Nova grilagem de terra, agora institucional

(Trecho do manifesto do Sindicato dos Auditores Fiscais do Estado)

O povo do Pará sempre hospitaleiro recebeu com apreço os libaneses, na segunda metade do século XIX, os japoneses e os nordestinos, durante todo o século XX, os primeiros, especialmente no final dos anos 20 e os segundos, majoritariamente, com a chegada de grande grupo de maranhenses nos anos 70. Todos estes imigrantes se integraram à nossa cultura retribuindo a hospitalidade recebida pelo povo desta terra, com a inclusão de valores na construção de nosso futuro comum.
Entretanto, nos últimos 40 anos, com a colonização em torno da BR 316 (Belém-Brasília) e a BR 230 (Transamazônica), uma nova quantidade de imigrantes vindos do centro-oeste, sudeste e sul chegaram a este Estado para construir suas vidas. A maioria destes, como todo imigrante, chegou aqui trazendo na mala seus valores culturais, sua força de trabalho e conhecimento intelectual. Receberam incentivos fiscais e financiamento estatal (Sudam, Banco do Brasil, Basa e Banpará), labutaram muito, construíram riquezas e hoje se integraram à sociedade local enriquecendo a nossa cultura.
Porém, uma pequena parte desses imigrantes veio com visão deturpada para essa região, buscando enriquecer a qualquer custo, subtrair o máximo das riquezas, no mais curto período de tempo, destruindo a floresta, grilando a terra, expulsando o homem do campo para a periferia das grandes cidades, tornando-se latifundiários improdutivos, madeireiros vorazes.
São exatamente estes, destoando da boa cultura dos brasileiros que aqui chegaram nesta última migração, que se aliaram ao Agronegócio extensivo do gado e da soja, aos banqueiros especuladores de terras e as mineradoras nacionais e estrangeiras, formaram uma bancada de políticos servis a interesses egoístas concentradores de lucros. São estes que, não cansados de desfrutar das riquezas do povo deste Estado, sem nenhum escrúpulo, estão transferindo sua prática privada para via institucional e querem agora, GRILAR POLITICAMENTE AS TERRAS DO PRÓPRIO ESTADO QUE LHES RECEBEU GENEROSAMENTE, usado, para esse fim, o engodo e promovendo a cizânia e o ressentimento no seio do povo paraense.
A esta bancada de políticos sem escrúpulos, dizemos que a Diretoria da Delegacia Sindical no Pará – Sindifisco Nacional que representa os auditores fiscais da Receita Federal do Brasil, lotados no estado do Pará, estamos aqui, de prontidão, para ajudar a combatê-los na defesa dos valores, que de mãos dadas, com todos que aqui chegaram estamos construindo. Não calaremos diante do engodo, da astúcia e do egoísmo.

Ó Pará, quanto orgulho a ser filho… Juncaremos de flores teu trilho…

8 comentários em “Nova grilagem de terra, agora institucional

  1. Chego a conclusão que o grande mérito da politica cubana é fazer com que os recursos do Estado chueguem por inteiro à quem são destinados. Lá pode faltar muita coisa (inclusive liberdade) mas não falta cadeia para os corruptos.Aqui, sobram corruptos e faltam cadeias.

    Curtir

  2. Não. Antes eram, o sumário e o paredon. Hoje a justiça revolucionaria usa os presidios para os deliquentes maiores.
    O povo cubano suporta privações mas não suporta ver corruptos defilando livres pelo Malecom. Tenho discordancias com muita coisa ainda não mudada em Cuba, faço questão de frisar.

    Curtir

  3. Pois é, companheiro, todos julgavam que o descaso do povo paraense seria o maior aliado do bando separatista. O tiro saiu pela culatra.

    Eu digo NÃO E NÃO – Voto 55.

    Curtir

Deixe uma resposta