A imagem do dia

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O charme, a inteligência, a sagacidade de Jair Bolsonaro cativaram definitivamente a Procuradora Geral da República Raquel Dodge. Na foto, Bolsonaro faz a iniciação dela, ensinando a fazer chifrinho com as mãos. O chifrado vem a ser a Justiça e os direitos. Em breve, Dodge aprenderá a fazer coraçãozinhos. O gesto de amor será para as milícias e Queiroz. E assim, la nave va.

(Do DCM)

Técnico do Remo protesta contra penal caseiro em favor do Ypiranga

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“A equipe fez uma grande partida e merecia a vitória. Tivemos um lance também para definir o jogo com o Gustavo (Ramos), que passou a bola e não deu para ver ali quem estava, acho que era o Eduardo (Ramos). Poderíamos ter feito o gol e definir, mas isso não tira o mérito da equipe, que fez uma partida muito boa”.

“Agora, é lamentável o lance que o árbitro fez. Sinceramente, não sei o que ele arrumou ali. Ele fez o pênalti, porque não teve nada no lance. A gente teve lá no jogo contra o Luverdense (MT), um pênalti claro na frente do árbitro, que não marca em casa. A gente toma um pênalti desses que está todo mundo falando que não foi, até o pessoal do Ypiranga (RS), é lamentável”.

Míriam Leitão

Por Lúcio Flávio Pinto, transcrito de ww.oestadonet.com.br

Quando conheci Míriam Leitão, em 1982, eu já acompanhava e admirava o trabalho dela na grande imprensa nacional. É uma mulher de caráter, firmeza de atitudes, trabalhadora, sensível, inteligente e perspicaz, dentre outras virtudes, muito superiores aos seus defeitos. É uma das melhores jornalistas do Brasil, com padrão internacional de qualidade. Orgulho-me de ser seu amigo e colega de profissão. Divirjo dela em vários pontos, passados e presentes, mas tenho a plena convicção de que seríamos mais pobres sem ela.

Quem tentar intimidar, desmerecer ou agredir Míriam Leitão estará ameaçando a democracia e o jornalismo. E perdendo seu tempo achando que ela se amedrontará. Sua coragem é uma das outras virtudes que me fazem acompanhá-la até hoje – e a admirá-la. Míriam já é história. Seus agressores bolsonaristas, dessas poeiras fétidas que o tempo levanta e empurra pelo horizonte até dissipá-las e enterrá-las, como se encarrega de fazer a própria história e, simbolicamente, os sempre limpos gatos.

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A amizade pode ser revolucionária

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Feliz Dia do Amigo a todos os baluartes do blog.

Gil, em Berlim: “Nós não esquecemos Lula e queremos que ele seja libertado”

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Por Fátima Lacerda, de Berlim

Ao me aproximar do terreno da Casa das Culturas do Mundo, a poucos metros da escada que leva ao terraço e a uma das vistas mais lindas de Berlim, chegava aos meus ouvidos a melodia de “Maracatu Atômico”.

É nesses momentos que parece que o Brasil é logo ali, ao usar a ferramenta da memória cultural-musical. Um outro Brasil, o da realpolitik, vem sendo desmantelado todos os dias, mas a voz de Gil nos remete ao país dos nossos avós.

Tava tudo ali: o Gil, o Chico Science, o mangue beat.

Não é exagero dizer que os deuses ficam em festa quando Gil chega por aqui.

Ele, que é prata da casa, quando agenda show em Berlim, faz questão de que seja na Casa das Culturas, lugar onde atuou como o embaixador da cultura brasileira na época em que era ministro do governo Lula.

O Gil que se mostrou durante a passagem de som com “Maracatu Atômico” era lindo em dose dupla.

O vigor no palco, o solo pauleira depois da última estrofe de “Maracatu” com o filho Bem, surpreendeu a todos que espiavam a passagem do som sentados nas cadeiras de praia e enrolados em cachecóis e protegidos por capas de chuva.

