Por Gerson Nogueira
Quase no mesmo dia em que viu emergir um novo camisa 10 na Seleção, daqueles que surgem só de tempos em tempos e trazem a marca dos grandes maestros, o futebol brasileiro acompanha a despedida protocolar (a real já havia acontecido em 2006) de um outro ilustre usuário dessa camisa nobre. Oscar desfilou no amistoso Brasil x Estados Unidos, na quarta-feira à noite. Ronaldinho Gaúcho, após ação judicial contra o Flamengo, deixou o clube onde poucas vezes fez valer a condição de craque e ídolo. Como é próprio do mundo da bola, quando um astro perde luz outro de imediato desponta no horizonte. Oscar, garoto ainda, franzino para encarar as batalhas na zona mais conflituosa do campo, mostra desembaraço de veterano ao conduzir os avanços da Seleção.
Contra os ianques, deu 42 passes certos (errou apenas um) e deu mostras de indiscutível categoria, com uso da trivela e passes de calcanhar. Além de ter caído como luva no esquema que Mano Menezes estrutura para a Olimpíada, Oscar parece um jogador de futuro mais ou menos desenhado, a partir de sólida formação nas divisões de base do São Paulo, complementada no Internacional, depois de dura batalha judicial.
Em certo sentido, Oscar lembra bastante o exemplo de outra fabulosa cria do São Paulo, o meia Kaká, que sempre manteve exemplar comportamento profissional. Com base nisso, pode-se prever que vai longe no ofício.
No outro extremo, a quinta-feira foi sacudida pelo divórcio entre Ronaldinho Gaúcho e o Flamengo. A rigor, o casamento nunca se consumou de fato, pois o meia-atacante jamais chegou a cair de amores pelo clube, que também nunca escondeu a decepção com o seu rendimento.
Foram raros os momentos em que Gaúcho portou-se como o jogador cerebral que o Flamengo buscava ao contratá-lo. A impecável exibição contra o Santos na Vila Belmiro, no Brasileiro do ano passado, foi seu ponto alto com a camisa rubro-negra e talvez seu canto de cisne como
atleta de futebol.
O rompimento com o Flamengo na esfera judicial veio, por assim dizer, confirmar uma malquerença que já se estabelecia na rotina diária. Gaúcho entra para uma lista seleta de boleiros que, depois de experimentar todas as glórias possíveis, despencou subitamente para a
condição de ex-craque.
Em duas temporadas, de 2004 a 2006, ele saiu do clube privado dos melhores do mundo – escolhidos pela Fifa – ao estágio dos boleiros decadentes que vivem à caça de um clube disposto a bancar seus luxos e caprichos.
O curto espaço entre céu e inferno já foi percorrido por inúmeros outros jogadores, mas quase nenhum fez isso em tempo tão curto quanto Gaúcho. E, para piorar ainda mais as coisas, manchou o currículo fazendo leilão de ofertas no ano passado, praticamente fechando as portas nos principais clubes brasileiros. Fica a impressão de que, mesmo podre de rico, o ex-craque não zela pela biografia. Que o jovem Oscar tenha mais juízo.
Nas redes sociais, a saída de Ronaldinho Gaúcho do Flamengo rendeu de imediato uma cachoeira de piadas. Houve quem lembrasse que a ausência do R10 é o primeiro reforço de peso do clube para o Campeonato Brasileiro. E que, a partir de agora, o rubro-negro carioca vai precisar treinar bastante até se acostumar a jogar com 11 em campo.
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A surpreendente deserção do zagueiro Sidrailson, que estava em recuperação no departamento médico do Paissandu, continua mal explicada. Jogador experiente, considerado da confiança pessoal do técnico Roberval Davino, ele teria ficado magoado com as críticas ao seu estado clínico. Afinal, chegou como reforço para a Série C, mas precisando de um mês para treinar com bola.
Na Curuzu, os defensores de Sidrailson alegam que veio, mas nada custou ao Paissandu. Há controvérsias. O certo é que o clube gastou com passagens aéreas, hospedagem e estadia, além de despesas médicas. Fontes da diretoria garantem que o próprio Davino teria convencido o
zagueiro a deixar Belém, constrangido com a trapalhada envolvendo sua contratação. Foi melhor assim.
Com a língua flamejante dos Rolling Stones no escudo, nasce hoje oficialmente o Boca Quente Costa e Silva Futebol Clube. O ato de leitura da ata de fundação será às 20h, na casa do França, no conjunto Costa e Silva, avenida B. A coluna deseja todo sucesso ao mais novo clube paraense. Se depender da inspiração musical, terá carreira das mais vitoriosas.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 01)
Parabéns e boa sorte ao novo clube Boca Quente Costa e Silva FC.
