Remo mantém técnico e vai em busca de dois reforços

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O presidente do Remo, Fábio Bentes, descartou o afastamento do técnico João Neto após a derrota por 3 a 0 contra o Paissandu, domingo. O revés revoltou a torcida e evidenciou a crise técnica do time depois da eliminação na Copa do Brasil – quarta-feira, contra o Serra-ES.

“Entendo que o que aconteceu ontem (domingo) foi ruim. Me sinto frustrado pelo que aconteceu na partida, com o resultado. Nosso time teve uma apresentação muito abaixo do que vinha tendo até a 3ª rodada do Campeonato Paraense. O jogo de quarta-feira (13/02), a eliminação na Copa do Brasil, interferiu diretamente nisso, no psicológico dos atletas, o que prejudicou. Entraram com excesso de vontade, o que acarretou a levarmos o gol naquela circunstância, gol contra, em um bate-rebate. Logo depois, teve a expulsão (David Batista) na lateral do campo, em um lance que nem apresentava perigo real de gol. Entendo que depois disso uma sucessão de erros culminou com o resultado de 3 a 0”, observou.

O presidente fez questão de justificar a permanência do treinador. “A gente confia no trabalho do Neto, que se preparou, está pronto. Ano passado foi fundamental na permanência na Série C, pegou o time em um momento de crise, muito ruim, bem pior do que esse. Não podemos desconsiderar isso. No final do ano fez um curso na CBF, se preparou mais ainda”, lembrou. “Tivemos uma conversa séria, primeiro com a comissão e depois com os jogadores. Algumas providências já foram tomadas e mudanças vão acontecer na prática, no dia a dia. O momento agora é de juntar os cacos e recomeçar. A primeira mudança tem que ser de comportamento”.

Fábio anunciou que o Remo irá contratar mais dois reforços: um zagueiro, para repor a ausência de Mimica, que sofreu lesão no início do Re-Pa e deve passar três meses em recuperação; e de um meia-armador, para sanar a principal carência do time no meio-campo.

Vinte mais ricos concentram mais da metade do patrimônio de todos os congressistas

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A concentração de riquezas, que faz do Brasil um dos países mais desiguais do mundo, também chegou ao Congresso Nacional. Levantamento do Congresso em Foco com base na declaração patrimonial dos 513 deputados e 81 senadores no exercício do mandato mostra que os 20 mais ricos (veja a lista mais abaixo) acumulam mais da metade de todos os bens informados à Justiça eleitoral por todos os parlamentares. Juntos, os nove senadores e 11 deputados mais ricos somam mais de R$ 1,18 bilhão, o equivalente a 56% dos R$ 2,09 bilhões acumulados pelos 594 congressistas.

As informações fazem parte da base de dados lançada pelo Congresso em Foco com a intenção de mostrar quem é quem no novo Parlamento. As informações reunidas incluem, além do patrimônio informado à Justiça eleitoral, a votação obtida por cada congressista, o grau de escolaridade, a cor autodeclarada, o endereço do gabinete, uma curta biografia e links para matérias deste site em que ele ou ela recebeu alguma menção.

Esse novo serviço é lançado no mesmo mês em que o Congresso em Foco – no ar desde 12 de fevereiro de 2004 – completa 15 anos de existência. O seu objetivo é, como tudo o mais que fizemos desde então, ampliar o conhecimento dos cidadãos sobre os representantes eleitos e estimulá-los a acompanhar e fiscalizar o trabalho parlamentar.

Entre os 20 congressistas mais ricos, há apenas uma mulher – a deputada Magda Mofatto (PR-GO) – e representantes de 13 partidos e 13 estados. Há quatro parlamentares de Minas Gerais, três do Ceará, dois de São Paulo e Goiás. Paraná, Mato Grosso, Amazonas, Piauí, Rio Grande do Sul, Alagoas, Pernambuco, Roraima e Maranhão têm um nome cada. Ao todo, sete partidos têm dois nomes entre os mais endinheirados (Podemos, MDB, DEM, Novo, PR, PP e PSD) e outros seis, um (PSDB, PDT, PDT, Pros, SD e PSL) cada.

