Por Gerson Nogueira
Os zagueiros Ávalos, 32, e Santiago, 33, foram os últimos reforços anunciados pelo Remo na semana. Ambos vêm se juntar aos outros cinco jogadores recém-contratados para a disputa da Série D. No Paissandu, a lista de aquisições já chega a quase uma dezena. O assunto é repetitivo, chato até, mas a gravidade da coisa impõe uma reflexão.
Em primeiro lugar, cabe reconhecer que os clubes têm feito esforços para evitar as importações em massa. Em comparação com 2010 e 2011, por exemplo, a dupla Re-Pa conseguiu reduzir bastante a quantidade de contratações pós-campeonato estadual.
Boa parte da responsabilidade pela contenção de gastos deve ser atribuída aos técnicos dos dois clubes. No Remo, Flávio Lopes assumiu na metade do certame estadual e teve tempo de conhecer o elenco. Por isso, depois de perder o título para o Cametá e confirmada a participação na Série D, o treinador sabia exatamente o que faltava para encorpar o grupo.
Dedicou-se, então, a indicar contratações pontuais, suprindo as verdadeiras necessidades. Nas posições em que havia excesso, fez escolhas que garantiram razoável enxugamento da folha salarial.
Como nada é perfeito, nos últimos dias, o Remo lançou-se a uma feroz busca por zagueiros, depois de confirmada a lesão de Diego Barros. Havia a chance de trazer o jovem Perema, melhor beque do último Parazão, mas o clube insistia em trazer o experiente Charles, do Águia. Quando este foi descartado, o técnico optou por dois jogadores rodados, os já citados Ávalos e Santiago. Perema, disponível e menos caro, foi desprezado.
Nesse ponto, verifica-se a repetição de um incômodo aleijão: na dúvida, os técnicos de fora optam sempre por jogadores experientes e sua confiança. Parecem crer na fonte da eterna juventude e menosprezam fatores importantes, até mesmo no aspecto climático. Atletas do Sul e Sudeste costumam ter dificuldades de adaptação ao calor e à umidade da região. Quando começam a se acostumar, a competição já está chegando ao fim.
A preferência por forasteiros também se evidencia na lista do Paissandu. Responsável pelas indicações, Roberval Davino indicou jogadores em quantidade suficiente para alterar a cara do time do Parazão e da Copa do Brasil. O lado temerário é que o projeto de acesso à Série B, prioridade do clube há seis anos, dependerá totalmente do rendimento dos novos atletas.
Os garotos lançados por Nad na fase de vacas magras foram deixados de lado. Paulo Rafael, Pikachu e Tiago Costa devem ser aproveitados, mas é visível que o novo técnico tem outro planejamento. O esboço do time da estréia sinaliza para isso: Paulo Rafael; Marcus Vinícius, Tiago Costa e Fábio Sanches; Pikachu, Vânderson, Fabinho, Alex William e Leandrinho; Kiros e Tiago Potiguar.
No fundo, dói verificar que em temporada tão fértil em jovens talentos (Pikachu, Jhonnatan, Tiago Cametá, Neto, Tiago Costa, Betinho, Reis, Bartola) a velha guarda continue a dar as cartas.
Ainda assim, o número de importados é até modesto em comparação com o começo de outras temporadas – fato que só confirma o descalabro que caracteriza a gestão do futebol profissional no Pará. Em recente temporada, o Paissandu estabeleceu um recorde. Importou cerca de 20 jogadores para disputar o Parazão e, ao final do torneio, dispensou todos. Trouxe outro técnico, que providenciou de imediato nova remessa de jogadores. Desta vez, o consumismo está mais controlado.
Por puro acaso, o Paissandu acabou tomando uma decisão certa. Como se descobriu que o gramado da Curuzu estava impraticável, a diretoria viu-se obrigada a mandar seus jogos no estádio Edgar Proença. Tomara que os resultados e o faturamento convençam os dirigentes a permanecerem com a primeira escolha.
No Remo, cujo histórico de Mangueirão lotado na Série C 2005 parece esquecido pelos atuais manda-chuvas, a ordem é começar jogando no Baenão. O pedido, ao que parece, foi do técnico Flávio Lopes. Ele teme que o time não esteja pronto para enfrentar o Penarol do Amazonas em campo neutro. Se a estréia for bem-sucedida, promete optar pelo Mangueirão a partir do segundo compromisso em casa. Duvido.
Era só o que faltava. A PM de Minas Gerais, sem saber mais como proceder para controlar os arremessadores que comparecem aos estádios de BH, adotou medida drástica: a partir de agora, os torcedores terão que cadastrar os radinhos de pilha na chegada ao estádio.
A PM registra uma alta incidência de objetos atirados no gramado por torcedores aborrecidos com árbitros e jogadores. No ranking de artefatos usados, rádios e pilhas lideram por ampla margem.
Não demora muito e a moda vai chegar a Belém, que deve ser a campeã mundial de apedrejamento em campos de futebol.
