A vitória dos enjeitados

Por Gerson Nogueira

Pelo segundo ano consecutivo, o interior supera a capital e leva o título de campeão estadual. Como o Independente Tucuruí em 2011, o Cametá conquista a condição de melhor time do Pará. O empate diante do Remo – e de seus 30 mil torcedores – coroa a melhor campanha no primeiro turno e a atuação quase perfeita na decisão de 180 minutos.
Como escrevi ontem, o Cametá contrariou todos os prognósticos para chegar à final. Modesto, sem dinheiro ou grandes padrinhos, o time lançou um técnico semi-iniciante, Cacaio, e juntou uma legião de renegados para chegar ao topo. No elenco campeão, quase todos passaram pelos grandes da capital, com maior ou menor destaque.


Ratinho, Soares, Gil Cametá, Evandro, Ricardo Capanema, Garrinchinha, Marcelo Maciel, Jailson, Paulo de Tarso. Podem não servir mais para a dupla Re-Pa, mas provaram que ainda servem para times emergentes.
Aliás, na empolgante reação nos instantes finais da final, foram enjeitados como Soares, Garrinchinha – que chegou a ficar mais de um ano longe dos gramados, lutando contra um problema crônico nos joelhos – e Marcelo Maciel que fizeram a diferença.
O Remo teve posse de bola, campo e relativa tranqüilidade para jogar durante quase 90 minutos. É verdade que pouco fez com esse domínio no primeiro tempo, muito em função da ausência de ligação no meio-de-campo.
Betinho, encarregado da tarefa, foi de novo figura apagada. Apareceu mais pela lentidão e os seguidos erros de passe. Pior que ele foi o lateral-direito Cássio, que irritou tanto a torcida quanto os companheiros. Na descida para os vestiários, no fim do primeiro tempo, foi chamado às falas por Fábio Oliveira e quase brigaram.


Na etapa final, com Aldivan substituindo Cássio e Joãozinho a Cassiano, o time mostrou outra atitude. Passou a atuar de forma mais compacta e a explorar o ataque pelo lado direito, pressionando a zaga cametaense, que tinha sido pouco exigida na etapa inicial.
Depois da expulsão de Capanema, veio o gol de Juan Sosa escorando cobrança de falta. Era cedo, mas ficou a impressão de que o Remo chegaria com facilidade a 2 a 0, placar que lhe daria o título. Se já estava recuado, com um homem a menos o Cametá se encolheu mais ainda e atraiu os remistas para seu campo.
Joãozinho perdeu duas chances seguidas, Fábio Oliveira outra, mas, aos 16 minutos, em boa jogada de Joãozinho, o gol saiu. Em meio à explosão da torcida nas arquibancadas, Flávio Lopes fez a última modificação. Tirou Marciano, cansado, e botou Jaime.
Sinomar Naves, que havia deixado seu time administrar a vantagem nos primeiros 45 minutos, viu-se obrigado a ir à frente. Botou Garrinchinha e Marcelo Maciel em campo, passando a pressionar o Remo, que, mesmo assim, continuou a desfrutar de boas chances.
Veio, então, a expulsão de Fábio Oliveira – que levou o primeiro cartão na comemoração do gol – e um inesperado apagão na meia-cancha. Ratinho, que estava sumido, aproximou-se de Garrinchinha e Soares cresceu, recebendo sempre os rebotes na entrada da área.
Quando Garrinchinha empatou, escorando cruzamento perfeito de Maciel, a torcida calou, mas ainda havia a esperança na cobrança de penalidades. Cinco minutos depois, porém, uma falta na entrada da área deu a Soares a oportunidade de acertar sua primeira cobrança na decisão. A bola, de curva, foi no ângulo esquerdo de Adriano, sem chances.
A massa silenciou e a animada torcida cametaense tomou conta do Mangueirão, como se tivesse se multiplicado. Nova festa interiorana na capital. Agora não é mais novidade, já está virando rotina.