Esbanjando vigor, Gil passou por Berlim numa turnê punk que ainda segue para Lisboa, Munique, Hamburgo, entre outros e termina na Noruega em 13/08.

No camarim circulavam músicos brasileiros radicados em Berlim, muitos jornalistas com hora marcada e funcionários responsáveis pelo backstage.

Sentados numa cadeira junto à porta de vidro que dava para o jardim, ele estava visivelmente preocupado com o discurso contra a classe artística brasileira.

Alguns minutos mais tarde, já na fila do gargarejo e com uma brasileira do meu lado que tagarelava o tempo todo, a banda de Gil subiu ao palco com um uniforme de um rosa bem discreto e roupas feitas com tecido de linho.

A costureira foi tão sensível, que adaptou os modelitos às pessoas que o vestiam.

Ao contrário de Mílton, em seu show dias antes (05/07), que foi levado ao palco por um assistente e ficou o tempo todo sentado, mostrando saúde muito debilitada, Gil subiu ao palco em Berlim como se estivesse em sua sala de estar e fosse receber convidados esbanjando uma naturalidade impressionante.

A primeira música foi a faixa carro-chefe do disco OKOKOK. Em tom solícito e conversando muito com a plateia, Gil explicava a essência das canções.

A mais longa explicação foi antes de interpretar “Se eu quiser falar com Deus”, dedicada a João Gilberto.

Gil também mencionou o esmero da equipe médica que cuidou dele durante grandes períodos de internação em 2016. “Os sucessos para dançar virão na reta final”, avisou ao público sedento e impaciente.

Depois do show, um número considerável de brasileiros se amontoava na porta do backstage para falar com Gil, mas ele, Flora e a produtora saíram pelo jardim dos fundos em direção ao hotel, localizado bem pertinho dali.

Ainda assim, houve confraternização dos músicos somada à sensação revigorante e transcendente por termos presenciado um banquete musical.

Abaixo, a entrevista concedida ao DCM:

Bolsonaro terrorista é tema de livro de jornalista paraense

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Livro do jornalista Luiz Maklouf Carvalho, “O cadete e o capitão — a vida de Jair Bolsonaro no quartel”, que será lançado em agosto pela editora Todavia, revela que os croquis encontrados com Bolsonaro na década de 80, com detalhes sobre onde implantar bombas em locais estratégicos do Rio de Janeiro, foram elaborados por Bolsonaro.

Maklouf examinou a documentação do processo instaurado na época pelo Superior Tribunal Militar (STM), além de ter ouvido as cinco horas de áudio da sessão secreta que tratou do caso. “Também entrevistou personagens que atuaram no caso e reuniu indícios suficientes para apontar que a autoria do croqui era mesmo de Bolsonaro”, destaca o jornalista Guilherme Amado em seu blog.

Bolsonaro, que havia sido condenado em um primeiro julgamento, acabou inocentado posteriormente pelo STM. Ele então deixou o Exército e ingressou na vida política.

Ciro: Bolsonaro quer controlar escolhas no STF e acabar com aposentadorias

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Felipe Neto diz que é impossível defender o ‘crápula’ Bolsonaro e se dizer cristão

O youtuber Felipe Neto, que tem um dos maiores canais de comunicação do Brasil, mandou um recado aos que se dizem cristãos. Segundo ele, é impossível apoiar Jair Bolsonaro, que vomita ódio e preconceito todos os dias, e ainda assim se dizer cristão. “Como vc ainda pode defender esse crápula e ainda sentir que tem contato com a sua humanidade? Como você pode ficar ao lado desse indivíduo tomado pela maldade e se dizer CRISTÃO? Olhe para o Bolsonaro, olhe para o que ele diz, agora olhe para o lado onde vc está, por favor!”, postou o comunicador.

Gesto desrespeitoso e racista de Bolsonaro contra Flávio Dino pode gerar denúncia à PGR

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Por Joaquim de Carvalho, no DCM

O governador do Maranhão, Flávio Dino, avalia recorrer à Procuradoria Geral da República para denunciar Jair Bolsonaro pelo crime de racismo. Em conversa gravada em vídeo que teve com o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, Bolsonaro se referiu aos nordestinos como “paraíbas” e orientou seu ministro a não atender a pleitos do governador do Maranhão.

