Marieta sofre ataques e xingamentos por ser defensora de Lula

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atriz Marieta Severo lamentou as críticas que o cantor e compositor Chico Buarque, seu ex-marido, e sua família recebem pelas ligações históricas que têm com o PT e o ex-presidente Lula. “Ler que minha família é canalha dói no meu coração. Que isso? Tenho orgulho dela”, disse a artista em entrevista ao Globo. A declaração se refere a um ataque feito pelo antiquário João Pedrosa em foto postada pela também atriz Silvia Buarque, filha de Marieta e Chico. “Mas esse a gente já processou, ele perdeu, se ferrou. Menos um!”

Em janeiro, Marieta virou alvo de uma publicação mentirosa que ainda hoje circula nas redes sociais. O texto atribuído a ela fala de uma decepção da atriz com o ex-presidente Lula. Com o título “Os erros de Luís!”, faz diversas acusações e críticas. Começa dizendo que o petista teve a oportunidade de “fazer diferente, mas escolheu fazer igual, escolheu piorar o que sempre criticou”. A mensagem começou a circular após a condenação do petista pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

Após a repercussão do caso, Silvia Buarque usou sua conta no Instagram para comunicar que a mensagem não era de sua mãe. “Vítima hoje de um texto nojento atribuído a ela, atacando o Lula. Ela é eleitora do PT. Ela não é radical, ela não é incendiária, ela é discreta como boa filha de mineiro. Mas esse texto é completamente mentiroso. Grave! Vai ter processo, vai ter resposta. Mas já me adianto aqui porque a internet é rápida demais”, escreveu a atriz no Instagram.

A atriz disse que ainda está aprendendo a lidar com os ataques à sua família na internet. “Sobre a Lei Rouanet, tivemos que explicar muito que o Chico nunca usou. Eu, Marieta, uso. Jamais poderia ter montado algumas peças se não fosse a lei. As pessoas atacam sem informação: ‘Ah, ela tem um teatro, seria melhor se tivesse um hospital’. Eu não sou médica!

Marieta conta que ficou triste com a prisão “armada juridicamente” de Lula. “É evidente que não há prova suficiente. Independentemente dos erros, não vão acabar com a semente que o Lula plantou. Temos que prestar atenção no que está por trás do que as pessoas dizem, a quem interessa. Não deixar visitarem Lula na prisão faz parte do jogo em relação à próxima eleição. É a lama. Nos anos Lula, tinha a sensação de que alguém estava fazendo algo para diminuir a desigualdade social”, disse em entrevista à jornalista Maria Fortuna.

Leia a íntegra da entrevista no Globo

Há um Brasil doente que sente falta das execuções de quem pensa diferente

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Por Leonardo Sakamoto

Brasil lida com o seu passado como se tivesse feito as pazes com o presente. Não, não fez. E o impacto de não resolvermos o que aconteceu durante a última ditadura militar (1964-1985) se faz sentir no dia a dia das periferias das grandes cidades e na porção profunda do interior, com parte do Estado e de seus agentes aterrorizando, reprimindo e torturando parte da população (normalmente mais pobre) com a anuência da outra parte (quase sempre mais rica). Sejam eles agentes em serviço ou fora dele, na forma de milícias urbanas e rurais.

Em nome de uma suposta estabilidade institucional, o passado não resolvido e anistiado permanece como fantasma. Não são apenas as famílias dos mortos e desaparecidos políticos que vivem assombrados pelas verdades não contadas e os crimes não admitidos daquela época. Diariamente, os mais pobres sofrem nas mãos de uma banda podre da polícia que adota métodos refinados na ditadura a fim de garantir a ordem (nas periferias das grandes cidades) e o progresso (na região rural).

Um documento secreto liberado pelo Departamento de Estados norte-americano mostrou que o general Ernesto Geisel aprovou a manutenção de uma política de execuções sumárias de adversários em 1974. O ditador brasileiro, que governou entre aquele ano e 1979, teria orientado João Baptista Figueiredo – então chefe do Serviço Nacional de Informações e que seria seu sucessor – a seguir com os assassinatos que começaram no governo do general Médici. Ou seja, a autorização vinha da cúpula do governo.

