Dupla Re-Pa citada em boatos sobre mudanças na Copa do Nordeste

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POR SILVIO BARSETTI, no Terra Esportes

Os clubes mais tradicionais do Norte do País, Paysandu e Remo, podem ser convidados para fazer parte da Copa do Nordeste a partir de 2018. Isso está condicionado a uma eventual desistência dos três grandes de Pernambuco – Sport, Santa Cruz e Náutico -, insatisfeitos com o modelo vigente na competição.

Os pernambucanos deixaram no ar a possibilidade de sair da Copa do Nordeste se não houver mudanças radicais em seu modelo e sistema de disputa. Querem, por exemplo, que a Copa seja realizada em período diferente dos Estaduais e que haja uma redução significativa do número de participantes. Hoje, a Copa tem 20 clubes. Defendem uma competição com 12.

Se suas reivindicações não forem atendidas, Sport, Santa Cruz e Náutico vão pleitear uma Copa do Nordeste com duas divisões, cada qual com dez clubes, e que os Estaduais sejam apenas classificatórios para o torneio regional.

Diante da dificuldade de aprovação dessas propostas, em razão da dissonância com outros clubes e federações do Nordeste, já existe uma movimentação silenciosa dos três grandes de Pernambuco para deixar a Copa. Se isso for concretizado, entraria em pauta o convite a Paysandu e Remo para integrar o grupo, embora ambos já disputem a Copa Verde.

INSATISFAÇÃO

Unidos com o propósito de valorizar a Copa do Nordeste, os grandes clubes de Pernambuco -Sport, Santa Cruz e Náutico – querem que o torneio volte às suas origens, com limitação de número de participantes e em período diferente dos Estaduais, ou, se isso não for possível, que haja uma fusão entre as duas competições. A ideia vem ganhando corpo, embora não conte com o apoio de todas as federações nordestinas. “É um conceito que temos defendido e já manifestamos isso à CBF. Ou a Copa do Nordeste volta a ser uma copa, como foi no início, disputada sem datas que sobreponham os Estaduais, ou é melhor fundir as duas competições”, disse ao Terra o presidente da Federação de Futebol de Pernambuco, Evandro Carvalho.

Para ele, os Estaduais perderam a sua razão de ser e são deficitários. Em sua avaliação, a Copa do Nordeste tem valor de mercado em torno de R$ 100 milhões, se organizada “adequadamente”. Hoje, a competição distribui R$ 28 milhões para os clubes.

“Vivemos no boom das transmissões dos jogos pela TV, na era do Barcelona, do Real Madrid. Tudo mudou e temos que acompanhar isso. Nessa edição de 2017, por exemplo, são 20 clubes na Copa do Nordeste. Não pode, o produto está inchado e isso provoca desinteresse no torcedor. Os três grandes do meu Estado me autorizaram a levantar essa discussão e vamos tentar convencer outros clubes e federações sobre a importância do tema”.

Para o dirigente, uma alternativa seria a criação de duas divisões na Copa do Nordeste, com 10 clubes cada, enquanto que os Estaduais serviriam como classificatórios para uma eventual Série B da Copa – com até quatro clubes ganhando vaga anualmente para a competição.

Tomara fosse possível. O que há é apenas um balão de ensaio dos clubes de Pernambuco, pressionando a CBF a mudar o formato da Copa do Nordeste. 

8 comentários em “Dupla Re-Pa citada em boatos sobre mudanças na Copa do Nordeste

  1. Os dois comentários acima são verdadeiros.

    1) Remo e Psc passam sufoco quando enfrentam equipes semi-amadoras, e enfrentando equipes mais fortes do Nordeste correriam grande risco de dar vexame.

    Acrescento mais um:

    somente times como Ceará, Fortaleza, Bahia, Vitória… atrairiam público mais significativo. Portanto, a própria CN, como pretendem os clubes pernambucanos, precisa sofrer processo de enxugamento no número de seus participantes.

    2) A premiação financeira da CV é vergonhosa.

    Mas ainda assim, creio que, se reformulada, poderia ser mais interessante. P.ex., menor número de participantes (8 da região Norte, e só) e mudança no calendário.

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  2. Essa Copa Verde é tão insignificante a começar pela presença de time do Espirito Santo, que, até vão meus conhecimentos de Geografia, adquiridos no CEPC, através da competentíssima Prof. Dirce Koury, jamais ficou, ou ficará, localizado na Região Norte. O mesmo se diria de times de Goias e Brasília, que os mapas e enciclopédias insistem em informam serem da Região Centro-Oeste !

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  3. Outro parâmetro a considerar na relevância das duas Copas, são as participações dos clubes na TIMEMANIA, da CAIXA. Enquanto na Copa do Nordeste 15 (75%) dos 20 clubes estão incluídos, na Copa Verde apenas 5 (28%) dos 18 clubes estão no mapa nacional dos apostadores dessa loteria. Comparadas as duas, a Copa Verde é um torneio de pelada.

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  4. Só um contraponto acerca da suscitada desistência da dupla Re-Pa da CN: o torneio dá prejuízo (financeiro ou de outra natureza) pra dupla? Se não dá prejuízo, a dupla está em condições de abrir mão do pouco que ganha, desistindo da competição? Se resolver abrir mão, a dupla tem outra alternativa de geração de renda? A dupla tem poder de barganha ou de pressão perante a entidade patrocinadora para, respectivamente, negociar melhores contrapartidas ou esmurrar a mesa e exigir uma premiação maior?

    Sob o meu ponto de vista, todas as respostas para os quesitos apresentados, pelo menos, por enquanto, são negativas.

    Quanto à participação na Copa Nordeste, não tenho esta certeza de que nossos clubes passariam vergonha. Poderiam até não ser campeões, mas vergonha certamente não fariam. Prova disso são os times que enfrentamos aqui pelas séries c e b. Não vi nenhum destes assim em condições de humilhar nossos times.

    Acho que onde levamos de goleada é na representatividade de nossas autoridades, inclusive fora do futebol.

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  5. Esses clubes do Nordeste a maioria é fregues do Papao, esse Sport que o diga.. fico rindo de certos comentarios! Eu duvido o Paysandu passar vergonha pra.clube do Nordeste. Principalmente Sport, Santa Cruz e Nautico.

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