Série B: as rotas para o título e o acesso

POR CLAUDIO SANTOS
Veja como está a briga pelo título e pelas vagas para o acesso à Série A 2016.
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BOTAFOGO:
Tem 68 pontos, 20 vitórias. Poderá chegar a 77 pontos. Com mais 2 vitórias, conquista o título, matematicamente. Jogos restantes:
1- Santa Cruz – C
2- ABC – F
3- América-MG – C
AMÉRICA-MG:
Com 63 pontos, pode chegar a 72. Com mais uma vitória, conquista o acesso. Próximos adversários:
1- Paraná – F
2- Ceará – C
3- Botafogo – F
VITÓRIA:
Com 60 pontos e 17 vitórias, poderá chegar aos 69 pontos e 20 vitórias. Com mais dois triunfos, conquista o acesso. Jogos que restam:
1- Ceará – C
2- Luverdense – C
3- Santa Cruz – F
SANTA CRUZ:
Tem 58 pontos e 17 vitórias. Poderá chegar aos 67 pontos e 20 vitórias. Precisa de 3 vitórias para garantir o acesso, mas pode alcançar com até duas vitórias apenas, dependendo do desempenho dos concorrentes diretos.
1- Botafogo – F
2- Mogi Mirim – F
3- Vitória- C
SAMPAIO CORRÊA:
Com 57 pontos e 15 vitórias, pode alcançar 66 pontos e 18 vitórias. Terá que vencer seus 3 jogos e torcer pro Santa Cruz ao menos empatar um para conseguir o acesso
1- Bragantino – F
2- CRB – F
3- Paraná – C
NÁUTICO:
Com 56 pontos e 16 vitórias, pode chegar a 65 pontos e 19 vitórias. Terá que vencer os 3 jogos, torcer pro Santa perder 1 jogo e o Sampaio empatar 1 jogo para obter o acesso
1- CRB – C
2- Bahia – C
3- Bragantino – F
BAHIA:
Com 55 pontos e 14 vitórias, poderá chegar aos 64 pontos e 17 vitórias, mas para conquistar o acesso terá que vencer todos os jogos e torcer ainda para o Santa perder 1 jogo e empatar outro; e por derrotas de Sampaio e Náutico.
1- Boa Esporte – F
2- Náutico – F
3- Atlético/GO – C
BRAGANTINO:
Tem 54 pontos e 17 vitórias. Pode chegar aos 63 pontos e 20 vitórias. Para subir, terá que vencer seus 3 jogos, torcer por 1 derrota e 1 empate do Santa; 1 derrota do Sampaio e do Náutico; e 1 empate do Bahia.
1- Sampaio – C
2- Paraná – F
3- Náutico – C
PAYSANDU:  
Com 53 pontos e 15 vitórias, pode chegar aos 62 pontos e 18 vitórias. Para alcançar o acesso, terá que vencer os 3 jogos e torcer para Santa e Sampaio perderem 1 jogo e empatarem outro; para o Náutico perder 1 jogo (decidiria no saldo de gols); e para Bahia e Bragantino empatarem 1 jogo.
1- Luverdense – C
2- Criciúma – C
3- Oeste – F
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Observação
À medida que as rodadas forem acontecendo, os rumos e cálculos irão se alterando. Pela situação atual, o Botafogo é o virtual campeão e América-MG e vitória já conseguiram o acesso. (Se os amigos lembram, lá na 12ª rodada chamava a atenção para esses 3 clubes, que não saíam do G4. América e Vitória chegaram a sair e, rapidamente, voltaram. Times de força, de chegada. Não estava enganado). Na minha opinião, o Paissandu ainda tem chances, mas essa 4ª vaga está mais para os dois times de Pernambuco, Santa Cruz e Náutico.

