Por Gerson Nogueira
Nosso maltratado futebol insiste em marchar na contramão da história. Participantes dos mais deficitários torneios nacionais, séries C e D, Remo e Paissandu se especializaram em montar plantéis envelhecidos, com média etária beirando os 30 anos. A consagrada fórmula de mesclar juventude e experiência não vale para a velha dupla, pois os garotos são apenas utilizados para compor elenco, raramente tendo chance entre os titulares.
O anúncio de novas contratações, que antigamente era pauta obrigatória dos jornais e emissoras de rádio, virou assunto rotineiro. Nem o torcedor se interessa mais. Virou um aleijão: basta ocorrer um resultado ruim para que os técnicos imediatamente peçam novos atletas.
Com base nessa política, o Paissandu vem cumprindo agenda de um reforço anunciado a cada duas semanas desde que a Série C foi iniciada. Antes da competição, já havia trazido 14 jogadores, dos quais somente cinco (Marcus Vinícius, Fábio Sanches, Régis, Fabinho e Kiros) jogam regularmente.
Agora, mais duas aquisições acabam de ser confirmadas: Washington, meia que jogou na Catanduvense e no Mogi Mirim, e o atacante Pantico, ex-Metropolitano. Em comum, o fato preocupante de que ambos estavam em clubes medianos da Série D e em disponibilidade, sendo que Pantico foi dispensado por deficiência técnica e mau comportamento extracampo. Os dois foram indicações de Roberval Davino, que ainda exigiu um novo goleiro.
A dúvida que surge na observação fria dessas transações é até onde vai a capacidade financeira do clube para trazer tanta gente. Por tabela, cabe indagar qual é a garantia de que são peças certas para suprir as necessidades, fato que, obviamente, o treinador não pode assegurar.
O Remo, sempre marchando ao lado do rival e irmão gêmeo, principalmente nos erros, vai pelo mesmíssimo caminho. Acaba de contratar mais um meia, Laionel, porque o anterior, Léo Medeiros, não passou firmeza. Não esquecendo que Medeiros foi trazido porque Ratinho não agradou ao técnico.
Além da novíssima aquisição, que só estará disponível para jogar (segundo o próprio) daqui a 30 ou 40 dias, o elenco foi inchado pela vinda do volante Márcio Tinga e pode chegar a quase 40 atletas, caso o veterano zagueiro Gladstone também seja incorporado ao grupo.
Tudo estaria bem se a gastança de agora não tivesse os desdobramentos que todos conhecemos. Para os técnicos, que vão e vem, a vida continua. Os gestores, porém, não podem fingir indiferença, pois sabem qual o destino final da conta (com juros amargos) a ser paga.
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Quando os jornais anunciam que Joel Santana, depois de muito balançar, finalmente despencou do cargo de treinador do Flamengo, a primeira coisa que me ocorre é que o técnico é o menos culpado pela atual situação do clube. Quem viu o jogo entre Cruzeiro e Flamengo, domingo, entende o meu ponto de vista.
O time não jogou mal, foi até superior ao confuso adversário, mas sofreu com a inépcia de seus atacantes. O exageradamente valorizado Wagner Love, R$ 400 mil mensais, desperdiçou várias oportunidades inacreditáveis. Pode até ser que Dorival Junior, o novo comandante, ajeite as coisas, mas terá árdua batalha pela frente: terá que convencer os boêmios atletas rubro-negros (Adriano inclusive) da importância dos treinos.
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O Remo não poderá ser responsabilizado pelo uso de marcas registradas por outros clubes, muito menos ser acusado oficialmente de plagiar campanhas de sócio-torcedor, como ameaça formalmente uma entidade de fiscalização da atividade publicitária no país. Ainda assim, o clube tem a obrigação de se preservar de iniciativas de terceiros, que, usando seu nome, exploram eventos e promoções. Instituições como o Remo não podem ficar à mercê de interesses comerciais particulares. Que o caso sirva de lição.
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Direto do blog
“Os dois ‘reforços’, assim como o Davino, vêm da rebaixada Catanduvense. Pantico foi dispensado da série D – nem pro Remo serviria. É o Paissandu desqualificando seu elenco! Vai deixar de usar a prata de casa para apostar nesses importados mais que duvidosos. Os mesmos erros!”.
