Por Lázaro Ferreira Rodrigues (lazarodesigner@ibest.com.br)
Pelo quinto ano a fiel vê a história se repetir, mais uma vez fracasso, o tão esperado acesso e retorno a série B não se concretiza, frustração, lamentos e desespero tomam conta da nação alvi-celeste em toda a amazônia. Agora, vive-se como sempre, a procura de culpados pelo insucesso que tem como vítima maior uma nação de apaixonados pelas cores do Paysandu Sport Club. Essa questão do culpado ou dos culpados pelos sucessivos fracassos deve ser analisada a partir da seguinte indagação: Por que o club está há cinco anos tentando sair da terceira divisão e não consegue? A resposta a esta indagação pode ser sintetizada em duas palavras, falta de planejamento. Esta é a raiz da questão, insucessos e culpados são consequencias de um problema estrutural, ou seja, é resultado da falta de planejamento e da falta de uma gestão profissional no verdadeiro sentido.
Em 2012, o Paysandu completará 98 anos e estará a dois anos de seu centenário e em todos estes anos de sua existência a cultura sempre foi a da direção de improviso, centralizada nas figuras dos presidentes e colaboradores. É a cultura do trinômio presidente, diretor de futebol e colaboradores, trabalhando com as diretivas da emotividade, do impulso, improviso e do imediatismo. Historicamente, as chapas eleitas para dirigir o clube nunca apresentam um projeto, um programa, elegem-se unicamente com promessas vagas. O estatuto do clube é ultrapassado, mutila a democracia, pois impede que o conjunto dos associados elejam direção e conselho deliberativo.
Os anos oitenta instituiram uma nova ordem no futebol profissional brasileiro, o símbolo maior desta nova ordem foi a criação do clube dos treze. A nova ordem estabelece o conceito de gestão profissional do futebol, do futebol como grande negócio e do ingresso do marketing no futebol. Atualmente nesta nova ordem, um trinômio se destaca, são eles: patrimônio gerador de receitas, centros de treinamentos e modernas arenas multi-uso; aliado a este trinômio ações de marketing planejadas.
O que ocorre com o Paysandu e outros clubes do norte é que ainda não se adequaram a esta nova ordem, se um grande clube não está preparado para esta realidade evidentemente não obterá os benefícios necessários, ao contrário, será unicamente explorado para benefícios de terceiros e de instituições que veem no Paysandu um verdadeiro eldorado para explorar em benefício próprio. O Paysandu pode não ter planejamento e profissionais de marketing; mas os que tiram enorme proveito da marca Paysandu todos eles tem, ou no mínimo, possuem o devido conhecimento desta nova ordem do futebol profissional e do marketing.
A realidade atual não comporta viver de renda de bilheteria como fonte de receita principal. É preciso investir em patrimônio gerador de receitas, negociar bem com patrocinadores e valorizar a marca clube de massas. Uma outra questão importante, é preciso esclarecer o quanto o Paysandu recebe de cada um dos anunciantes que estampam suas marcas na camisa do clube; quanto arrecada nos anúncios exibidos interna e externamente em seu estádio; é preciso saber quanto mídias como o site oficial do clube geram de receitas para o Paysandu, isto tudo se tornou uma verdadeira caixa preta que a presidencia e o conselho deveriam esclarecer para a fiel torcida.
Um clube da grandeza do Paysandu precisa de um planejamento estratégico para resolver questões de curto, médio e longo alcance. Um projeto estratégico para ser seguido por qualquer que seja a chapa eleita e independente de situação ou oposição dentro do clube.
Um projeto como o sócio torcedor não poderá dar certo, pois o Paysandu não tem o que oferecer para o associado, a curuzú é antiga, ultrapassada e sem conforto. A sede social esta longe de oferecer o que os modernos centros de lazer oferecem é totalmente ultrapassada. Um moderno centro de treinamento gerador de recursos onde a torcida pudesse frequentar é coisa que passa longe do pensamento de presidentes e diretores.
Neste quinto ano perdemos a vaga para o América de Natal, o América possui uma moderna sede social, um moderníssimo centro de treinamento em área de 22 hectares ( CT Abílio Medeiros ) e na semana da decisão contra o Papão fez o lançamento da pedra fundamental para construção de seu moderníssimo estádio, uma arena multi-uso denominada arena do dragão. O seu rival o ABC não fica atras em patrimônio e estrutura, exemplo disto é o estádio de propriedade do ABC o Frasqueirão. Tudo isto em uma capital que esta construindo uma moderníssima arena para a copa de 2014.
