
Eva Todor (que nos deixou ontem), Tônia Carrero, Eva Wilma, Leila Diniz, Odete Lara e Norma Bengell de braços dados contra a opressão da ditadura e os malefícios do regime militar. Rio, 1968.

Eva Todor (que nos deixou ontem), Tônia Carrero, Eva Wilma, Leila Diniz, Odete Lara e Norma Bengell de braços dados contra a opressão da ditadura e os malefícios do regime militar. Rio, 1968.


“Não sou sempre flor.
Às vezes espinho me define tão melhor.
Mas só espeto os dedos de quem acha que me tem nas mãos”.
Clarice Lispector
“Conseguiram transformar o Brasil no país mais chato do mundo.”
Luís Carlos Maciel, jornalista e escritor (1949-2017)

Depois de ter sido derrotado no primeiro jogo do play-off pelo Grêmio Literário Português, o Remo se recuperou na noite de sábado, vencendo por 61 a 55 e forçando uma terceira para para decidir o Campeonato Paraense de Basquete adulto.
A partida foi realizada no ginásio Serra Freire. O confronto que definirá o campeão paraense da temporada será disputado na próxima segunda-feira (11/12), também no ginásio Serra Freire. O Remo é tricampeão da categoria.

Companheiro de Raí na campanha do tetracampeonato mundial pela Seleção Brasileira em 1994, Ronaldo vê o são-paulino preparado para ser dirigente. O ex-atacante foi empossado no cargo de diretor-executivo de futebol do Tricolor na última sexta-feira.
“Esse movimento é ótimo, o Raí é um cara sensacional, com uma história incrível dentro do São Paulo. Tenho encontrado muito o Raí nos últimos três, quatro anos, e ele vinha se preparando para isso, fazendo os melhores cursos disponíveis no mercado”, afirmou Ronaldo, durante evento no Jardim Irene, na capital paulista, na manhã deste domingo.
Aos 52 anos, Raí é recém-formado no Mestrado Executivo da Uefa para Jogadores Internacionais. Ele assume o departamento de futebol do São Paulo em substituição a Vinicius Pinotti, que pediu demissão insatisfeito com supostas intromissões do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, nas negociações que conduzia.
Destaque no rival Corinthians, por quem foi campeão do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil de 2009, o Fenômeno acredita ser uma tendência ex-jogadores assumirem cargos em clubes dos quais são ídolo, embora tenha descartado trabalhar na diretoria alvinegra numa eventual gestão Andrés Sanchez.
“Tenho certeza que é uma direção sem volta. Os grandes ídolos têm que ter um posicionamento maior do futebol, não só como jogador, mas como dirigentes. Precisamos, cada vez mais, renovar a turma toda do futebol”, ressaltou Ronaldo.
Raí, que era chamado de Terror do Morumbi pela torcida tricolor, foi campeão pelo São Paulo, entre 1989 e 2000, de duas Copas Libertadores, um Mundial de Clubes, cinco Campeonatos Paulistas e um Brasileirão. (Da Gazeta Esportiva)

