Enfim, uma Copa sem “grupo da morte”

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O grupo E, onde o Brasil aparece como cabeça-de-chave, é um dos mais “tranquilos” da Copa do Mundo. A Seleção de Tite terá pela frente Suíça, Costa Rica e Sérvia, adversários que não integram o chamado primeiro mundo do futebol. Todos são times inferiores ao brasileiro.

O risco de enfrentar a campeã mundial Alemanha logo na segunda fase é real e deve ser a principal preocupação de Tite a essa altura. O grupo mais equilibrado da Copa talvez seja o D, com Argentina, Nigéria, Croácia e a zebra Islândia.

De maneira geral, o sorteio realizado nesta sexta-feira deixa claro que a Fifa tomou todas as providências para evitar o surgimento de “grupos da morte” na primeira fase, como ocorreu até o Mundial de 2014. Pela primeira vez, o equilíbrio de forças reina em todos os grupos.

Copa terá jogos em horários da manhã e à tarde (horário do Brasil)

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Com a seleção brasileira garantida na Copa do Mundo da Rússia no ano que vem, chegou a hora de começar a programar a agenda para acompanhar os jogos do torneio. Muita gente, claro, fica de olho mesmo é naquela saidinha mais cedo do trabalho, a famosa dispensa, ou aquele recesso, uma espécie de feriado nacional. Pois bem, as partidas, obviamente, não foram definidas, muito menos os grupos, mas já é possível saber os horários dos confrontos.

Os confrontos na primeira fase de acordo com o horário de Brasília vão se destrinchar quase que em sua totalidade em três períodos: 9h, 12h e 15h. Ou seja, teremos jogos de manhã e também à tarde. O jogo mais cedo do Mundial acontecerá às 7h (de Brasília) da manhã de um sábado, em confronto que será disputado na cidade Kazan, às 13h locais.

No mata-mata da Copa, as partidas acontecerão às 11h e às 15h de Brasília. E a grande decisão, marcada para o dia 15 de julho de 2018, acontecerá em um horário bem convidativo para o brasileiro. Será ao meio-dia de Brasília e às 18h na Rússia.

Veja abaixo os horários dos confrontos (o fuso do Brasil para a Rússia é de seis horas): 

Primeira fase:

Quinta, 14/06: 12h
Sexta, 15/06: 8h, 12h, 15h
Sábado, 16/06: 7h, 10h, 13h e 16h
Domingo, 17/06: 9h, 12h e 15h
Segunda, 18/06: 9h, 12h e 15h
Terça, 19/06: 9h, 12h e 15h
Quarta, 20/06: 9h, 12h e 15h
Quinta, 21/06: 8h, 12h e 15h
Sexta, 22/06: 9h, 12h e 15h
Sábado, 23/06: 9h, 12h e 15h
Domingo, 24/06: 9h, 12h e 15h
Segunda, 25/06: 11h e 15h (dois jogos por horário)
Terça, 26/06: 11h e 15h (dois jogos por horário)
Quarta, 27/06: 11h e 15h (dois jogos por horário)
Quinta, 28/06: 11h e 15h (dois jogos por horário)

Oitavas de final:

Sábado, 30/06: 11h e 15h
Domingo, 01/07: 11h e 15h
Segunda, 02/07: 11h e 15h
Terça, 02/07: 11h e 15h

Quartas de final:

Sexta, 06/07: 11h e 15h
Sábado, 07/07: 11h e 15h

Semifinais:

Terça, 10/07: 15h
Quarta, 11/07: 15h

Disputa do terceiro lugar:

Sábado, 14/07: 11h

Final:

Domingo, 15/07: 12h 

Agonia em praça pública

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POR KIKO NOGUEIRA, no DCM

O Brasil assiste aos estertores da Lava Jato. Como no apocalipse, os sinais estão em toda parte. Os mais visíveis são o encerramento da página no Facebook da mulher de Sergio Moro, Rosângela, em homenagem aos feitos do marido; a prisão patética da líder do grupo golpista Nas Ruas, caluniando deputados em nome do juiz paranaense; a histeria de Deltan Dallagnol, agora tentando sabotar as eleições de 2018 com os amigos procuradores.

O depoimento do ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Durán à CPMI da JBS foi a pá de cal. Durán, como se sabe, não fez acordo de delação premiada. Através de teleconferência, mostrou cópias periciadas de conversas com Carlos Zucolotto, padrinho de casamento de Moro, no que parece uma tentativa de extorsão.

Zucolotto negociaria em nome de um tal “DD”, iniciais naturalmente associadas a Deltan Dallagnol — ou, como está circulando na internet, Duiz Dinácio. Tacla Durán ainda citou a delação “à la carte” que lhe teria sido oferecida por Marcelo Miller. Ainda que virtualmente ignorada pela imprensa, sua participação na CPI inundou as redes sociais.

série de reportagens do DCM com o GGN mostrou que a Lava Jato tornou-se uma indústria que está deixando muita gente rica — advogados, gente do Ministério Público, delatores –, enquanto o país empobrece. Que tipo de combate aos corruptos é esse?

