Venezuela, quem diria, começa a vacinar população contra covid-19 em janeiro

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, anunciou ontem (29) que o país já está com tudo pronto para o início da vacinação já nos primeiros dias de janeiro de 2021. As primeiras pessoas a terem acesso à imunização serão profissionais da saúde e pessoas pertencentes aos grupos de risco, incluindo imigrantes de qualquer país.

“Firmamos contrato para 10 milhões de doses da vacina Sputnik V. Elas serão distribuídas gratuitamente para toda a população que vive na Venezuela, seja colombiano, equatoriano, peruano, português ou italiano. Não vamos fazer como o bárbaro terrorista sanguinário Ivan Duque”, criticou Maduro, em referência à decisão do presidente da Colômbia de vetar o acesso à vacina para os imigrantes venezuelanos que vivem no país. Para Nicolás Maduro está foi uma decisão criminosa, nazista e xenófoba.

Pelo Twitter, a vice-presidenta executiva da República Bolivariana da Venezuela Delcy Rodríguez agradeceu a Rússia e disse que “nenhum bloqueio criminoso irá minar o sagrado direito de nosso povo de ter acesso à vacina para controlar uma das pandemias mais terríveis que a humanidade já sofreu”.

Bolsonaro é personalidade mundial do ano na promoção do crime e da corrupção

Organized Crime and Corruption Reporting Project (OCCPRP), Projeto de Relatório sobre Crime Organizado e Corrupção, elegeu o presidente Jair Bolsonaro (sem Partido) como a personalidade do ano de 2020 por seu papel na promoção do crime organizado e da corrupção.

O OCCPRP é um consórcio de centros de investigação, mídia e jornalistas fundado em 2006, que operam na Europa Oriental, Cáucaso, Ásia Central e América Central. De acordo com o relatório deste ano, “eleito após o escândalo Lava Jato (Lava Jato) como candidato anticorrupção, Bolsonaro se cercou de figuras corruptas, usou propaganda para promover sua agenda populista, minou o sistema de justiça e travou uma guerra destrutiva contra a Amazônia região que enriqueceu alguns dos piores proprietários de terras do país”.

O relatório diz ainda que “Bolsonaro venceu o duvidoso prêmio por pouco de dois outros líderes populistas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente turco, Recep Erdogan”. O documento dia ainda que “os finalistas também lucraram com a propaganda, minaram as instituições democráticas em seus países, politizaram seus sistemas de Justiça, rejeitaram acordos multilaterais, recompensaram círculos internos corruptos e tiraram seus países da lei e da ordem democráticas para a autocracia. O oligarca ucraniano Ihor Kolomoisky completou a lista dos finalistas”.

De acordo com Louise Shelley, diretora do Centro Transnacional de Crime e Corrupção (TraCCC), da George Mason University, que participou do painel do prêmio. “Todos são populistas causando grandes danos aos seus países, regiões e ao mundo. Infelizmente, eles são apoiados por muitos, o que é a chave do populismo”. (Da Revista Fórum)

Rock na madrugada – Johnny Rivers, “Secret Agent Man”

‘Diário, ontem imitei o Lula e joguei futebol’

Por José Roberto Torero

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Foi lá em Santos, na Vila Belmiro, numa partida benecifen…, como é que se fala isso mesmo? É beneficiente ou bem eficiente? Ah, tanto faz. Uma partida besta dessas aí para arrecadar dinheiro e comida. Mas o importante é que eu usei a camisa 10, que nem se fosse o Pelé.

Eu dei o chute inicial junto com o presidente do Santos, o Rollo (com esse apelido, deve ser amigo do Flavinho).

Eu ia jogar no meio do campo em homenagem ao Centrão, mas aí pensei bem e percebi que o Centrão não joga no centro. Nem na direita, nem na esquerda. Joga na banheira, só esperando que aconteça alguma jogada para ele receber uma bola. Ou melhor, bolada. Então fui lá pra área e fiquei esperando alguém me dar um passe de bandeja.