– De Alex Alan Lima, Diretor do Paysandu, via Twitter, ontem à noite
“Sidrailson mostrou ser homem sério e ético, foi do Paysandu deixando as portas abertas, não deu prejuízo e mostrou grande caráter”
Eu, já sabia.
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O Sidra veio por conta do Davino?
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Confesso que chego a ficar estarrecido quando vejo essas notícias de um jogador de futebol faturar um milhão por mês, passar menos de 02 anos num clube, irritando a torcida, com falta de profissionalismo e excesso de gadaia ainda pedir na justiça 40 milhões de indenização como é o caso desse R Gaucho o qual enganou a muitos e tido como craque, mas a mim jamais enganou e sempre contestei a presença dele na seleção na qual nunca disse o que foi fazer quando convocado. Agora o exemplo negativo está aí para todo mundo ver. E ainda ha quem queira a presença dele como titular da seleção para a olimpíada de Londres. So se for para a “‘olimPIADA DE MAU GOSTO”. Mas todos nós devemos fazer teste se consciência e ver que temos culpa no cartório ao taxar esses caras de ídolos e financiar essas exorbitâncias, aqui na nossa praça nada é diferente. Olhem o caso Arinelson e muitos outros. Em relação à essa paralisação a coisa é mesmo muito séria e tão cedo não deverá ser solucionada porque o embrólio gigantesco envolve muitos clubes, muita gente importante, muitas entidades inclusive a CBF que fez toda a cagada. E com excessão do rio Branco que foi eliminado todos os outros ao meu ver tem direito a vaga. A situação poderia piorar muito mais ainda e se tornar um caso sem definição se fosse levada a risca essa suposta compra de vaga na quarta divisão pelo Remo ou acordo ilícito com divisão de renda para o dono da vaga desistir que dá no mesmo. Pior ainda seria se o Paysandu que foi terrivelmente prejudicado pela CBF em 2011 justamente nesse caso Rio Branco tivesse um presidente de bagagem para levar a denúncia contra a CBF adiante por todo o prejuizo que ela causou ao clube. Para quem ja esqueceu a questão é que na serie C 2011 segunda fase o Paysandu estava a uma vitoria da serie B, tinha 2 jogo em casa, um so fora e 6 pontos de duas primeiras vitorias. Ou seja com 95% de chance de subir. Ai a CBF da noite para dia elimina o Rio Branco, cancela todos os jogos dele, inclusive o que o Paysandu tinha ganho la no Acre e coloca na chave outro time, muda toda a tabela, tira 3 pontos do Bicola, não indeniza nem o gasto que o Pysandu fez para o Acre e o acesso, marca o último jogo do Paysandu que seria dentro de Belém para Alagoas contra o Ameria ( adversário direto) e o acesso do Paysandu foi para o beleleu i ficou por isso mesmo. Depois de todo esse prejuizo ao Paysandu vem de novo a CBF e através de um simples acordo ilicito, parece que isso ta virando rotina no futebol, e coloca novamente o Rio Branco na Competição e tira o Araguaína. É muita avacalhação de desrespeito ao estatuto do torcedor. So não sei de qual tenho mais raiva se da CBF ou desse presidente do Paysandu, figura inútil na defesa dos interesses do bicolor da Amazônia.
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Realmente O Oscar é uma grata surpresa, tem um bom passe, é um pouco inferior ao Ganso, mas sem duvida alguma é uma ótima opção pra nossa Seleção
Na seleção Sandro e Rômulo são pedradores do bom futebol, a hora que pegarmos uma seleção com um bom meio pra frente a coisa vai ficar preta.
O interessante é que dois jogadores desse tipo podem jogar no mesmo time e dois jogadores como Oscar e Lucas ou Ganso não, vai enteder.
E o Hulk pela garra já começa a agradar gregos e troianos.
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Bem feito pro flamengo que foi na corda do Luxemburgo, que invariavelmente faz os clubes se envolverem em aventuras financeiras absurdas e depois que o barco começa afundar ele rasga e ainda leva uma grana do clube em indenização.
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Cláudio, tomando-se como verdadeira isso que o dirigente do Papão disse, então, a saída do Sidra carece ainda mais de uma explicação. Também, o que se esperar de uma administração, mais uma aliás, amadora, que insiste em afundar um clube quase centenário e com uma grande massa de torcida ?
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