 
Algumas perguntas que o técnico Flávio Lopes deveria responder. Será que Edu Chiquita está tal mal física e tecnicamente que não conseguiria ser mais produtivo que o jovem Betinho? Com 2 a 0 no placar, título quase garantido, por que o Remo insistiu em ir à frente alopradamente, cedendo o contragolpe para o Cametá? 
 
 
Do outro lado, Sinomar Naves comportou-se com fleuma britânica. Sereno, evitou responder aos críticos de sua desastrada passagem pelo Remo no primeiro turno e nem assumiu como sua a conquista que, em grande parte, deve ser atribuída a Cacaio, que levou o time à conquista do primeiro turno. (Fotos 1, 2 e 4: NEY MARCONDES; fotos 3 e 5: MÁRIO QUADROS/Bola)      

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta segunda-feira, 14)

38 comentários em “A vitória dos enjeitados

  1. Muitos podem discutir se foi o futebol interiorano que melhorou ou se foram os grandes que caíram, mas uma coisa mudou claramente nos últimos anos: ninguém se intimida mais com as torcidas de CR e PSC. Tem sido assim nos campeonatos nacionais e agora também no Parazão, onde os dois títulos conquistados pelo interior foram obtidos em plena capital. Nem quero citar aqui os inúmeros vexames em Brasileiros.

    Ou seja: o único fator que ainda vinha desequilibrando para o nosso lado tornou-se ineficaz. Os torcedores da capital já se habituaram a lotar os estádios para, no entanto, ver a classificação dos adversários, que aqui jogam com desinibição, como se estivessem em casa.

    O título de ontem constituiu-se num feito heróico e histórico do Cametá, pouco valorizado pela mídia. Fossem os times da capital a conquistar um título assim, certamente não faltariam elogios eufóricos, frases de efeito, vôos de imaginação, jóias de criatividade. Mas ao Cametá foi reservada a manchete pouco dignificante de “vitória dos enjeitados”, que soa como um certo amargor.

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  2. As vezes, Gerson e amigos, nós que estamos de fora e, lembrando daquele jogo do Salgueiro, imaginamos que o Edu Chiquita seria uma boa, mas o Flávio Lopes que treina esse jogador, sabe muito bem se ele teria ou não condições. A vontade do torcedor e da mídia em querer ver um jogador em ação, causa essa expectativa.
    – Quanto a entrada do Jaime, foi correta, pois o Cametá estava morto e, o Remo precisaria buscar o 2º gol e, conseguiu, como poderia ter feito o 3º o 4º,.. Futebol é competência e, isso o Remo não teve ontem, para matar o jogo.
    – Vamos lembrar essa elenco, que dizem que o Cacaio montou no Cametá: Primeiro que o Cacaio não indicou um só jogador. Segundo, no amistoso contra o Remo, foram apresentados a ele, o Soares, Ratinho e outros, no hotel, que ele nem conhecia e foram todos contratados pelo Presidente….
    Sinceramente, amigos, quem montou esse elenco foi o Presidente e, o Cametá mostrou que o Cacaio não estava no comando e sim os jogadores. Qualquer técnico que entrasse no Cametá, o futebol que seria apresentado, seria o mesmo de ontem, pois taticamente, o Mapará não existiu, como já não existia no tempo do Cacaio.Teve sim, muita sorte pelo caminho, ao pegar em uma final, um Remo muito desfalcado.
    O que acontece, realmente, é que, em Remo e Paysandu, a cobrança é muito grande e, jogador local não rende, diferentemente de um Cametá da vida, onde não existe tanta cobrança e, o jogador joga como ele quer, por isso rende. Se colocar a camisa de Remo ou Paysandu nesse time do Cametá, com a torcida cobrando, não ganharia nem turno. Aliás, todos nós sabemos como o Cametá chegou a conquista do 1º turno, onde o Águia mandava no jogo e, enquanto isso, o Cacaio ficava de olhos fechados no banco, rezando(a imagem da cultura foi perfeita na época), mostrando que os jogadores é que ganharam aquela clasificação, sem contar com um erro escandaloso do árbitro.
    – Remo e Paysandu, continuam perdendo pra eles mesmos, quando insistem em terem no comando do futebol, técnicos locais ou de procedência duvidosa. Na hora que isso acontece, esses dois grande se igualam por baixo com os demais times e, por baixo, eles passam a ser os titãs do Futebol Paraense, como aconteceu nesses dois últimos anos. Elementar.
    – Aliás, Amaro Klautau deve estar rindo pras paredes desses Cardeais, que, como eu já previa, prometeram muito e não fizeram nada, sequer apresentaram um projeto para o crescimento do clube e, nisso tudo, o único que sofre e continua a sofrer, são os torcedores Azulinos.
    É a minha opinião.