Quem percebeu a importância do documento, no qual o governo reconhece executar dissidentes, e o postou nas redes sociais foi Matias Spektor, colunista da Folha, e professor de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas. O memorando é assinado pelo diretor da CIA na época, William Colby, e relata uma reunião com Geisel. É citada a execução sumária de, pelo menos, 104 pessoas.

Leia também: Bolsonaro debocha de informações reveladas por documento da CIA

Contar histórias como a desse documento é fundamental. Os assassinatos sob responsabilidade da ditadura devem ser conhecidos e discutidos nas escolas até entrar nos ossos e vísceras de nossas crianças e adolescentes a fim de que nunca esqueçam que a liberdade do qual desfrutam não foi de mão beijada. Mas custou o sangue, a carne e a saudade de muita gente. E, portanto, sua construção – até agora incompleta e imperfeita – deve ser um esforço coletivo. Mesmo enfrentando ações como o do ”Escola Sem Partido’‘, que tem como consequência equacionar a barbárie com a civilização.

O problema é que, diante da realidade ultrapolarizada do debate público no Brasil, isso parece ser uma tarefa inútil. Pois não adianta mostrar informações como essa para uma parcela da sociedade que defende o retorno da ditadura militar não pelo desconhecimento dos métodos utilizados, mas, pelo contrário, por saudade deles.

Mesmo que não tenha nascido muito após aqueles acontecimentos. Em sites e redes de ultraconservadores, o memorando foi celebrado como um exemplo de algo que deve ser copiado para o futuro e de competência da ditadura em proteger o país. Assim, sem pudor algum.

Essa parcela tem apoiado a candidatura do deputado federal Jair Bolsonaro para a Presidência da República, sonhando que ele traga os ”bons tempos de volta”, botando ordem e acabando com a roubalheira. Ignoram, dessa forma, a farta documentação que mostra a corrupção em estatais e em obras públicas, nos anos militares, ou mesmo o comportamento promíscuo entre empresas privadas e a ditadura.

Vale lembrar que Bolsonaro foi ovacionado nas redes sociais por conta do conteúdo de seu voto pelo impeachment, em abril de 2016, por uma legião de pessoas que cabulava aula de história ou pouco se importa com a dignidade alheia. Após parabenizar o hoje presidiário Eduardo Cunhahomenageou o açougueiro e torturador Carlos Brilhante Ustra – falecido coronel e ex-chefe do DOI-Codi.

Certamente o finado comandante de um dos principais centros de repressão da ditadura não é incensado por seus belos olhos ou pela forma pela qual fazia um guizado de frango ou jogava tranca. Mas por usar a morte como instrumento de controle estatal. Ustra chegou a ser declarado pela Justiça como responsável por casos de tortura e também condenado a pagar indenização por conta da morte do jornalista Luiz Eduardo Merlino.

O conhecimento de História não é um dádiva, mas sim uma maldição. Porque você se torna responsável por dialogar com quem a ignora, por mais impossível que isso pareça ser. Um diálogo que deve ser paciente e não-violento, na esperança de que entendam que a dignidade humana, construção de milhares de anos dessa História, é uma conquista que deve ser defendida a todo o custo.

As Forças Armadas de hoje não são as mesmas do período da última ditadura, da mesma forma que os contextos nacional e internacional são outros. Seus líderes têm, repetidas vezes, confirmado que o comando é e será civil. E o respeito às liberdades individuais e às instituições continuará. De vez em quando, contudo, as declarações estapafúrdias de generais da ativa, mais do que os oficiais de pijama, colocam a pulga atrás da orelha sobre a sinceridade dessa estabilidade.

Os responsáveis pela parte mais sombria da ditadura, seus aliados e seguidores precisam saber que a sua versão da História – de que duas décadas de assassinatos, censura e violência foram necessárias para o bem da coletividade – não vai vingar. Pois não agiram pelo bem do Brasil. Mataram, roubaram e calaram para o bem de si mesmos.