Campeões em dinheiro

Com mais de R$ 389 milhões em bens e patrimônio declarados, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) é dono da maior fortuna informada à Justiça eleitoral. Eleito em 2014, Tasso tem mandato até 31 de janeiro de 2023. Empresário e administrador de empresas, foi um dos fundadores do Grupo Jereissati, responsável por uma das maiores redes de shopping centers do país, o Iguatemi.

Entre os escolhidos em outubro, o mais rico é o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), que informou possuir mais de R$ 239 milhões. Calouro na política, o empresário e professor é fundador do grupo Positivo, um dos maiores do ramo da educação no Paraná.

O terceiro maior montante declarado em todo o Congresso é o de outro estreante na política, o deputado Luiz Flávio Gomes (PSB-SP), que também vem da área de educação. Ex-promotor de Justiça e ex-juiz, Luiz Flávio Gomes fundou em 2003 o grupo LFG, a primeira rede de ensino telepresencial da América Latina, vendido por ele em 2008. Luiz Flávio informou à Justiça eleitoral que possui R$ 120 milhões em bens.

Valor subestimado

A presença de multimilionários entre deputados e senadores não significa que os parlamentares do novo Congresso tenham patrimônio declarado baixo, na comparação com a média dos brasileiros. Dos 513 deputados, 240 (47%) informaram possuir mais de R$ 1 milhão em bens. Entre os 81 senadores – eleitos, reeleitos ou em meio de mandato –, 56 (69%) declararam patrimônio acima dessa cifra.

O montante admitido pelos parlamentares costuma ser subestimado. A legislação eleitoral permite que os candidatos informem o valor de compra por imóveis, por exemplo. Também não há fiscalização nem punição para aqueles que, por ventura, não declararam o que, de fato, possuem. Na Câmara, 23 deputados afirmaram não possuir qualquer bem. Entre eles, alguns que se declaram empresários, como Alexandre Frota (PSL-SP), que fez carreira como ator.

Veja quais são os 20 parlamentares mais ricos, conforme declaração à Justiça eleitoral, do atual Congresso:

1º – Tasso Jereissati (PSDB-CE) – R$ 389.019.698,60
Senador eleito em 2014 para o segundo mandato, é empresário e foi governador do Ceará.

2º – Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), senador – R$ 239.709.825,12
Economista e empresário do ramo da educação, exerce seu primeiro mandato político.

3º – Luiz Flávio Gomes (PSB-SP), deputado – R$ 119.810.503,06
Fundador da rede de ensino telepresencial LFG, Luiz Flávio Gomes foi promotor de justiça e juiz de direito, tendo atuado também como advogado. Estreia na política.

4º – Hercílio Araújo Diniz Filho (MDB-MG), deputado – R$ 38.844.003,09
Estreante na política, é empresário no ramo varejista supermercadista.

5º – Eduardo Girão (Podemos-CE), senador – R$ 36.397.417,26
Estreante na política, é empresário no ramo de hotelaria, transporte de valores e segurança privada. Fundou entidade sem fins lucrativos de atuação na área social.

6º – Jayme Campos (DEM-MT), senador – R$ 35.284.444,05
Pecuarista e ex-prefeito de Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, foi senador entre 2007 e 2015.

7º – Eduardo Braga (MDB-AM), senador – R$ 31.624.764,31
Engenheiro eletricista, é empresário no ramo automobilístico. Ex-governador do Amazonas, foi reeleito em outubro.

8º – Alexis (Novo-SP), deputado – R$ 28.802.788,01
Calouro na política, é engenheiro mecânico e empresário no ramo de pisos e revestimentos industriais.

9º – Magda Mofatto (PR-GO), deputada – R$ 28.192.320,76
Deputada reeleita, é a única mulher entre os mais ricos do Congresso. É dona de hotéis e de clubes em Caldas Novas, cidade conhecida pelas águas termais.

10º – Vanderlan Cardoso (PP-GO), senador – R$ 26.664.659,57
Empresário dos ramos alimentício e de higiene, foi prefeito de Senador Canedo, município da região metropolitana de Goiânia.

11º – Ciro Gomes (PP-PI), senador – R$ 23.314.081,45
Empresário e advogado, foi reeleito senador em outubro de 2018.