E por falar em copa 2014, é o ano de nosso centenário e até o momento não existe nenhum planejamento sequer para as comemorações do nosso centenário; onde o clube pudesse obter uma ótima receita com esta data festiva e histórica para nosso Papão.
Enquanto não temos uma diretoria e presidente que nos apresente um projeto estratégico, vamos levando e torcendo pelo nosso amado clube e procurando culpados pelos fracassos dentro de campo.
Ótimo argumento para reflexão, tanto em CR, quanto em PSC !!!
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Parabéns Lázaro pela síntese que fez de remo e payssandu. Ambos vivem no marasmo esperando a sorte bater em suas portas, mas eles nunca ajudam tb. E de suma importância se falar em arenas modernas, nao somente para jogos, porém para comportar grandes eventos, como shows por exemplos. Enquanto nao acordarmos ficaremos sempre lutando pelas series inferiores do nosso futebol.,
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Devido à má situação financeira de nossos clubes e à grotesca vaidade que impera, os dirigentes verdadeiramente capacitados se afastam.
E na falta de pessoas competentes, os clubes são obrigados a aceitar o primeiro que aparece. Ultimamente tem sido assim. Remo e Paysandu vêm sendo dirigidos por aventureiros. Gente que busca projeção por ambição política ou mesmo mera vaidade. Ou são endinheirados, que podem ser bons administradores de suas empresas, mas que nada entendem da gestão de clubes de futebol ou são “lisos”, colocados no cargo para servir de fantoches aos verdadeiros donos do clube. O resultado está aí…
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Mais do mesmo.
falta de planejamento…
o clube é muito grande
a torcida que sofre
o marketing é amador…
fora presidente,
nós não merecemos isso
e blá blá blá blá blá.
como um leitor assíduo do futebol paraense confesso que já estou cansado de ouvir e ler essa choradeira.
chora chora chora, mas proposta concreta que é boa nem uma.
só o amigo cláudio que já deu uma: contrata um técnico de fora com competência, deixa ele montar o elenco, ne paga em dias o salário dos jogadores.
a partir daí já podiamos começar uma ciscursão sobre como viabilizar essa situação e cobrar dos dirigentes alguma coisa nesse sentido. ir lá na curuzu fazer barulho, exigir um bom técnico. Enfim é algo concreto a se discutir.
Que me desculpe o colega que escreveu esse texto, mas ele não acrescenta nada de novo, apenas procura apresentar de uma forma bonitinha aquilo todo mundo sabe.
Acho que a gente devia começar a discutir soluções concretas para o clubes do pará, especialmente os “grandes”.
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Postei ontem em relação este assunto, mais acabou que minha pstagem não apareceu aqui! Não tem problema, irei escrever denovo.
O grande problema de nossos clubes, e a falta de “profissionais” competentes para gerir os nossos clubes, com propostas de reorganização, com transparência nas negociações, com um planejamento a médio e longo prazo.
Cito o exemplo de sucesso do Figueirense de Sta. Catarina, onde o mesmo, importou profissionais de gabarito, com otimas passagens por outros clubes, além de, contar com o apoio de marketing, do ex-jogador de volei Renan (que jogou junto com o treinador Bernadinho na seleção brasileira) pois esses profissionais juntos, estão formando um clube vencedor, sem contar com jogadores de renome, como acontece em outros clubes tradicionais do paíz.
Agora, sabem porque este modelo de gestão muito dificilmente vai acontecer aqui em nossos clubes, porque amigos, queira ou não a dupla PSC e REMO, geram receitas aos cofres dos clubes, graças as torcidas que os dois possuem, porisso que essa quadrilha de sangue sugas, jamais irão querer largar esse osso, ou essa mina de dinheiro que são a dupla RE-PA.
Minha opnião! Te dizer…55 neles!
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Sabias palavras amigo Lazaro, e que resume muito bem o abismo em que se encontra o nosso futebol.
