Por Gerson Nogueira
Os times sempre entram muito animados, como se o jogo já estivesse rolando. O Cametá entrou todo serelepe, correndo para o centro do gramado. Já o Remo pisou no campo em marcha lenta, como se estivesse poupando energia. A torcida, que faz um barulho infernal nesses momentos, sentiu o clima e também reagiu com parcimônia, bem diferente da apoteose vista na decisão do returno contra o Águia.
A apatia remista se confirmaria assim que a bola rolou. Nos primeiros minutos ainda criou algum perigo, perdendo um gol com o zagueiro Edinho aos 4 minutos, mas depois passou a dar espaço para os contra-ataques do Cametá.
Menos por seus méritos criativos e mais pela desatenção dos marcadores do Remo, o time interiorano construiu sua vitória em dois ataques pela direita, explorando a já tradicional avenida Aldivan.
No primeiro, aos 12 minutos, uma falta boba levou ao cruzamento de Soares para o cabeceio certeiro de Gil Cametá. Entre esse lance e o do segundo gol, aos 38 minutos, de Rafael Paty, em novo descuido do setor defensivo esquerdo do Remo, ocorreram alguns lances que poderiam ter mudado a história da partida.
O penal sobre Magnum antes dos 20 minutos, por exemplo, poderia dar ao confronto o equilíbrio que o Remo tanto perseguia na marra. O árbitro Dewson Fernando Freitas entendeu como lance normal e deixou o jogo correr. Depois disso, Sosa ainda cabeceou com perigo, de cima para baixo, mas o Remo se perdeu em troca de passes equivocadas no meio-campo e sofreu muito com a ausência de Jhonnatan, seu principal jogador de transição.

Sem Jhonnatan, lesionado, Flávio Lopes escalou Alan Peterson, cujas características são mais conservadoras. Joga recuado, marcando e rebatendo bolas. Sem função bem definida, não cobria os avanços de Aldivan e nem ajudava André na disputa pela bola no meio-campo.
Do lado cametaense, Sinomar Naves posicionou Ricardo Capanema em cima de Reis, que não conseguia jogar, e recuou Ratinho para acompanhar Magnum. Pela direita, apertou o bloqueio sobre Cassiano, matando uma das principais manobras ofensivas do Remo.
Como Reis insistia com as firulas, facilitando a marcação, o time todo parava e ficava trocando passes até perder a bola. Os dois ataques fatais do primeiro tempo nasceram de bolas recuperadas na meia-cancha cametaense e rapidamente lançadas ao ataque.
Objetivo, o Cametá fazia o feijão-com-arroz: marcava em bloco, lutava desesperadamente pela retomada da bola e não perdia tempo com dribles. Partia sempre trocando passes em velocidade. Quando perdia a jogada na frente, até Paty voltava para ajudar ao defender.
Irritado com os erros, o técnico Flávio Lopes trocou o jovem Tiago Cametá por Cássio quando o placar ainda apontava 1 a 0 para o Cametá. Por justiça, cabe observar que o jovem lateral não era o pior da equipe. Na verdade, o Remo exibia falhas coletivas agravadas lentidão e atuações individuais muito fracas, principalmente de Aldivan e Reis.
Curiosamente, foi através da dupla que o Remo chegou ao gol no segundo tempo. Aldivan deixou o posicionamento defensivo e passou a apoiar o ataque, aproximando-se de Marciano (que substituiu Alan Peterson). Em meio a isso, mais vulnerável na defesa, quase permitiu a Paty marcar o terceiro gol.
Na frente, porém, a ousadia de Flávio Lopes funcionava. Primeiro, surgiram boas oportunidades que Cassiano e Fábio desperdiçaram. Em seguida, aos 12 minutos, após avanço de Aldivan, a bola chegou a Reis, que mandou no ângulo esquerdo, vencendo o goleiro Evandro. Um golaço que animou a torcida e pôs o Remo ainda mais no ataque em busca do empate.
