem pagando se pode desviar a finalidade de uma instituição pública para execução de segurança privada”.

    E quando você diz na sua coluna a omissão praticada pela Policia Militar de SC lhe pergunto na serie B deste ano TINHA 3 CLUBES DE SC DISPUTANDO, VOCÊ FICOU SABENDO DE ALGUMA BRIGA DENTRO DOS ESTÁDIOS DE FUTEBOL ENTRE ESSES TIMES?. O PAYSSANDU JOGOU 3 VEZES LÁ LHE PERGUNTO NOVAMENTE HOUVE ALGUM PROBLEMA ENTRE A TORCIDA ORGANIZADA DAQUI CONTRA OS DE LÁ DENTRO DOS ESTÁDIOS?.

    Os dirigentes do atlético-PR ESTAVAM CIENTES, conforme falou o Sr. Fernando Krelling, presidente da Fundação Municipal de Esportes, Lazer e Eventos de Joinville e responsável pela Arena Joinville, AFIRMOU QUE O ATLÉTICO-PR SABIA QUE A POLÍCIA MILITAR NÃO ESTARIA PRESENTE DENTRO DO ESTÁDIO. Houve uma reunião sexta-feira e foi informado que não haveria policia dentro do estádio (por determinação do Ministério Público, a polícia só atua na área externa em Joinville)”.

    Para concluir meu raciocínio irei apresentar uma medida que não irá extirpar em 100% este câncer que são as torcidas organizadas, mas os dirigentes de clubes irão pensar duas vezes em apoiar esses marginais.

    Quando houver brigas entre “torcidas” organizadas dentro do estádio de futebol: ambos os clubes deverão jogar 5 partidas com portões fechados;

    Se houver uma segunda reincidência do mesmo clube porém com um adversário que não tem passagem com outras brigas de torcida organizada dentro do estádio de futebol: o primeiro receberá como punição 10 partidas com portões fechados e o segundo deverá cumprir 5 partidas com portões fechados (caso este ultimo não tenha reincidência);
    Se houver uma terceira reincidência do mesmo clube dentro do estádio de futebol: será suspenso por até 2 anos de participar de campeonatos nacionais e internacionais (libertadores e sul-americana).

    Em todas as partidas com portões fechados NÃO TERÁ A TRANSMISSÃO DOS JOGOS VIA TV (aberta ou paga) e a empresa detentora do campeonato brasileiro PODERIA DESCONTAR DAS COTAS DE PATROCÍNIO aos clubes os prejuízos pela não transmissão da partida, neste caso como não poderia ser feito o desconto no campeonato atual, por exemplo como ocorreu neste ano, esse desconto poderia ser feito no ano subsequente (neste caso em 2014) tanto para o Atletico-PR quanto para o Vasco, por exemplo…..

    A soma das 3 brigas entre torcidas organizadas dentro dos estádios de futebol (a primeira e as duas reincidências) seriam acumulativas como se fosse pontos negativos igual do CNH valeria por tempo indeterminado, ou seja, no caso do Atlético-PR e do Vasco já teriam um ponto negativo e caso pegasse uma segunda reincidência em 2015 e tendo uma 3ª reincidência no ano de 2018, cada clube seria suspenso por até 2 anos de participar de campeonatos nacionais e internacionais (libertadores e sul-americana) ficando os anos de 2019 e 2020 sem participar destes campeonatos, caso o clube conquistasse o campeonato estadual que dá direito de participar de uma copa do brasil em 2019, por exemplo, perderia a vaga……

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