Papão lança a promoção “pague 1, leve 2”

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A fim de atrair o torcedor para o jogo contra o Luverdense, válido pela antepenúltima rodada da Série B 2015, a diretoria do Paissandu resolveu lançar uma nova promoção: na compra de um ingresso de arquibancada, o torcedor ganha outro. Além disso, no valor promocional, a meia-entrada sai por R$ 5,00. Os ingressos começaram a ser vendidos nesta quarta-feira à tarde e custam R$ 25,00 (arquibancada) e R$ 50,00 (cadeira).

Locais de venda: estádio da Curuzu, sede social (av. Nazaré), Parque Shopping e site oficial do Paissandu.

Aliado de Cunha confessa real motivo de apoio

DO BRASIL247

Nada como um ataque de franqueza para desmoralizar de vez uma conspiração golpista. O “sincericídio” foi cometido na noite de ontem pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o presidente do Solidariedade, que foi ao Jornal Nacional e explicou por que seu partido mantém o apoio ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

“Nós do Solidariedade estamos convencidos de que só tem um jeito de fazer o impeachment da Dilma, que é segurar o Eduardo Cunha”, disse Paulinho, na cara dura, sem um pingo de vergonha (confira aqui). Incapaz de defender Cunha, acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas por meio de suas contas suíças, Paulinho, que é também réu no Supremo Tribunal Federal, explicitou sua lógica – Cunha tem serventia porque pode conduzir um golpe.

Com seu jogo aberto, Paulinho prestou um bom serviço ao País e desmoralizou de vez o projeto tucano. Faltou avisá-lo que golpes e conspirações não são feitos à luz do dia – é preciso dissimular e se mover nas sombras, como vinham fazendo, por sinal, líderes de outros partidos, como o DEM e o PSDB, do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

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Paulinho ainda tentou convencer os tucanos de que vale a pena negociar os dois votos do partido no Conselho de Ética – assim, se Cunha for salvo, ele poderia acatar um pedido de impeachment. Mas mesmo os tucanos, que lideram a conspiração golpista, disseram não porque sabem que um golpe sob a liderança de Cunha, o vendedor de carne moída para a África, não tem a menor chance de prosperar.

Por isso mesmo, contra a vontade de Paulinho, os tucanos anunciaram hoje seu desembarque da aliança com Eduardo Cunha. Em nota, a bancada do PSDB na Câmara rompeu com o presidente da Casa, alegando que a explicação do peemedebista não convence e que, em nome da “ética”, reitera “de forma ainda mais veemente” o pedido de afastamento de Cunha do cargo (leia mais).

Não porque sejam mais éticos do que Paulinho. Apenas dissimulam melhor suas intenções.

O deputado do Solidariedade assume a vaga do partido no Conselho de Ética na sessão desta quarta-feira 11. Ele substitui o correligionário Wladimir Costa, que renunciou alegando motivo de saúde, para que Paulinho possa votar contra a cassação do aliado.

Leão renova com zagueiro e busca mais acordos

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A Diretoria do Remo confirmou no final da manhã desta quarta-feira a renovação de contrato do zagueiro Ciro Sena, que teve boa participação nos momentos decisivos da Série D. Além dele, já renovaram com o clube para 2016 o goleiro Fernando Henrique e o atacante Léo Paraíba. Continuam pendentes as situações de Eduardo Ramos, Henrique, Max (foto), Levy, Ilaílson e Chicão, todos titulares da equipe que obteve o acesso à Série C.

Com o técnico Cacaio as conversas foram suspensas, por enquanto. Ele viajou para passar férias em Itaperuna (RJ), mas as negociações ficaram em aberto. Por outro lado, alguns dirigentes já falam em outros nomes, como Josué Teixeira (ex-Macaé), Fernando Diniz (ex-Paraná), Flávio Araújo (River) e Sidney Moraes. (Foto: MÁRIO QUADROS)

Tribuna do torcedor

POR LEO KEUFFER (leosk27@hotmail.com)

Pelo jeito, os dirigentes do Paysandu, se acomodaram e aceitaram a série B mesmo, de certa forma até concordo, por não termos estrutura de clube de série A, mas teremos essa estrutura para 2016?
Até quando, teremos essa mentalidade de derrotado, tipo: vamos nos manter, ou o melhor é não cair etc.., tá explicado porque somos a região mais atrasada do país e em todos os níveis sociais, até porque a gestão dos clubes é ruim mesmo.
A verdadeira mudança, começa pela consciência de que somos capazes de ser melhores. Temos que cultivar a mentalidade dos campeões.

