Por Luiz Fernando Oliveira
Permita-me, através deste, expor a vós uma tal dúvida atroz, que teima em furtar os paupérrimos e diminutos momentos de tempo que ainda restam no meu viver – resuma-se tudo em ócio – no tocante ao seguinte: “Teriam Remo e Paissandu, mesmo que cheguemos a números fictícios, alguns milhões de torcedores ? Creio piamente que sim! Eis que se apresenta minha tal dúvida: Seria por demasiado difícil administrar a paixão?”
Parodiando Câmara Cascudo – “o melhor do Brasil é o brasileiro” -, digo que o melhor da equipe é o torcedor! Seria assim tão difícil transformar esta paixão “torcedorística” em abonados “zilhões” de verdes cifrões para a galeria de troféus dos nossos outrora “esquadrões”?
Pensando cá com meus inconsolados e um tanto rotos botões, tenho latente certeza de que, no mínimo, UM MILHÃO de paraenses tirariam, gozando de colossal satisfação, R$ 1,00 de seus bolsos e o depositariam a serviço desses tais “esquadrões”.
Quando meus neurônios expõem-me o assunto desta forma, fico cá pensando se é necessário canudo de Ph.D de Administração em Harvard ou em qualquer outra cátedra renomada para transformar a paixão do torcedor por seu clube em salários pagos corretamente, categorias de base brotando craques pelo ladrão, o chamado “time titular” temido pelo país afora e outros sonhos futebolísticos que ora tomam-me em pesadelos, quando deparo com o Paissandu penando numa 3ª Divisão, o Remo chafurdando no limbo do nada e os outros paraenses… bom, os outros já faleceram há muito, infelizmente.
Aproveito para declarar-me vosso fã inconteste!