POR GERSON NOGUEIRA
A história se repete todos os anos. Os últimos meses da temporada são dedicados pelos clubes ao desmonte de elencos e à prospecção das peças de reposição. Esse período também corresponde ao momento mais difícil para os profissionais que analisam e se reportam sobre futebol. Os torcedores, inevitavelmente, se põem a perguntar pelos novos jogadores, se os clubes estão acertando nas aquisições, se os contratados são reforços ou refugos, se não era melhor ter trazido fulano ou sicrano etc.
Questões de extrema complexidade, pois o futebol está muito longe da exatidão matemática que muitos tentam lhe atribuir. Os números representam indicadores importantes. É possível ter uma ideia sobre o rendimento de determinado atleta a partir da quantidade de partidas que ele disputou nos últimos doze meses.
É possível também, via tabulação, descobrir a participação média de um atleta nos jogos. Item fundamental, que serve como boa referência. Infelizmente, para os escravos da objetividade, tais dados servem para se saber sobre o passado recente, mas dizem pouco quanto ao futuro próximo.
O futebol abriga uma galeria interminável de exemplos de jogadores que chegam a um clube bem recomendados e que simplesmente não fazem acontecer. Por uma razão ou outra, nada sai como havia sido planejado, tanto pelo atleta trazido como pelos que investiram em sua contratação.
Consumidora voraz, a dupla Re-Pa é useira e vezeira em apostas que não se concretizam, promessas que frustram expectativas, projetos de craque que se revelam desastres absolutos. Nada tão alarmante assim, pois a natureza do negócio futebol comporta mais riscos que certezas.
Pode-se afirmar, quando muito, que as estatísticas e informações disponíveis atualmente reduzem bastante o percentual de desacertos, mas ainda não em quantidade suficiente para oferecer tranquilidade plena a quem investe em contratações.
Quando o Remo traz 14 atletas para formar novo elenco, a projeção racional indica que um terço das apostas pode frutificar. Conseguir rendimento satisfatório de metade dos reforços já seria coisa para soltar foguetes. Caso o percentual fique entre 33% e 50%, pode-se afirmar que o investimento foi bem sucedido, muito superior ao pífio resultado deste ano, quando apenas os goleiros Vinícius e André Luiz atuaram em nível aceitável entre os reforços.
Para o torcedor, é uma tortura ficar na expectativa sobre o futuro do time, mas é necessário entender que a montagem de um elenco é mais ou menos como semear uma roça. A colheita, sujeita a incontáveis fatores, sempre pode ficar aquém do esperado. Portanto, como na agricultura, o futebol depende também de sorte e reza forte.
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Brasil na final contra Alemanha ou Argentina
A tabela da Copa, depois da definição dos oito grupos, permite projetar cruzamentos que resultariam em finais inéditas. Com base nos retrospectos recentes e no histórico de comportamento em mundiais, a Copa da Rússia pode ter o Brasil na decisão contra Alemanha ou Argentina, obviamente se a seleção de Tite se sair bem e confirmar o favoritismo estabelecido pela espetacular passagem pelas eliminatórias sul-americanas.
A lógica dos números, como se sabe, não garante as coisas em futebol. Mas, concentrando atenção na seleção canarinho, a caminhada a partir das oitavas – com o Brasil obtendo a 1ª colocação na chave E – pode colocar o México como adversário do escrete. Os demais cruzamentos seriam: Rússia x Portugal, França x Croácia, Espanha x Uruguai, Argentina x Dinamarca, Bélgica x Polônia, Alemanha x Suíça e Colômbia x Inglaterra.
Ainda levando em conta a qualidade técnica dos times, sem se ater a outros fatores igualmente decisivos, as quartas de final teriam teriam os seguintes confrontos: Portugal x França (jogo 57), Brasil x Bélgica (J58), Alemanha x Inglaterra (J59) e Espanha x Argentina (J60).
O exercício de futurologia chega então às semifinais, com França e Brasil jogando a 10 de julho, em São Petersburgo, e Alemanha x Argentina fazendo a outra partida, no dia seguinte, em Moscou.
A grande final teria obviamente a presença do Brasil, após resolver antiga pendência em Copas (1986, 1998 e 2006) com os franceses, enfrentando a atual campeã Alemanha ou a vice Argentina. Em qualquer das hipóteses, seria um jogo entre finalistas que jamais duelaram em decisões.
Fica à escolha do leitor o adversário preferencial, tomando por base o palpite da coluna. Cravo Brasil x Alemanha.
A conferir, daqui a sete meses.
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CR7 e a afoiteza própria dos iluminados
Do mesmo jeito como chega firme e forte para definir jogadas nas áreas inimigas, Cristiano Ronaldo mandou um petardo após receber sua quinta Bola de Ouro, na quinta-feira. Afirmou que já é o melhor jogador de todos os tempos, por se considerar hoje acima de Lionel Messi.
Tantos galardões obtidos na carreira permitem ao lusitano pensar assim, mas os fatos recomendam mais prudência. Talvez tenha superado Eusébio, mas precisa fazer muito mais para suplantar Zidane (seu técnico no Real) e Maradona, para ficar apenas em dois exemplos de supercraques.
Quanto a Pelé, aí a história é outra. O Rei nunca foi deste mundo.
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Bola na Torre
Guilherme Guerreiro comanda a atração, a partir das 21h, na RBATV. Em pauta, os preparativos dos clubes para o Parazão 2018. Giuseppe Tommaso e este escriba de Baião integram a bancada do programa.
(Coluna publicada no Bola deste domingo, 10)



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