De Carlos Lima, também inquieto com as contratações infindáveis.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta terça-feira, 24)
Te dizer……
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Já que os clubes da capital não tem dinheiro, uma das saídas é usar o sub-20 no campeonato paraense e trazer um técnico que entenda de trabalho de base. Mas a torcida vai querer? A Imprensa não vai criticar? Os dirigentes e empresários vão permitir? Todos já sabemos as respostas. A velharia que vem jogar aqui só vem porque os mais jovens não querem. Mas um detalhe precisa ser ressaltado: quando os dirigentes contratam por conta própria, são criticados;quando contratam a pedido do técnico, também são.
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E o pior de tudo é que a essas contratações ocorrem após inicio das competições quando o mercado estar sucateado, indo de encontro com a lógica de uma formação e preparação séria.
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Quanto alguns dirigentes e técnicos de Remo e dos listradinhos ganham de comissão nas contratações de ex jogadores ou de jogadores “bichados”? Alguém tem dúvida sobre isso?
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Nosso pobre futebol, com o marketing sendo usado e abusado por falfisicadores de camisas, bandeiras, canecas, chaveiros, etc. além de não ter nenhum retornmo para os clubes sobre a venda dos produtos que só dá lucro para os piratas ainda sofre reveses do tipo desse de que a frase “o Remo é meu” possa ser um plágio sujeita a ção indenizatória como se um termo de dominio público, pudesse ser privativo de um outro clube. Então todas as obras literárias em todos os tempos terão que indenizar aos supostos autores da frase “…. é meu?”
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O caso desse pantico me deixa meio intrigado.
O papão vai reforçar o time com um jogador que foi dispensado de um time da séria D?
É realmente muito estranho.
o davino deve saber o que tá fazendo.
pelo menos o colega cláudio que conhece o jogador deu boas referências.
sei não, mas vamos aguardar pra ver.
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É Rosivan,chego também a acreditar que tanto dirigentes do Papão como dos encardidos, participam de comissões nessas transações loucas realizadas por esses desajuizados ! Que tristeza !
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Espero que que o nosso amigo Gerson esteja tão somente pessimista e assustado com os erros de todos os anos.
E o amigo Claudio otimista e certo que dessa será diferente.
Eu como sou muito flexível sobre as coisas, prefiro esperar, pois quando o assunto é contratações, sabemos que há necessidade delas, embora torçamos pra elas sejam feitas com responsabilidade e conhecimento, e não tão somente que façam do Paysandu Sport Club um cabide de emprego.
Vamos esperar e torcer, é o que nos resta!
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Amigo Edson, meu pessimismo tem origem na prática dos nossos clubes. De cada 20 “reforços”, vinga um ou dois por temporada. É estatístico. Por isso, não me empolgo quando treinador começa a trazer carradas de novos contratados.
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Águia contratou atacante Aleilson. Excelente reforço.
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Concordo, amigo Cláudio. Atacante rápido e habilidoso, vai se encaixar fácil ali ao lado do Branco.
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ofereceram o Daniel (volante) ao paysandu, presidente falou que ia esperar o treinador avaliar…. Putz o Fabinho é titular nesse time!!!! o Daniel se jogar 10% do que sabe é muito melhor que esse tal de Fabinho!!
Só no Papão mesmo……
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O problema do Daniel é que ele não jogou na Catanduvense ou no Mogi Mirim, Marlo.
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Por essas e outras eu não fui mais ao estádio, não vou dar meu rico dinheirinho pra incompetência, enquanto continuar isso não conte comigo. Fora ALOprado e cia!
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Claudio e Gerson, o Aleilson seria um bom reforço pro Papão????
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Certamente, amigo Denis. Pelo que mostrou no próprio Águia e a boa produção no futebol carioca, seria bom reforço para qualquer um dos três clubes paraenses.
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CAROS LEITORES/TORCEDORES,
POR GENTILEZA,SUGIRO QUE LEIAM:”A ELITIZAÇÃO DO FUTEBOL BRASILEIRO”.
SOMENTE ISTO BASTA PARA QUE COMPREENDAM A CRISE CRONICA NO MUNDO DO FUTEBOL!.
OBRIGADO,
UM ABRAÇO.
P.S: BUSQUEM AQUI MESMO NA NET.
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Gerson, acertaste na mosca. Tenho uma dúvida: Ricardo Capanema foi indicação do Davino ou foi contratação da administração do clube?
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Todos os contratados foram indicados (ou aprovados) pelo treinador, amigo Daniel.
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Valeu amigo Gerson.
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No que eu concordo Gerson.
Hoje os reforços vindos são verdadeiros ponto de interrogação, em muitos casos não pelo seu futebol, mas por seu caratér mesmo.
Esse pantico por exemplo é um bom atacante, só não faz sucesso aqui se não quiser. Assim com está sendo o caso do Alex Willian.
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