Papão pode ter novidades contra o S. Bento

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O Paissandu deve entrar em campo logo mais, às 16h30, para enfrentar o São Bento-SP, com o mesmo time que jogou contra o Atlético-ES na quarta-feira. A movimentação final da equipe ocorreu na sexta-feira e a única ausência foi a do lateral Mateus Miller, com lesão na canela.

Ao mesmo tempo, Pedro Carmona (foto) – autor do gol de empate na decisão da Copa Verde – treinou normalmente e aparece entre os relacionados para o jogo deste sábado. Na série B, ele estava ausente desde a estreia bicolor contra a Ponte Preta.

Outro relacionado é o lateral-esquerdo Carlinhos, ex-Internacional, que pode fazer sua estreia diante da torcida alviceleste, depois de ter sido contratado em maio. O britânico Ryan Williams também está entre os atletas relacionados.

O atacante Magno e o volante William, mesmo treinando na sexta, não foram incluídos na lista de jogadores convocados para a partida. (Foto: Jorge Luiz/Ascom PSC)

O dilema do trem

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A situação é a complicada: um trem avança sem freios e está prestes a atropelar cinco pessoas que estão sobre a linha férrea. Você está ao lado da estrada, em frente a uma alavanca que, caso seja puxada, consegue desviar o trajeto da composição. No entanto, se você acionar o equipamento, o trem vai atropelar outra pessoa na linha ao lado.

Você tem dez segundos para tomar uma decisão. Se não fizer nada, cinco pessoas morrem. Se você puxar a alavanca, elas serão salvas, mas, como consequência, outra pessoa vai morrer. O que fazer?

Esse experimento, conhecido como “o dilema do trem“, é um cenário clássico entre filósofos e sociólogos – ele é usado para estudar o modo como tomamos decisões e para confrontar diferentes perspectivas sobre uma mesma situação.

Por um lado, há quem acredite que o correto seria causar o menor dano possível, ou seja, a melhor opção seria puxar a alavanca para salvar mais vidas, mesmo que uma pessoa acabe morrendo.

Do outro lado, alguns argumentam que seria imoral intervir na situação, causando um dano que não ocorreria sem a interferência, mesmo que as intenções sejam boas.

A espiral de perguntas poderia ser infinita: salvar cinco pessoas é melhor que salvar apenas uma? É correto salvar cinco pessoas, mas matar uma que não estava correndo risco? Quem escolheu não puxar a alavanca, mudaria de opinião se fossem 100 pessoas a morrer e não apenas cinco?

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Esse dilema é sobre o bem-estar do indivíduo em contraponto ao bem-estar de um grupo“, diz o sociólogo Dries Bostyn, da Universidade de Gante, na Bélgica. Bostyn liderou uma equipe de pesquisadores que tentou aplicar na prática o dilema hipotético. Eles usaram um caso diferente, mas que segue a mesma lógica. Para seu experimento, Bostyn reuniu um grupo de 300 voluntários que se dispuseram a enfrentar o problema.

Ele perguntou para uma parte deles: em uma jaula há cinco ratos e em outra apenas um. Com uma contagem regressiva de 20 segundos, caso o voluntário não faça nada, os cinco ratos vão sofrer um choque elétrico que causará dor. Se antes do tempo acabar, a pessoa apertar um botão, apenas um rato, que está em outra jaula, levará o choque.

Segundo o sociólogo, 66% dos voluntários disseram que apertariam o botão para que o rato solitário recebesse o choque, o que evitaria que o grupo de cinco sofresse. Outros 34% disseram que não fariam nada e, consequentemente, os cinco ratos receberiam a descarga.

Depois, os pesquisadores colocaram outro grupo de voluntários diante da situação real. O resultado foi divergente. Eles ficaram diante da gaiola com cinco roedores e da outra, com apenas um.

Entre as caixas, havia o botão para aplicar o choque (na realidade, ele não produzia choque elétrico de fato, mas os participantes foram levados a acreditar que sim). O cronômetro começava a avançar e as pessoas tinham que decidir o que fazer, rapidamente.

Neste caso, 84% dos voluntários apertaram o botão para salvar os cinco ratos. Somente 16% não fizeram nada para evitar o possível efeito – resultado diferente de quando o teste é aplicado apenas na teoria.

Para Bostyn, esse resultado sugere que “o que as pessoas pensam não corresponde ao o que elas fazem na prática“. Um dos resultados mais interessantes do teste, segundo os pesquisadores, foi o sentimento contraditório experimentado pelos participantes.