A ganância da tal “panela de Curitiba”, de que fala Durán, engoliu os motivos pretensamente “nobres” da operação que pretendia redimir o Brasil de 500 anos de corrupção. Com tantos peixes graúdos na rede, ela foi instrumentalizada para ajudar a derrubar Dilma Rousseff e perseguir Lula obsessivamente.

Ao final, a desmoralização.

A mídia deu uma força inestimável nesse sentido com os vazamentos sem critério e a canonização de picaretas como o Japonês da Federal. Foi o abraço do afogado. Criaram-se popstars jurídico-policiais como Dallagnol, Carlos Fernando dos Santos Lima, Sergio Moro, Rodrigo Janot e tantos outros fios desencapados, sequestradores das vontades de um STF fraco.

Nenhum país aguenta viver sob uma instabilidade institucional dessa monta. O Brasil foi alvo de uma condução coercitiva da Lava Jato. Quatro anos depois, como diziam os Teletubbies, é hora de dar tchau.

Aids – o mau exemplo do Brasil

POR MÁRIO SCHEFFER E CAIO ROSENTHAL
A cada 15 minutos, um novo caso de aids é registrado no Brasil. Diariamente, pelo menos 34 pessoas morrem por causa da doença. É inaceitável que o país, na contramão da tendência mundial, não tenha conseguido diminuir a velocidade de novas infecções e impedir tantas mortes evitáveis.
Em vez de atualizar os pressupostos do combate à aids, governos recentes insistem em “torturar” números para sustentar a tese ilusória de que a epidemia estaria controlada no Brasil.
Não há estratégia clara para levar o tratamento a mais de 260 mil pessoas que sabem que são HIV-positivas, mas ainda não se beneficiam das terapias com antirretrovirais, e a outros milhares de cidadãos também infectados e que nem sequer sabem disso, já que não tiveram acesso ao teste.
Negligenciados, adolescentes e jovens brasileiros nunca estiveram tão vulneráveis. Em dez anos, os casos de aids mais que dobraram na faixa etária de 15 a 24 anos. Campanhas e ações de saúde não alcançam as mudanças geracionais, de comportamento e os novos espaços de sociabilidade, inclusive digitais.
Na esteira de movimentos como o “escola sem partido”, conservadores impõem no ambiente escolar o silêncio sobre sexualidade, noção de risco, gênero e preconceito, temas fundamentais para dialogar sobre aids com jovens.
E o que explica a calamidade de mais de 30% das travestis e transexuais, em estudo no Rio de Janeiro, e mais de 15% dos homens gays, em pesquisa no centro de São Paulo, serem HIV-positivos?
Por que, se comparada à população geral, a frequência da infecção pelo vírus da aids é 15 vezes mais elevada entre usuários de drogas e 12 vezes maior entre mulheres profissionais do sexo?
Não é o fato de pertencer a um grupo ou de viver em determinados contextos que leva alguém a se infectar pelo HIV, mas sim a combinação entre práticas sexuais desprotegidas, ausência de políticas de prevenção, negação de direitos, racismo, sexismo, homofobia, pobreza, violência e sujeição ao duplo estigma da identidade e da condição de saúde.
Mesmo fadado ao desmonte com o ajuste fiscal, o Sistema Único de Saúde (SUS) já dispõe de repertório considerável: campanhas publicitárias, preservativos, testagem rápida para o HIV, diagnóstico e tratamento de sífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis, programas de redução de danos, protocolos de uso de medicamentos para quem tem HIV e para soronegativos antes ou depois da exposição ao risco de se infectarem.
Esses recursos, porém, são mal empregados, não chegam ou não fazem sentido para aqueles que mais deveriam se beneficiar com sua utilização. A política moralista não reconhece os mais vulneráveis como cidadãos plenos, sujeitos de suas escolhas, e ainda se alia a legisladores obcecados em retirar ou negar seus direitos.
Sabe-se agora que não existe risco algum de uma pessoa com HIV em tratamento adequado e com carga viral indetectável transmitir o vírus a outra. Ao não assumir explicitamente essa evidência científica, o Brasil demora em remodelar sua política de incentivo ao teste e início do tratamento, deixando de impedir milhares de infecções.
O país desperdiça oportunidades e coleciona retrocessos –por exemplo, deixou de priorizar respostas baseadas no conhecimento de ONGs e das próprias comunidades mais atingidas pela aids. Pioneiro na oferta pública de medicamentos anti-HIV, o Brasil de hoje é o mau exemplo e mostra ao mundo o quanto a decadência da política pode atrasar o tão sonhado fim da aids.

Após campanha na Libertadores, gremista Arthur é cobiçado pelo Barça

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Segundo o jornal Sport, o Barcelona fez há pouco mais de uma semana a aproximação para levar em breve o volante Arthur, do Grêmio. O garoto de 21 anos foi um dos grandes destaques da conquista da Libertadores, e inclusive foi eleito o melhor jogador da finalíssima contra o Lanús, na Argentina, na última quarta-feira.

De acordo com o diário, o secretário-técnico do Barça, Robert Fernández, jantou com o estafe do atleta em Porto Alegre depois do jogo de ida da decisão continental e já fez os primeiros contatos para levar a joia gremista, que vem sendo comparada na Espanha a ninguém menos que Andrés Iniesta e Xavi Hernández.

