Sobre acaso e competência

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Por Gerson Nogueira

A temporada de palpites sobre o resultado final da Copa está oficialmente aberta. O sorteio dos grupos na sexta-feira foi razoavelmente emocionante. De novidade mesmo apenas a dramática situação de italianos, uruguaios e ingleses, reunidos no grupo mais encardido da competição. Pela primeira vez em Copas, o torneio começa com a sentença cruel: um campeão mundial não chegará à segunda fase.

unnamed (1)Quanto ao grupo do Brasil, a situação não podia ser mais amena. O protocolo não escrito da Fifa indica que o anfitrião normalmente tem caminhada inicial tranquila. E assim foi. México, Croácia e Camarões são coadjuvantes de segundo escalão. Nos últimos tempos, os mexicanos até criaram problemas em torneios menores e amistosos. Em Copa, porém, nunca cantaram de galo. Aliás, perderam para o Brasil em três ocasiões (50, 54 e 62).

A Croácia dificultou bastante na abertura do mundial de 2006, em Berlim, mas não atravessa um grande momento. Camarões deixou de produzir zebras há muito tempo. O fato é que os três confrontos iniciais permitirão a Felipão fazer a sintonia fina no time, ajustando setores e até fazendo experimentações de última hora.

Caso confirme as três vitórias na fase inicial, a Seleção provocará o clima de euforia coletiva que é mais ou menos natural sempre que o Brasil disputa Copas do Mundo. Felipão terá então que administrar situação perigosa, aquele estreito limite entre o ufanismo pachequista e os eternos temores relacionados com o desastre de 50.

Os problemas realmente começam a partir da segunda fase. O cruzamento com um dos classificados do grupo B colocará o Brasil na alça de mira de Espanha, Holanda ou Chile. Todos adversários duros, com chances reais de avançar na competição.

Nas oitavas, o ideal seria pegar a seleção chilena, freguesa desde sempre, mas é mais provável que o Brasil enfrente a Espanha, pois a Holanda se apresenta como grande favorita do grupo a partir da campanha impecável nas eliminatórias europeias.

Grupo mamão-com-açúcar é mesmo o da Argentina, que deve passar sem atropelos por Bósnia, Nigéria e Irã. Melhor ainda é o alinhamento das quartas-de-final para Messi e seus companheiros. Seu provável adversário será Suíça ou Equador.

As pedreiras ficaram reservadas para o já citado grupo D, do Uruguai, e o G, de Alemanha, Portugal, Estados Unidos e Gana. Já os grupos C – Colômbia, Grécia, Costa do Marfim e Japão – e H – de Bélgica, Rússia, Argélia e Coréia do Sul – constituem o lado B da Copa. Como ninguém leva muita fé nessas oito seleções é justamente daí que pode sair a grande zebra, algo como uma Dinamáquina moderna.

No fundo, o que importa é o clima de expectativa crescente em relação à Copa que pode ser a mais completa, tecnicamente falando, de todos os tempos. Com chance até de rolar a mãe de todas as decisões, sempre adiada ao longo dos anos, entre Brasil e Argentina. A sorte está lançada.

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Para machucar cotovelos

A perda da sede amazônica da Copa para Manaus é daqueles traumas sem cura para o torcedor paraense, mas, como reza a Lei de Murphy, o que já é ruim sempre pode piorar. Contra todas as previsões e palpites, a capital baré será palco de jogos importantes da competição, superando inclusive cidades que estavam mais cotadas e se situam no eixo Sul/Sudeste/Centro-Oeste.

Contra joguinhos meia-boca agendados para Curitiba, Rio de Janeiro e Cuiabá, Manaus vai sediar dois confrontos de peso (Portugal x Estados Unidos e França x Suíça) e um clássico mundial, Itália x Inglaterra. Para a festa ser completa, só faltou mesmo um jogo da Seleção Brasileira.

É muito mais do que a Cidade Maravilhosa vai receber. Lá, a partida mais emocionante da primeira fase será Argentina x Bósnia, que só deve atrair atenções portenhas.

Carlos Alberto Parreira disse ontem que, se dependesse dele, não haveria jogos da Copa em Manaus, mas a Fifa parece pensar bem diferente. E diga-se, em favor de Manaus, que desta vez Ricardo Teixeira e seu ex-sogro não estavam agindo nos bastidores para facilitar as coisas.

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Bola na Torre

Charles Guerreiro, técnico do Remo, é o convidado do programa deste domingo na RBATV, logo depois do Pânico na Band. Apresentação de Guilherme Guerreiro, com as participações de Giuseppe Tomazo e deste escriba baionense. 

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste domingo, 08)

26 comentários em “Sobre acaso e competência”