Burrice (na música) é mais perigosa do que se pensa

POR REGIS TADEU, no Yahoo! Notícias

Infelizmente, a constatação é óbvia: nunca vivemos em uma época em que a música popular brasileirarealmente popular apresentasse um grau de burrice tão grande como nos dias atuais. A impressão generalizada é que há algum tipo de pacto de estupidez entre gente que se diz “artista” e uma imensa manada de pessoas que transformaram a palavra “plateia” em sinônimo de agrupamento de retardados.

A falta de capacidade cognitiva da grande maioria de brasileiros que consome música no Brasil gera uma total incompreensão sobre o significado poético de canções que ainda insistem em trazer letras que necessitem de uma capacidade cerebral superior a de um peixe para que possam ser apreciadas. Para esta geração, as canções de caras como Lenine, Ney Matogrosso e Gilberto Gil soam como tratados de Física Quântica musicados.

Hoje, é cada vez maior a dificuldade de prender a atenção destes milhões de verdadeiros “bagres”. Isso explica porque o sertanejo chamado de “universitário” e o funk imbecilizante se tornaram as novas coqueluches dentro do mercado nacional. E quando escrevo “mercado”, nem me passa pela cabeça algo que se relacione com venda de discos, já que hoje também vivemos em tempos em que tudo pode ser pego “de grátis” na internet. Estes dois estilos musicais encontraram um público perfeito, desprovido de qualquer sinal de sensibilidade poética, para quem o importante é “beijar muito na balada”. Para quem achava que a “axé music” era o fundo do poço, trataram de cavar mais um pouco para checar a uma camada de “pré-sal da estupidez”. Hoje somos o país do “tche tche rerê tetê barabará bereberê”, do “vem novinha sentar no meu colo” e de outras merdas do gênero.

A total falta de capacidade cerebral deste público foi tornada explícita recentemente com a tal polêmica a respeito do que o Zeca Camargo disse e, principalmente, no apoio que a iniciativa dos pais do falecido Cristiano Araújo – que, sabe-se lá por quê, resolveram processar o apresentador da Globo – vem recebendo por parte deste mesmo público retardado que citei anteriormente. Quase ninguém realmente entendeu o que o Zeca falou.

Neste exato momento, você deve se perguntar “Regis, por que você está escrevendo isto?” e a minha resposta é simples: porque estou cada vez mais preocupado em ver que um imenso rebanho de gente descerebrada está cerceando o direito de pensar de maneira diferente do senso comum imbecilizado. Porque já saquei que fãs deixaram de ser apenas idiotas comuns para se tornarem censores imbecis. Porque já percebi que programas de TV se tornaram um imenso painel de cretinice para buscar a audiência desta imensa turma de bucéfalos, com a cumplicidade medrosa de atores, atrizes, cantores, cantoras e músicos em geral, que se escondem atrás de discursos e elogios mentirosos para não desagradar a verdadeira horda de mentecaptos que os assistem e consomem seus produtos.

Sim, este é um texto de um sujeito velho, ranheta e cada vez mais intolerante com o estado de coisas no Brasil, que ainda não se cansou de tentar elevar a voz para condenar o emburrecimento coletivo que assola o nosso país. Faço isso porque sei que uma Nação repleta de ignorantes é o prato cheio para a desgraça. Foi assim que surgiu o nazismo e o tal Estado Islâmico: repita uma mentira dez milhões de vezes para um ignorante e ela se tornará uma verdade para ele.