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  3. A partir de hoje começam as especulações e os factóides criados pelo setorista do Remo. Ontem após o jogo, ao entrevistar o presidente Cabeça, o mesmo perguntou se o dirigente ainda tinha esperanças de disputar a série D, o dirigente de bate pronto respondeu: “Enquanto tivermos fôlego vamos brigar para que o Remo dispute a série D”. Todos os anos é a mesma coisa, depois vem o Hamilton Gualberto e acha um monte de equivocos e falhas no regulamento do campeonato, e vomita que a vaga para a série D, de “fato e de direito” pertence ao Remo. Mais tarde no programa “Linha de Passe”, na Rádio Clube, o Jones Tavares, benemerito do Remo, fala que “conversou com um amigo de Roraima, e este lhe garantiu que o representante do estado vai desistir”, e a noite no Cartaz Esportivo, já teremos a entrada de um radialista de uma rádio de Roraima, informando sobre as novidades do futebol daquelas bandas, quem vai desistir, quem vai herdar a vaga, enfim… um monte de lorotas que todos nós já sabemos no que vai dar. O certo é que o Remo mais uma vez vai ficar 8 meses de férias por incompetência de seus dirigentes. Não adianta a imprensa tentar iludir a sofrida torçida remista, plantando notícias fantasiosas, aumentando ainda mais o sofrimento dos remistas.

    Ps. Vem aí, mais um semestre da caravana azul pelos gramados do interland paraense. Feliz 2013 !!!!!

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  4. O nosso amigo Claúdio definitivamente não gosta de técnico local, o Flavio Lopes com toda a sua rodagem e um elenco mais qualificado não conseguiu fazer com que seus comandados ganhassem e mesmo assim é infinitamente superior ( segundo Claúdio ), acredito que o técnico tem a sua parcela de contribuição, uma vez que jogando praticamente em casa os dois jogos ( mangueirão ) com um número bem superior da torcida que de certa forma incentiva o time e mesmo assim perdeu o titulo

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    1. Concordo com você, Gilvan. O Flávio Lopes fez um bom trabalho no Remo, pois pegou um elenco que não montou, mas teve também responsabilidades no fracasso da equipe nas finais. É verdade que sofreu com a ausência inesperada do melhor jogador do time (Jhonnatan) e a perda de Reis para o segundo jogo, mas o time teve postura confusa e desorganizada nos dois jogos, lembrando muito aquela equipe do Sinomar no primeiro turno.

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  5. Só uma correção o Flávio Lopes disse na Clube que tirou o Marciano não por cansaço e sim por que ele estava mau psicologicamente.

    Acho que a mídia paraense é muito dura com os jogadores da terra. Basta um ou outro jogo para que Betinho e Bartola caíssem no ostracismo, entretanto quando é mais um desses ex-jogadores em atividade a mídia é muito benevolente, não é atoa que o Giovani tínha uma mágoa muito grande com a crônica esportiva paraense.

    Devemos lembrar que o elenco do Cametá ( e o próprio Sinomar Naves ) não foram rejeitado apenas pelos grandes da capital, foram também rejeitados pela Crônica Esportiva Paraense

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    1. Menos, meu camarada. Foram rejeitados porque tiveram pífio rendimento técnico nos grandes. Lembra do Flamel, que arrebenta nos pequenos e sumiu quando teve chances no Paissandu? O mesmo ocorreu com o próprio Soares, com Jailson.