  1. A exatos 42 anos, o mais querido do Norte enchia o seu torcedor de orgulho e sagrava-se campeão do Norte e Nordeste do ano de 1971. Uma tarde maravilhosa, após empatar no Lourival Barista por 0 x 0 com a surpreendente Itabaiana, , o Leão decidiria o título da competição dentro de casa. a data era 08/12/1971 uma quarta feira . O povão azulino, desde as primeiras horas da tarde já tomava totalmente as arquibancadas do baenão. As 16:30 horas quando o mais querido entrou no gramado, uma explosão de fogos e o tremular de milhares de bandeiras davam a noção do que seria aquela tarde para o torcedor. O jogo é tenso no seu primeiro tempo e termina empatado em 0 x 0. Na volta para o segundo tempo, François, manda aquecer Alcino, que por indisciplina quando da ida do mais querido para Aracaju, ficou no banco de reservas. A nação azul vai ao delirio total, quando observa o gigante se preparando para adentrar ao gramado, o mais querido precisava de gol, e gol era a especialidade do negão. Ele não marca, porém na primeira bola recebida, Alcino, foge pela direita e manda uma bomba, que é rebatida pleo goleiro Marcelo, nos pés de Robilota que empurra a branquinha Drible para as redes, marcando 1 x 0 leão no placar. A tensão aumenta, os sergipanos vão para a frente e sufocam, até que num contra ataque, Jeremias toca para Alcino, que faz uma volta no zagueiro e observa entrada de Robilota pelo lado esquerdo do gramado, o motora toca a branquinha e Robilota com muita classe, na saída do goleiro Marcelo da Itabaiana confere o segundo gol do mais querido. A torcida em festa canta ai ai ai ai ai ai ai ai está chegando a hora, o dia já vem raiando meu bem, eu tenho que ir embora. O juiz apita o final do jogo,Explosão de felicidade no Pará, Alcino chora copiosamente nos braços do torcedor azulino, que em passeata, se desloca para a sede azul, fazendo um carnaval fora de época, regado a muito chopp e muito banjho de piscina. 08/12/1971 o ano que o amis querido conquistou o Nordeste.

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  4. Saindo do passado e falando dos dias atuais, que é o que importa, Uruguai e Chile vão embora mais cedo. Brasil chega à final contra um dos dois outros grandes favoritos: Alemanha ou Argentina. A determinação, disciplina tática, jogo coletivo com pitadas de individualidade dos alemães assustam qualquer um. Os excelentes mas emotivos argentinos, de defesa sempre a desejar, podem se surpreender.

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  7. Realmente amigo Gerson, imaginávamos jogos de menos importância na arena Amazônia e o resultado foi surpreendente com embates europeus importantes no cenário mundial. Depois de ser prejudicado pelos correios, que me entregou o boleto dos jogos 10 dias depois de vencido, estou solicitando novamente os jogos aqui em Manaus, tomara que desta vez eu obtenha tenha êxito na compra. Os favoritos a meu ver são: Brasil, Alemanha, Itália e Uruguai.

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  9. Briga em Santa Catarina evidência o quanto ideias de jerico. Como do MPE desse estado. Pode ser danoso ao cidadão. Os caras decidem retirar o policiamento de dentro do estádio, devido a ser um evento particular, e esquece que quem tá lá dentro (cerca de 10 mil pessoas) são contribuintes.

    Em pensar que os cabeça de bagre daqui querem fazer a mesma coisa. Espero que agora, devido ao eventos de Santa Catarina, eles revejam isso.

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  10. O Parreira foi muito infeliz ao dizer isso, agora, pq não falou antes da escolha?

    Acho que isso já uma livro fechado, como amazonidas devemso ter orgulho de Manaus e ficarmos felizes de aqui no nosso torrão ser realizado um grande cl´´assico do futebol.

    *Agora o que vão fazer depois com estádio, a coisa é bem diferente.

    *Nossas autoridades são culpadas tbm, pois na época os governantes de Manaus proporam compartilhar a sede pra não ter disputa.
    A FIFA e a CBF não são tão capetas assim, ou pelo menos sozinhos.

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  12. VASCO e FLUMINENSE caindo para a série B. Nada contra os times, mas é muito bom ver o monopólio dos clubes cariocas(da globo) naufragando. Viva o futebol Paraense.

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  14. Ao dublê “rocildo/valentin”:
    Dos 16 clubes participantes da Copa Verde, apenas o Paysandu já teve o privilégio de disputar torneio de caráter continental. Ao conquistar, em 2002, a Copa dos Campeões, o Papão assegurou presença na Taça Libertadores do ano seguinte. Um feito que até hoje é, com toda a razão, lembrado com orgulho por seus torcedores. A participação, pela primeira vez, de um clube do Norte no torneio superou as expectativas, que eram desanimadoras. O Papão encerrou sua participação na honrosa 9ª colocação.

    Entre os grandes feitos conseguidos pela equipe alviazul está a sensacional vitória, por 1 a 0, em plena La Bombonera, diante do Boca Juniors. E não é só. O Papão também foi autor de uma outra proeza: conseguiu a terceira maior goleada do torneio ao aplicar 6 a 2 sobre o Cerro Porteño, em Assunção. As primeiras foram do Corinthians sobre o Fênix, do México (6 a 1) e do mesmo Fênix diante do Cruz Azul, também do México pelo mesmo placar.

    O Paysandu encerrou sua participação na primeira fase na liderança absoluta do grupo, com 14 pontos, quase o dobro do segundo colocado, o Cerro Portenho, que chegou a oito pontos. Em oito jogos, o Papão conseguiu cinco vitórias, dois empates e apenas uma derrota, no jogo de volta contra o Boca (4 a 2), que o impediu de seguir em busca do título.
    Dá pra comparar?

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  15. E termina o ano, e dos times da capital, o único que não foi rebaixado foi o Remo, o Paysandu foi rebaixado para a série C e a Tuna para segunda divisão do Parazão. Essa é a verdade!

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  23. Égua rebaixar o Remo? Como se ele nem conseguiu vaga para a série D, é cada um que aparece!
    E que mancada esta queda do Papão para a série C logo agora que teremos Vasco e Fluminense, que grandes arrecadações perdeu o bicola! Ah! Vandique!!!! Isso só aumenta a conta que tens para com a torcida alvi-celeste!

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  26. Com o Pará registrando os piores índices em educação, saúde e segurança, imaginem o que os tablóides ingleses estariam a falar da gente. Ainda bem que a copa não veio para cá!

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