Magnum, Cassiano e o próprio Reis quase marcaram, apesar do forte bloqueio exercido pela defesa cametaense, que a essa altura posicionava até oito jogadores no campo de defesa. Aos 38 minutos, porém, em nova tentativa pela esquerda, Cassiano entrou na área e foi derrubado. Na cobrança do pênalti, Marciano mandou a bola no travessão. A reação azulina, que se desenhava com clareza, murchou por completo e a vitória do Cametá se confirmou, com justiça.
Ao término do jogo, sentimentos opostos entre os adversários. O Cametá saiu lamentando os gols perdidos no começo do segundo tempo, que poderiam ter dilatado a vantagem, praticamente definindo o título.
Do lado azulino, apesar da frustração pelo penal perdido por Marciano, um visível ar de alívio. Do técnico aos principais jogadores, a consciência de que o apagão do primeiro tempo podia ter resultado até em goleada.
No fim das contas, prevaleceu a impressão quase unânime de que o Remo saiu no lucro e o Cametá deixou de aproveitar as facilidades que teve. (Fotos: MÁRIO QUADROS/Bola)
(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta terça-feira, 08)

MAPARÁ PURRUDO QUE MATA
HAHAHAHAHAHAHAH!!!!!
“Entre as lindas mucamas do Norte,
Deste imenso e querido Pará,
Uma existe, mais bela, mais forte,
Mais audaz, mais fiel: Cametá!”
PARABÉNS CAMETÁ. CONTRA TUDO E CONTRA TODOS.
VAI UM ABRAÇO DE UM CABOCLO NASCIDO NO JOROCA.
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Além de todos estes fatores bem elencados na Coluna ainda há um outro que não pode ficar de fora dentre aqueles que levaram à derrota, qual seja, o baixo rendimento físico, tendo o Magno, neste quesito, como o maior destaque. Desde o primeiro tempo ele já sentia dificuldades, tendo se arrastado no segundo. Até o Reis, que tem permanecido no time principalmente pela sua disposição física, ontem estava exaurido antes da metade do segundo tempo. Será que esta galera já andou comemorando o título antecipadamente.
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O Mapará perdeu o título com o gol feito perdido pelo Paty no inicio do 2º tempo. No domingo, dificilmnte o apagão do Remo se repetirá e a julgar pelo que o time fez no 2º tempo não sobrará nem a espinha do Mapará.
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O REMO ontem entrou no jogo tão frio como o clima de chuva que pairava sobre o estádio.
Levou dois gols em lances de contra-ataque de merecimento do Mapará, que não está nem aí se o REMO jogou mal.
O Juiz deixou de marcar um pênalti legítimo no Magno no primeiro tempo e marcou um que não existiu no segundo tempo, pior pro REMO, pois seu batedor oficial já tinha saído do jogo.
Graças à Deus que o Reis conseguiu diminuir o estrago, penso que nada está perdido embora a missão não seja fácil. Desde o início que venho pregando respeito ao perigoso Mapará, queria eu que os jogadores do REMO tivessem o mesmo sentimento, certamente o salto alto atrapalhou ontem.
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A alegria do bicolor não é quando o time dele vence, mas quando o rival perde. Vão cuidar do de vocês porque do nosso o Fenômeno Azul cuida..
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Ei Siqueira, não leve para o outro lado! Saiba perder meu caro, além disso, o mesmo posso dizer da torcida do Remo, que só tem alegria quando vence o Psc, ou então quando o Psc e derrotado por outra equipe.
Mais a diferença meu caro, é que o Remo não pode perder, por necessitar mais do que nunca arranjar o calendário para o segundo semestre, já o Psc está confirmadíssimo na terceirona.
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E o placar eletrônico do Mangueirão: colocaram “Chutes à gol” !!
O mínimo que esse governo poderia fazer ela colocar alguém que soubesse escrever para cuidar do placar…
Gerson, quem sabe a imprensa não poderia chamar a atenção dos responsáveis pelo Mangueirão para corrigir esse erro crasso!
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Encarnações à parte, o Remo jogou melhor no geral e um empate seria mais adequado. Os remistas estão mordidos. Acho que o próximo jogo vai ser muito melhor e com placar mais movimentado.