“O encontro aconteceu em uma churrascaria muito famosa da capital gaúcha, e durou até altas horas da madrugada. Com isso, Robert encerrou sua turnê sul-americana com o dever feito. Observou a grande revelação do futebol brasileiro em 2017 in loco, nos dois encontros com o Lanús, e já fez a aproximação para contratá-lo”, destacou o veículo.

Nesta quinta, o mesmo diário decretou: com uma atuação espetacular na Argentina, o garoto da seleção brasileira passou com sobras no teste e “fez até doutorado”. “O jovem meio-campista, de apenas 21 anos, mostrou suas melhores virtudes, com o secretário-técnico do Barça, Robert Fernández, observando sua atuação ao vivo no estádio La Fortaleza. Em um primeiro tempo primoroso, ele foi o fio condutor de um Grêmio muito superior, que dominou um irreconhecível Lanús”, disse o diário.

Sport também exaltou as estatísticas de Arthur na decisão continental: atleta que mais tocou na bola (47 vezes) e que ganhou mais divididas na partida (10 das 13 que participou). Ainda de acordo com o Sport, porém, outro gigante entrou na briga para levar Arthur.

“O Barça sabe que conta com a preferência do jogador. Mas sabe que, dada à sua explosão e à pressão dos grandes da Europa (nos últimos dias, a imprensa já o especula no Manchester United de José Mourinho), terá que agir rápido para não perder o jogador”, salientou. E o número de interessados pode inclusive aumentar se o volante tiver bom desempenho no Mundial de Clubes.

“A competição será dura. A esplêndida final da Libertadores, que lhe permitiu disputar o Mundial, deu ainda mais dimensão internacional ao jovem, que em outubro foi convocado por Tite para a seleção brasileira e que tem chances reais de ir ao Mundial da Rússia”, observou o jornal.

Arthur tem contrato até 2021 com o Grêmio, e uma cláusula de rescisão de 50 milhões de euros (R$ 190,5 milhões). O clube gaúcho tem 60% de seus direitos, enquanto o restante está dividido entre o próprio jogador e um investidor.  (Da ESPN)

E Tite prefere ter Fernandinho como opção na Seleção.

Por ofensiva, Justiça suspende propaganda do governo pró-reforma

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Por ver “desinformação” e “desqualificação” de uma parte da sociedade, a juíza substituta Rosimayre Gonçalves de Carvalho, da 14ª Vara Federal de Brasília, determinou a suspensão da propaganda do governo sobre a reforma da Previdência, que apresenta uma medida como importante para combate de supostos privilégios. A decisão é liminar (provisória). A Advocacia-Geral da União já adiantou que vai recorrer.

Para a juíza, a propaganda oficial é “ofensiva e desrespeitosa a grande número de cidadãos dedicados ao serviço público”. Ela também vê desinformação no anúncio do governo de que, com a efetivação da reforma, haverá mais recursos para investimentos em outras áreas. E lembrou que o Executivo não informa que o regime dos servidores é diferente da iniciativa privada. Fixando multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento, a juíza disse que a propaganda “influenciará indevidamente na formação da opinião pública sobre tão relevante tema que, por sua gravidade, não deveria ser assim manipulado”.

Trata-se de ação ajuizada pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), pela Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) e outras entidades. “Começa a ser feita justiça”, disse o presidente da Anfip, Floriano Sá Neto. Os servidores afirmam que a propaganda não tem cunho educativo e faz “propagação inverídica” sobre o tema.

O governo tem dificuldades para conseguir maioria suficiente à aprovação da proposta. Nesta semana, representantes das centrais sindicais foram pedir ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que deixe a votação para o ano que vem. As centrais marcaram greve nacional para a próxima terça-feira (5), contra a reforma previdenciária.

O governo destinou R$ 170 milhões milhões para despesas com comunicação no Orçamento deste ano. Somente de janeiro a junho já havia executado R$ 100 milhões para a reforma da Previdência. Segundo notícias divulgadas hoje, a equipe de comunicação do Planalto planejou outros R$ 72 milhões nos últimos dias para diminuir a “resistência” da opinião pública e reduzir o temor de sua base de enfrentar as urnas no ano que vem.

Haddad faz palestra hoje na UFPA

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A Universidade Federal do Pará (UFPA) recebe, nesta sexta-feira, 1º de dezembro, o professor e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, para falar sobre os “Desafios para a Educação Pública no Brasil”. A palestra, que acontece às 15h, no Centro de Eventos Benedito Nunes (CEBN), será aberta ao público, respeitando o limite de lotação do auditório.

A palestra abordará a conjuntura atual da educação pública brasileira, com análise dos desafios enfrentados pelas instituições de ensino público e pelos profissionais da educação, principalmente diante das ameaças provenientes do cenário político e econômico nacional, com corte de verbas e instabilidade da carreira.

Ministro da Educação (2005 a 2012) e prefeito de São Paulo (2013 a 2016), Haddad é graduado em Direito, mestre em Economia e doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), e professor do Departamento de Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo – USP.

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