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  6. Amigo Gilvan, não dá pra se ver qualidades, onde não existe e, não vou falar que existe, só porque é técnico local, aliás, principalmente em técnico local. O Remo, ontem, tinha alguns jogadores rodados, mas dizer que o Remo de ontem era mais qualificado, não é o correto. O Remo, completo, era sim mais qualificado, mas Reis, Jhonatan e Magnum, principalmente fizeram muita falta. O Cametá, ontem, não existiu e, ficou olhando o Remo jogar e, por pura incompetência do time azulino, não soube matar o jogo, com Marciano e joãozinho e, isso, não é culpa do técnico, que operou milagres, por aqui. Técnico pode ser rodado, mas não faz milagres com um péssimo elenco montado pelo Sinomar. Foi assim com o Giva, foi assim com o Giba agora com o Flávio. Futebol Profissional, é coisa séria e, só deveria ser dirigente, quem entendesse do mesmo. Seu torcedor sofreria menos.
    É a minha opinião.

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  7. não consigo entender o que houve com o remo depois que fez o segundo gol. Ainda com 11 em campo foi dominado e a coisa piorou depois da expulsão do fabio oliveira, mas já dava pra perceber que o remo ia tomar pelo menos um gol, quem conheçe mesmo futebol sabia que o remo ia tomar um gol. Agora, tem que colocar o joãozinho pra treinar chutes na direção do gol, sem goleiro, e mesmo assim acho que ele vai errar.

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  8. O problema de Remo ,Paysandu ,e da minha Tuna tem haver com estes senhores * Sergio Cabeça, Luiz Omar Pinheiro, Fabiano Bastos.
    Eles me fazem lembrar aqueles presidentes de centro cívico da ditadura de tao ultrapassados que sao.

    Se esse trio for montar uma franquia de baiucas de Açaí , eles quebram! cuidar de futebol em Remo, Paysandu e Tuna tem que ser gente totalmente plugada na nova ordem mundial..tem que ser gestores profissionais com um grande conhecimento nas mais diversas areas.

    O futebol da capital tem que enterrar definitivamente essa coisa de abnegados, encostados, lambedores de botas e afins.

    Esses caras sao culpados pela amamentação dos nanicos, nao existe essa de que o futebol das prefeituras creseu e coisa e tal…tudo balela! .Cadê o Ananindeua???

    No momento em que os grandes criarem vergonha, o estadual do Nunes ou de qualquer outro Coronel que aparecer, MORRE.

    Tem que ter seriedade com estas marcas, respeito!

    Os emergentes nao passam de uma grande POTOCA>

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  9. Ok Claúdio, eu entendo o seu ponto de vista, mas lembrando que técnico sobrevive de resultados e o time pelo que percebi após ler alguns comentários ( já que não assistir o jogo ) caiu muito de rendimento apartir do momento em que fez o segundo gol e um bom técnico apesar da limitação do elenco é pago para ver estas situações e tentar corrigir e como falei a situação era favoravel pois estava com o resultado que precisava na mão e a imensa torcida atuando como o 13º jogador tentando passar aquela energia positiva para dentro de campo e os seus comandados não souberam aproveitar isto e o técnico tem sim a sua parcela de culpa uma vez que ele está no dia a dia com os atletas e é um dever do mesmo motivar e preparar também emocionalmente este atletas o quanto é importante na vida profissional deles a conquista de um titulo

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  10. Cláudio, concordo plenamente com vc, quanto ao Flávio. Ele tirou leite de pedras e se não fosse o departamento médico do remo atrapalhar causando o problema no jonathan, sim teríamos a vitória. Alguns amigos, como o gilvan, culpam de certa forma o treinador, mas ele ontem não podia fazer mais nada além do que fez. Fez as 3 substituições, se tivesse mais teria feito também. E ai é com os jogadores em campo. Em um jornal ontem li que foi dificil escolher o craque do campeonato. Realmente é dificil pelo nível apresentado, porém posso garantir que a maior decepção com certeza foi o betinho, que não jogou nada e gelou.
    Se eu tivesse na presidencia e diretoria do remo, manteria a qualquer custo o treinador flavio lopes e daria a ele a chance de montar um plantel a altura que as tradições remistas necessitam.

