Coluna: Um quase clássico em Marabá

Há quem até considere o confronto um verdadeiro clássico estadual. Discordo por entender que para adquirir esse status definitivo o Águia precisará ainda trilhar um longo caminho. Precisa de títulos, história e torcida, itens que ainda não tem. Por outro lado, não se pode negar a relevância que esse embate adquiriu nos últimos cinco anos, sempre em situações decisivas.
A tabela da Série C mostra claramente que o jogo de hoje em Marabá é fundamental para os planos de classificação do Águia. Líder do grupo com oito pontos, o Paissandu desfruta de situação mais cômoda no desenrolar da competição. Portanto, na hipótese de um tropeço, pode buscar recuperação nas rodadas seguintes, pois ainda terá dois jogos em casa (Luverdense e Araguaína).
Com sete pontos acumulados, o time de João Galvão faz seu terceiro compromisso em Marabá e não pode ficar dependendo de pontos conquistados longe de casa na fase mais aguda da competição. Precisa se garantir no cruzamento direto com o melhor time da chave.
De positivo no Águia, o alto astral reinante depois da grande vitória sobre o Rio Branco. O esquema 4-4-2, que Galvão pouco usava antes, está se consolidando principalmente porque o setor de meio-campo está bem reforçado. Willian, Analdo, Alan Taxista e Flamel formam um quarteto de recursos. No ataque, Mendes e Peri.
Até agora, Mendes não apareceu bem. Saiu lesionado no jogo contra o Paissandu em Belém e desperdiçou um pênalti contra o Rio Branco (além de falhar no rebote do goleiro). Tem a grande oportunidade de mostrar a que veio justamente contra o ex-clube. O esquema agressivo de Galvão deve propiciar boas oportunidades para o veterano atacante se reconciliar com o torcedor marabaense. 
 
 
Roberto Fernandes já mostrou que gosta de cultivar o mistério como arma estratégica. Por conta disso, surpreendeu todo mundo ao utilizar o sistema 3-5-2 em Lucas do Rio Verde, sábado passado. Para alívio do torcedor, dificilmente repetirá a dose. O desempenho do time foi seriamente comprometido pela falta de afinidade (e treino) com o esquema.
Depois dos últimos treinos, o time ficou mais ou menos definido com Favaro; Sidny, Márcio Santos, Jorge Felipe e Jean; Rodrigo Pontes, Charles Vagner, Robinho e Luciano Henrique; Josiel e Rafael Oliveira. É a formação preferida do treinador, mas nem sempre a que apresentou melhor performance.
Tiago Potiguar deve ser a alternativa ofensiva para o segundo tempo, até porque Héliton nem foi relacionado. Outra opção é Diogo Galvão, cotado para estrear no decorrer da partida. Juliano, outro provável estreante, pode substituir Robinho em caso de necessidade surgida na partida.

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Por não ter respeitado o prazo legal de 10 dias de antecedência para mudança de local e data de partida, a CBF foi condenada pelo STJD a pagar multa de R$ 20 mil. Seria até cômico se não fosse constrangedor, pois a entidade revela total descontrole sobre suas próprias atribuições. Depois da sessão de julgamento no tribunal, o advogado da CBF argumentou mimosamente que a medida revelava o alto espírito desportivo do diretor Virgílio Elísio, que admitiu oficialmente a falha. O fato é que Elísio foi relapso e deveria ser responsabilizado. Pior é o argumento de que, a partir dessa punição, a entidade ficará mais à vontade para negar os pedidos aos clubes para alterar a tabela dos torneios nacionais.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste sábado, 20)

13 comentários em “Coluna: Um quase clássico em Marabá

  1. Sinceramente, Gerson e amigos, mas não gostei desse meio do Águia, assim como essa barração do Potyguar. parentes meu, ontem disseram, que o R Oliveira não pode sair, pois achou o caminho das redes. Aí eu perguntei: Se o Potyguar estivesse no lugar dele, também já não teria encontrado?
    Continuo defendendo esse meio/ataque do Paysandu com: C.Vagner, R.Pontes, Sandro(ou L.Henrique), Robinho e Potyguar. Josiel(4-5-1) é a melhor formação do Paysandu, no momento e, que deveria estar sendo treinada.
    No Águia, penso que o Galvão não deveria abrir mão dos 3 volantes e, sinceramente, penso que não vai abrir e virá com o W.Santos, Analdo e Danilo Goiano, para esse, que penso sim já ser um Clássico do Futebol Paraense. É a minha opinião.

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  2. A IDEIA de que o jogo de hoje é considerado um ‘clássico’ parte da torcida do Psc com o fito de minimizar o Clube do Remo. Já a torcida azulina, ao contrário, considera clássico um Remo e Paissandu, o clássico-rei da Amazônia, quase centenário e recordista mundial de embates.

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  3. Agora sim, concordo com a expressão ‘ quase um clássico ‘.
    Apenas o Paysandu é ATOR. O Aguia , desculpem-me seus admiradores, ainda é coadjuvante.
    Não estou agradando nem ofendendo ninguem, apenas tentanto colocar ordem nessa desordem de meritos.

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  4. Não é um clássico local, mas é um clássico, as vezes mais interessante pelas circunstãncias como o de hoje. Até alguns remistas estarão focados nas transmissões seguindo seu apurado gosto.

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  5. Gersão, Jorge Felipe no lugar do Vágner? será?

    Pra mim ele entra com Favaro; Sidny, Márcio Santos, Vágner e Jean; Rodrigo Pontes, Charles Vagner, Tiago Potyguar e Luciano Henrique; Josiel e Rafael Oliveira.

    Alterações no segundo tempo:
    Sai Luciano entra Robinho
    Sai Potiguar entra Juliano
    Sai Rafael entra Diogo Galvão

    Veremos.

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      1. Não sei não, o melhor zagueiro do Paysandu é o Vagner, inclusive já foi até capitão do time – não sei se ainda é – o cara tem moral com o treinador. Acho que o time será o que o Maciel escalou, mas, na minha opinião, o Sandro teria vez no time.

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  6. Pra mim já é um clássico.
    e que clássico.
    já estou nervoso desde agora pois o águia é sempre um time difícil de ser batido, principalemente dentro de casa.

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  7. Hoje não tem pra secador nenhum ,muito menos pro águia que vai entrar no cassete imposto pelo papa títulos do norte !!! O Paysandu tem de buscar a vitória a todo momento ,nada de retranca !!!!

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  8. Já postei por aqui que é sim um clássico, um pequeno clássico. Tambem vou deixar meu palpite por aqui: o Águia vai devolver o resultado do último jogo contra o papão: Águia 2 x 1 Paysandu.

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  9. Caro Gerson, até o jogo passado com o Rio Branco (AC) critiquei o Mendes como jogador de frente, principalmente pelos pênaltis que tem perdido. Hoje, contra o Pay ele agradou e fez o primeiro gol dele com a camisa aguiana, e foi bem, com mais movimentação e entrega em campo. O resultado (2 x 1) foi merecido pelo Águia, que foi mais aplicado em campo. A nota destoante e infeliz, ficou por conta do LOP ao comentar que “isto (o campo de jogo) é um capinzal”. Desrespeitoso o LOP, talvez pelo resultado do jogo desfavoravel ao PSC. Coisas do lunático presidente. Em 20.08.11, Marabá-PA.

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