Copa do Brasil Sub-20 2013 – Quartas-de-final
Criciúma x Clube do Remo – Estádio Heriberto Hulse (SC), Criciúma, às 18h.
Na Rádio Clube, Guilherme Guerreiro narra, com reportagem de Paulo Caxiado. No banco de informações, Fábio Scerni.
| PG | J | V | E | D | GP | GC | SG | |||
| 1º | Palmeiras | 65 | 30 | 20 | 5 | 5 | 58 | 24 | 34 | 72.2 |
| 2º | Chapecoense | 57 | 29 | 17 | 6 | 6 | 54 | 28 | 26 | 65.5 |
| 3º | Sport | 49 | 30 | 16 | 1 | 13 | 50 | 46 | 4 | 54.4 |
| 4º | Paraná | 49 | 30 | 14 | 7 | 9 | 45 | 27 | 18 | 54.4 |
| 5º | Icasa | 47 | 30 | 14 | 5 | 11 | 42 | 45 | -3 | 52.2 |
| 6º | Avaí | 47 | 29 | 13 | 8 | 8 | 41 | 35 | 6 | 54.0 |
| 7º | América-MG | 47 | 30 | 12 | 11 | 7 | 42 | 35 | 7 | 52.2 |
| 8º | Ceará | 46 | 30 | 12 | 10 | 8 | 48 | 38 | 10 | 51.1 |
| 9º | Figueirense | 45 | 29 | 14 | 3 | 12 | 49 | 45 | 4 | 51.7 |
| 10º | Joinville | 43 | 30 | 12 | 7 | 11 | 44 | 34 | 10 | 47.8 |
| 11º | Boa Esporte | 40 | 30 | 10 | 10 | 10 | 24 | 34 | -10 | 44.4 |
| 12º | Bragantino | 39 | 30 | 11 | 6 | 13 | 31 | 32 | -1 | 43.3 |
| 13º | Guaratinguetá | 36 | 30 | 10 | 6 | 14 | 33 | 41 | -8 | 40.0 |
| 14º | América-RN | 36 | 30 | 9 | 9 | 12 | 35 | 44 | -9 | 40.0 |
| 15º | Oeste | 36 | 30 | 9 | 9 | 12 | 30 | 42 | -12 | 40.0 |
| 16º | ABC | 35 | 29 | 10 | 5 | 14 | 33 | 45 | -12 | 40.2 |
| 17º | Atlético-GO | 30 | 29 | 8 | 6 | 15 | 30 | 38 | -8 | 34.5 |
| 18º | Paissandu | 29 | 29 | 7 | 8 | 14 | 31 | 44 | -13 | 33.3 |
| 19º | São Caetano | 27 | 30 | 7 | 6 | 17 | 37 | 48 | -11 | 30.0 |
| 20º | ASA-AL | 23 | 30 | 7 | 2 | 21 | 31 | 63 | -32 | 25.6 |
Por Gerson Nogueira
Já sabia o que me esperava, mas ainda assim encarei a empreitada de ver Brasil x Zâmbia na manhã de ontem. Tudo bem que a fase é de testes, estágio importantíssimo para o amadurecimento do esquema tático e do entrosamento da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo do ano que vem. Apesar disso, é duro imaginar que o time precisa treinar para jogar com um perna-de-pau de carteirinha no ataque (?!?).
Hulk, o pior jogador que vi atuar com a camisa canarinho desde Amaral (aquele que Zagallo denominou de o seu “nº 1”), é um dos queridinhos de Felipão. O técnico, como é de conhecimento até do reino mineral, prefere ver cabeças de bagre sob seu comando. É até compreensível. Afinal, dá sempre mais trabalho dirigir e orientar craques. São marrentos, mimados e dados a estrelismo.