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  11. A minha opinião continua a mesma: não houve melhora nenhuma do futebol interiorano que continua vivendo de times de veteranos e refugos comandados por interesses eleitorais na maioria dos casos, mas sim uma decadência moral, técnica e financeira gritante dos times da Capital, que já perderam a vergonha na cara.
    O Futebol do interior é o mesmo de 30 anos atrás. De vez enquanto aparece um time de cheio de refugos e veteranos que dá trabalho no campeonato.
    Já foi assim com o Castanhal, Santa Rosa e até mesmo o Izabelense e outros que não lembro já tiveram os seus dias de glória. A diferença é que e em outros tempos havia por parte destes clubes menores um respeito que beirava o medo e os Grandes da Capital, incluindo a Tuna Luso acabavam impondo suas camisas e sempre engoliam os demais.
    Primeiro foi a Tuna que há muito deixou de incomodar chegando mesmo a ser rebaixada peara o peladão da federação (Seletivo ou 1ª fase do campeonato.Para mim é tudo a mesma coisa!).
    Depois ocorreram os sucessivos rebaixamentos e eliminações vexaminosas de Remo e Paysandú para times de várzea de outros estados. Passamos a ser saco de pancadas do interior do Ceará e Pernambuco.
    Daqui a pouco, se a coisa não mudar, passaremos a ser saco de pancadas de Maranhenses, Amapaenses e Amazonenses (O Paysandú já deu provas disso no sábado!) e aí a coisa vai para o brejo de vez.
    Quanto ao fortalecido futebol do interior que a mídia adora exaltar, com exceção ao Águia, que mesmo vivendo de refugos mantém-se na Série C e o São Raimundo, que foi uma nuvem passageira ganhando a 4ª Divisão (esta que o Remo não consegue sequer vaga!), sendo posteriormente o saco de pancadas na Série C e rebaixado novamente voltando ao seu devido lugar, o resto continua fazendo vergonha nas fases regionais de Campeonatos Nacionais.
    Assim, para evitar a falência completa do futebol paraense, devemos acreditar e se unir para que o Paysandú este ano já volte para a Série B (com o time que está aí é mais fácil ser rebaixado para a Série D!) e que o Remo consiga voltar a Série D para subir às divisões maiores.
    Caso contrário teremos um futebol paraense cheios de times de refugos para a alegria de políticos (Cuiarana vem aí!) e completamente falido e desmoralizado fora das nossas fronteiras.

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  12. Até para Ratificar o que sempre falo, sobre esses jogadores, que não deram certos em Remo e Paysandu:

    – De Soares, meia do Cametá, a um Jornalista, quando perguntado porque não joga nos dois grandes da capital:

    ” Remo e Paysandu exigem muito. Não quero compromisso porque jogo minha pelada e tomo minha gelada às segundas-feiras”.

    – Estão vendo? Num Cametá e com técnico local, alguém duvida que ele não fazia isso lá? E o Paty, também não? e os outros…
    – Certa vez, viu um jogo do Columbia, no campeonato do Marex e, teve vontade de jogar pelo meu time e, mandou um recado por um jogador do time, que começou a carreira com ele no Carajás: “Avisa lá que eu vou, mas mande ele guardar 2 grades de cervejas, por jogo, só pra mim”. Eu, claro, nem respondi e ficou por isso mesmo, ainda mais depois de algumas informações que colhi sobre ele.

    – Por isso falo, Remo e Paysandu estão no mesmo patamar de times sem nenhuma estrutura e, acabam se igualando a eles e,´aí, eles deitam e rolam.
    – Uma pergunta: será que o Cabeça vai contratar, de novo, o técnico Campeão?
    Te dizer…

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    1. O grande equívoco, amigo Cláudio, inclusive das duas grandes torcidas, é não perceber que há algo de muito errado quando Paissandu e Remo são derrotados por equipes não mais que medianas em finais de campeonato dentro do Mangueirão.

