Paissandu anuncia mais dois reforços

O Paissandu anunciou duas novas contratações na tarde desta sexta-feira. O primeiro é o zagueiro paulista Fábio Sanches, de 21 anos, procedente do futebol nordestino (ASA de Arapiraca) e indicado por Roberval Davino. Na madrugada de sábado, desembarca em Belém o atacante Kiros, 23, que defendia o Porto-PE e marcou 9 gols no recente campeonato pernambucano. Segundo fontes do clube, Kiros é apontado como grande promessa no futebol de Pernambuco e vem ganhando salários em torno de R$ 30 mil.

FPF confirma o Remo na Série D

Em ofício assinado pelo seu presidente, coronel Antonio Carlos Nunes, a Federação Paraense de Futebol deu por encerrada a polêmica em torno do representante do Pará à Série D. Em resposta a um pedido de esclarecimentos do diretor de Competições da CBF, Virgílio Elísio, Nunes informou que o Remo representará o Estado na competição. Explicou que, pelo índice técnico, o Remo herdou a vaga depois da desistência oficial do Cametá, formalizada no dia 15 de maio em documento assinado pelo então presidente do clube, Orlando Peixoto. Observou, ainda, que o pedido de anulação da desistência, apresentado ontem, não foi aceito como válido.

Marciano comanda a barca do adeus no Remo

O Remo anunciou a esperada lista de dispensas e o atacante Marciano, que já foi um dos ídolos da torcida, encabeça o grupo. Atrapalhado por uma lesão crônica, o jogador teve pouca participação na campanha do Parazão e ainda ficou marcado pelo pênalti perdido no primeiro jogo da final. Os outros afastados são o lateral-esquerdo Panda, o lateral-direito Cássio, o meia Deivyson (que jogou uma vez, na Copa do Brasil), o meia Franklin, o volante Jean e o goleiro Dida, que nem chegaram a estrear. Outros nomes cotados para a lista, como Edu Chiquita e Aldivan, foram preservados, por enquanto. A diretoria, porém, não descarta fazer novos expurgos nos próximos dias, depois da chegada do técnico Flávio Lopes.

Ao mesmo tempo, o Remo confirmou as contratações de Marcelo Maciel e Ratinho. O zagueiro Douglas, descartado pelo Paissandu, também pode ser chamado para negociação. Rafael Paty, artilheiro do Cametá, foi oferecido ao clube, mas a diretoria descartou devido aos incidentes no final do primeiro jogo da decisão, quando o jogador saiu fazendo gestos de provocação à torcida remista. Remanescentes da campanha, jogadores como Adriano, Fábio Oliveira e Juan Sosa estão confirmados para a Série D. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)

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Opções à escolha: 

1) Um apagão de cinco minutos custou ao Remo o título estadual que tenta conquistar há quatro anos. Derrotava o Cametá até os 40 minutos do jogo final, mas cedeu o empate e repetiu o “feito” do Paissandu em 2011 (vencido nos penais pelo Independente).

2) O imbróglio em torno da suposta compra pelo Remo da vaga à Série D. Cametá teria desistido em troca da partilha das arrecadações das finais do Parazão. CBF confirmou vaga para o Remo, mas o Cametá, que trocou de presidente em tempo recorde, desistiu da desistência. 

3) Paissandu faz as contratações recomendadas pelo técnico Roberval Davino, mas zagueiro Sidrailson chega contundido e vai passar 15 dias (no mínimo) em tratamento.

Nas mãos de quem conhece

Por Gerson Nogueira

Aberta a temporada de caça a reforços, os três representantes paraenses em campeonatos nacionais (Águia, Paissandu e Remo) agem, depois de muito tempo, com critérios bem definidos para montar ou complementar elencos. Como nunca há dinheiro para grandes contratações e raros são os bons jogadores disponíveis, o ideal é que os clubes busquem as peças certas para preencher suas necessidades.
O primeiro passo é que a responsabilidade pelas escolhas seja entregue a quem de direito: o técnico do time. Para a disputa do Brasileiro da Série C, Águia e Paissandu seguem essa cartilha, pelo menos até agora. Ressalte-se que o time de Marabá sempre agiu assim, dando a João Galvão carta branca para as contratações. Marcelo Cruz, Juliano, Ivonaldo e Peri são alguns dos reforços definidos por Galvão. 
No Paissandu, onde há pouco tempo até sub-diretor contratava técnico por indicação de terceiros, a chegada de um técnico respeitado (e que se faz respeitar) mudou o rumo da prosa. Roberval Davino assumiu o comando do processo de aquisições, já indicou oito nomes e foi parcialmente atendido.
Posições que têm enormes carências no clube, como lateral-esquerda e armação, começam a ser supridas. Nesse aspecto, as observações feitas por Davino no amistoso de sábado em Paragominas foram preciosas. Foi na derrota frente ao Nacional que o técnico percebeu que não tinha lateral-esquerdo, meia de ligação e atacantes velozes.
Detectados os pontos fracos, começa o esforço para conseguir peças capazes de resolver esses problemas. O experiente Ricardo Capanema, que se destacou na campanha vitoriosa do Cametá no Parazão-2012, é a aposta de Davino para a marcação e deve ser um dos poucos “caseiros” para a Série C. As revelações do clube terão espaço, mas deixam de ser prioridade máxima na Curuzu.
No Remo, o técnico Flávio Lopes impôs como condição para continuar a garantia de que terá autonomia para formar o elenco. Coerente, manteve Edinho e André, mas faz restrições a nomes mais rodados que foi obrigado a aceitar quando assumiu o time na metade do Campeonato Paraense.
Lopes, ao contrário de Davino, manifesta disposição de investir nos atletas revelados nas divisões de base. Jhonnatan, Tiago Cametá, Reis, Igor e Jaime continuarão a ter todas as chances com ele, mas disputando posição com jogadores mais experientes. Na prática, muda o status do técnico, que chegou sem nenhum cartaz e virou o principal nome do Remo no campeonato.   
 
 
Os clubes estão bem servidos no comando técnico, mas a dupla Re-Pa continua terrivelmente despreparada quanto à gestão do futebol. No Paissandu, são muitos dirigentes para executar tarefas que um bom gerente tiraria de letra. A vaidade dá o tom das relações. No Remo, a discórdia entre os diretores é o principal entrave para que o trabalho flua normalmente.
Alguns cartolas não se falam e dedicam-se a boicotar as ações dos desafetos no clube. A boa contratação de Marcelo Maciel, atendendo a uma indicação do técnico Flávio Lopes, virou uma pequena novela, depois que um dirigente acertou um valor e outro foi por trás abrindo nova negociação.   
Para azedar ainda mais o ambiente, Lopes não consegue se entender com os responsáveis pelo departamento de futebol. Durante o Parazão, diversos incidentes marcaram essa relação. A coisa atingiu nível tão sério que já é dada como certa a exclusão de um dos vice-presidentes.
 
 
O Fluminense deu provas ontem à noite em La Bombonera que é mesmo um dos fortes candidatos à conquista da Taça Libertadores. Mesmo desfalcado de Deco e Fred, jogou com autoridade, marcando bem e desfrutando de boas chances contra o Boca Juniors.
A derrota por 1 a 0 acabou sendo lucrativa, pois a equipe brasileira jogou desde o primeiro tempo com um homem a menos (o lateral Carlinhos foi expulso). Caso passe pelo Boca na próxima semana, o Tricolor se credenciará definitivamente ao título continental da temporada.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta sexta-feira, 18)