12º – Rodrigo Pacheco (DEM-MG), senador – R$ 22.834.764,00
Advogado, era deputado federal na legislatura passada.

13º – Afonso Motta (PDT-RS), deputado – R$ 21.345.369,25
Deputado reeleito, é advogado.

14º – Lucas Gonzalez (Novo-MG), deputado – R$ 21.140.240,06
Graduado em direito, é empresário no setor de logística. É estreante na política.

15º – Fernando Collor (Pros-AL), senador – R$ 20.308.318,48
Empresário do ramo da comunicação, foi governador e presidente da República, afastado do cargo em processo de impeachment, em 1992.

16º – Misael Varella (PSD-MG), deputado – R$ 20.075.223,44
Bacharel em administração, é pós-graduado em economia.

17º – Genecias Noronha (SD-CE), deputado – R$ 19.044.315,00
Deputado reeleito, é empresário do ramo de motos.

18º – Luciano Bivar (PSL-PE), deputado – R$ 17.980.493,66
Presidente do PSL, é empresário. Bacharel em direito, é pós-graduado em educação financeira.

19º – Haroldo Alves Campos (PSD-RR), deputado – R$ 14.822.011,10
Estreante na política, é empresário do ramo da educação, professor e doutor em Ciências Sociais.

20º – Josimar Maranhãozinho (PR-MA) – R$ 14.591.074,31
Empresário, foi prefeito de Maranhãozinho

Valha-nos quem? Transtorno psicológico de Bolsonaro explica crise

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Por Gilberto Dimenstein, no Catraca Livre

Há um dado não desprezível na crise envolvendo a demissão de Gustavo Bebianno da secretaria-geral da Presidência: um transtorno mental evidente de Jair Bolsonaro.
Nome do transtorno: paranoia.
Definição publicada no site da InfoEscola:

Nesta patologia, o indivíduo desenvolve uma desconfiança ou suspeita exacerbada ou injustificada de que está sendo perseguido, acreditando que algo ruim está para acontecer ou que o perseguidor deseja lhe causar mal

Isso explica, por exemplo, por que Bolsonaro é fã de teorias conspiratórias. Ou se recusava a andar de avião particular durante a campanha, achando que iriam sabotá-lo.

Ou porque insiste, apesar da falta de evidências, que Adélio Bispo deu-lhe uma facada agindo a mando de alguma organização de esquerda.

Seu guru, o filósofo Olavo Carvalho, é um exemplo de veneração a teorias conspiratórios. Obama, segundo ele, teria sido um agente russo; a família real britânica teria vinculações com o Estado Islâmico; o aquecimento global é um complô para acabar com o capitalismo.

Bolsonaro deu uma bronca em Bebianno por ter uma reunião com o vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, Paulo Tonet Camargo, no Palácio do Planalto.

O presidente está convencido de que seu secretário-geral vazava informações para a Globo. Daí teria surgido as revelações sobre as contas de seu filho Flávio.

Sabendo dessa paranoia, Bebianno disse a amigos:

“Perdi a confiança no Jair. Tenho vergonha de ter acreditado nele. É uma pessoa louca, um perigo para o Brasil.”

Loucura, no caso, seria como Bebianno chama paranoia. Carlos alimenta a paranoia do pai – e é alimentado pela paranoia do pai. Ele escreveu que a Globo apenas critica o governo porque quer dinheiro público. O que significa chantagem.

Também disse que eles torceram pela morte do pai. Chegou a insinuar que Mourão também teria interesse na morte de Bolsonaro. Sempre vai aparecer a paranoia Globo: Mourão recebe em seu gabinete jornalistas da Globo.

Logo, estaria aliado a inimigos.

Aliás, uma das razões que levou Bolsonaro a convidar o vice foi uma teoria da conspiração. Ele achava que o Congresso iria logo promover um impeachment.

Mas pensariam duas vezes antes de colocar na presidência um general que já tinha defendido, na ativa, uma intervenção militar.

Para resumir o ambiente paranoico, basta conhecer uma revelação da Veja:

“Uma nota publicada hoje por Lauro Jardim, do O Globo, informando que Carlos tinha ambição de inspirar um serviço secreto paralelo de espionagem.

