
POR GERSON NOGUEIRA
O Remo teve muito mais dificuldades do que o placar do jogo faz crer. A vitória por 2 a 0 sobre o Pinheirense, que praticamente garante vaga nas semifinais, não retrata o equilíbrio reinante na maior do tempo. Depois de fazer 1 a 0 no primeiro tempo, o Remo voltou com Eduardo Ramos para os 45 minutos finais e aí ampliou o escore e se tranquilizou em campo.
Pode-se dizer que o Remo do segundo tempo foi merecedor do triunfo, mas no início da partida quem produziu mais foi o Pinheirense. A estratégia foi fechar as laterais e acertar a marcação no meio.
Os primeiros 15 minutos mostraram um Pinheirense agressivo e vibrante, pecando apenas nas finalizações. Acuados, os volantes do Remo eram forçados a esticar bolas para o ataque, o que facilitava a recomposição da defesa adversária. Nos contragolpes, Lucão, Biolay e Feijão criavam seguidas chances diante de André Luís.
O Remo ameaçava pouco. Edgar tentou uma boa jogada e Henrique errou um cabeceio. O gol caiu do céu num lance acidental. O zagueiro Wallace escorregou e prendeu a bola com o braço. Marquinhos converteu o pênalti e a partida cresceu em movimentação.
Com o Eduardo Ramos (que substituiu a Gabriel), o time se transfigurou. Valorizou a troca de passes e ficou mais ofensivo, com Flamel adiantado. As chances foram se repetindo, com Edgar, Jaquinha, Nano e Flamel.
O segundo gol nasceu de um cruzamento perfeito de Léo Rosa para o cabeceio de Ramos no canto direito do gol de Adriano. O Pinheirense se viu obrigado a sair e as coisas se inverteram. O contra-ataque mudou de lado, iniciado sempre por Ramos.
A parte final do confronto foi toda azulina, com destacada participação de Ramos, em retorno triunfal, que conseguiu até fazer esquecer a agonia do começo do jogo.
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Papão passa aperto, mas vence e dispara
O Papão também teve um primeiro tempo travado e só chegou ao gol na etapa final, depois que Diogo Oliveira entrou e ajustou as coisas no meio. O resultado deixa o time praticamente classificado às semifinais. Apesar disso, os aperreios sofridos diante do Independente voltaram a inquietar a torcida, que vaiou o time e cobrou mais qualidade.
Com a repetição do sistema de três volantes no meio, o Papão não conseguia articular nenhuma jogada criativa. Leandro Carvalho era a exceção, buscando avançar pela direita. Ainda assim, foram poucos os lances de área nos primeiros 45 minutos.
Para a etapa final, Chamusca colocou Diogo Oliveira para se aproximar dos atacantes e lançar os laterais. Deu certo. Logo aos 8 minutos, em jogada de linha de fundo, a bola chegou para o próprio Oliveira finalizar e marcar.
Mesmo em vantagem, o Papão não conseguia se tranquilizar. Nos 10 minutos finais, o Galo avançou os homens de meio e botou pressão, com duas boas chegadas. A primeira em cabeceio de Dudu. Depois, com Magno, que entrou livre na área e bateu à esquerda do gol. Apesar de cansado, com um a menos (Egno foi expulso), o Independente conseguiu ameaçar e deixar o torcedor alviceleste com a pulga atrás da orelha.
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Blog campeão festeja nova proeza
O escriba de Baião rende homenagens aos amigos, colaboradores e baluartes pela mais nova façanha do blog campeão: alcançou, no sábado à noite, a marca de 7 milhões de acessos, com mais de 400 mil comentários e atualização diária ao longo dos sete anos de funcionamento.
Valeu, pessoal. Que venham novos recordes!
(Coluna publicada no Bola desta segunda-feira, 13)