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já relatei várias vezes que o problema crônico do Paysandu tem nome e chama-se LuiZ O Pinheiro, porque mesmo que estejamos carentes de ótimos administradores, esse senhor é o pior de todos os presidentes ruins da história do bicolor. Mesmo que ele diga que ama e que nunca roubou o Paysandu, não me convence de jeito nenhum. A melhor coisa em benefício do Paysandu que ele poderia fazer no momento para ajudar de verdade seria pedir para sair. Isso não seria covardia como ele afirma porque ele jateve suas oportunidades de ouro e não deu certo até agora e não vai dar nunca. Eu afirmo que ele foi o Presidente que teve o maior apoio de todos os seguimentos da sociedade na história do Paysandu. Digo que até 2009 ele tinha apoio maciço da torcida bicolor, da imprensa e do CONDEL e de abnegados. Porém, hoje ele perdeu todos esses apoios. Até no Conselho que o colocou ele ja não é mais unanimidade. 90% da nação bicolor que o apoiava agora está totalmente contra. Muita gente na imprensa já o tem como um rabugento. Então dessa forma é melhor ele se afastar agora numa boa que sair no próximo ano da forma que saiu o Tourinho. Observem que o Tourinho ainda é o detentor das maiores conquistas da história bicolor, imagine esse LOP que nunca ganhou nada. Infelismente em 2012 a coisa tende a piorar porque o homem vai continuar mas não reconhece seus erros grotescos para poder melhorAR e dar um novo ânimo à torcida. O pior é que fica sempre culpando outras pessoas ou coisas pelos fracassos do Paysandu: Culpa o Tourinho que já está mas aí ha muito tempo, culpa a imprensa, culpa jogadores, culpa treinadores, culpa a falta de dinheiro, culpa o governo e já chegou ao cúmulo de culpar até a nação bicolor afirmando quer ela não prestigia. Mas como? se O Bicola foi 16º melhor em torcida de todas as divisões.Então é por isso que estou muito temeroso em 2012 em relação ao futuro do Paysandu. Espero estar errado.
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Pra começar, deveria ser elaborado um novo estatuto, pois somente com um novo é que essas mudanças poderão ser viabilizadas. Se permanecer este estatuto arcáico( e parece que isso que eles querem…) nada disso poderá ser implementado.
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FORA LOP!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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Nenhuma novidade. Em outras palavras o que este humilde escrevinhador já postava no início deste ano, valendo não só para o Remo.
Porém, se por um pentelésimo o Psc empata aquele jogo contra o América, todas essas mazelas estariam esquecidas pela sua ‘fiel’ torcida.
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Com todo respeito ao comentário do Lazaro, mas quem foi certeiro como flecha que acerta o alvo foi o Ricardo aí acima , post de nº 8.Os outros comentários são os que sempre comentamos aqui, inclusive o nobre baionense , já fez umas dez colunas dessas, bem explicativas sobre esses problemas que todos nós detectamos.Ricardo Primeiro foi certeiro, sem mudança no estatuto não mudará nada.E quanto aos nossos dirigentes , vou tecer uma critica aqui , nós paraenses , em nosso jeito de ser, não somos pro-ativos.Não somos todos , vejam que me incluo tbm, mas NÃO sabemos ser pro-ativos.Os dirigentes de Remo e Paissandu tbm são paraenses , logo..
Não vou falar do presidente de outros clubes , mas fazem a mesma coisa anos após anos, vou citar o presidente do papão.Lop NÃO É PRO-ATIVO, NÃO DELEGA PODERES A NINGUÉM É AUSENTE e turrão, teimoso.Ser persistente é uma coisa ser teimoso é outra bem diferente.Então amigos só mudando o estatuto.
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Lázaro, esse nhém nhém nhém já tô cansado de ler e ouvir por aqui e por onde quer que se vá, vindo de bicolores ou azulinos. Muito embora o GN seja um grande amigo pronto a abrir espaço, penso que este assunto já deu, a tribuna tá repetitiva demais, sempre o mesmo choro. Quem tiver idéias, e não reclamações, que as apresente. LOP é centralizador, autoritário e ponto final. Resta torcer pra que em 2013 a próxima diretoria receba o clube ainda na série C e em condições minimamente administráveis. Acho até que seria melhor pra todos que o Remo voltasse pra D, pra C e ambos pra B, e por lá ficassem por algumas temporadas seguidas até atingirem isso tudo que sabemos que nos falta pra um dia sonhar com a A. Vamos dar um tempo nas encarnações despropositadas, sei que é difícil, e torcer por ambos, à la Claudio Santos, até que alguém tenha moral pra rir do outro.