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  13. Hoje cedo ao chegar p/ reunião administrativa com pessoal do escritório aproveitei por ter chegado antes da hora combinada(saí quase de madrugada e cheguei antes das demais pessoas)liguei para um amigo daí de Belém.Dr.paulo nogueira advogado remista doente ,como quase todos eles são. Mas sempre equilibrado.Antes de eu brincar tirando sarro, ele foi logo rindo e dizendo:
    ” Pastor eu sabia que voce iria ligar , pode zoar,pode mangar, o CR é mesmo fraco.Estive lá no Mangueirão e vi um time ruim que dominava o território porque o cametá ficou atra´s. O time é tão ruim que quando fez 2 gols pela passividade do cametá e mesmo com 1 a mais se retraiu e levou o empate.Se o cametá por ter vencido a priemeira tivesse ido pra cima teria vencido a gente facilmente.Qualquer outra desculpa é querer achar cabelo em casca de ovo”.
    Torcedor consciente,sem fanatismo, sem culpar a falta de sorte ou perseguição de federação é outra coisa!

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  14. O Problema não é a federação interiorizar o Parazão.Refiro-me aos comentaristas azulinos que teimam em se achar peseguido injustificadamente.Decidiram em dois jogos na capital , não foram capazes de vencer unzinho sequer.
    Interiorização ,Isso é normal em outros estados.Quem quer que o Estadual paraense fique reestrito a Belém com medo do interior que se desfilie e crie Liga Metropolitana.
    O problema é simples assim:PSC E CR desorganizados e amadores!
    Desorganizados e amadores terão muitas chances de perder para qualquer equipe amadora , mas organizada seja de Tucuruí, Cametá ou Paragominas.Ano que vem, Paragominas ?

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  15. O rival deve esquecer essas baboseiras de implorar vaga ou coisa parecida. Deve sim, manter o treinador, mandar embora os altos salários, dar contonuidade ao processo de valorização da base, fazer seus amistosos pelo interior e no final do ano contratar jogadores mais experimentados indicados pelo FL para mesclar com a molecada.
    Está na hora de se absorver alguma lição mesmo nas derrotas.

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  16. Caro Claudio Santos o remo nunca esteve desfalcado, na verdade o remo nunca existiu era somente uma farsa em campo, não possuia um razoável elenco, ganhou jogos por sorte, como na decisão do 2º turno contra o Águia, sem falar no sufoco diante do São Francisco. Dizer que o Magnum fez falta é chover no molhado, Magnum e Betinho é a mesma coisa. Agora responda como é que o Joãozinho jogou muito no Independente e o Cassiano no Cametá, no Remo não mostraram nada?
    Qual a contribuição dos jogadores: Marciano, Betinho, T Cametá, Aldivan, Magnum, Cassiano, D Barros, Cássio e Edu Chiquita?
    O téc tira o Cássio e coloca o Aldivan, com isso abriu a lateral, por isso o Garrinchinha, estava sozinho, fez o gol após excelente cruzamento do Marcelo Maciel. O Betinho levantou 15 bolas na área, para acertar uma. O tec fechava portões, pedia para desligar equipamentos, para ensaiar jogadas, que sinceramente não apareceram nas duas partidas. De fato o Flávio Lopes é um bom técnico, pois com este elenco foi até longe demais, deu oportunidade para os mais novos, mas podemos dizer que somente dois deram certos Jhonatan e Reis. Agora é percorrer o interior, se estes ainda aceitarem, com os jogadores: Jamilton, T Cametá, Igor João, Alan Peterson, Betinho (sem condições), Jaime e mais uns jogadores do master do Edil. E não espere muita coisa em 2013, pois não há dinheiro, para contratar e nem jogadores nos sub-17 e sub-20, se quiser montar uma equipe tem que ir buscar jogadores desconhecidos no interior ou nos campeonatos amadores da capital (ex. Moisés (2010) no papão), nada de contratar jogadores que atuaram por Cametá, São Francisco, Independente, etc, esta fórmula não dá certo em remo e Paysandu, veja o exemplo do Cassiano, Adenízio e Joãozinho, sem falar nos jogadores: Flamel, Jailson, Soares, M Marciel, Garrinchinha, Souza que se destacam somente nos clubes do interior, se contentam somente com o Parazão. Esqueçam esta idéia de disputar a série D, senão a vergonha será maior.

