Para fechar 2017, o Botafogo contratou o atacante paraense Leandro Carvalho, que estava no Ceará Sporting e pertence ao Paysandu. A notícia foi divulgada na tarde deste domingo pelo site Globo Esporte. Com a negociação, o Alvinegro adquire 50% dos direitos econômicos do jogador. Leandro Carvalho é um atacante de lado de campo e chega para suprir uma carência constante no elenco do Alvinegro em 2017.
No ano que passou, Leandro marcou sete gols em 41 partidas por Ceará e Paysandu. Apesar do acerto com o atacante a busca por um centroavante continua. Gilberto, ex-São Paulo, é o favorito, mas Hernane Brocador também está na pauta.
A chegada do atacante envolve também a ida de dois jogadores revelados na base do Glorioso: o atacante Renan Gorne e o lateral-esquerdo Victor Lindenberg. O contrato dos garotos alvinegros será pago integralmente pelo Bota e é válido até o fim de 2018.
O próximo jogador a acertar com o Glorioso deve ser o também atacante paraense Rony, ex-Remo e que pertence ao Cruzeiro. A chegada dele depende da concretização do negócio envolvendo Bruno Silva com a Raposa.
O Papão ainda não confirmou oficialmente o negócio com o Botafogo. Isso deve ocorrer amanhã.
Abro um parêntese na programação normal de posts do blog para um recadinho aos companheiros de convivência diária ao longo deste duríssimo 2017, amigos e baluartes, conhecidos e recém-chegados.
Quero desejar um 2018 pleno de conquistas e metas alcançadas, de sonhos realizados (ou, pelo menos, tentados), de amores consolidados, de amizades cada vez mais fortes e de verdades triunfantes.
De minha parte, mesmo ainda sofrendo os abalos do ano que se vai, projeto grandes jornadas – a vida, afinal, é luta constante – e imagino, esperançosamente, que o novo ano nos traga mais solidariedade, paz de espírito, tolerância e justiça social.
Sei que é esperar muito, mas otimista empedernido que sou, roqueiro de alma e coração, baionense de raiz, jamais poderia ceder ao abatimento.
Os Ramones cantaram um dia que é possível “acreditar em milagres” (não aquele milagre fajuto dos anos de chumbo e sangue) e Bowie, o grande Bowie, escreveu que podemos ser heróis nem que seja por um dia.
Creio que tais palavras, de gente que tanto respeito, têm chances de se concretizarem sempre, dependendo das circunstâncias e caminhos da vida de cada um.
Por isso, o pensamento positivista de que tudo pode melhorar – e vai!
Sigamos sempre em frente; afinal, navegar é preciso.
O jornalista Ricardo Noblat decidiu postar em sua conta no Twitter uma imagem do cartunista Henfil como balanço de 2017. Nela, um dos personagens clássicos do mineiro, conhecido pelos desenhos no jornal O Pasquim, em plena ditadura militar, questiona: “Que país foi este?”. A imagem foi postada no dia 23 de dezembro.
Na noite de sábado (30), porém, o filho do cartunista se manifestou a respeito da mensagem. Ivan Cosenza de Souza, que preside o Instituto Henfil, comentou na própria rede do jornalista: “O país que saiu do mapa da fome da ONU, e com o Temer, volta a passos largos pra esta lista negra. Meu pai teria vergonha de ver o desenho dele no twitter de bajulador daquele que ‘Foi o maior mau-caráter que já conheci!’, como ele me dizia do Temer. Desenho do Henfil não é pra qualquer um!”.
No Facebook, Ivan postou a imagem e acrescentou: “Como filho do Henfil, a coisa que mais me incomoda é ver apoiadores do Temer utilizando a obra do meu pai em seus posts pessoais. Desta vez foi o Noblat, em seu Twitter. Não pude deixar sem resposta”.
Noblat foi um dos jornalistas convidados a entrevistar Michel Temer (PMDB), em 2016, para o programa Roda Viva. Com uma larga carreira no jornalismo político, ele virou alvo de críticas depois de lançar ao peemedebista a pergunta: “Temer, como você conheceu a Marcela?”.
