Tribuna do torcedor

Por Luiz Fernando Oliveira

Permita-me, através deste, expor a vós uma tal dúvida atroz, que teima em furtar os paupérrimos e diminutos momentos de tempo que ainda restam no meu viver – resuma-se tudo em ócio – no tocante ao seguinte: “Teriam Remo e Paissandu, mesmo que cheguemos a números fictícios, alguns milhões de torcedores ? Creio piamente que sim! Eis que se apresenta minha tal dúvida: Seria por demasiado difícil administrar a paixão?”
Parodiando Câmara Cascudo – “o melhor do Brasil é o brasileiro” -, digo que o melhor da equipe é o torcedor! Seria assim tão difícil transformar esta paixão “torcedorística” em abonados “zilhões” de verdes cifrões para a galeria de troféus dos nossos outrora “esquadrões”?
Pensando cá com meus inconsolados e um tanto rotos botões, tenho latente certeza de que, no mínimo, UM MILHÃO de paraenses tirariam, gozando de colossal satisfação, R$ 1,00 de seus bolsos e o depositariam a serviço desses tais “esquadrões”.
Quando meus neurônios expõem-me o assunto desta forma, fico cá pensando se é necessário canudo de Ph.D de Administração em Harvard ou em qualquer outra cátedra renomada para transformar a paixão do torcedor por seu clube em salários pagos corretamente, categorias de base brotando craques pelo ladrão, o chamado “time titular” temido pelo país afora e outros sonhos futebolísticos que ora tomam-me em pesadelos, quando deparo com o Paissandu penando numa 3ª Divisão, o Remo chafurdando no limbo do nada e os outros paraenses… bom, os outros já faleceram há muito, infelizmente.
Aproveito para declarar-me vosso fã inconteste!

A mídia e o Pré-sal

Enquanto a grande mídia nacional torce o nariz para o Pré-sal, a imprensa européia reconhece sua importância. Diz o The Guardian: “Presidente brasileiro quer erradicar a pobreza com os bilhões do petróleo”. O Financial Times, que não tem medo de Lula nem da nacionalização do petróleo, ressalta que o presidente vai usar o dinheiro das vastas reservas para criar um fundo e investir no combate à pobreza, em educação e em obras de infra-estrutura: “Poverty relief, education and infrastructure”. (Com informações do blog Conversa Afiada)

Brasil massacra México

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Não tive tempo para ver todo o jogo, mas, pelo menos no começo, a seleção brasileira de basquete me pareceu firme e agressiva no ataque, apesar de alguns buracos na defesa. Bateu a sempre chata seleção do México, por 92 a 61, na Copa América, que está sendo disputada em Porto Rico e que oferece quatro vagas para o Mundial da Turquia, em 2010. Leandrinho foi novamente o cestinha, com 18 pontos, e Anderson Varejão voltou a aparecer muito bem. Não é bem o jeito brasileiro de jogar basquete, mas está vencendo – e, a essa altura, nosso basquete precisa principalmente voltar a vencer e se fazer respeitar no continente.

Torneiras abertas no Rio Grande

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Por Eduardo Tessler, de Porto Alegre (RS)

Não bastasse a crise política em que se meteu a governadora gaúcha Yeda Crusius, agora a lista de desvio de dinheiro público ganha novos reforços a cada dia. O escândalo mais recente não chama a atenção pela quantidade – R$ 15 mil – mas pela total falta de critérios que os governantes do Rio Grande tem para abrir as torneiras e despejar verbas públicas. O dinheiro em questão foi dado sob forma de “diárias” para que o cidadão gaúcho Clóvis Fernandes pudesse assistir aos jogos da Copa das Confederações, disputada em junho na África do Sul.
O conhecido “Gaúcho da Copa” ficou famoso por aparecer com seu generoso bigode e uma réplica da Copa do Mundo em mãos nas transmissões de jogos dos Mundiais. O locutor Galvão Bueno chama-o de “simpático”. Clóvis Fernandes tentou ser vereador em 2008. Não conseguiu mais que 2.300 votos e ficou de fora. Concorreu pelo PMDB, um dos partidos da base de Yeda Crusius. Hoje Fernandes é CC do governo gaúcho, lotado na secretaria de Relações Institucionais. E de quebra ainda leva algumas diárias para passear e ver futebol.
Ou seja, não bastasse Fernandes ter se ausentado do trabalho em uma secretaria de Estado por 19 dias, ainda recebeu um “extra” para isso. Se Fernandes busca patrocínio para ir às competições internacionais, mérito dele e de seu grupo. O site do “Gaúcho” apresenta anúncios de uma agência de viagens, uma confecção de camisetas, uma empresa de comunicação visual, uma de TV por assinatura e de uma rede de lojas de música, de propriedade do presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Noveletto. Até aí, nenhum problema.
Mas quando o governo do Estado abre a torneira e paga 19 diárias de viagem para que um CC vá se divertir na África do Sul, aí o furo aumenta. Qual a vantagem para o Estado em ter um torcedor assistindo jogos da Seleção Brasileira? Segundo o secretário da Casa Civil, José Alberto Wenzel, que autorizou a viagem, “o dinheiro foi muito bem investido”.
Em que, secretário? Em cerveja? Em visita a tribos e reservas naturais, como aparece no site do “Gaúcho”? Fernandes divertiu-se vendo os jogos e distribuiu panfletos falando de Porto Alegre na Copa de 2014. E voltou com uma conclusão “fundamental”: trânsito é um problema para a Copa. Ah, bom, ainda bem que o enviado especial revelou esse segredo.
Fernandes é um cara-dura que consegue abrir as torneiras do Estado. Mas o problema não é ele ou outros que se aproveitam do desgoverno. O problema está exatamente em quem assina o cheque. A governadora, os secretários, os que não cuidam do patrimônio e das finanças do Rio Grande.
O dinheiro gaúcho hoje escorre por todos os lados. A tal ponto que uma empresa terceirizada, que cuida dos depósitos de carros apreendidos pelo Detran-RS, cobra uma suposta dívida de R$ 16 milhões do governo. E se não fosse o Ministério Público impedir esse absurdo, a governadora já teria pago.