“Não tem que dar nada para esse cara”, disse, no vídeo vazado. A fala de Bolsonaro contrasta com a postura de Flávio Dino desde que a campanha eleitoral de 2018 terminou.

Logo depois que se reelegeu, em entrevista ao DCM, o governador Flávio Dino respondeu à pergunta sobre como deveria ser a relação com Bolsonaro, que ainda não havia tomado posse. Dino estendeu a mão ao então presidente eleito, com uma declaração baseada em princípios como lealdade e respeito.

“De minha parte há duas premissas (na relação com o governo central). A primeira: eu não vivo num país ditatorial, ou seja, eu tenho liberdade de pensar e de opinar. Portanto, jamais vou me submeter a qualquer ordem de homogeneização de pensamento, porque seria uma traição, uma traição a meu país, uma traição a mim mesmo”, afirmou.

Dino lembrou ainda uma resposta que o principal líder da oposição durante a ditadura miliar, Ulysses Guimarães, deu quando o general Ernesto Geisel foi eleito indiretamente pelo Congresso Nacional, em 1974.

“O Ulysses disse: eu darei ao presidente Geisel a melhor das contribuições, que é fazer oposição. Porque a boa oposição ajuda o governo”. E ajuda mesmo, quando o governo tem compromisso com a boa prática democrática.

“Tenho o direito e, a meu ver, o dever de patrioticamente fazer a boa oposição, as críticas daquilo que considero errado, daquilo que considero equivocado. A segunda premissa é aquela segundo a qual, da minha parte, eu distingo bem o que são as adversidades políticas, inerentes ao regime democrático do relacionamento administrativo. Da minha parte, vou, tranquilamente, serenamente, procurar o presidente da república, ministros de estado, as autoridades federais sediadas no Maranhão, porque tanto eles quanto o nosso governo têm deveres em relação à população.”

No Maranhão, há projetos federais tocados em parceria com o estado, como o programa Minha Casa, Minha Vida e recuperação de rodovias.

“É claro que é minha obrigação cobrar, acompanhar, colaborar, claro, estou pronto a colaborar com os programas federais que forem justos, que forem corretos para o Brasil, para o meu estado. É claro que terão a minha colaboração”, afirmou.

Dino não fez mais do que expressar o que é comum em qualquer país democrático, inclusive nos Estados Unidos, aos quais Bolsonaro presta declarações de respeito, admiração e amor.

“Ninguém imaginaria nos Estados Unidos, na França ou na Alemanha que a esquerda vai ser eliminada, que o pensamento popular-nacional-progressista possa ser eliminado. Mesmo nos países governados à direita — cito o exemplo de Angela Merkel na Alemanha —, se respeitam os cânones democráticos, se dialoga com todas as posições políticas. Acho que esse é o certo e da minha parte é o que farei, não haverá interdição ideológica da minha parte no relacionamento com o governo federal porque acho que isso é o que determina a nossa Constituição, e isso que é a boa vivência democrática que nós precisamos ter, e desejo, naturalmente, que haja reciprocidade em relação a isso”, disse o governador do Maranhão.

O orçamento do governo federal é feito com dinheiro de todos os brasileiros, inclusive com o dos moradores do Maranhão.

Compare-se a frase de Bolsonaro com o que disse Flávio Dino na entrevista ao DCM. Mesmo quem não gosta da esquerda, deveria repudiar a fala do presidente. Nada justifica o que disse. Não pode ser considerado arroubo eleitoral, já que o país não está em campanha e o presidente precisa governar para todos. É básico, é racional, é civilizado.

Nada disso combina com Jair Bolsonaro.

Flávio Dino fará bem se denunciá-lo à Procuradoria Geral da República por racismo.

Rock na madrugada – Creedence Clearwater Revival, Fortunate Son