O futebol profissional já deveria ter aprendido a conviver melhor com os rompimentos e despedidas. Como ocorre com os casamentos convencionais, é natural que jogadores e técnicos se divorciem de clubes com os quais pareciam ter um pacto de relação permanente.
Movido pela paixão que afeta milhões de pessoas, o futebol nem sempre sabe assimilar bem as separações. Algumas vezes, ruídos e mágoas acabam por abalar o que deveria ser um ritual pacífico e civilizado. Os canais abertos pela internet amplificam esses amuos.
Acompanho há dias uma batalha entre torcedores e dirigentes do Botafogo em torno da saída do volante Aírton, que repentinamente passou a contar com uma legião de fãs inconformados com o desfecho de suas negociações com o clube.
No mundo corporativo, esse tipo de conflito nem chega a existir, tamanha é a frieza e o tecnicismo dos processos de desligamento. Na área futebolística, o fanatismo pode ditar as regras e aí ninguém se entende.
No caso específico de Aírton, trata-se de um jogador comum, que está há várias temporadas no Botafogo sem produzir nada de significativo, com o aspecto negativo de passar mais tempo lesionado do que jogando.
Para os torcedores, que enaltecem conceitos como “raça” e “sangue”, Aírton deveria ter estátua na frente do estádio Nilton Santos e seu contrato renovado com o clube em nome de um reconhecimento sem razão lógica.
Vá entender cabeça de torcedor…
Outro episódio significativo da relação atribulada entre clubes e ex-atletas. Quarta-feira passada, no tradicional jogo de final de temporada promovido por Zico, a torcida carioca reencontrou antigos ídolos. Adriano, que ainda alimenta o sonho de voltar a jogar, foi o mais aplaudido.
Curiosamente, Léo Moura, lateral que defendeu o Flamengo por anos e hoje está no Grêmio, foi vaiado sem piedade. Tudo porque teria se referido ao ex-clube com alguns xavecos depois da conquista da Libertadores.
Aqui mesmo no Pará, com suas incongruências bem conhecidas, boa parte da torcida bicolor não concordou com a saída do goleiro Emerson, tido por alguns como ídolo da Fiel torcida. É fato que o goleiro, de performances decisivas em 2016, não foi o mesmo em 2017, ficando ausente por muito tempo e atuando mal em alguns jogos.
O clube fez a avaliação fria e sensata, pesando custo-benefício, mas o torcedor, com sua alma eternamente em chamas, não deglutiu a ideia. Até hoje é possível ouvir resmungos, lamentando a partida do goleiro.
A apaixonada torcida do Atlético-MG vive momentos de extrema atribulação com a saída do artilheiro Fred, que simplesmente atravessou em direção ao Cruzeiro. Pior que o abandono é a troca pelo arquirrival. Para completar, o jogador apagou das redes sociais todos os vestígios de ligação com o antigo clube.
Coisas desses tempos desalmados, quando o jogador alcançou um nível profissional que o torcedor jamais entenderá. O conflito entre paixão e profissionalismo é um dos grandes dilemas da humanidade.
Simplesmente não há como resolver e voltamos aos tempos de antanho, quando já se sabia que a dor dos que ficam será sempre mais aguda que a saudade dos que partem.
—————————————————————————————-
Bola na Torre
O último programa da temporada vai ao ar hoje, às 20h30, na RBATV. Guilherme Guerreiro apresenta, com participações de João Cunha e deste escriba de Baião. Em pauta, os preparativos e contratações da dupla Re-Pa para a temporada que está começando.
—————————————————————————————
Lista de reforços faz torcida recuperar confiança
A contratação de Cáceres, Mike, Cassiano e Pedro Carmona deu ao torcedor do Papão um alento no final da temporada. O primeiro lote de contratações, que consistiu de goleiro e defensores, não chegou a entusiasmar o torcedor mais exigente.
Com o anúncio de nomes conhecidos, como Cáceres e Cassiano, veio a aprovação às escolhas da comissão técnica e do executivo de Futebol. Se os reforços irão vingar já é outra história, depende de fatores diversos, mas está claro que o caminho trilhado é o mais correto.
A possibilidade de um acerto com Moisés, bom atacante do Vila Nova-GO no último Brasileiro da Série B, pode fechar o pacote com chave de ouro.