Pense nisto…

“O empregado tem carro e anda de avião. E eu estudei pra quê?”

Preconceito

POR MATHEUS PICHONELLI, na CartaCapital

Se você, a exemplo dos professores que debocharam de passageiro “mal-vestido” no aeroporto, já se fez esta pergunta, parabéns: você não aprendeu nada

O condômino é, antes de tudo, um especialista no tempo. Quando se encontra com seus pares, desanda a falar do calor, da seca, da chuva, do ano que passou voando e da semana que parece não ter fim. À primeira vista, é um sujeito civilizado e cordato em sua batalha contra os segundos insuportáveis de uma viagem sem assunto no elevador. Mas tente levantar qualquer questão que não seja a temperatura e você entende o que moveu todas as guerras de todas as sociedades em todos os períodos históricos. Experimente. Reúna dois ou mais condôminos diante de uma mesma questão e faça o teste. Pode ser sobre um vazamento. Uma goteira. Uma reforma inesperada. Uma festa. E sua reunião de condomínio será a prova de que a humanidade não deu certo.

Dia desses, um amigo voltou desolado de uma reunião do gênero e resolveu desabafar no Facebook: “Ontem, na assembleia de condomínio, tinha gente ‘revoltada’ porque a lavadeira comprou um carro. ‘Ganha muito’ e ‘pra quê eu fiz faculdade’ foram alguns dos comentários. Um dos condôminos queria proibir que ela estacionasse o carro dentro do prédio, mesmo informado que a funcionária paga aluguel da vaga a um dos proprietários”.

A cena parecia saída do filme O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho, no qual a demissão de um veterano porteiro é discutida em uma espécie de “paredão” organizado pelos condôminos. No caso do prédio do meu amigo, a moça havia se transformado na peça central de um esforço fiscal. Seu carro-ostentação era a prova de que havia margem para cortar custos pela folha de pagamento, a começar por seu emprego. A ideia era baratear a taxa de condomínio em 20 reais por apartamento.

Sem que se perceba, reuniões como esta dizem mais sobre nossa tragédia humana do que se imagina. A do Brasil é enraizada, incolor e ofuscada por um senso comum segundo o qual tudo o que acontece de ruim no mundo está em Brasília, em seus políticos, em seus acordos e seus arranjos. Sentados neste discurso, de que a fonte do mal é sempre a figura distante, quase desmaterializada, reproduzimos uma indigência humana e moral da qual fazemos parte e nem nos damos conta.

Dias atrás, outro amigo, nascido na Colômbia, me contava um fato que lhe chamava a atenção ao chegar ao Brasil. Aqui, dizia ele, as pessoas fazem festa pelo fato de entrarem em uma faculdade. O que seria o começo da caminhada, em condições normais de pressão e temperatura, é tratado muitas vezes como fim da linha pela cultura local da distinção. O ritual de passagem, da festa dos bixos aos carros presenteados como prêmios aos filhos campeões, há uma mensagem quase cifrada: “você conseguiu: venceu a corrida principal, o funil social chamado vestibular, e não tem mais nada a provar para ninguém. Pode morrer em paz”.

Não importa se, muitas e tantas vezes, o curso é ruim. Se o professor é picareta. Se não há critério pedagógico. Se não é preciso ler duas linhas de texto para passar na prova. Ou se a prova é mera formalidade.

O sujeito tem motivos para comemorar quando entra em uma faculdade no Brasil porque, com um diploma debaixo do braço, passará automaticamente a pertencer a uma casta superior. Uma casta com privilégios inclusive se for preso. Por isso comemora, mesmo que saia do curso com a mesma bagagem que entrou e com a mesma condição que nasceu, a de indigente intelectual, insensível socialmente, sem uma visão minimamente crítica ou sofisticada sobre a sua realidade e seus conflitos. É por isso que existe tanto babeta com ensino superior e especialização. Tanto médico que não sabe operar. Tanto advogado que não sabe escrever. Tanto psicólogo que não conhece Freud. Tanto jornalista que não lê jornal.