Roberval Davino é o convidado do Bola na Torre de hoje, às 23h45, na RBATV. Comando de Giuseppe Tommaso.
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO deste domingo, 27)
Agora pensem, Gerson e amigos, o Davino e o Flávio não tiveram tempo para preparar essa garotada e, em cima da hora ainda ter que ensinar fundamentos ao Perema,… que como todos os outros só é bom com a bola nos pés.Imagine. Amigos, com esse tempo que eles contratam um bom técnico e, este vivendo de resultados, até eu não iria perder tempo com esses jogadores. Se querem que um bom técnico revele jogadores de base e locais, então que contratem com pelo menos 3 meses. Com pouco tempo, é impossível e não culpa do bom técnico, se fazer um trabalho com esses jogadores. Elementar.
– A contratação de jogadores está menor esse ano, pelo fato de, só este ano, Remo e Paysandu apresentarem bons técnicos em seus comandos e, deixarem eles contratarem. Isso, é fato.
É a minha opinião.
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Cláudio, faz todo sentido tua observação. Um planejamento correto, sério, seria terem contratado um técnico já para o Parazão, para que ele fosse logo treinando e montando o time para o mais o brasileiro. Mas não, quiseram economizar, pra só depois, às vésperas do início do brasileirão, no caso do Papão, contratar um bom técnico. É um risco de estratégida da diretoria, que tentou economizar. Agora, é torcermos para que o RD tenha êxito com os contratados por ele indicados.
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Amigo Columbia certeiro como flecha que acerta o alvo .
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Paysandu e Remo estão TENTANDO fazer o certo.
Tinha que contratar, até porque se não estivessem contratando, a grita estaria geral.
A chance de dar certo é muito grande, mas não está inerente só no campo de jogo, tem que ter apoio do torcedor e cumprimento dos deveres da cartolagem.
Em relação ao Ávalos, se o Remo estivesse na 2° divisão seria um retrocesso, mas como está na 4° será um bom reforço, muito melhor que o Charles, diga-se de passagem.
*Claudio no gol que tomou de Maracanã, o goleiro bicolor que deu aquela pixotada foi o Paulo Rafael?
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Falando a verdade , ….. enquanto tem muita gente de fora preucupada com as novas contratações do Paysandu as quais na minha sincera e honesta opinião tinham mesmo de ocorrer desde o Parazão porque aquele time era muito fraco, caldo de gó, quase foi ridiculamente rebaixado e ridiculamente ficou em quinto lugar, foi presa fácil e goleado sem dó em Belém por times inespressíveis e por mero caso de sorte chegou a terceira fase da Copa do Brasil, acho que essas pessoas estão esquecendo como sempre do LOP Pinheiro, o pior adversário do Paysandu. É isso mesmo caros bicolores , esse senhor LOP chega a ser tão nocivo ao Paysandu que além de sua incompetência e desmandos administrativos que já estamos cansados de saber, incrivelmente temos de reconhecer que o cara é muito panema ou azaradoe pé frio como queiram. Como dizem que incompetência e falta de sorte caminham juntos, nesse senhor isso étão evidente à medida que ele tinha tudo para ganhar logo de início cerca de 300 mil reais neste belo domingo de sol para aliviar o caos financeiro, caso tivesse o jogo, porque concerteza seria casa cheia, simplesmente ou novamente a CBF e o tribunal dela acham de agir em hora inoportuna cancelando a rodada. É muita azar desse LOP porque milhares que estavam preparados para irem no Mangueirão certamente não poderão ir quando marcarem a rodada. Eu sou um caso, dos que ja estavam com dinheiro mãos para comprar ingresso para esse domeingo e dificilmente irei no proximo jogo porque estarei ausente de Belém por todo esse mês de junho. Se lembrarmos ano passado quando depois de quebrar o tabu e a asa do Rio Branco e vencer as 3 primeiras partidas, o Paysandu estava ha 3 pontos da serie B, faltando 3 jodadas e um jogo dentro de Belem justamente contra o Rio Branco para ganhar e subir. Nunca foi tão fácil. Mas como dizem que quando a esmola é grande o cego desconfia, a panemeira do LOP entrou em ação quando novamente a CBF e seu tribunal eliminaram o Rio Branco, anulando os 3 pontos que Paysandu tinha ganho la no Acre e cancelando jogo com o Rio Branco em Belem. Aí o Paysandu que tinha a classificação mais cômoda passou a ter a mais dificil porque teve de jogar os dois proximos jogos fora Belém. Aí a coisa começou a desandar e o vamor subir Papão foi de novo para o beleleu. Eu acho que esse LOP foi passear no ver-o-peso e o urubu cagou na cabeça dele . So pode…
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Amigo Édson, foi o Paulo Wanzeler, que hoje se bateu e vai ficar um tempo no “estaleiro”. Já pensou se não tivesse contratado outro goleiro, como você falou? Te dizer…
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