
Por Joaquim de Carvalho, no DCM
Em programa da SporTV, ontem, o jornalista Martin Fernandez, do Globoesporte.com, falava sobre a reportagem que fez com a divulgação de grampos do empresário J. Havilla na investigação realizada pelo FBI sobre a corrupção no futebol. Kléber Leite, ex-presidente do Flamengo e dono de uma empresa de marketing esportivo, a Klefer, foi um dos citados.
Ele aparece em diálogos em que, supostamente, fala a J. Hawilla, dono de afiliadas da Globo, que pagava propina para Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero. Quem fala os nomes dos dirigentes é J. Hawilla, provavelmente orientado pelos investigadores americanos.
Para ler a nota na íntegra, acesse o blog do Kleber.
Alguns departamentos de jornalismo são muito corajosos ao tratar do tema de corrupção no futebol. A emissora está mergulhada até o pescoço nesta lama. Por isso é que Kléber diz: A Globo é que está pagando mais, agora valores de mercado. Não pagava antes por quê?
J. Hawilla e Kléber foram funcionários da Globo, Hawilla na TV e Kléber na rádio. Ficaram ricos depois que deixaram a empresa, com os negócios envolvendo o futebol. Só que nunca deixaram de se relacionar com ela.
Na Globo, o contato deles era com Marcelo Campos Pinto, diretor da empresa, afastado ao mesmo tempo em que um empresário de futebol na Argentina contou ao FBI que a Globo, por intermédio de Marcelo, pagava propina no exterior, para ter direito de transmissão de competições internacionais.
Hawilla chegou a usar tornozeleira eletrônica nos Estados Unidos, pagou multa milionária e já está de volta ao Brasil. Mas, até agora, não houve informação de que teria implicado a Globo. E talvez não tenha mesmo. Ele é Globo, como proprietário da TV TEM, a afiliada da empresa em algumas das maiores e mais ricas cidades do interior do Estado de São Paulo. Não vai falar.
Para o triunfo da verdade, a Globo deveria continuar cutucando Kléber Leite. Quem sabe assim ele não fale mais? (Do DCM)