—————————————————————————————-
Que 2018 restitua nossas esperanças perdidas
A última coluna do ano é dedicada aos meus amados pais, Benedita e José, que seguem firmes e fortes lá em Baião, na mesma casa em que nasci, tendo por perto quase todos os mesmos amigos de sete décadas.
Com eles, aprendi que a vida é sempre melhor quando a brisa chega tranquila e o barulho maior vem das folhagens.
De minha parte, torço para que 2018 seja menos inclemente que este duríssimo 2017 que termina. Que os corações e mentes se abram para as necessidades do mundo e das pessoas.
Continuo convencido de que a esperança é nosso último refúgio.
Feliz ano novo!
(Coluna publicada no Bola de domingo, 31, e segunda-feira, 01)
O Águia solicitou e a Federação Paraense de Futebol concordou em adiar a estreia do time marabaense no Campeonato Estadual de 2018, devido ao atraso nas obras realizadas (foto acima) no estádio Zinho Oliveira. A partida inaugural seria contra o Castanhal. Agora, a FPF irá reagendar o jogo, ficando provavelmente para o mês de fevereiro.
As demais partidas do Águia teriam ficado para o dia 20 de janeiro contra o Paragominas e no dia 23 contra o Remo, ambas como visitante. No dia 27, está programado o confronto com o Parauapebas, no Zinho Oliveira, mas já há previsão de adiamento, pois o estádio dificilmente estará pronto para sediar partidas.
As obras se arrastam há quase dois meses. A previsão inicial era de entrega no dia 13 de janeiro, mas a grama para reformar o campo de jogoainda não foi comprada.
Ao tomar conhecimento da informação, o presidente do Castanhal, Helinho Junior, reagiu dizendo que a FPF não comunicou oficialmente nada sobre o adiamento. “Estamos trabalhando desde 10 de dezembro devido o calendário apresentado pela federação. E outra: o Castanhal não tem culpa se o estádio deles não está pronto, pois tem estádio suficiente para ter a partida”, disse.
No começo da tarde deste domingo, em nota oficial, o Castanhal informa que, apesar do comunicado do Águia sobre o adiamento, o jogo está mantido para o dia 13 de janeiro:
“A diretoria do Castanhal entrou em contato com a presidência da FPF e a mesma informou que desconhece a informação (sic) anunciada pelo Águia de Marabá e que o jogo está mantido para o dia 13, conforme já havia sido definido. A Diretoria do Castanhal Esporte Clube confia na credibilidade da FPF em ter anunciado a tabela com bastante antecedência para os clubes organizarem seus calendários de programações, pois o Castanhal já vem trabalhando de acordo com o calendário da estreia na competição”.
A mudança na tabela, se confirmada, cria precedente para novos remanejamentos, colocando em descrédito a organização do campeonato antes mesmo da abertura. O Águia deveria mandar o jogo em outro estádio, pois os outros clubes não podem ser prejudicados por um problema exclusivo do clube marabaense. (Foto: Paulo Henrique/Marabá)
Há muitas formas de se cuidar, já que nos cuidamos com todas aquelas condutas por meio das quais nos mostramos amor, respeito e dedicação. Quando deixamos de nos cuidar acabamos tirando valor de nós mesmos, deixamos de dar importância a nossas necessidades e de algum modo estamos nos agredindo através de nossas próprias atitudes.
Muitos de nós adotamos uma lista de pessoas das quais cuidamos, acreditando que há pessoas que precisam de nossos cuidados, e passamos todos na nossa frente. Pensamos que temos força o suficiente para atender aos outros antes de atender a nós mesmos. Isso, como veremos ao longo desse artigo, é um grave erro.
Não se trata de passar o cuidado dos outros para o primeiro plano, antecedendo inclusive o cuidado de si mesmo: o cuidado consigo mesmo é eticamente o primeiro à medida em que a relação consigo mesmo é ontologicamente a primeira”.
-Michel Focault-
Cuidar-se supõe uma responsabilidade com nós mesmos, para atentar tanto para nossa vida física, quanto para a espiritual, a psicológica ou a emocional, já que somos formados por um conjunto de dimensões que forma uma globalidade interligada que deve ser levada em conta, e nenhum desses aspectos deve ser descuidado.
