A quem interessar possa…

Agenda do presidente Lula para esta quarta-feira, 16:

09h José Antonio Dias Toffoli, advogado-geral da União, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)

10h Despacho interno

10h30 Entrevista para o jornal Valor Econômico

12h Reunião com o presidente do Malaui, Bingu Wa Mutharika, no Palácio Itamaraty

13h Almoço oferecido ao presidente do Malaui

15h30 Solenidade de abertura das comemorações dos 45 anos de criação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), na sede do Ipea, edifício do BNDES, Setor Bancário Sul

17h30 Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)

18h30 Nelson Jobim, ministro da Defesa

(Fonte: Secretaria de Imprensa da Presidência)

Grafite faz 3 gols na estreia

grafite

A bela estreia do Wolfsburg na Copa dos Campeões, nesta terça-feira, não vai sair do pensamento do atacante brasileiro Grafite tão cedo. Autor dos três gols do triunfo alemão por 3 a 1 sobre o CSKA, da Rússia, o jogador comemorou muito, mas pediu “pés no chão” para manter o rendimento na sequência da competição. “Eu fiz três gols e é uma sensação fantástica. Foi uma noite especial, uma noite inesquecível. Eu apenas perguntei ao árbitro se poderia pegar a bola”, disse Grafite, satisfeito com sua atuação – balançou a redes aos 36 e 41 minutos do primeiro tempo, e aos 42 da etapa final.

“Estou muito feliz, mas devemos manter nossos pés no chão”, avisou o atacante, de olho em uma boa colocação para a equipe na primeira fase da competição continental. E ainda sonhando com uma chance na Seleção Brasileira. (Com informações da ESPN)

Só falta mesmo a Grafite se converter a uma igreja protestante, filiar-se aos Atletas de Cristo, para ganhar uma chance no escrete de Dunga.

Real e Milan confirmam favoritismo

real

O Real Madrid abriu 3 a 0 ainda na primeira etapa contra o Zurich, fora de casa, mas dormiu no ponto, cedeu dois gols e teve que correr mais um pouco para alcançar a goleada de 5 a 2, no grupo C da Champions League, nesta terça-feira. O time galáctico teve gols de Cristiano Ronaldo, em cobrança de falta, Raul, após chute errado de Higuaín, que fez o terceiro tento, todos na primeira etapa; no segundo tempo, Margairaz descontou ao converter pênalti e Aegerter diminuiu a vantagem após escanteio.

Porém, em nova cobrança de falta e com ajuda do goleirão, o meia português fez seu segundo gol, enquanto nos acréscimos Guti encobriu o arqueiro suíço e fechou a fatura. Na próxima rodada, em 30 de setembro, quarta-feira, às 15h45 (de Brasília), o clube merengue receberá o Olympique de Marselha no Santiago Bernabéu, enquanto o Zurich visita o Milan no San Siro.

Com dois gols do atacante Filippo Inzaghi, o Milan estreou no grupo C da Champions League ganhando do Olympique de Marselha na França por 2 a 1, nesta terça-feira. O clube rossonero contou com duas assistências do holandês Seedorf para sair com a vitória, uma no primeiro e outra no segundo tempo. O argentino Heinze diminuiu para os franceses. Ronaldinho Gaúcho ficou no banco, enquanto Thiago Silva e Alexandre Pato foram titulares.

Agruras de um campeão de remo

Do blog de José Cruz

O principal nome da nova geração do remo brasileiro, Ailson Eráclito, despontou em meio a uma realidade social extremamente pobre. Além de exibir a fragilidade da estrutura do nosso esporte, sua  carreira – “de fome, desmaios e miséria” – é um contraste espetacular com o bilionário sonho do país candidato olímpico. Aos 20 anos, o amazonense Ailson entrou para a história do remo ao se sagrar vice-campeão mundial, na República Tcheca, em agosto. Ele desceu a raia com um single skiff, peso leve. A medalha de prata que trouxe é inédita para o nosso esporte.