Em 2002, Felipão quebrou estacas contra tudo e contra todos para não chamar Romário, ainda em grande forma. Nunca explicou os motivos, mas deixou claro que não queria ter “maus exemplos” a conspurcar sua glorificada “família” de atletas. Como dispunha de Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho nas pontas dos cascos, a Seleção não sentiu falta do Baixinho e trouxe o pentacampeonato.
A partir daí, o técnico parece ter se convencido de que não precisa de ninguém para chegar ao topo. Temi até por Neymar, já que Felipão costuma implicar com moleques cheios de personalidade. Poupou o craque do Barcelona pelo fato óbvio de ter não como excluí-lo, mas sacrificou outros bons jogadores.
Lucas, por exemplo, sucumbiu à preferência do técnico por Hulk, cuja maior virtude é o vigor com que se lança às divididas e a maneira como marca os defensores adversários. Sim, não me enganei, não. Ele é um atacante que joga como zagueiro – ou, conforme o gosto do leitor, um zagueiro que joga como atacante. Tanto faz, dá na mesma.
Ontem, contra a modestíssima seleção da Zâmbia, Hulk atuou do jeito que Felipão gosta. Desfilou seu repertório habitual. Deu chutão com gosto, carrinhos majestosos e caneladas de fino trato. No banco de reservas, as câmeras de TV flagravam Felipão feliz da vida, quase em êxtase com as virtudes de seu beque-atacante. Quando, no segundo tempo, disparou um chute torto à esquerda do gol africano, foi aplaudido por toda a comissão técnica.
Carlos Alberto Parreira, que vem a ser o primeiro aspone de Felipão (o segundo é o onipresente Murtosa), já definiu a utilidade de Hulk: é um jogador com excelente poder de marcação e bloqueio. É o tal cara que não aparece pro torcedor, como gostam de explicar os técnicos.
O problema é que, com a bolinha tosca que joga, ele não aparece para ninguém. Até hoje, sob a batuta de Felipão, não marcou um gol sequer. Mas nem precisa: seu passaporte para a Copa já está assegurado, pois atacante que marca não precisa fazer gols. Estamos bem arranjados.
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Papão comete vacilo fatal no fim
Foi um jogo equilibrado, com bons momentos do Paissandu no primeiro tempo e vantagem do Figueirense no segundo. Enquanto Eduardo Ramos e Pikachu estavam livres e com fôlego, o Papão foi senhor das ações, chegando ao gol e criando situações interessantes no ataque.
O lance do primeiro gol, com o lançamento de Ramos para a entrada em diagonal de Pikachu, foi belíssimo. Abriu a esperança de que o Paissandu iria, finalmente, se impor em casa alheia. O Figueira empatou, porém, logo em seguida e a partida ficou muito parelha, com ataques de lado a lado.
Depois do intervalo, o Paissandu voltou mais agudo, buscando o gol, mas acabou traído logo aos 5 minutos por uma falha do goleiro Paulo Rafael, que calculou mal a saída do gol em cobrança de falta de Wellington Saci. Com a desvantagem, Benazzi tirou Raul e lançou Dênis no ataque, abrindo mão do 3-6-1 e voltando ao velho e prático 4-4-2.
A mudança não alterou muito o ritmo do Papão, que já demonstrava cansaço, principalmente no rendimento de Ramos e Pikachu. Mas, ainda assim, aos 40 minutos, veio o empate após escanteio. A bola bateu no ombro de Careca e resvalou em Iarley, indo morrer nas redes.
Quando a igualdade parecia definitiva, a defesa paraense deu sua contribuição para que o Figueira alcançasse a vitória. Depois de grande defesa de Paulo Rafael, Mailson escorou escanteio cobrado da esquerda e matou o jogo. Gilton, que o marcava, ficou apenas observando o lance.
O Papão volta a Belém ainda mais distante da zona confortável da tabela e precisando desesperadamente pontuar em casa. Não pode mais nem pensar em perder pontos na Curuzu, pois a linha de corte para o rebaixamento deve aumentar para 46 ou 47 pontos.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quarta-feira, 16)
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