A quem interessar possa…

Agenda do presidente Lula para esta quinta-feira, 01:

(Horário local de Copenhague/Dinamarca: mais 5h em relação a Brasília)

08h Entrevista coletiva – Hotel Skt.Petri  

08h50 Chegada ao Hotel Marriott – Kalvebod Brygge 5

09h Encontros bilaterais

10h30 Encontro com o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge

11h15 Encontros bilaterais

13h Almoço oferecido pela Rainha da Dinamarca, Margarete II – Palácio Amalienborg, Amaliengade 18

15h Encontros bilaterais – Hotel Marriott

19h Cerimônia de abertura da 121ª Sessão do COI – Copenhagen Opera House, Auditório

20h40 Deslocamento para o Nimb Hotel

(Fonte: Secretaria de Imprensa da Presidência)

Ferrari anuncia Alonso para Mundial 2010

Anunciado pela Ferrari na manhã desta quarta-feira, o espanhol Fernando Alonso comentou a contratação em seu site oficial. O bicampeão do mundo que compete pela Renault nesta temporada festejou a transferência para a escuderia italiana e já imaginou a dupla com o brasileiro Felipe Massa em 2010, também assegurada pela equipe em comunicado oficial. “Me sinto muito feliz de poder ser um piloto da Ferrari. Pilotar um carro do ‘Cavallino Rampante’ representa um sonho para qualquer piloto de corridas, e hoje tenho a sorte de poder realizá-lo”, comemorou Alonso, que chega para assumir o lugar do finlandês Kimi Raikkonen, campeão de 2007 e cotado para pilotar pela McLaren. (Da ESPN)

Com o histórico de Alonso, Felipe Massa não vai ter vida mansa a partir de agora. Será uma batalha interna e é bem provável que a escuderia passe a tratá-lo como coadjuvante.

Cartola desmente contratações no Paissandu

Nova posição da diretoria do Paissandu, manifestada ao Bola pelo presidente Luiz Omar Pinheiro: o clube não vai contratar reforços. Além disso, prometeu esclarecer nesta quarta-feira todos os detalhes da suposta parceria com a empresa Gênios Assessoria, do empresário Genivaldo Santos. Foi o próprio Genivaldo que informou sobre a contratação de oito jogadores para reforçar o Paissandu. Luiz Omar nega tudo isso, diz que o clube não tem dinheiro para contratar ninguém.

Como se manteve em silêncio enquanto Genivaldo divulgava a parceria, Luiz Omar agora desmente tudo o que o pretenso sócio informou. E assim caminha a humanidade.

Calam mais um profeta na Amazônia

Por Márcia Maria de Oliveira (*)

Na tarde escaldante deste dia 20 de setembro, milhares de pessoas, entre lágrimas e cantos, deram seu último adeus ao padre Ruggero Ruvoletto. O missionário de 52, da Diocese italiana de Pádua fora, covardemente, alvejado por um tiro certeiro, preliminarmente planejado nas rodas de “boca-de-fumo” do crime organizado de um dos bairros mais violentos da periferia da cidade de Manaus.

Na manhã do dia 19 de setembro, seu sangue profético regou o chão da Amazônia. O último gesto corajoso de padre Ruggero foi estampado na capa dos jornais da cidade: de joelhos junto de sua simples cama oferecera a Deus, em oração, talvez, seus últimos minutos de vida. Uma vida marcada pela missão corajosa junto aos mais pobres e excluídos da sociedade.

Desde que chegara à Amazônia no início de 2008, padre Ruggero iniciou sua caminhada de oblação. Com um histórico missionário de opção evangélica pelos mais pobres e esquecidos do nordeste brasileiro, em Manaus foi designado a uma região da periferia da cidade. Aqui, encontrou inúmeros agentes de pastoral ansiosos por sua sábia ajuda. Também encontrou muitos desafios pastorais e um silêncio da população com relação à atuação do crime organizado do tráfico de drogas na região.

Sua missão, no início, desenvolveu-se timidamente num processo intenso de visita às famílias, de escuta, de abertura ao novo. Freqüentemente solicitava ajuda, nos nossos “debates sociológicos”, para melhor compreender a dinâmica da cidade. Queria conhecer mais sobre os indígenas e ribeirinhos e entender porque continuam migrando, sempre em ordem crescente, para as periferias da cidade. (…). Sua presença simpática e acolhedora foi criando laços de amizade e comprometimento. Sempre preocupado com as questões sociais, sugeriu a organização de um calendário permanente de debate sobre a situação das várias comunidades que atendia na Área Missionária Imaculado Coração de Maria (Amicom). Sua intuição profética motivou várias iniciativas por parte das lideranças das comunidades e dos movimentos sociais na criação de espaços de formação permanente de lideranças tais como a Escola de Fé e Cidadania que abrange outras áreas. Não era presença somente na Amicom. Logo passou a acompanhar a organização pastoral de outras áreas missionárias da Zona Norte da cidade. Passou a apoiar os organismos arquidiocesanos ligados à dimensão missionária e às Comunidades Eclesiais de Base.

