Por Gerson Nogueira
Os aplausos entusiasmados dirigidos a Marcelinho Carioca, ao deixar o campo aos 41 minutos do primeiro tempo, são mais que uma sincera homenagem. Constituem eloquente expressão da carência do torcedor paraense por bom futebol. Com a camisa 7 do Remo, o ex-jogador corintiano teve alguns momentos de alto nível, lançando os atacantes e laterais com extrema perícia, como nos velhos tempos. Cobrou duas faltas e distribuiu passes elegantes, levantando a pequena plateia presente.
O que era para ser uma simples exibição se transformou em atuação destacada, tamanha a limitação dos demais jogadores em campo. Do lado uruguaio, nada mais normal, pois o River tem uma equipe jovem e em formação. Muito mais operária do que talentosa. O problema mesmo estava no Remo, cuja saída de bola continua problemática, com muitos erros de passe e dificuldades de aproximação.
Quando a bola se encaminhava a Marcelinho era como se buscasse um oásis em meio ao deserto de ideias do meio-de-campo remista. Regente experimentado, o camisa 7 arrumava as coisas e dava ao lance a destinação correta. Ao contrário dos demais, simplificava as coisas. Como no toque em velocidade para Paulinho receber e cruzar na área do River, em lance que resultou no gol de Mendes, aos 10 minutos.
Depois disso, enfiou várias bolas em profundidade para Cassiano e Dida, além de deixar Ávalos na cara do gol com um passe milimétrico. Tamanho desembaraço fez com que, de imediato, a torcida começasse a gritar seu nome e o eco acabou chegando aos dirigentes. Já há quem alimente o projeto de contratar o veterano para a Série D, coisa que, em boa hora, o técnico Edson Gaúcho tratou de desaconselhar.
Gaúcho observou que Marcelinho não é mais um jogador profissional. Exibe-se de vez em quando e, pela habilidade natural que tem, até constrói grandes jogadas. Ocorre que competições oficiais exigem dedicação e compromisso, virtudes que mesmo nos tempos de atleta o “Pé de Anjo” nunca teve.
Antes que o craque fosse substituído, o grandalhão Avenatto balançou as redes do estreante Gustavo depois de quatro tentativas perigosas. A zaga ficou acompanhando a bola e esqueceu o centroavante, que testou sem marcação.
No segundo tempo, com várias substituições de lado a lado, prevaleceu o equilíbrio. Os uruguaios seguiram na mesma toada inicial, correndo muito, marcando em cima e batendo quase sempre. O Remo ficou sem Márcio Tinga, expulso logo no começo, mas nem sentiu muito a falta porque o volante era um dos piores em campo.
Com formação baseada na troca de passes no meio-de-campo, o Remo viveu um bom momento a partir dos 20 minutos, chegando a envolver por diversas vezes a marcação do River. Edu Chiquita, Ratinho e Reis se revezavam nos avanços ao ataque, apoiados pelos laterais Paulinho – o mais regular do time – e Dida. Na frente, Cassiano deslocava-se com a rapidez habitual, embora errando sempre nos arremates.
Como teste, o amistoso internacional teve grande importância para o Remo. Pelo simples fato de que o River é um adversário de bom nível, superior a qualquer um dos times da Série D, e jogou como se a partida valesse ponto.
A presença de um público diminuto, com pouco mais de 3 mil torcedores presentes, confirma as previsões quanto ao fiasco da programação de ontem no Mangueirão. Dirigentes e empresários precisam ter em mente que a torcida paraense adora futebol, mas menospreza amistosos. Raramente um jogo caça-níquel arrasta plateias significativas. Talvez só a Seleção Brasileira consiga tal façanha. Fica, mais uma vez, a lição. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)
O revés contra o Fortaleza acendeu todas as luzes de alerta e teve pelo menos o aspecto positivo de fazer o Paissandu cair na real. O time tem lá seus bons momentos, pode superar grande parte dos adversários de grupo, mas padece de graves problemas no setor de criação. Não há um jogador hoje na Curuzu em condições de armar jogadas e organizar a equipe. A dependência cada vez mais óbvia dos cruzamentos para o centroavante Kiros dá sinais de esgotamento após apenas três rodadas.
Em reunião que estava programada para ontem, a diretoria e o técnico Roberval Davino iriam mudar a rota de voo e novas contratações estão na ordem do dia. Ao mesmo tempo, as primeiras dispensas devem acontecer depois do difícil compromisso em Recife diante do Santa Cruz.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta quarta-feira, 18)
Blog do Gerson Nogueira 
Roger, Marcelinho, Djalminha, Neto, Alex (que está na Turquia) e tantos craques desperdiçados. Quem perdeu mais foi a seleção brasileira e dava pra fazer um baita time nas copas perdidas.