Não demorou muito, não. Num contra-ataque pela ponta-direita, o cara do meu time foi até a linha de fundo. O que eu gostei foi que os dois zagueiros que estavam me acompanhando deram uma de Aras: fizeram que não me viram e não correram atrás de mim. Me deixaram livrinho, livrinho, feito um Queiroz.

Aí, o meu ponta-direita deu uma de Ramagem e botou o relatório na minha mão, quer dizer, botou a bola no meu pé. Então foi só empurrar a bola pra dentro e cair de cara no chão.

O goleiro foi tão parça que nem pulou. E até bateu palmas pra mim. Foi tipo um Mendonça, o ministro da Justiça.

Olha, Diário, foi um grande jogo! Bem do jeito que eu gosto, com todo mundo me deixando fazer o que eu quero. O STJ e o Congresso têm que aprender com os zagueiros de ontem, pô!

PS: Na hora do gol, já que eu estava com a cara no chão, aproveitei pra experimentar um pouco de grama. Não gostei, não. Só sendo gado pra engolir esse negócio.

Divulgados mais sete nomes da futura gestão Edmilson Rodrigues

Edmilson divulga mais sete nomes que assumirão cargos em sua gestão - Crédito: Mácio Ferreira

Saíram nesta terça-feira mais sete nomes escolhidos para formar o governo de Edmilson Rodrigues (PSOL) na Prefeitura de Belém. Para a Secretaria Municipal de Saneamento, a indicada é Ivanise Gasparim, do PT, que era a primeira escolha para candidata a vice-prefeita – depois, foi substituída por Edilson Moura. Ela é especialista em planejamento, já trabalhou anteriormente com Edmilson e é formada em direito e psicanálise.

Ivanise foi secretária adjunta de Planejamento em S. Luís, coordenou o projeto de combate à pobreza rural do Instituto Interamericano de Combate à Pobreza, em Brasília, e atuou na Secretaria Nacional de Reordenamento Agrário. Na Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Renda (Seter), implantou o programa de transferência de renda Bolsa Trabalho que beneficiou 60 mil jovens.

Para a Funpapa, foi escolhido o professor Alfredo Costa, ex-deputado estadual e ex-vereador de Belém. Alfredo é conhecido professor de cursinho vestibular e há anos desenvolve o projeto social “Universidade para Todos”. É graduado em Ciências Biológicas e mestre em Doenças Tropicais pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e doutorando em Ensino e Saúde na Amazônia pela Universidade do Estado do Pará (Uepa). Tem artigos científicos e livros publicados, e, atualmente, atua como professor do curso de Medicina da Uepa e de ensino médio e cursinho pré-vestibular.

Ellana Silva, cientista social formada pela UFPA e pós-graduada em Sociologia pela Uepa, será a administradora regional de Icoaraci (Adic) na nova gestão da Prefeitura de Belém. Conselheira estadual de Educação no Pará, foi também conselheira estadual do Fundeb, gestora do projeto de leitura e bibliotecas comunitárias da Imprensa Oficial do Estado (IOEPA) e pesquisadora bolsista (CNPq) no Museu Paraense Emílio Goeldi sobre urbanização e religiosidade.

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Lívia Noronha, que concorreu pelo PSOL e foi a segunda candidata mais votada para prefeita de Ananindeua, este ano, assumirá a Coordenadoria da Mulher de Belém (Combel). Lívia (acima) é mestra em Filosofia, pela UFPA. Foi professora substituta do curso de Filosofia da Uepa e professora colaboradora do curso de Educação do Campo da UFPA. Há 9 anos, atua como educadora popular e é coordenadora-geral do cursinho (R)Existência. Feminista, é pesquisadora de Filosofias Feministas, Africanas e Afrodiaspóricas.

O engenheiro sanitarista e ambiental Rodrigo Rodrigues assimirá a coordenação geral do Programa de Saneamento da Bacia da Estrada Nova (Promaben). Ele é mestre em Engenharia Civil na área de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos e doutorando em Engenharia Civil, pela UFPA, além de professor da Universidade da Amazônia (Unama). Atuou no setor privado e também no governo do Estado como técnico nas secretarias de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e como coordenador de Obras do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM).