Foi fascinante ver as pessoas que acharam ter tomado uma boa decisão e depois pediram desculpas por sua escolha“, diz Bostyn. “É uma questão muito interessante para estudar no futuro.”

O experimento de Bostyn ainda tem várias limitações, pois é difícil comparar a morte de um rato com a de um ser humano. No futuro, o pesquisador pretende fazer um teste em que a mesma pessoa responde ao caso hipotético e, depois, é submetida à experiência real.

Voltando ao trem, você mudou de opinião?

(Transcrito do Pragmatismo Político)

Solidariedade ao Zé

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Por Arnobio Rocha

Nesse momento de tantos medos, omissões, a maior covardia é se esconder e não dizer publicamente aquilo que pensamos, que defendemos, os nossos princípios e aqueles que tanto contribuíram para ser o que somos.

A solidariedade ao companheiro Zé Dirceu é um desses momentos em que se separa “o real e a fantasia”. A campanha midiática de destruir a sua honra, a imagem, sua rica história e torná-lo o vilão “padrão”, sem direito a defesa Isso foi azeitado, também, pela conivência dos que se omitiram e continuam a se omitir.

Essa nova condenação lhe imporá a prisão perpétua, com 71 anos, e a inacreditável pena de 30 anos, só se compreende pelo Ódio de Classe, a vingança contra um dos principais líderes políticos da esquerda do Brasil. Sua história ímpar, repleta de lutas pela democracia e pelos direitos de um povo livre.

Falo sem nenhuma reserva, por anos em que quase sempre estive em lado oposto ao de Zé Dirceu, sem, no entanto, jamais deixar de reconhecer seu valor, sua honradez, respeitando a sua força e capacidade de articulação política e seu gênio agregador que levou a esquerda ao governo central.

Deixo para direita as críticas, aqui é o momento de nos unirmos em sua defesa sem nenhum vacilo ou medo. A defesa de Zé é a nossa própria defesa, do que conquistamos e que hoje está sendo destruído, inclusive, que criminaliza todo um campo, a esquerda.

A tenacidade e postura inabalável, não se deixando vencer pelas torturas psicológicas impostas aos que são presos nesse processo kafkiano da lavajets. Não delatou e nem teve posição rancorosa em relação a tantos companheiros que lhe negaram apoio nos instantes mais difíceis.

Como não admirar tanto fortaleza e ombridade, exemplo para todos os espectros políticos.

Ze Dirceu, conte com minha pequena ajuda, naquilo que puder, estarei aqui, não apenas solidário em palavras, mas em ação,

À luta!

Ressaca é para os fracos

POR GERSON NOGUEIRA

Três dias depois de levantar a taça do bicampeonato da Copa Verde, o Papão volta a campo para enfrentar as dificuldades da Série B. Recebe, hoje à tarde, na Curuzu, o São Bento de Sorocaba, recheado de jogadores experientes e que realiza boa campanha na competição.

No futebol de agenda sempre apertada, calendários que exigem competições simultâneas, o prazer de saborear conquistas importantes é efêmero. Não há tempo para festas e desfrute, como se um título fosse banal. Os idiotas da objetividade adoram esse ritmo espartano. Mas, quem sabe o duro que é ganhar uma taça, só lamenta.

É o que ocorre com jogadores e comissão técnica do Papão, que mal despertaram na manhã de quinta-feira e já tinham treinamento marcado como preparação para o compromisso de hoje, valendo três pontos na Série B, contra um adversário de respeito – e descansado.

O time deve ser o mesmo da final da CV, com a possível entrada de Maicon Silva na lateral direita e do estreante Carlinhos na esquerda. Do meio em diante, nenhuma mudança significativa, embora se especule sobre a entrada de Thomaz na vaga de Moisés.

Caso isso ocorra, Dado Cavalcante estará abrindo uma janela de qualidade nas ações da meia-cancha, pois Thomaz é um meia-armador e tem recursos para tornar a transição menos sujeita a passes forçados e à correria pelos lados do campo.

Por outro lado, a opção natural por Moisés ao lado de Cassiano e Mike representa a confirmação do desenho de time que vem funcionando (muito bem) neste começo de Série B. Jogando assim, o Papão acumula três vitórias e dois empates. Posiciona-se próximo ao G4 e pode, caso vença hoje, voltar para a zona de acesso.