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No Paissandú contratações são necessárias, mas tem que ter cuidado com as dispensas para não desfigurar o time que não é mal e já provou isso, apenas neste jogo contra o Fortaleza algo estranho imperou em campo e na sabedoria do Davino. Penso que se o time voltar a jogar bem contra o Santa Cruz, tudo tudo se normaliza. Vale lembrar que os jogadores tem que entender o que o Davino estar pondo em prática, senão entram em campo parecendo 11 jogadores com dialetos diferentes e o técnico mais grego que troiano.
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Diogo, preocupa a formação de meio-campo que o Davino pretende usar em Recife. Com Fabinho, Vanderson e Robinho prevejo problemas.
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gerson, é impressionante como tem perna de pau jogando futebol…um cara como o marcelinho só mostra o quanto isso é verdade e aqui a torcida paraense fica se iludindo com tanto quebrador de bola…outra, quando o remo vai deixar de usar aquele babador na camisa? que camisa feia essa do remo, sendo que a camisa do leão azul sempre foi uma das mais belas do futebol brasileiro, por favor, precisamos nos mobilizar pra fazer voltar a tradicional camisa azul marinho….sem babador.
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De fato, Leandro, poucas vezes se viu um uniforme oficial tão mal acabado como essa camisa que a Umbro empurrou pro Remo. É pior até do que aquela branca, estilo Hering, que a Penalty fez para o clube há dois anos.
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Cá pra nós este jogo de ontem foi uma verdadeira pelada, a julgar por alguns lances.
A entrada do Tinga levando vermelho e ele mesmo se machucando e a trocida ainda lhe vaiando.
A expulsão do jogador do River, levando dois amarelos em um lance que não foi nem com ele, sem contar que baixinho ainda queria peitar o Andrei.
As lambanças do Ávalos, meu Deus! O gol que ele perdeu.
O passe do zagueiro do River pra trás no gol do Remo.
Na edição das jogadas do marcelinho no Globo Esporte, um escanteio super mal batido, um passezinho escroto, uma falta mal batida e apenas dois dribles lá na esquerda, mas por essas jogadas passaram a mensagem que o cara era do outro planeta.
E o pior éra dirigentes já se movimentando pra fazerem um pacote pra contratar o cara.
Meu amigo se não fosse o Gaúcho tirar a força, o marcelinho já seria contratado ontem mesmo.
Meus amigos se a partida é valendo, o Marcelinho com 41 anos não ia aguentar meio tempo, talvez viesse a se machucar e ficar 2 ou 3 partidas fora.
Te dizer!
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O Robinho definitivamente não tem futebol pra jogar no papão. já falei isso aqui antes.
Não consigo imaginar como é que o harisson pode ser banco do robinho. tem alguma coisa errada aí.
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Concordo totalmente com o post-7.
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Perfeita a opinião do post 4. Concordo plenamente.
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Concordo com os posts 6-GN, 7-xará Carlos, 8-Heleno, 9-Dennis,
o que seria de nós sem esse blog?
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Pantico, 31 anos, dispensado ontem pelo Metropolitano e, indicado pelo Davino, é o novo atacante, contratado pelo Paysandu.
– Pantico era titular do Metropolitano e tinha como seu reserva, outro ex bicolor: Bruno Rangel.
– Penso que, se o Davino indicou, vale a aposta.
– Eu, particularmente, gosto muito do estilo desse atacante.
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Tem torcedor listradinho cara de pau, teve um ontem que escreveu assim: Boa noite amigos, cheguei a pouco e já me divertir com alguns comentários.
Essa rapidinha do Claudio, foi a melhor…
Pq não fala a verdade que estava escutando(secando) no radinho?
Hj ele faz um resumo da partida, te contar!
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Esse é o X da questão, Edson. Marcelinho Carioca jogou vinte minutos e fez o ques os outros não fizeram em 90, inclusive considerando a outra pelada entre PSC e Fortaleza. Não seja injusto. Marcelinho não precisa ser tão destratado assim. O cara não tem que provar mais nada. está aposentado e mostrou claramente o nível do futebol paraense atual. Fez o que pôde e bem. Quisera Remo e PSC terem jogador como ele em suas meiucas. Por outro lado, essa de dirigentes o contatarem é piada. Acho que Marcelinho saiu foi sorrindo daqui com essa proposta. francamente.
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