Formado pela insistência do técnico Manasseh Barbosa, Ailson não tem, nem sequer, a bolsa atleta. Ganhou uma do Ministério do Esporte, em 2007, mas o dinheiro nunca chegou à sua conta. No ano passado, foi a vez do Governo do Pará oferecer bolsa ao remador. Aguarda o dinheiro até hoje. Já as promessas do ministro, Orlando Silva, de construir uma garagem de barcos às margens do Rio Negro, em Manaus, nunca se concretizaram.

Resultados

Há 30 dias, Ailson voltou a ter resultado internacional. Ele foi o único remador sub-23 a disputar a etapa do Mundial da Polônia, para adultos. Terminou em sexto lugar, à frente, de alguns favoritos, numa prova em que a média de idade era 36 anos. No domingo, Ailson venceu a Regata da Marinha, na Lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro, contra tradicionais guarnições cariocas. O próximo compromisso do jovem talento será de quinta-feira a domingo, na Copa Pinheiros, evento internacional na raia da USP, em São Paulo.

Realidade

O projeto que Manesseh desenvolve em Manaus – Remo Social – é resultado de um intercâmbio entre o clube Tuna Luso, de Belém, e a Liga Náutica Estadual do Amazonas. Sua entrevista é dura, mas, além de real, é uma aula de experiência no esporte. “Poderíamos ter conseguido tocar melhor o projeto se o Criança Esperança tivesse continuado conosco, quando nos atendeu em 2007, e nos deu um grande impulso. Se o Banco da Amazônia também tivesse continuado nos ajudando no transporte de nossos atletas, com fez por dois anos, 2005/2007. Enfim política descontinuada não deixa que uma estrutura cresça e se fixe em definitivo”, explica Manesseh.

O blog noticiou, em primeira mão, as conquistas de Aílson com a camiseta da Águia do Souza e defendendo o remo brasileiro em águas internacionais.

Uefa aprova “fair play financeiro”

Plano do presidente da Uefa, Michel Platini, para fazer os clubes viverem dentro de suas capacidades foi aprovado pelo entidade administrativa do futebol europeu nesta terça-feira. As novas regras, chamadas de “fair play financeiro”, irão em princípio proibir que os clubes gastem mais que a sua receita. Elas visam acabar com a tendência de donos ricos entrarem no esporte e transformarem o futuro de um clube. “Não queremos matar ou ferir os clubes, ao contrário, queremos ajudá-los”, disse Platini.

O francês afirmou ainda que tem apoio dos clubes. “As equipes que jogam em nossos torneios concordaram com nossos princípios”, acrescentou. O ex-primeiro-ministro belga Jean-Luc Dehaene foi nomeado presidente do Painel de Controle Financeiro dos Clubes, que irá fiscalizar a introdução das novas regras. “A regra do fair play financeiro visa assegurar a saúde, prolongando a viabilidade dos clubes”, explicou Dehaene em comunicado.

Platini pontuou que as novas regras serão implementadas na temporada 2012/13 e que os clubes que não arcarem com elas serão, em último caso, banidos das competições europeias. Os campeonatos de cada país não serão afetados. Platini colocou que os clubes terão incentivos para investir na revelação de jovens e desenvolvimentos de centros, incluindo estádios.

Barrichello: Massa foi o “conselheiro”

Rubens Barrichello assegurou que foi seu compatriota Felipe Massa quem lhe explicou como ganhar o Grande Prêmio da Europa, no circuito de Valência, em entrevista publicada nesta terça-feira pelo jornal italiano “La Gazzetta dello Sport”. “Antes de Valência tinha ido a sua casa (de Felipe Massa) e ele me explicou como enfrentar essa pista que ele dominou no ano passado. E ganhei”, revelou o piloto da Brawn. O brasileiro brincou dizendo que, para preparar a próxima corrida, que será disputada em Cingapura no dia 27 de setembro, irá dormir “todas as noites” na casa de Massa.

Incrível, é uma potoca a cada instante. Se Barrichello fosse rápido nas pistas como é com as palavras, já teria sido campeão várias vezes. Ô sujeito tagarela.

Os técnicos da Segundinha

Atendendo a pedidos, aí vai a lista de técnicos dos clubes que disputam o seletivo ao Campeonato Paraense de 2010. Alguns veteranos (Samuel, Fran, Carioca e Nildo) misturam-se a emergentes que querem mostrar serviço, como Pneu e Zeca Gavião.