Seria montado com delegados e agentes da PF de sua confiança. Desfecho do projeto, segundo o colunista do O Globo. O general Augusto Heleno vetou a maluquice”.

Um filho de presidente, sem cargo, querer montar um serviço secreto revela uma anomalia de quem vive em estado de paranoia, criando uma realidade paralela. Mas Carlos não teria a ideia sem buscar alguma inspiração e autorização do pai.

AMEAÇAS A BEBIANNO

Mais um ingrediente na crise em torno da demissão de Gustavo Bebianno: ameaças de morte. As ameaças são enviadas por WhatsApp. Isso significa que alguém vazou seu número privado de celular do ministro.

Seu número foi espalhado nas redes sociais. Desde o final de semana, circulam informações de que Bebianno poderia abalar o presidente com denúncias.

Na conversas íntimas, ele chamou Bolsonaro de “louco”, “paranóico”.
Até disse que teria de pedir desculpas por ter ajudado a elegê-lo.

Trecho da notícia da Folha

Um dos interlocutores de Bebianno diz acreditar que 99% das ameaças são “bravatas” de “bolsominions”, como são chamados os apoiadores mais radicais do presidente Jair Bolsonaro (PSL) nos meios de oposição.

Apesar disso, ele está sendo aconselhado a cuidar de sua integridade física. No domingo (17), depois que diversos meios de comunicação publicaram que ele poderia cair atirando em Jair Bolsonaro, Bebianno disse à coluna que não pensava em atacar o presidente.

“Com a roupa encharcada e a alma repleta de chão; todo artista tem de ir aonde o povo está”

Clubes esperavam renda maior, mas chuva atrapalhou o clássico

Descontadas as despesas do clássico de domingo, o primeiro da temporada, a renda de R$ 527.210,00 (16.684 pagantes) ficou assim dividida: coube ao Remo o valor líquido de R$ 184.828,56 e ao Paissandu, R$ 141.158,42. O Remo vendeu 9.326 ingressos, contabilizado R$ 295 275,00. O PSC vendeu 7.358 ingressos e faturou R$ 231.935,00.

A forte chuva que caiu durante todo o dia em Belém contribuiu para afugentar o público. Por isso, a arrecadação foi considerada boa pelos dirigentes dos clubes.

Rock na madrugada – 14 Bis, Uma Velha Canção Rock’n’Roll

Vasco supera Flu e conquista Taça GB

https://www.youtube.com/watch?v=dgsv7HCqi7g

Papão lava a alma da Fiel

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POR GERSON NOGUEIRA

A vitória sorriu para quem se organizou e foi competente para alcançar o resultado. Determinado, o Papão foi superior do começo a fim, exibindo organização e calma quando a situação exigiu, sem abrir mão do pragmatismo para controlar as tímidas tentativas ofensivas do adversário.

O Remo foi um time pilhado, desconcentrado e taticamente travado, que ainda perdeu uma peça importante logo aos 4 minutos – Mimica saiu lesionado – e outra, minutos depois, quando David Batista pisou em Bruno Oliveira, cavando expulsão e prejudicando a equipe.

O primeiro gol nasceu após a saída de Mimica. A bola veio alta da cobrança de um escanteio pela direita. Caíque cabeceou e Vinícius fez grande defesa. No rebote, Kevem tentou afastar e a bola desviou em Rafael Jansen encaminhando-se para as redes.

É importante notar que a saída de David Batista sobrecarregou fisicamente o Remo, acrescentando desgaste a um jogo naturalmente cansativo em função do gramado castigado pela chuva, mas não explica por completo a desastrosa atuação.

Talvez pela necessidade de interromper a sequência de quatro vitórias do rival (ao longo de 2018), o PSC se lançou com afinco ao projeto de vitória e ganhou com todos os méritos. Posicionou-se com solidez no meio-campo, explorando bem o lado esquerdo da zaga do Remo, onde Ronael marcava mal e não acompanhava lances em velocidade.

Sem ser brilhante, o time de João Brigatti foi aplicado e extremamente concentrado. O meio-campo, liderado por Marcos Antonio, teve frieza para tocar a bola. Caíque se destacava na marcação, levando a melhor no combate direto aos azulinos. Vinícius Leite caía sempre pelo lado direito, em cima de Ronael, criando problemas para a defesa do Remo.