As torneiras gaúchas estão abertas.

Vi esse gaúcho de bombachas lá na Alemanha, torrando o saco nos estádios em que o Brasil jogava. Nem olha o jogo, quer mesmo é aparecer para as câmeras.

Michel solta o verbo

Com o prestígio abalado depois da pálida passagem pelo Paissandu na Série C, o meia Michel reencontrou o bom futebol na volta ao S. Raimundo, clube que o projetou no Parazão 2009. Aos 27 anos, esse amazonense de Parintins admite que se sente em casa – como um rei – no Pantera mocorongo. No último domingo, contra o Cristal, Michel devolveu com folga todo o carinho que o torcedor santareno lhe dedica: marcou os quatro gols da goleada que garantiu o Mundico na próxima fase da Série D.

Aos que o criticam pela má performance na Curuzu, Michel observa que não teve muitas chances no time. “Eu ficava no banco e, quando entrava, tinha que fazer milagre”. Um outro problema também atrapalhou a vida do meia no Paissandu: “Teve um diretor que me levou pra lá, o Fred, que me fez uma proposta e quando cheguei vi outra. Só não saí porque sou profissional e pelo Valtinho. Depois dizem que a gente só joga em time pequeno”.

Embora não tenha recebido nenhuma sondagem, Michel não descarta defender o Remo em 2010, como já se especula em Santarém. E também não afasta a possibilidade de voltar ao Paissandu. “Ainda não recebi nenhuma proposta do Remo e, apesar de tudo, poderia voltar ao Paissandu, pois o presidente (Luiz Omar) tem palavra. Qual jogador não pensa em jogar nessas equipes?”, indaga. (Com informações do Bola)

Massa só volta a correr em 2010

Depois da consulta nesta segunda-feira, em Miami, para se submeter a uma importante série de exames de controle com o professor Stephen Olvey, responsável pela Unidade Intensiva de Neurociência do Hospital Jackson Memorial, o piloto Felipe Massa ficou sabendo que só poderá voltar a disputar corridas em 2010. Os exames realizados (testes neuromotores e de impacto e de capacidade cognitiva) foram positivos assim como o exame na vista esquerda. Ainda será necessária uma cirurgia plástica para reparar a caixa craniana no ponto onde foi verificado o impacto com a mola no acidente em Hungaroring, na Hungria. A operação será realizada nos próximos dias, e, depois de uma breve convalescência, Felipe poderá retomar gradualmente à preparação física.

Choro justo

Por Renato Maurício Prado (no Bola de hoje):

O chororô está de volta, mas desta vez coberto de razão. Os erros de arbitragem contra o Botafogo, neste Campeonato Brasileiro, se acumulam e já ultrapassam em muito o nível aceitável e passível de se atribuir apenas à baixa qualidade da grande maioria dos nossos juízes e bandeirinhas. Em cinco das últimas seis rodadas, o Glorioso foi indiscutivelmente prejudicado.

Teve pênaltis não marcados contra o Atlético Paranaense, o Palmeiras, o Corinthians e o Cruzeiro (quando houve  também um gol alvinegro mal anulado). E no jogo com o Grêmio, além de nova penalidade máxima clara e ignorada, sofreu um gol irregular, com cruzamento feito depois que a bola saíra.

Diante de tamanho absurdo, a CBF se disse, ontem, preocupada e reconheceu o baixo nível das arbitragens, prometendo tomar providências. Mas quem pagará o enorme prejuízo, caso o Botafogo seja rebaixado? Por essas e outras é que sou visceralmente a favor do uso da tecnologia no auxílio à arbitragem. Um monitor de TV na mesa do quarto árbitro bastaria para que, no mínimo, se anulasse o gol originado da jogada em que a bola saiu.

Flu apela para “motivação”

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Renato Gaúcho não é mais o técnico do Fluminense. Em reunião nesta manhã, a diretoria do clube resolveu dispensá-lo após a fraca campanha no Brasileiro – time é lanterna da competição. Cuca, ex-Flamengo, será o novo comandante. “[Estas informações] já podem ser confirmadas, sim”, afirmou o vice-presidente de futebol tricolor, Tote Menezes, ao canal SporTV. Aparentemente pensando em um trabalho um pouco mais duradouro que os últimos, Menezes falou sobre a expectativa do clube em relação à duração do vínculo de Cuca. “Ainda estamos acertando, mas a ideia é fazer o contrato até o fim de 2010. Como 70% do time fica até o fim de 2010, fica uma boa base para trabalhar”, disse.