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  17. Vocês ainda se iludem ?
    Sabe quando eu vi que o Remo não iria sair mais dessa situação?
    Quando aquele safado chegou ao ponto de querer tombar o Baenão pra evitar a negociação, a parti dai eu me toquei, putz, enquanto esses velhos safados, corruptos, orgulhosos, gananciosos, AMADORES, e politiqueiro estiverem no Remo, não vamos sair da lama!
    A unica esperança que tive nos últimos anos, foi quando o AK apresentou aquele projeto de reformulação do Remo, e mostrou vontade de fazer realmente, pensei, agora sim o Remo vai sair desse limo e crescer. Mas as múmias não deixaram ser concretizado o projeto, no qual seriam pagas as dividas, o time ficaria administrável, iria dar pra montar um time forte depois, alem do estadio novo e do CT!
    Vai ver que as múmias boicotaram o AK porque viram que eles não iriam pegar no dinheiro!

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  18. Rodrigo (com. 23), em síntese, é o que há: de comando administrativo competente é do que o Remo precisa.

    Pela ordem, os jogadores são os que menos têm responsabilidade na perda do campeonato. Eles deram o que tinham pra dar. Se o que tinham para dar era pouco, a culpa não é deles.

    Quanto ao treinador, apesar de não ser nenhum diferenciado, não pode ser responsabilizado pela perda do título. É bem verdade que aquela retranca que ele costumava comandar (e que ocorreu ontem também logo após o segundo gol), já vinha dando sinais de ineficácia há tempos. Eu mesmo já falara isso aqui. É bem verdade que o Betinho de há muito já vinha dando provas de que não tinha condições técnicas e psicológicas de compor o time. É bem verdade que o Adenízio, desde o Sinomar, já mostrava que não ostentava condições técnicas para ir sequer no banco.

    Mas, não se pode perder de vista que as alternativas de que o FL dispunha não eram assim nada confortáveis. E isto fica provado quando se verifica que o time se ressentindo de um único titular foi derrotado pelo mesmo Cametá na primeira partida, jogando um futebol bisonho, onde os jogadores não conseguiam trocar passes na distância de meio metro. Aliás, neste jogo, jogando uma péssima partida, ainda no primeiro tempo, o Cametazinho foi substituído pelo Cássio que se houve melhor.

    Finalmente, a maior responsabilidade, senão toda, cabe mesmo à diretoria. Deveras, a inapetência da diretoria pode ser representada, em suma síntese, pela batelada de jogadores contratados ao final do primeiro turno sendo que destes somente dois conseguiram jogar. Resta saber se este conjunto de erros limitará suas conseqüências a perda do título e do calendário ou se estenderá para o TRT.

    Rematando:

    (i) nada obstante os inegáveis méritos do Sinomar no positivo trato com o elenco do Cametá que estava parado e desmotivado, além das mexidas cirúrgicas no segundo tempo do jogo finalíssimo;

    (ii)sem perder de vista das falhas do FL de ter admitido o recuo do time após fazer o segundo gol, de ter escalado jogadores que de há muito se mostravam inoperantes (Betinho e Adenízio).

    A verdade é que o time do Cametá é bem melhor do que o time do Clube do Remo

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  19. O coração azulino chora, lembra de um passado glorioso onde as vitórias se enfileiravam. Tempos de grandes jogadores, identificados com as cores vibrantes do manto azul. Jogavam e amavam, encantavam, emocionavam.

    Triste coro da nação azul, que de tanto amar, tombou… chorou…

    De tanta luz, finda a tragédia azulina, quando todos unirmos as mãos e carregarmos o estandarte leonino de volta aos tempos de glória, tempos de triunfo.

    Ontem mais uma derrota se abateu sobre os azuis, mas a guerra nunca estará perdida. enquanto houver um azulino na cidade, haverá esperança.

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  20. Siqueira,

    Me desculpe o que irei dizer mano, mais o que você e seus colegas azulinos estão sentido, e a mesma coisa que nós torcedores do PSC sentiam na época do TABU. Então meu caro, se hoje vocês estão chorando e porque merecem chorar, assim como agente chorou e já sorriu e hoje nós encontramos e uma situação delicada em relação ao que o Paysandu já representou para este estado do Pará.