A doutora em Ciências Agrárias em Agrobiodiversidade Merilene Silva Costa será a nova titular da Coordenação das Políticas de Segurança Alimentar e Nutricional (Copsan). Merilene (acima) é graduada em Engenharia Florestal e mestrado em Ciências Florestais e, atualmente, é vice coordenadora do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), onde ocupou outros cargos, incluindo diretora do Instituto Ciberespacial (ICIBE), coordenadora do curso de Licenciatura em Computação do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica e subcoordenadora do curso de Engenharia Florestal.

A economista Georgina Tolosa Galvão assumirá a coordenação-geral do Fundo Municipal de Solidariedade para Geração de Emprego e Renda-Ver-o-Sol. Ela foi secretária municipal de Finanças e presidente da Fundação Municipal de Assistência do Município de Belém (Funpapa) nas gestões anteriores de Edmilson e, atualmente, é assessora parlamentar do deputado na Câmara Federal. Ela é servidora efetiva da Secretaria Estadual de Emprego e Renda do Estado do Pará, cedida para a Câmara Federal. Georgina também foi secretária municipal de Finanças em Xinguara, no Sul do Pará.

Apolônio Brasileiro foi escolhido pelo prefeito Edmilson Rodrigues como o novo secretário municipal de Economia (Secon). Graduando em Gestão Pública pela Estácio/ FAP, Apolônio foi coordenador de Transportes Especiais na extinta Companhia de Transporte de Belém (CTbel), atual Semob, nas gestões anteriores de Edmilson como prefeito. No governo do estado, Apolônio atuou no Planejamento Territorial Participativo (PTP) e chefe de gabinete na Assembleia Legislativa. Atualmente, é secretário parlamentar na Câmara Federal.

O prefeito Edmilson Rodrigues vai enviar projeto de lei à Câmara Municipal propondo a criação da futura Secretaria Extraordinária de Cidadania e Direitos Humanos, cuja competência será a de elaborar, monitorar e executar as políticas públicas destinadas aos Direitos Humanos, na perspectiva de defesa da vida e das garantias fundamentais dos setores historicamente excluídos e em situação de vulnerabilidade social. Além disso, a secretaria realizará campanhas de combate à violência e o desenvolvimento de processos formativos de educação em direitos humanos.

Para assumir a futura secretaria, foi escolhido o jornalista e cientista político Max Costa, mestre em Ciência Política, com ênfase em Instituições e Políticas Públicas. Max foi conselheiro estadual dos direitos de crianças e adolescentes e integrou o Comitê Gestor do Programa de Proteção de Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM). Atualmente, coordena o Instituto Universidade Popular (Unipop), organização não-governamental que atua há mais de 30 anos na defesa dos direitos humanos e da justiça socioambiental.

(Com informações de Enize Vidigal; fotos: Mácio Ferreira)

A frase do dia

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“O Brasil perde um pouco de sua humanidade a cada vez que Jair Bolsonaro abre a boca. Minha solidariedade a presidenta @dilmabr, mulher detentora de uma coragem que Bolsonaro, um homem sem valor, jamais conhecerá”.

Lula

R$ 28 milhões: a mansão em que Neymar vai promover o festim da Covid

Vergonha de dimensões planetárias

Publicado originalmente no site RFI

O jornal Le Figaro desta terça-feira (29) destaca a campanha anti-vacina do presidente Jair Bolsonaro. Segundo a publicação, o começo da vacinação deveria trazer esperanças para um país que já tem 190 mil mortos pela Covid-19, mas se transformou em um jogo político, devido ao negacionismo e à negligência do chefe do Executivo.

“Desde o início da pandemia, Jair Bolsonaro minimizou os efeitos do que chamou de ‘gripezinha’, rejeitando as medidas de distanciamento social e o uso de máscara, além de defender a prescrição da hidroxicloroquina, para o tratamento da doença”, lembra o jornal.

A campanha do presidente contra a imunização, afirmando que não vai tomar a vacina, e criticando a iniciativa do Supremo de torná-la obrigatória, é considerada por Le Figaro “uma atitude singular e única nas democracias”.