Independente (Tucuruí) – Samuel Cândido

Cametá – Fran Costa

Izabelense – Zé Carlos

Parauapebas – Nildo Pereira

Santa Rosa – Luiz Oliveira

Vênus – Silva

Tiradentes – Fernando Carioca

Kyikatêjê – Zeca Gavião

Abaeté – Pneu

Pedreira – André Tabosa

Ídolo alvinegro precisa de ajuda

Transcrevo o aviso da coluna de Renato Maurício Prado de hoje, no Bola:

“Octavio Moraes, ex-atacante do Botafogo, que jogou ao lado de Heleno de Freitas, Sílvio Pirilo, Paraguaio e outros, sendo artilheiro do campeonato carioca de 1948 (que chegou a atuar na seleção brasileira, em 1949), está internado em estado crítico no Hospital Miguel Couto, no Rio. Aos 86 anos, sofreu fratura no colo do fêmur e, sem recursos para pagar uma clínica particular, pena na lista de espera do serviço médico público. Para piorar, ele teve, ontem (segunda-feira), uma embolia pulmonar (causada pela fratura), o que agrava consideravelmente sua situação. Quem quiser ajudá-lo, pode entrar em contato com Jill Tietbohl de Moraes, sua filha, pelos telefones: (48) 3364-1309 e 9922-5558, ou com a ex-mulher Myrna e a outra filha, Ivy, que moram no Rio: (21) 2247-5718.”

Botafoguenses que estejam em condições de ajudar, por favor se manifestem.

Estádios para a Fifa ou para o Brasil?