No fundo, o maior dos adversários para os bicolores será entrar no clima festivo que a torcida deve fazer ainda em comemoração à conquista da Copa Verde. Manter a concentração em alta é sempre desafiador, ainda mais em momentos de grande empolgação e alegria.

O São Bento também cumpre uma boa trajetória neste começo de competição, em oitavo lugar, com 9 pontos, sem sofrer derrota. No meio-campo, tem Diogo Oliveira, que passou pelo Papão em 2017 e não deixou muitas saudades. É sempre, porém, um jogador a merecer atenção, principalmente pela facilidade nos chutes de média distância.

Como todo adversário é perigoso e todo jogo é difícil na Série B, cabe ao Papão não desperdiçar as oportunidades criadas e procurar transformar o entusiasmo do torcedor em combustível para pressionar o visitante dentro do caldeirão da Curuzu.

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Sem constrangimento, CBF banca novo ‘trem da alegria’

A repercussão negativa em torno do “trem da alegria” que a CBF vai promover na Copa do Mundo, levando presidentes das 27 federações e de 10 clubes sorteados, entre os quais o do PSC, só confirma que a entidade não consegue ficar muito tempo sem arranjar constrangimentos.

Como se já não bastasse ter um ex-presidente condenado e preso nos Estados Unidos, um ex-presidente escondido no interior do Rio de Janeiro e outro banido definitivamente do futebol, a CBF resolveu agradar os votantes de sua eleição carimbada com um alegre tour pelo país de Lênin e Maiakovski.

Vai torrar na brincadeira mais de R$ 3 milhões, sem se importar com críticas ou incoerências, como a de alegar que não tem recursos para implantar o sistema de monitoramento por vídeo (VAR) nos jogos da Série A ou ajudar de verdade o futebol feminino no país.

Ao contrário, a entidade se jacta de poder gastar essa pequena fortuna em algumas semanas de folguedo para os cartolas estaduais. Sem esquecer que, no caso dos dirigentes de federações, já recebem religiosamente um “mensalinho” para seguir apoiando os desmandos da confederação.

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Direto do blog

“Como torcedor, e não um investidor, não dou a mínima para declarações de boleiros, me importam mais os gols. Renato pode falar o que quiser. A decisão de Telê Santana é uma decisão de pouco, ou nenhum, impacto social prático na vida dos brasileiros. A decisão dele teve grande impacto sobre Renato. O fato de Renato e Leandro não terem ido à copa de 1986 não significa absolutamente nada sobre a classificação final da seleção naquela copa. Nesse sentido, a declaração de Renato é só especulação e uma certa amargura, compreensível até.

Por outro lado, do ponto de vista do Código Civil, os clubes são associações sem fins lucrativos e que usam dinheiro público indiretamente por causa das vantagens fiscais e tributárias. Clube de futebol é uma instituição de direito privado que presta serviço de interesse público. E a finalidade da CBF é promover o futebol. Convenhamos que ela tem bastante sucesso nisso, embora a maneira de fazer isso seja algo duvidoso e até questionável. E a declaração de Renato é de um profissional que perdeu uma grande oportunidade na carreira esportiva, mesmo tendo um comportamento reprovável aos olhos do chefe.

Considerando que Renato teve brilho e conquistas importantes ao longo da carreira mesmo após a copa de 1986, de que adiantou o corte da seleção? Abrir mão de todo um lado direito promissor numa seleção de futebol numa copa do mundo não me parece uma coisa inteligente. Talvez Telê tenha exagerado e perdido a Copa de 86 por causa disso. Talvez. É que numa copa do mundo todas as seleções estão com seu máximo e num torneio tão curto como a copa a oscilação de desempenho das seleções tende a ser desprezível, diferente do que se vê num campeonato longo, salvo por acontecimentos fortuitos, como quando Pelé se ausentou da copa de 62 e Neymar, na de 2014.

Pelo que é possível discernir, o desempenho da seleção de 86 poderia ter sido mais alto, mas isso não garantiria a taça, visto pelo que a seleção de 82 passou no Sarriá. Do episódio, fica apenas a questão do comportamento de Renato e se, mesmo hoje, não ocorre o mesmo com outros atletas, apenas com desfecho diferente.”

De Lopes Junior, sobre as bravatas de Renato, atacando Telê pelo corte da Copa de 1986.

(Coluna publicada no Bola deste sábado, 19)