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Temos que admitir que o futebol paraense dito profissional, não passa de “profissionalismo marrom”. O próprio PSC já teve exemplo, de que um mínimo de organização gerou sucesso, quando de sua participação efetiva na Libertadores, porém padeceu pela não continuidade do planejamento iniciado com Tourinho desvirtuando o sucesso alcançado, principalmente, o financeiro. Pagamos nós, torcedores paraenses, por gostarmos muito de futebol (vide jogo da Seleção em Belém) e, ao primeiro jogo pelo paraense em que nosso time, seja qual fôr, se apresente bem e vença, já se imagina um timaço. Anualmente, somos (torcedores) explorados de varias formas ( ingressos caros, estadios sem estrutura mínima, falta de organização, falsos borderôs de jogos onde público real x renda nunca “bate” etc…) e não arredamos pé, qual “joão teimoso”. Citei o jogo da Seleção, o qual boicotei, por achar nao merecer. Foi uma festa no Mangueirão digna dos outrora Re x Pa, porém com time reservas das duas seleções e com ingressos caríssimos, opinião própria. Nos contentamos com muito pouco e somos, repito, explorados à exaustão, por dirigentes sem escrúpulos mínimos que sejam. A perdurar tal situação, tão cedo, infelizmente, não sairemos dessa mesmice. Pay não consegue voltar à Série B e, com perspectivas sombrias de cair para D, caso ainda exista. Remo, idem. Águia e outros nem se fala. Em 03.12.11, Marabá-PA.
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A maior mazela do futebol paraense é o famigerado “patrocínio” do governo via Funtelpa. Jogos com pouco público, com excessão dos clássicos RexPa, tudo por acordos mal feitos, a princípio, os valores são atraentes, mas se feitos a bico do lápis, é um verdadeiro ouro de tolo. Pro PSC principalmente, nestes dois últimos anos teve todos os seus jogos em Belém transmitidos pela TV aberta, pelo mesmo valor que o CR recebeu, porém com cerca de 10 jogos transmitidos a mais. O pior é que, este acínte é corroborado pela federação e pela imprensa.
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Também penso que, a mudança do Estatuto do Clube, seja o 1º caminho. A partir daí, a coisa tem que ser voltada para o Futebol Profissional, para que todos os planejamentos traçados possam dar certos.
– Em clubes de massa, como Paysandu e Remo, se o Futebol não funcionar, nenhum projeto funciona.
Penso que um bom diretor de Futebol, somado a um bom Administrador, como Presidente do clube, seja a solução para ambos.
Vejam, por exemplo, que o Brasiliense, que está na mesma série C, que o Paysandu, não conseguiu subir, também e, desde o início do mês passado, já conta com o Edson Gaúcho em seu comando e, por lá, não tem essa besteira de valorizar base, formar uma espinha dorsal com a base, lapidar a base,…
– Amigos: Base, é Base. Profissional, é Profissional, é bom separar as coisas, pois estamos(eu, não) cometendo este absurdo, todo ano.
– O Paysandu, por exemplo, já era para ter contratado um bom técnico e, mandar a base, para a base, fazer ela jogar constantemente e, deixar esse técnico, encarregado de todo o futebol do clube(base e profissional), pois acaba atrapalhando o trabalho do técnico, no profissional
– Sendo o técnico contratado com pelo menos 3 meses de antecedência, ele poderá aproveitar e muito, alguns jogadores “Prata da casa” e, um ou outro da base, fazendo com que o clube tenha uma folha mensal baixa e um time de qualidade, capaz de conseguir seus objetivos.
– Contratar técnico local, colocar vários garotos da base para jogar e, pior, contratar um técnico loca ou de procedência duvidosa, em times de massa, é extrapolar o orçamento, mais tarde, com a pressão de todos os lados e, fazendo uma besteira atrás da outra. Lembram do Finazzi? Pois é.
– Atentem pra uma coisa: Um bom técnico, é tudo. Giva, Giba, E.Gaúcho, Davino, …..
– Agora, pra afundar qualquer um dos dois, contratem o “técnico” Mazinho(ex Tuna), por exemplo. Te dizer…
– É a minha opinião.
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O futebol paraense ainda não faliu por causa dos torcedores de Remo e Paysandu, assim como eu são apaixonados por futebol e por essas duas agremiações, se continuarem com esse amadorismo, e o fundo do poço!
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