Por Erich Beting

Bom, conforme prometido, vamos tentar aprofundar mais aqui a discussão sobre a Copa do Mundo no Brasil e os estádios que farão parte dela.
O primeiro e importante ponto a se destacar é o fato de que deve ficar claro que a Copa do Mundo é no Brasil. E destaco o NO porque ela não é uma propriedade do país, mas da Fifa. Ou seja, é Copa do Mundo Fifa, sendo realizada no nosso país.
Quando, em 2006, Joseph Blatter disse isso a respeito da Copa na Alemanha, o povo alemão enfureceu-se, esperneou, mas de nada adiantou. Bandeira de governo, com o objetivo de mostrar um país reunificado e receptivo a todos os povos, a Alemanha se irritou ao ver Blatter dizer que a propriedade do evento é da sua entidade e que apenas o local onde ele aconteceria era o país europeu.
Antes de as vuvuzelas soarem, explico que esse preâmbulo se faz necessário. Porque ele é importante para invertemos o início da discussão sobre os estádios brasileiros para a Copa do Mundo.
A Fifa estipula o seu caderno de encargos, com tudo o que é necessário ter para um estádio fazer parte do Mundial. E as críticas feitas ao Morumbi são de que ele não comporta as exigências da Fifa. Ou, pelo menos, parte delas. A história, como coloquei no primeiro post sobre o tema, é complicada e envolve um delicado jogo político que pode ter no meio até interesse comercial de Jerôme Valcke, secretário da Fifa, na construção de um novo estádio no Brasil (a notícia é da “Folha de São Paulo” e atribuída a dirigentes do São Paulo).
Pois bem. O caderno de encargos da Fifa traz uma série de sugestões de como deve ser o estádio que receberá jogos do Mundial. Além disso, ele determina algumas especificações que vão além do básico no caso de o estádio receber a abertura do torneio ou o seu encerramento.
Mas, afinal, um estádio deve se preocupar em seguir tudo o que determina a Fifa, não importando o preço dessas reformas?
Obviamente, não. Um estádio não tem de estar adequado apenas para a Copa do Mundo. Ele tem de estar apto para ser um local que seja sustentável antes, durante e depois do Mundial.
E é isso o que ninguém discute. Nos últimos tempos foi criado um mito em cima do caderno de encargos da Fifa que tem feito com que a principal discussão seja deixada em último plano.
Não é a Copa do Mundo quem vai determinar o que deve ser o estádio. É a viabilidade local que deve ser estudada, mais do que as regras da Fifa. Daí vem o meu questionamento não só à situação paulistana, mas a de diversas outras sedes escolhidas para a Copa brasileira.
Manaus e Cuiabá, por exemplo, são cidades em que um estádio dificilmente será viável no longo prazo. A capital amazonense planeja uma arena para 42 mil torcedores. Já no Mato Grosso, a ideia é que o estádio tenha assento para 45 mil torcedores.
E depois do Mundial? O que será feito com tanto espaço? Quantos jogos cada cidade receberá? Provavelmente não mais do que cinco jogos. E quais times locais justificariam o uso do estádio após a Copa?
O mesmo pode valer para Brasília, com um estádio projetado para 70 mil lugares! Ou em Natal, onde há a expectativa de se construir uma arena para 45 mil espectadores.
Antes que se comece a falar do conceito de arena multiuso, uma premissa tem de ficar clara. Não é só do futebol que se vive a arena, é claro, mas é dele que vem a principal fonte de receita. Querer dizer que um estádio se paga com “shows” é uma grande falácia. Afinal, quantos shows assistimos ao longo do ano no país? Além disso, quantos meses do ano um astro da música fica em turnê? Pois é, não é toda semana que se ocupa um estádio com shows, cenário que é bem diferente do futebol.
Por isso mesmo, a cidade de São Paulo não comporta um novo estádio. A não ser que se resolva dar um novo destino a qualquer uma das arenas “restantes”.
O que precisa ficar claro é que a discussão não deve ser sobre a qualidade de um ou outro estádio, mas sim sobre a condição financeira de se ter um novo estádio no Brasil da Copa do Mundo. Porque as exigências da Fifa levam em conta apenas a preocupação dela com o evento, sem considerar se o estádio que ficará está localizado numa cidade de 10 mil ou de 10 milhões de habitantes. E isso tem um impacto gigantesco no longo prazo.
Não é de se estranhar que não haja interesse privado em investir nos estádios do Mundial. Qual a certeza de retorno financeiro do empreendimento? Como fazer com que, no longo prazo, esse espaço tenha rentabilidade?
A cada exemplo que vemos, notamos que o Brasil não está preparado, ainda, para esse nível de discussão. Por enquanto, a maior preocupação é política e, na maioria das vezes, levada para o lado passional. Preocupação com conforto do torcedor, com a qualidade do espetáculo, com boas opções de estacionamento, com a área de hospitalidade, com o acesso via transporte público ao estádio, bem como com os serviços de comida e bebida. Tudo isso é assunto para não mais ser debatido, mas sim aplicado nos estádios de futebol do Brasil.
E tudo isso não depende da Copa do Mundo, mas sim de uma nova leitura para o futebol e, especialmente, para o relacionamento com o torcedor. É ele o principal cliente da modalidade, e não a Fifa, ou o dirigente.
Só que, até agora, o que se vê é exatamente o contrário. Um falatório generalizado de que os estádios devem se adequar plenamente às normas da Fifa para poder estar na Copa do Mundo, sem se preocupar com o que vem antes e depois.
Uma Copa do Mundo representa para o país-sede uma grande oportunidade. É momento para aprender como fazer, de fato, um estádio de futebol ser um espaço moderno e que represente boa chance de receita para o seu dono.
Enquanto o torcedor não se der conta de que o maior problema não é fazer o estádio como manda a Fifa, mas sim como exige a demanda do país, a Copa do Mundo representará um fracasso financeiro para o Brasil.
Sim, não tem como não seguir a Fifa se quiser ter a Copa. Mas os estádios poderiam, ao mínimo, estarem projetados para sofrerem uma redução de público tão logo passasse o Mundial. Porque, realmente, não dá para pensar como Cuiabá, Manaus, Natal e diversas outras sedes farão com estádios imensos depois que o furacão passar. Ou, ainda, como a cidade de São Paulo fará para construir um novo estádio sem ser com dinheiro público.
Ou a população entende que a discussão tem de ser essa, e não se o estádio se adéqua à Fifa, ou estaremos fadados a permitir que a política determine o destino da verba da Copa.

E aí, já viu…

Um aprofundamento de tudo aquilo que o blog vem discutindo há meses.