Com uma prática litúrgica muito sensível e inculturada, fazia das celebrações eucarísticas momentos fortes de celebração da vida, das esperanças e do compromisso evangélico. Nas reflexões com os grupos nas comunidades ou nas famílias, embaixo das árvores, ou nas áreas externas nas pequenas casas, estava sempre atento aos clamores e lamentos das pessoas. Suas palavras davam novo alento e fazia o povo voltar a ter esperança em uma realidade marcada pela violência e pelo descaso das políticas públicas.

Depois de intensas reuniões e debates, juntamente com os agentes de pastoral, elaboraram uma carta-denúncia que foi lida, rezada e reformulada nas várias celebrações comunitárias. Na carta estava contido o clamor do povo que já não suporta mais tanta violência resultante do tráfico de drogas na região. Denunciava o descaso público para com a educação, o transporte coletivo, o abastecimento d’água e tantas outras deficiências por parte dos poderes públicos.

Na manhã do dia 15 de agosto as ruas do bairro de Santa Etelvina foram tomadas pelos cantos e frases de protesto. Uma manifestação pacífica de centenas de pessoas cobrando o exercício pleno da cidadania. Esse dia marca o fim do silêncio e do medo histórico que amordaçava os moradores deste bairro. Durante a caminhada, padre Ruggero, o homem da palavra, não fez uso dos microfones.

Em dado momento, já na metade da manifestação, quando algumas pessoas lhe pediam para se pronunciar aos microfones, se aproximou e disse: “Márcia, estou pensando que é melhor eu não me pronunciar porque já vi passando algumas pessoas ligadas ao tráfico de drogas que vêm me ameaçando e me ‘aconselhando’ a deixar essas denúncias de lado. Eu lhe garanto que não vou deixar a luta porque já não é mais possível ficar calado diante de tanta violência e injustiça. Não agüento mais ouvir tantas mães desesperadas com seus filhos nas drogas sem poder fazer nada. Sei que é arriscado, mas não tenho medo”. (…)

Nas semanas que se passaram continuou se pronunciando sobre a necessidade da organização popular. Mas, parecia mais discreto do que o habitual. Talvez percebera que era preciso ter mais cautela pois estava mexendo numa “caixa preta” que envolve grandes traficantes e gente da polícia. Após seu assassinato, a polícia trabalha com a suspeita de latrocínio. Pode ser que vão seguir com esta versão para não ter muito trabalho com a investigação. É mais simples afirmar que foi roubo seguido de assassinato. Muitos dos que estavam no velório também acreditam nesta versão. Talvez porque já estão habituados a acreditar em tudo o que a polícia diz, mesmo quando não se tem fundamentos convincentes. Entretanto, várias das milhares de pessoas que lotaram o ginásio de esportes do Santa Etelvina para se despedir do padre Ruggero, não acreditam nessa “orquestração”. O povo sabe a verdade. Talvez tenha medo de dizer, mas o certo é que sabe que não foi nenhum “ladrãozinho”, como afirma a polícia que alvejou o padre. Pode até ser que um ladrãozinho tenha sido contratado para disparar o tiro certeiro. Mas, todos sabem que por trás disso estão os controladores do tráfico que se sentiam incomodados com a atuação do padre Ruggero.

(…)

Resta concluir que o padre Ruggero é mais um mártir da Amazônia e que sua luta seguirá na vez e na voz de todos aqueles e aquelas que descobriram que sua esperança está na força da união. Essa gente, ninguém mais segura. Oxalá que o sangue derramado deste profeta regue o chão da Amazônia e produza muitos frutos de justiça.

Manaus, 21 de setembro de 2009.

(*) Márcia Maria de Oliveira é socióloga e mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia. Coordenadora do Departamento de Educação do Serviço de Ação, Reflexão e Educação Social – Sares.

Se eu fosse governador de S. Paulo…

Por Juca Kfouri

…eu mandaria a Fifa pegar a Copa do Mundo dela é levá-la para onde bem entender;

…eu usaria o lema de São Paulo — “Non ducor, duco” (Não sou conduzido, conduzo) — e diria que ou a coisas serão como São Paulo acha que devam ser, ou, então, que a Fifa faça bom uso da Copa do Mundo, porque São Paulo abre mão dela;

…eu diria tudo isso claramente para os habitantes de São Paulo, para informá-los que São Paulo não se curva às exigências descabidas, aos caprichos de cartolas nada confiáveis;

…eu não mendigaria, como São Paulo, e o São Paulo FC, estão fazendo;

…sim, é claro, eu não sou nem tucano, nem candidato a nada, nem me pelo de medo do que vão dizer de tal decisão;

…e São Paulo, e o São Paulo FC, continuarão a mendigar.

Que vergonha!