A prova de que finanças e dinheiro podem render bons filmes e séries

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Billions

A série, que é um drama e foi lançada em 2017, é composta por três temporadas. A história tem como foco principal o conflito entre Boby Axelrod (Damian Lewis), que é um bilionário dono de uma empresa de investimentos, e Chuck Rhoades (Paul Giamatti), promotor de Nova York que investiga as movimentações do empresário.

Boby, o protagonista da série, nasceu em uma família pobre e batalhou para tornar-se um influente gestor em Wall Street. A série aborda assuntos como mercado financeiro, finanças, poder e política, isso tudo com uma mistura de drama, ação e suspense.

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A Grande Aposta

Lançado em 2016, o filme se passa no ano de 2008, quando um guru de Wall Street nota que diversos empréstimos realizados para o mercado imobiliário estão em risco de inadimplência. É nesse momento que quatro personagens do filme apostam contra o mercado investindo um bilhão de dólares dos investidores.

Com a transação, os quatro homens ganham uma fortuna se aproveitando do colapso econômico dos Estados Unidos. Para quem não lembra, 2008 foi o ano em que o mundo passou por uma forte crise econômica.

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A série, uma comédia, estreou no ano passado e tem como tema central o empreendedorismo. A protagonista da história, Sophia (Britt Robertson), é uma jovem rebelde e anarquista que se recusa a crescer. A história é inspirada em um best-seller. Sophia, que está falida, se encontra em um negócio de venda de roupa online e consegue tornar-se uma mulher de sucesso. É nesse momento que se iniciam as dificuldades do empreendimento e de ser chefe de si mesma.

Wall Street: o Dinheiro Nunca Dorme

O filme, que estreou no Brasil em 2010, conta a história de Gordon Gekko (Michael Douglas). Após cumprir uma pena por fazer uso de uma informação privilegiada, o protagonista está fora do mundo que um dia chegou a comandar. Com o objetivo de reparar o relacionamento com a filha, Gekko forja uma aliança com seu noivo, Jake. Apesar de considerar Gordon uma figura paterna, Jake descobre que o ex-investidor ainda é um mestre das manipulações e nada o impedirá de alcançar seus objetivos.

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Mad Men

A história se passa em 1960 e retrata a rotina de uma grande agência publicitária. A série mostra como é a vida do diretor de criação da agência, Don Draper (Jon Hamm). Durante os episódios são apontadas algumas lições sobre marketing para empreendedores. Além de mostrar como as pessoas podem inovar e criar novas oportunidades nos negócios. A história também mostra as ambições, frustrações e disputa de poder dos personagens da série.

A negociação

Robert Miller (Richard Gere) se envolve em um acidente automobilístico, às vésperas de vender sua empresa milionária, que acaba ocasionando a morte de uma pessoa. Porém, para manter a imagem que construiu, ele esconde a responsabilidade que tem no caso assim como algumas fraudes que cometeu. Mas um investigador está disposto a descobrir o verdadeiro culpado, sabotando todos os planos de Robert.

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Suits

A série já tem sete temporadas (foto acima) e conta a história de Mike Ross (Patrick J. Adams), que abandonou a faculdade de Direito. Porém, mesmo assim, ele consegue uma entrevista com um dos melhores advogados de Manhattan, Harvey Specter (Gabriel Macht). E mesmo sendo um advogado tão competente, Harvey aprende a ver os clientes de outra maneira. A série mostra a rotina de um grande escritório de advocacia, dando lições de liderança, negociação e trabalho em equipe.

Trabalho interno

Lançado em 2010, o filme mostra a crise econômica mundial ocorrida em 2008. Matt Damon aponta em uma análise detalhada os elementos que ocasionaram o colapso da crise. Além de identificar as peças-chave do mundo financeiro e político. No filme é possível conhecer a história dos mercados financeiros dos Estados Unidos, China e Islândia, entre outros países.

Narcos

A série se passa no final da década de 1970, quando Pablo Escobar (Wagner Moura) não é considerado mais apenas um traficante. No caso dessa série, os aprendizados devem ser vistos de forma metafórica. Isso porque ela mostra as consequências psicológicas de ter um empreendimento de crescimento exponencial e arriscado.