    – O que da para rir, também da para chorar!

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  21. Antônio Oliveira, concordo em parte com sua explanação. O time de Cametá foi muito mais ousado, possui atletas com credenciais para grandes clubes. Quem tiver memória vai lembrar que sempre preguei o respeito e a necessidade de aplicação máxima nas duas partidas. No primeiro jogo, senti o REMO de salto alto e por isso foi surpreendido com dois gols do perigoso Mapará. No segundo jogo, o REMO até conseguiu o que precisava, mas pecou quando recuou demais o time. Perdeu três chances que até minha vó de 96 anos fazia! E no futebol a máxima de que “quem não faz leva” se mostrou verdadeira novamente.

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  22. Ricardo Reis meu patrão pensa igualmente voce.Diz que se o Remo tivesse vendido o velho Baenão poderia construir um estádio e um CT e hoje já estaria colhendo frutos.Diz a mesma coisa da Curuzu.Como ele é engenheiro e administrador com titulo de doutorado na Inglaterra eu não debato com ele.Acho que a profissionalização é necessária, que dirigentes amadores devem abandonar o barco sim.Na época ele postava nesse “nosso”blogue e que utilizava o google tradutor ,mas sempre dizendo que com 30 milhões construiria um estádio novo para 20 mil pessoas e mais um CT.

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  23. Uma coisa tenho certeza ,podem apostar aí! Ano que vem tudo se repetirá no Remo.Aliás já mes que vem recomeçará o ciclo de amistosos pelo interior, talvez Cacaio aporte no Baenão, pô,pô ,pô, apostas na base, e depois contratações de veteranos e etc.Isso já é tradição azulina, enquanto não houver mudanças de nomes e mentalidades, tudo será como antes!

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  24. A vitória do Cametá, assim como a do independente ano passado, indica a cada torcedor que Remo e PSC não cresceram estruturalmente, continunado a fazer futebol como no século passado. Este é um entrave, posto que, trata-se de um problema de gestão…

    Faço a pergunta: quem encontra-se na linha de frente de Remo e PSC? Será que são novas mentes administrativas? Ou será antigas oligarquias do nosso futebol?

    Uma vez escrevi um texto para o Gerson dizendo (continuo acreditando nesse pensamento):

    “A asída para Remo e PSC é a morte dos seus velhos sócios, pois enquanto os velhos que gerem Remo e PSC não morrerem, nosso futebol continuará a ser o da década de 80 e 90”.

    Quanto ao Cametá, assim como o independente, discordo em um aspecto de alguns colegas. Eles não são os mesmos times da década de 80 e 90, pois Tiradentes, Sport Clube Belém, Elo Marítimo entre outros, eram times de pelada profissionalizados. Hoje, todos os Clubes apresentam comissão técnica completa, sendo que alguns tem até médico.

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  25. André, caro amigo, depois da Libertadores, vocês começaram a sofrer, menos que nós claro, pois ainda tem um campeonato pela frente. Nós estamos em um momento muito crítico. A tristeza é grande mais o orgulho de ser REMO é maior.

    Eu, de minha parte, não desejo que o Paysandu fique algum dia sem divisão. Que fique o alerta do que está acontecendo com o REMO, e não adianta dizer que é impossível de acontecer, até poucos anos, o REMO nunca tinha disputado sequer uma série C e hoje está aí.

    Eu tenho esperança que um dia isso acabe, e comecemos galgar o caminho de volta, pro lugar onde essa torcida apaixonada mereça e te garanto, pelo amor demonstrado, série A é pouco… E isso não só pro REMO mas pro Paysandu também.

    Fica a chateação, mas o amor superará mais esse problema.

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  26. Ei pastor, o comentário acima foi uma piada viu! Mas fica a dúvida, porque você também não fala que o psc vai ficar mais um ano na série C, ou mesmo ser rebaixado? Será que o LOP é tão melhor que o cabeça (de vento)?

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