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Luis, nossos narradores, reporteres e comentaristas nao tem obrigacao mas seria otimo que soubessem da regra de futebol um pouquinho..ontem por ocasiao da penalidade maxima em que o atacante Marciano chutou no travessao o que eu mais escutei foi que ele estava em impedimento e por isso nao valia o gol….pelo amor de Deus ….
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Verdade Mauricio.
Hoje na sua coluna o Claudio informa que o Galvão é o 2° treinador mais longévo no Brasil só perdendo p/ o Marcelo Veiga que ficou 4 anos no Bragantino de São Paulo.
A diferença é que o Aguia não ganhou nada expressívo, assim até eu vou ser tecnico também.
Estamos criando uma torcida aqui em marituba pra domingo chamada ” Ma – Pará – Papão. Concentração no bar do Jeca.
Só poderá assistir o jogo quem for com a camisa do Paysandu.
Secador não entra, tá avisado!
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o REMO jogou muito mal ontem, penso que achavam que iriam vencer de qualquer maneira. Esqueceram que este Cametá detonou com o Águia no primeiro turno.
Agora a situação ficou mais difícil, mas está longe de ser impossível. O Fenômeno Azul se levantará novamente e vai lotar o Mangueirão.
Sempre com respeito ao adversário que já mostrou que é muito perigoso.
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Faltando 6 dias para as Férias aZULINAS!!!
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5 dias e 12 horas para férias caso o time e a torcida não absorva derrotas e a situação real do Clube do Remo , segundo clube mais popular do Norte , dono de muitas conquistas, mas que assim como seu torcedor peca por não saber ler o contexto.
Amigo de apito Edmundo, discordo de você.Jornalistas esportivos assim como jogadores tem que saber sim de regras.Tem obrigação de estudar as 17 regras e entender.Atualmente para ser locutor esportivo pede-se muitos requisitos entre eles saber regras não só do futebol, mas de outros esportes tbm e falar pelo menos inglês.
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Srs. Luiz (postagem 7) e Edmundo Neves:
– É só ler o jornal diàriamente e encontrará erros piores que esse
– Como que os comentaristas, narradores, repórteres, analistas, etc.. não precisam de conhecer as regras do futebol. Precisam sim.
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Caro Gerson boa tarde.
Penso que o Remo não tem condição de reverter este resultado, pelas condições do elenco:
– Magnum: muito lento, há 4 meses no Remo não adquiriu preparo físico;
– Aldivan: não dá para atuar como lateral esquerdo, é esforçado mais não tem arrancada (idade);
– T Cametá: falta experiência;
– Betinho: esqueceu de jogar bola;
– F Oliveira: não tem mais gás;
– Joãozinho: também muito lento, aparece sem estímulos;
– Cassiano: é esforçado, porém não tem velocidade, recebeu duas bolas dentro da área no 2º tempo e não alcançou.
Se a decisão for para os penais, ainda assim, dará Cametá, pois o Adriano não possui histórico de pegador de penaltis e o Evandro é bem melhor.
Para o Lopes existe somente os jogadores: André, Jonathan, A Peterson, Magnum, Betinho e Reis, para o meio-campo, deveria ter escalado o Chiquita em oportunidades anteriores.
Quanto ao Cametá, apresentou uma boa organização e aplicação tática a partir dos 10 min do 1º tempo, tocando a bola de maneira consciente, com os jogadores mostrando vontade e apararecendo para o jogo, basta congestionar o meio-campo que o Remo não conseguirá fazer nada pela falta de criatividade. Acredito que o Cametá será o novo campeão paraense.
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Sinceramente, mas na minha opinião, o panorama do jogo ontem, foi de um Remo atacando, com o Cametá se defendendo e torcendo para que o ataque Remista continuasse inoperante(só falta o Sinomar dizer que isso, foi treinado, depois de tanto lari lari que ele falou,hoje.Te dizer..) e, quando o Remo falhava, ele ía lá e concluía, o que não aconteceu no 2º tempo, quando teve apenas uma oportunidade clara de gol, contra 2 no 1º tempo e, que foram convertidas. Agora, por tudo que vem jogando o Remo, não consigo entender o desespero de certos torcedores, pensando que o Remo não seja capaz de devolver a derrota ao Cametá. O Remo não se achou ontem, por vários jogadores não terem funcionado e, isso, não depende do Técnico. Anotem, o Remo vem pra liquidar a fatura no Domingo.