Le Figaro destaca que o Brasil tem uma experiência reconhecida na produção de vacinas e em campanhas de imunização da população, “graças a instituições de pesquisa renomadas como o Instituto Butantã, em São Paulo, e a Fiocruz, no Rio de Janeiro”.

Queda na adesão à vacina

Segundo o jornal, o número de brasileiros que querem se vacinar caiu de 89% em agosto para 73% em dezembro. Número que continua superior ao da França, onde apenas 40% da população se diz pronta a receber a injeção.

A pesquisadora Margareth Dalcolmo, citada pela publicação, responsabiliza o discurso do governo de Bolsonaro pela queda na adesão dos brasileiros à campanha de imunização contra a Covid-19. A cientista também lamenta que o Brasil, apesar de ter participado das pesquisas de várias vacinas, como AstraZeneca/ Oxford com a Fiocruz e Sinovac com o Instituto Butantã, está atrasado nas negociações com os laboratórios para a compra do produto.

Após longas semanas de espera e pressão, o governo lançou finalmente um plano de vacinação duramente criticado, pela falta de clareza e incertezas, principalmente sobre a data do começo da campanha. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, fixou o objetivo de vacinar 70% da população em 16 meses, mas o governo ainda não assinou nenhum acordo com laboratórios.

Campanha eleitoral

A campanha também foi vítima da guerra com o governador de São Paulo, João Doria, rival de Bolsonaro em campanha para as presidenciais de 2022, segundo Le Figaro. Sob a tutela de Doria, o Instituto Butantã desenvolveu, em conjunto com o laboratório chinês Sinovac, uma vacina que poderia estar disponível em São Paulo e no Rio de Janeiro no começo de 2021. Mas o imunizante foi desqualificado pelo presidente.

O pesquisador Domingos Alves, da Universidade de São Paulo, entrevistado pelo jornal, diz que acredita que as próximas semanas serão difíceis para o Brasil, que deve ultrapassar a média móvel de 60 mil casos diários e chegar a 100 mil até o final de janeiro, com recorde cotidiano de mortes.

O mundinho sem-noção dos milionários da bola no Brasil

Os boleiros, definitivamente, não querem passar o Réveillon sossegados. Além de Neymar, com sua comemoração de cinco dias em Mangaratiba, e Gabigol, com festa em uma mansão no Joá, os jogadores Daniel Alves e Emerson Sheik também organizam eventos particulares.

Daniel Alves vai receber seus convidados em uma mansão em Barra de São Miguel, Alagoas. Um outro evento que está acontecendo na Praia do Gunga, no mesmo município, vem sendo muito criticado nas redes sociais devido à aglomeração de pessoas.

Já Emerson Sheik se aposentou dos gramados, mas não se aposentou das festividas. O ex-jogador prepara um evento para comemorar a passagem de ano em uma casa que comprou recentemente em Mangaratiba, mesma cidade em que Neymar mantém seu regabofe. (De Léo Dias, no Metrópoles)

“Réveillon da Covid” continua rendendo críticas a Neymar

A polêmica festa promovida por Neymar neste final de ano virou assunto até no Globo Esporte, nesta terça-feira (29). Felipe Andreoli aproveitou para fazer uma reflexão sobre a pandemia do coronavírus e comparou a atitude do jogador com a do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Neymar é o reflexo do Brasil e de tantos brasileiros, inclusive de quem está no comando do país”, disparou o apresentador, ao vivo.

Além disso, o ex-CQC também lembrou de outros ídolos atuais dos esportes, como LeBron James e Lewis Hamilton. “A gente que ama o esporte quer falar bem dos nossos ídolos, dos nossos craques. Como é bom a gente ter gênio da bola que consegue unir o seu dom com os aprendizados da vida”, disse ele.

“A gente tem o LeBron James, o Hamilton. É admirável quando a gente vê pessoas que estão no topo da pirâmide social, cercadas de privilégios conquistados, mas que seguem conectadas com a realidade do mundo, do seu país, da sua gente. Em campo, Neymar continua jogando muita bola. Fora de campo, infelizmente, segue pisando na bola”, afirmou o jornalista. (De Fábio Almeida no RD1)