Compreender o que significa se cuidar
Tente por um momento refletir sobre isso: o que é cuidar de mim? O que estou fazendo para cuidar de mim? A forma como cuidamos de nós diz muito sobre como nos encontramos atualmente, já que está estreitamente relacionada com nosso estado de ânimo e nossa autopercepção.
Cuidar-se significa levar-se em conta, escutar as próprias necessidades e compreender que temos direito de nos sentirmos bem. É entender e reconhecer nossa existência, sabendo que merecemos nosso amor e nossa compaixão além de todos os preconceitos, castigos e cobranças que impomos a nós mesmos.
Estamos cuidado de nós quando evitamos o que nos produz mal-estar: quando nos afastamos de certas pessoas que nos prejudicam, quando impomos limites em relação ao que queremos e não queremos fazer, e quando nos damos a oportunidade de tomar decisões por nós mesmos, dando prioridade ao nosso bem-estar.
“Não se cuidar é uma forma de autoagressão sutil ou manifesta. Às vezes, como em um estado depressivo, a pessoa está sem energia para ela mesma, e em outros problemas o sujeito reverte sua energia contra si mesmo, aumentando por sua vez a culpa e a autodepreciação” -Fina Sanz-
Não se preocupar consigo mesmo e não se cuidar é uma forma de se agredir e de se desvalorizar. Nossa própria autoestima fica afetada quando não atentamos para nós, já que não estamos cuidando de aspectos básicos do nosso crescimento e aprendizagem. Além disso, é bom prestar uma atenção especial a si já que esta forma de nos agredir é muito sutil, mas não deixa de ser extremamente prejudicial.
É igual a quando deixamos de regar uma planta, impedindo que ela possa viver e crescer de forma saudável. Nós também precisamos nos nutrir e dar atenção a nossas necessidades, que são a fonte da nossa energia. Dessa maneira, damos a nós a oportunidade de desenvolvimento e de explorar nossa felicidade.
“Nutrir a si mesmo de uma maneira que ajude a florescer na direção que deseja é uma meta possível de alcançar, e você merece esse esforço” -Deborah Day-
Somos responsáveis por gerar em nossas vidas emoções e sentimentos agradáveis. Temos a capacidade de fazer florescer nossa felicidade e dar a ela o maior sentido de nossa existência, compartilhando nosso amor. Dedicar tempo a nós deve ser uma de nossas prioridades, e assim estaremos nos cuidando. Como consequência disso, se fizermos bem feito, poderemos cuidar dos outros depois.
Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, o egoísmo aparece realmente quando não damos atenção a nós, quando consideramos que estamos nos voltando mais para os outros do que para nós mesmos. Longe de ser um gesto altruísta e amável, supõe na verdade um descuido que nos impede de nos ouvir e compartilhar tudo o que temos e somos.
Não podemos dar nada que não temos, e se não contamos com nosso amor, respeito e compreensão, dificilmente poderemos oferecê-lo para os demais. Sem ser conscientes disso, acabamos mendigando aos outros o que nós mesmos não nos damos. Nos apoiamos nos outros não atentando para o que realmente precisam, mas sim para tentar encontrar sensações positivas que não conseguimos de nós mesmos.
Os que se comportam como salvadores e cuidadores na vida são muito inconscientes do próprio egoísmo, porque acreditam estar no ponto contrário: do desprendimento, da generosidade, do altruísmo e da amabilidade. Mas para chegar a esse ponto o primeiro passo é estar bem, escutar a si mesmo e amar-se, ou então tudo o que oferecemos aos outros estará contaminado por nossa falta de amor próprio.
“Minha própria pessoa deve ser um objeto de meu amor igual ao que é outra pessoa. A afirmação da vida, da felicidade, do crescimento e da liberdade pessoal está arraigada na própria capacidade de amar, isto é, no cuidado, no respeito, na responsabilidade e no conhecimento. Se um indivíduo é capaz de amar produtivamente, também ama a si mesmo: se só ama os outros, não pode amar em absoluto”.
-Erich Fromm-
(Fonte: A Mente É Maravilhosa – Psicologias do Brasil)