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Aliás, ontem, o Cametá, Alan Peterson e Juan Sosa, quase desempregam o Flávio Lopes… Te contar..
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Ei pastor, você está mais uma vez equivocado. Parece piadista. O REMO É O CLUBE MAIS POPULAR do Norte!
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Eu acredito! Tá roça a situação, mas tenho fé em Deus que as ferias só em dezembro comemorando o título da Serie D.
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Amigos, não tenho duvida que o clima de “já ganhou” provocado por muitos da imprensa, esquecendo que o Mapará ganhou com méritos o primeiro turno, contribuiu para o “sapato” alto do Clube do Remo.
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Fala Marcelo Remista, você fala a verdade meu caro! O problema e que o Remo é o clube mais popular do Norte, mais atráz do Paysandu, este que e reconhecido internacionalmente…Meça primeiro suas palavras, para falar contra o Paysandu!
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André, quando falo que a torcida do Remo é maior, me baseio em pesquisas que vêm desde a década de 50, com o título “Mais Querido”. Até hoje a torcida do Remo é apontada como sendo a maior do Norte.
O Paysandu disputou a Libertadores há quase uma década, e marcou nome no futebol sul-americano, mas não ganhou mais torcedores por isso, basta ver a última pesquisa do IBOPE que apontou o Fenômeno Azul como sendo maior que a torcida rival, e ainda apontou o Remo como o clube que mais ganha torcedores até 17 anos.
Quem fala nesta hora não sou eu, e sim TODAS as pesquisas sérias.
Eu gostaria (para acabar com as dúvidas bicolores) que fizessem uma pergunta a mais no próximo censo. Qual seu clube de coração? Acabava na hora com a questão.
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Verdade Claudio, não sei pq tanto desespero, acredito que essa vitória do Cametá serviu para o bem e também do mal do time, pois como o Sinomar é medroso vai colocar o time recuado para segurar a vantagem, e ai que ele vai perder o título, no domingo o time do Remo vai entra muito mordido em campo, querendo a vitória a todo custo, vai ser um jogo inesquecível, será que o mapará vai suportar a pressão azulina? Acredito em uma linda vitória do Leão. Aguardem!
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O Remo tem maior torcida??
Pior pra ele! Maior torcida = maior quantidade de sofredor!…rsrsr!
…. e de secador também…rsrsr
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Lembro-me que até a década de 90 times com a postura e o preparo físico do Cametá no jogo de ontem jogavam contra Paysandu e Remo pra perderem de pouco. O Independente, campeão paraense do ano passado, por exemplo, caiu pra segundinha esse ano. Daí faço a pergunta: será que os interioranos, com “estruturas” amadoras, bancados por prefeituras e com verdadeiros sucatões melhoraram mesmo ou foram Paysandu, Remo e Tuna que chegaram ao limiar da indigência? Jogos como o de ontem, onde um time se arrastava em campo, não conseguindo prender a bola no meio ou na frente e não conseguindo armar contra-ataques minimamente organizados (o Cametá) venceu um outro time que não conseguia furar esse falso bloqueio ou falso nó tático aplicado por Sinomar. Realmente, cada dia mais me convenço que o futebol paraense é, no máximo, merecedor de ocupar postos na 3ª Divisão nacional. E isso com muita condescendência…
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O problema, amigo Daniel, é como se preparam Remo e Paysandu. O Remo só pensou num bom técnico, depois de contratar e contratar jogadores, ter um técnico local no comando e perder o 1º turno. Agora, esse bom técnico tem que se virar com o que tem, cas contrário, levará toda culpa, pela incompetência desses dirigentes e do técnico local, que não souberam formar o elenco.
O Paysandu, resolveu brincar de Nad e Lecheva e, o bom técnico só chegará há 17 dias da 1ª partida, sem tempo inclusive de fazer uma pré temporada, mesmo já estando parado há quase 15 dias.
– Acredite, Remo e Paysandu, se atrapalham sozinhos, pela incompetência de seus dirigentes. Infelizmente, é assim.
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