Função social? Vocação? Autoconhecimento? Extensão? Responsabilidade sobre o meio? Conta outra. Com raras e honrosas exceções, o ensino superior no Brasil cumpre uma função social invisível: garantir um selo de distinção.

Por isso comemora-se também ao sair da faculdade. Já vi, por exemplo, coordenador de curso gritar, em dia de formatura, como líder de torcida em dia de jogo: “vocês, formandos, são privilegiados. Venceram na vida. Fazem parte de uma parcela minoritária e privilegiada da população”; em tempo: a formatura era de um curso de odontologia, e ninguém ali sequer levantou a possibilidade de que a batalha só seria vencida quando deixássemos de ser um país em que ter dente era (e é), por si, um privilégio.

Por trás desse discurso está uma lógica perversa de dominação. Uma lógica que permite colocar os trabalhadores braçais em seu devido lugar. Por aqui, não nos satisfazemos em contratar serviços que não queremos fazer, como lavar, passar, enxugar o chão, lavar a privada, pintar as unhas ou trocar a fralda e dar banho em nossos filhos: aproveitamos até a última ponta o gosto de dizer “estou te pagando e enquanto estou pagando eu mando e você obedece”. Para que chamar a atenção do garçom com discrição se eu posso fazer um escarcéu se pedi batata-fria e ele me entregou mandioca? Ao lembrá-lo de que é ele quem serve, me lembro, e lembro a todos, que estudei e trabalhei para sentar em uma mesa de restaurante e, portanto, MEREÇO ser servido. Não é só uma prestação de serviço: é um teatro sobre posições de domínio. Pobre o país cujo diploma serve, na maioria dos casos, para corroborar estas posições.

Por isso o discurso ouvido por meu amigo em seu condomínio é ainda uma praga: a praga da ignorância instruída. Por isso as pessoas se incomodam quando a lavadeira, ou o porteiro, ou o garçom, “invade” espaços antes cativos. Como uma vaga na garagem de prédio. Ou a universidade. Ou os aeroportos.

Neste caldo cultural, nada pode ser mais sintomático da nossa falência do que o episódio da professora que postou fotos de um “popular” no saguão do aeroporto e lançou no Facebook: “Viramos uma rodoviária? Cadê o glamour?”. (Sim, porque voar, no Brasil, também é, ou era, mais do que o ato de se deslocar ao ar de um local a outro: é lembrar os que rastejam por rodovias quem pode e quem não pode pagar para andar de avião).

Esses exemplos mostram que, por aqui, pobre pode até ocupar espaços cativos da elite (não sem nossos protestos), mas nosso diploma e nosso senso de distinção nos autorizam a galhofa: “lembre-se, você não é um de nós”. Triste que este discurso tenha sido absorvido por quem deveria ter como missão a detonação, pela base e pela educação, dos resquícios de uma tragédia histórica construída com o caldo da ignorância, do privilégio e da exclusão.

Brasileiro da Série B 2015 – Classificação atualizada

CLASSIFICAÇÃO PG J V E D GP GC SG %
Botafogo 68 35 20 8 7 58 26 32 65
América-MG 63 35 19 6 10 54 37 17 60
Vitória 60 35 17 9 9 53 37 16 57
Santa Cruz-PE 58 35 17 7 11 54 42 12 55
Sampaio Correa-MA 57 35 15 12 8 49 37 12 54
Náutico 56 35 16 8 11 45 41 4 53
Bahia 55 35 14 13 8 47 37 10 52
Bragantino 54 35 17 3 15 51 54 -3 51
Paysandu 53 35 15 8 12 45 38 7 50
10° Luverdense 51 35 14 9 12 42 34 8 49
11° CRB 50 35 14 8 13 43 41 2 48
12° Criciúma 45 35 11 12 12 33 38 -5 43
13° Paraná Clube 43 35 11 10 14 37 40 -3 41
14° Atlético-GO 43 35 10 13 12 30 40 -10 41
15° Oeste 42 35 10 12 13 35 41 -6 40
16° Ceará 41 35 11 8 16 40 48 -8 39
17° Macaé 39 35 9 12 14 41 49 -8 37
18° ABC 29 35 5 14 16 37 59 -22 28
19° Boa Esporte Clube 24 35 5 9 21 28 53 -25 23
20° Mogi Mirim 23 35 4 11 20 31 61 -30 22

