Por Antonio Valentim (valentim@bloguedovalentim.com)
É possível que poucos remistas gostem do que vou aqui falar (escrever). Com pouco tempo (ou quase nenhum) tempo hábil para o Santa Cruz bater às portas da “Justiça” desportiva, eis que lhe restam as seguintes opções:
1) aceitar as coisas como se lhe impõem, jogando contra o Psc na quinta-feira, um dia depois de Remo vs. Águia; ou
2) apelar à justiça comum, o que, por um desses absurdos que a gente não consegue entender, lhe causaria problemas insolúveis, podendo ser punido pela Fifa.
É óbvio que a ordem dos jogos, como está aí determinada pela poderosa Fpf, vem a beneficiar a Paysandú, pelo fato de jogar em um campo neutro, e, muito mais, a Remo, pela razão de jogar sabendo dos resultados dos jogos de quarta-feira e, principalmente, por ganhar um precioso dia a mais na sua preparação.
Claro que Remo, Paysandú e Tuna, não vão se manifestar contrários. O silêncio lhes é conveniente.
E quanto a FPF beneficiar o Remo? Não, não é que agora, mais que de repente, o coronel e seus bate-paus passaram a morrer de amores pelo Remo, a ponto de beneficiá-lo. Não é também pelo bem do futebol paraense pois o Remo não pode ficar de fora das competições nacionais do segundo semestre, como podem vir a declarar em público, querendo crer que o público do futebol é tolo e acredita até em papai noel. É que o dinheiro que o Fenômeno Azul põe nos cofres da Federação é levado muito mais em conta de que as rivalidades entre os dois grandes da Amazônia. Nos clássicos Remo e Paysandú, quem lucra mais que qualquer um dos dois é a própria Federação Paraense de Futebol. Dindin, eis a razão de todo esse inbróglio.
Embora não me seja simpática a equipe do Santa Cruz, por conta da truculência de seu dono, o senador Tapioca, o clube do salgado está certo nessa parada. Primeiro pediu para jogar em Cametá, mas negaram alegando o Estatuto do Torcedor, vez que estava o pedido fora do prazo legal: 9 dias e não 10 dias, segundo disseram. No entanto, agora, dois dias antes, mudam a data do jogo. E agora, o Estatuto não vale? Só valia antes? E antes, a polícia dava condições para dois jogos no mesmo dia e na mesma cidade? E o estádio cametaense, só de dois dias para cá que está sem condições de jogo? Antes, até domingo, estava?
Cá pra nós. Se o Remo não aproveitar essa colher de chá, essa “boa vontade” do coronel e seus jagunços, melhor fechar e mudar tudo para o ano vindouro.
É a minha opinião. 