A partir do primeiro gol, a superioridade alviceleste se evidenciou ainda mais, pois o Remo não tinha qualidade no meio-campo e se afundava numa sucessão de erros sempre que tentava sair.

Quando Paulo Rangel (foto) recebeu passe na área e bateu cruzado, fazendo 2 a 0, num gol tipicamente de centroavante, o PSC já era absoluto em campo, merecendo a vantagem no placar. Ditava o ritmo fazendo com que a partida tivesse o feitio que lhe interessava.

Além de desenvolver um jogo mais objetivo, os bicolores souberam até se adaptar melhor às condições do campo, evitando passes longos. Já o Remo se limitava a lançar bolas para a correria de Henrique e Gustavo Ramos. Bem vigiados, ambos não conseguiam dar sequência às jogadas. O primeiro chute ao gol defendido por Mota só veio aos 22 minutos.

Para o 2º tempo, com o Remo dominado, esperava-se uma mudança de peças ou, pelo menos, de posicionamento na equipe. João Neto preferiu manter o grupo, como se estivesse satisfeito com o que via. O PSC começou tocando bola, fazendo o adversário se desgastar ainda mais e evitando se atirar afoitamente ao ataque.

A primeira mexida de Netão no 2º tempo foi improvisando Mário Sérgio no lugar de um confuso Diogo Sodré. Como previsto, o setor seguiu improdutivo, pois não elaborava jogadas para os atacantes. Etcheverría foi então lançado, mas não na meia – entrou como substituto de Ronael na lateral esquerda. O Remo continuava sem vida inteligente no meio.

Enquanto isso, Nicolas se inseria na intermediária, movimentando-se muito e criando dificuldades para os marcadores e abrindo espaços para Vinícius Leite e Rangel, com apoio constante de Bruno Collaço pela esquerda.

Brigatti notou que o caminho era pelo lado esquerdo do Remo e pôs Elielton justamente a correr por ali. Na primeira investida, ele cruzou e Rangel cabeceou, de cima para baixo. A bola foi no poste esquerdo e entrou. Nicolas ainda chutou, mas o gol foi mesmo do centroavante.

O Papão jogava com tranquilidade, sem pressa e desfrutou de mais duas grandes chances, obrigando Vinícius a defesas inspiradas. Os remistas tentavam superar o cansaço e a desorganização, mas abriam espaços quando iam à frente. Etcheverría ainda deu dois chutes perigosos, mas o Remo, a rigor, não ofereceu perigo à defesa do PSC.

Netão errou além do permitido num clássico Re-Pa, a começar pela escalação de Ronael e Diogo Sodré. Errou de novo nas substituições. Brigatti mostrou-se mais estratégico e atento às muitas deficiências que o adversário ofereceu. Vitória justa e merecida, que poderia até ser mais ampla se Vinícius não fosse o paredão que é.

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Brigatti reclama das avaliações apressadas

João Brigatti fez uma defesa bem coerente do papel dos treinadores no futebol atual. Observou que a oscilação é normal e que um mês de competição não pode ser motivo para avaliações tão rigorosas, levando em conta que a maioria dos atletas vem de outras regiões e é necessário um tempo mínimo de adaptação ao clima nortista.

Sobre o jogo, reclamou – sem muita razão – de antijogo por parte do Remo, esquecendo que no começo do clássico os dois lados fizeram a mesmíssima coisa, abusando de faltas táticas no meio-campo.

Já Netão admitiu a superioridade do rival e voltou a falar em sistema. Faltou explicar a razão de escolhas equivocadas (Ronael, Diogo Sodré) e a insistência em descartar jogadores tecnicamente melhores, além de improvisar em setores importantes.

Exemplos: Etcheverría deveria ter entrado de cara e Emerson Carioca seria uma alternativa mais apropriada ao tipo de jogo do que Mário Sérgio, um atacante lento e que pouco finaliza.

(Coluna publicada no Bola desta segunda-feira, 18)

Papão atropela o Leão no Mangueirão

https://www.youtube.com/watch?v=lifoMlXNK0Q