E o Botafogo voltou à Primeira Divisão

POR JUCA KFOURI

Uma vez campeão brasileiro em 1995.

Uma vez campeão da Taça Brasil, em 1968.

Vinte vezes campeão carioca, quatro vezes campeão do Torneio Rio-São Paulo, oito da Taça Guanabara, o Botafogo está de volta à Primeira Divisão do futebol nacional.

Camisa gloriosa que vestiu Mané Garrincha, Didi, Nílton Santos e Gérson, gênios do futebol mundial, além de Jairzinho, Amarildo, Paulo César Caju, Zagallo e Roberto, todos também campeões mundiais pela Seleção Brasileira, pela segunda vez a Estrela Solitária sofreu na Segunda Divisão e pela segunda vez voltou.

Que não haja uma terceira é o desejo de quem já se maravilhou com o futebol botafoguense, hoje vitorioso contra o Luverdense, por 1 a 0, gol de Ronaldo, que não é o Gaúcho, nem muito menos o Fenômeno, mas o Silva, que veio de Itu para dar uma alegria do tamanho do mundo aos botafoguenses.

E o sonho acabou

POR GERSON NOGUEIRA

A célebre frase de John Lennon se aplica perfeitamente ao momento. O Papão empatou quando precisava ganhar para manter vivas suas chances de subir. Pior que isso: tropeçou no pior time do campeonato, o rebaixado Mogi Mirim, que só nesta semana dispensou um time inteiro e promoveu seis jogadores de seu time de juniores.

O primeiro tempo, ontem, em Mogi, já deu sinais de que algo não terminaria bem. Apesar do gol de Betinho aos 17 minutos, escorando cruzamento longo de Leandro Cearense, o time foi envolvido pela boa movimentação do Mogi, que parecia mais a fim de jogo do que o Papão.

Com vários jogadores substituindo antigos titulares, a equipe de Toninho Cecílio se lançou à partida com uma disposição de quem ainda brigava pelo acesso. O problema é que do outro lado, quem de fato ainda alimentava pretensões de subir, não parecia tão motivado.

Desarticulado, pouco combativo no meio-campo e com a conhecida falta de alguém criativo na ligação, o Papão parava na correria articulada do Mogi e na má jornada de várias de suas peças mais importantes. Pikachu, o talento do time, parecia ausente, com a cabeça longe.

Cearense se mantinha longe da área para não embolar com Betinho. Mesmo atuando mal, o Papão encontrou o gol num deslocamento inteligente de Cearense pelo lado esquerdo, deixando livre o espaço na área para Betinho se antecipar aos zagueiros. Pela direita, porém, Welinton Jr. não teve a intensidade esperada para aproveitar os contragolpes surgidos.

Atrás, a zaga espanava como podia, mas Fernando Lombardi transmitia insegurança e os baixinhos Ricardo Capanema e Augusto Recife sofriam para combater o jogo aéreo do Mogi.

A consequência direta da desvantagem nos cruzamentos foi a entrada de Fahel no segundo tempo. O problema é que as dificuldades eram ainda mais graves na transição e Dado Cavalcanti custou a mexer no setor.

Logo no reinício da etapa final, João Lucas quase acertou o ângulo esquerdo do gol de Daniel. Em seguida, Roni teve a bola do jogo nos pés. Entrou livre na área, mas chutou em cima do goleiro.

Quando Dado resolveu agir foi para lançar Carlinhos, orientado para chutar de média e longa distância, a fim de tentar matar o jogo logo nos primeiros minutos. Não deu certo, até porque o Papão seguiu a reboque do Mogi, que tomou a iniciativa das ações e seguia ofensivo – e perigoso.

Enquanto isso, Emerson ia operando verdadeiros milagres, defendendo chutes à curta distância e cabeceios fulminantes do rápido time do Mogi. A grande defesa da noite foi nos pés de Keké, que driblou um zagueiro e ia fuzilar para as redes quando o guardião bicolor se lançou aos seus pés.

De tanto fustigar, com grande variação de jogadas, o Mogi acabou merecidamente encontrando o caminho do gol, aos 26 minutos. Keké avançou pelo lado esquerdo, entortou Lombardi com uma ginga e cruzou para Gabriel finalizar. O mesmo Daniel perderia no final o gol mais feito da noite, tocando por cima da trave quando se encontrava sozinho diante da trave.

E se havia alguém merecedor da vitória ontem era o bravo Mogi, que mesmo despachado e apenas cumprindo tabela jogou com vontade, buscando a vitória como se não houvesse amanhã.

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Campanha cumpriu o objetivo inicial

Ao Papão, cuja campanha de permanência na Série B foi irretocável, resta refazer os planos, definir elenco e ajustar metas para 2016. É fato que não havia, de início, a pretensão de subir, que foi surgindo à medida que o time acumulava pontos e em condições de superar adversários mais credenciados. A frustração que advém do empate e do fim do sonho é natural para quem chegou tão perto de chegar ao acesso.

A sequência de lesões de atletas fundamentais no segundo turno, aliada a uma flagrante desmotivação nas últimas 10 rodadas, responde pelo desempenho final da equipe. Que não se veja no resultado decepcionante de ontem um retrato do que foi o Papão na Série B. A campanha continua digna de elogios e o objetivo previamente definido foi alcançado.

A permanência na Série B é uma grande conquista para um clube que não tinha recursos para investir em contratações mais certeiras e que ainda perdeu um certo tempo na definição do técnico antes da competição.

O que deixa margem para lamentação é que poucas vezes a Série B foi tão nivelada por baixo, permitindo amplas chances de acesso até a equipes que no começo não eram cotadas, como o próprio Papão, o Sampaio Corrêa e o Bragantino. Difícil imaginar para 2016 a repetição de um cenário tão favorável.

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Abaixo-assinado cobra explicações

Cresce o incômodo de conselheiros, sócios e torcedores do Remo com a ausência de informações mais precisas acerca do assalto ocorrido na sede do clube, dando margem a uma mobilização por cobrança pública de explicações aos dirigentes.

Na internet, começa a circular entre os torcedores um abaixo-assinado exigindo da Diretoria respostas convincentes sobre o episódio, que oficialmente resultou em prejuízo de R$ 423.600,00 aos cofres azulinos.

A óbvia falta de cuidados com o dinheiro do clube guarda semelhança com ações do ex-presidente Pedro Minowa denunciadas à Assembleia Geral e que motivaram seu pedido de licença, posteriormente complementado pela renúncia. Afinal, não conseguir guardar dinheiro adequadamente é também incorrer em gestão temerária.

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Ganso e os direitos legítimos da Tuna

O anunciado sonho do Santos de recontratar o meia Paulo Henrique Ganso em 2016 reabre as chances de que a Tuna venha a ser ressarcida, na condição de clube formador, do dinheiro que deixou de receber pela transferência do jogador para o São Paulo.

A diretoria do Peixe chegou a menosprezar a reivindicação da Tuna, como se o clube paraense não tivesse qualquer direito. O certo é que, caso os cruzmaltinos insistam com a cobrança na instância judicial, o flagrante desrespeito pode resultar em dura punição aos santistas.

(Coluna publicada no Bola desta quarta-feira, 11)